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Manejo de APPs e RLs: Restauraçao Ecológica nos Diversos Biomas

do Brasil

Pedro H. S. Brancalion
Laboratório de Silvicultura Tropical
(LASTROP/ESALQ/USP)
Áreas de Preservação Permanente (APP): área protegida,
coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-
estar das populações humanas
Largura das APPs – mudanças históricas

Lei 7.771, de 1965 (Castelo Branco)


1 - de 5 m para os rios de menos de 10m de largura:
2 - igual à metade da largura dos cursos que meçam de 10 a 200 m entre as margens;
3 - de 100 m para todos os cursos cuja largura seja superior a 200 m.

Lei nº 7.511, de 1986


a) ao longo dos rios ou de outro qualquer curso d'água, em faixa marginal :
1. 30 m para os rios de menos de 10 m de largura;
2. 50 m para os cursos d’água que tenham de 10 a 50 m de largura;
3. 100 m para os cursos d’água entre 50 e 100 m de largura;
4. 150 m para os cursos d’água entre 100 e 200 m de largura;
5. igual à distância entre as margens para os cursos d’água com mais de 200 m;

Lei nº 7.803 de 18.7.1989


a) ao longo dos cursos d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal :
1 - 30 m para os cursos d'água de menos de 10 m de largura;
2 - 50 m para os cursos d'água que tenham de 10 a 50 m de largura;
3 - 100 m para os cursos d'água que tenham de 50 a 200 m de largura;
4 - de 200 m para os cursos d'água que tenham de 200 a 600 m de largura;
5 - de 500 m para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 m;
O novo Código Florestal

Gráfico: Letícia Garcia


O novo Código Florestal

Gráfico: Letícia Garcia


APP a ser gerada em cursos d’água naturais, lagos e lagoas naturais,
nascentes e olhos d’água, veredas e represas
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do
leito regular, em largura mínima de:
• 30 m para os cursos d'água de menos de 10 m de largura;
• 50 m para os cursos d'água entre 10 a 50 m de largura;
• 100 m para os cursos d'água entre 50 a 200 m de largura;
• 200 m para os cursos d'água entre 200 a 600 m de largura;
• 500 m para os cursos d'água de largura superior a 600 m.

leito maior do leito regular do


área disponível para

curso d’água curso d’água


a produção

APP APP

Antes Hoje
a)

b) 250.000

200.000

150.000
APP extent (ha)

-43%

100.000

50.000
-56%

0
Previous BFA New BFA Previous BFA New BFA
UGRHI 20 (Atlantic Forest biome) UGRHI 12 (Cerrado biome)
Slide: Marcelo Matsumoto
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com
largura mínima de:

• 100 m em zonas rurais para o corpo d’água com mais 20 ha;


• 50 m em zonas rurais para o corpo d’água com até 20 ha;
• 30 m em zonas urbanas;
• Superfície inferior a 1 ha: dispensa APP
50 m
áreas no entorno de reservatórios artificiais e represas:

• reservatórios artificiais que não decorram de barramento ou


represamento de cursos d’água naturais: dispensa APP;
• Superfície inferior a 1 ha: dispensa APP, mas não pode ter
supressão
• Superfície superior a 1 ha: faixa definida na licença ambiental do
empreendimento. supressão
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes,
qualquer que seja sua situação topográfica

• 50 m de raio;
APP a ser gerada nas áreas úmidas:

• veredas: faixa marginal com largura mínima de 50 m, a partir do


espaço permanentemente brejoso e encharcado.
APP a ser gerada nas áreas úmidas:

• Campos úmidos gerados por assoreamento de rio: Serão


considerados leitos regulares de rios (assoreados) e, portanto, a APP
gerada será a mesma do rio, antes do assoreamento, sendo alocada a
partir do espaço encharcado ou brejoso.
APP a ser gerada nas áreas úmidas:

• Campos úmidos com solos hidromórficos: Serão considerados


olhos d'água, sendo gerada a APP de 50 m; ou veredas, caso
encontram-se dentro do bioma cerrado, sendo gerada a APP de 50 m.
APP a ser gerada nas áreas úmidas:

• Florestas Paludículas (matas de brejo): Serão consideradas olhos


d'água, sendo a APP gerada de 50 m.
• nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°,
equivalente a 100% na linha de maior declive :

figura: Eletrobrás
• as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangues;
• os manguezais, em toda a sua extensão;
• as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do
relevo, em faixa nunca inferior a 100 m em projeções horizontais;

APP
• no topo de morros, montes, montanhas e serras
antes hoje
-50 metros é a altura mínima das montanhas -altura mínima de 100 m e inclinação média
que deveriam ter topos de morro preservados. maior que 25°, as áreas delimitadas a partir
da curva de nível correspondente a 2/3
-a proteção de topos de morros ocorre nos (dois terços) da altura mínima da elevação
casos em que os mesmos tenham na sua sempre em relação à base, sendo esta
porção mais inclinada pelo menos uma definida pelo plano horizontal determinado
inclinação de 17°. por planície ou espelho d’água adjacente
ou, nos relevos ondulados, pela cota do
ponto de sela mais próximo da elevação;
• as áreas em altitude superior a 1.800 m, qualquer que seja a
vegetação;
Surgimento das Áreas Rurais Consolidadas
“Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada,
exclusivamente, a continuidade das atividades
agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em
áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.”

