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A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.
1 Introdução
O arranjo físico de uma empresa, ou layout, não é apenas a disposição dos seus
equipamentos e ferramentas, ele é uma das características mais significantes e evidentes
dentro de qualquer organização, pois pode influenciar de maneira positiva ou negativa no
modo como os recursos são transformados, no tempo de execução de cada operação, o que
por consequência se reflete nos lucros e produtividade das organizações. Porém, às vezes
são necessários elevados investimentos para construir ou alterar-se um layout produtivo,
como um rearranjo no chão de fábrica, mas em alguns casos apenas modificações pontuais
podem influir positivamente no processo produtivo, com investimentos irrisórios quando
comparados aos benefícios que as alterações acarretarão.
Existem quatro tipos básicos de arranjos físicos (celular, posicional ou em linha, por
produto e por processo) e ainda o arranjo físico misto, onde é utilizado mais de um tipo de
arranjo num único projeto. O arranjo físico da fábrica moderna teve início em Highland
Park, Michigan, onde Henry Ford e Charles Sorensen colocaram em prática a produção
em larga escala (LEE, 1998).
2 Fundamentação teórica
Slack, Chambers e Johnston (2009) definem arranjo físico como o modo pelo
qual os recursos transformadores são posicionados em relação aos outros e como as várias
tarefas da operação estão alocadas nestes recursos transformadores.
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Segundo Reinert (2001), neste caso fica mais fácil transportar equipamentos,
homens e componentes até o material imobilizado.
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Devido a sua alta flexibilidade este arranjo físico trabalha na produção de uma
grande variedade de produtos em pequenos lotes, normalmente atendendo a pedidos
específicos de clientes (produção sob encomenda). Os equipamentos de fabricação são de uso
genérico e os trabalhadores devem possuir nível técnico relativamente alto para realizar tarefas
diferentes (JUNIOR, 2010).
Segundo Reinert (2001) como neste processo precisa-se realizar uma grande
variedade de processos de manufatura, são necessários equipamentos de fabricação de uso
genérico, e os trabalhadores devem ter nível técnico relativamente alto para que sejam
realizadas várias tarefas diferentes.
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Para Peinado e Graeml (2004), procura unir as vantagens do arranjo físico por
processo, com as vantagens do arranjo físico por produto. A célula de manufatura consiste
em arranjar somente em um local, máquinas diferentes que possam fabricar o produto
inteiro. O material se desloca dentro da célula buscando os processos necessários, porém o
deslocamento ocorre em linha.
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A definição dada por Slack, Chambers e Johnston (2002) é que o arranjo por
produto ou linha envolve a localização dos recursos transformadores segundo a melhor
conveniência do recurso que é transformado. Cada produto segue um roteiro pré-definido
de atividades que coincidem com a sequência na qual os processos foram arranjados
fisicamente.
3 Metodologia
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O estudo do arranjo físico neste trabalho foi realizado por observação da linha de
produção de cercas. Além desta observação foi realizada também a medição dos
equipamentos e ferramentas utilizados com uma trena de 5 metros, obtendo-se, assim,
dados para um melhoramento deste arranjo. Para o desenho do layout da indústria foi
usado o programa SketchUp 8.
4 Estudo de caso
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Esta nova sugestão de arranjo físico do processo produtivo das cervas pode ser
visualizado na Figura 5.
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5 Considerações Finais
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REFERÊNCIAS
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LEITE, R.L.; DINIZ, A.M.F. Estudo do arranjo físico: o caso do gargalo de produção na
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Tempermed – Medianeira/Paraná. Ponta Grossa, PR, Brasil, 2012.
PISKE, F.B. A influência do arranjo físico nos desperdícios de uma fábrica de máquinas
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São Carlos, Universidade de São Paulo, EESC/USP, 2008.
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Conclusão de Curso apresentado ao programa de pós-graduação, lato sensu, em engenharia de
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York: Jonh Willey, 2003.
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