Nas áreas rurais consolidadas em encostas, bordas de


tabuleiros, topo de morro e áreas com altitude superior a
1.800 m será admitida a manutenção de atividades
florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de
ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada
ao desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris,
vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do
solo.
Recuperação obrigatória de APP nas margens de cursos d’água
Classe de
Tamanho da propriedade Largura Recuperação
APP
5m. Desde que a recuperação não
Até 1MF
ultrapasse 10% da área do imóvel
8m. Desde que a recuperação não
1 a 2 MF
ultrapasse 20% da área do imóvel
15m. Desde que a recuperação não
2 a 4 MF
Até 10m → 30m ultrapasse 20% da área do imóvel
10 a 50m → 50m 20m a 100m. De acordo com
50 a 200m → largura do curso d’água, sendo: rios
Margem de
100m < 10m → 20m; rios >10m →
Rio 4 a 10 MF
200 a 500m → metade da largura do curso
200m d’água (mínimo de 30m e o
> 600m → 500m máximo de 100m).
30m a 100m. De acordo com largura
do curso d’água, sendo: rios < 10m
Acima 10MF →30m; rios >10m → à metade da
largura do curso d’água (mínimo
de 30m e o máximo de 100m).
Nascente
Todos 50m 15m
perene
Recuperação obrigatória de APP nas margens de cursos d’água
Classe de
Tamanho da propriedade Largura Recuperação
APP
Até 1MF Espelho < 20ha 5m
1 a 2 MF Área Rural → 50m 8m
2 a 4 MF Espelho > 20ha 15m
Lagoa
4 a 10 MF Área Rural → 30m
Natural
100m
Espelho Área 30m
Acima 10MF Urbana → 30m
Até 1ha → sem
APP
Reservatório 30 a 100m Área Seguir licenciamento ou Diferença
Todos
Artificial Rural entre máximo operacional e cota
15 a 30m Área máxima maximorum
Urbana
“escadinha”

(imagem: Letícia Garcia)


Veredas
Até 4 MF 30 metros
> 4 MF 50 metros
Reserva Legal (RL): área localizada no interior de uma
propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação
permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos
naturais, à conservação e reabilitação dos processos
ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e
proteção de fauna e flora nativas.
Porcentagem da RL – mudanças históricas
Original: CF de 1965
Art. 15. Fica proibida a exploração sob forma empírica das florestas primitivas da
bacia amazônica que só poderão ser utilizadas em observância a planos técnicos
de condução e manejo a serem estabelecidos por ato do Poder Público

Art. 16. São passíveis de exploração as florestas particulares que:


• regiões Leste Meridional, Sul e Centro-Oeste, esta na parte sul, as derrubadas de
florestas nativas só serão permitidas respeitado-se o mínimo de 20% da área;

• Nas áreas ainda incultas, sujeitas a formas de desbravamento, as derrubadas de


florestas primitivas, serão toleradas até o máximo de 30% da área da propriedade.

Lei nº 7.803 de 18.7.1989


• Estabelece a Reserva Legal. Para a Amazônia, era de 50%.
• Impediu o parcelamento ad infinitum da reserva legal e obrigou sua averbação

Medida Provisória nº 2.166-66, de 2001


Reserva Legal na Amazônia: passou de 50% para 80% na floresta e de 20 para 35% no
cerrado.
Percentual da área a ser ocupada pela RL

• na Amazônia Legal: 80% em


área de floresta e 35% em
80% área de cerrado;
ou
35% • 20% nas demais regiões do
país, incluindo campos gerais.

20% A vegetação da reserva


legal não pode ser suprimida,
podendo apenas ser utilizada
sob regime de manejo
florestal sustentável;
antes hoje
- todas as propriedades devem -“pequenas propriedades
restaurar ou compensar a RL rurais” definidas como as de
caso haja déficit de vegetação até “ quatro módulos fiscais”
nativa (de 20 a 440 hectares) ficam
isentas de restaurar suas
Para cumprimento da Reservas Legais (90% das
manutenção ou compensação propriedades rurais no Brasil)
da área de reserva legal em
pequena propriedade ou posse - para quem tiver menos que o
rural familiar, podem ser previsto em lei, a RL será
computados os plantios de constituída com a área
árvores frutíferas ornamentais ocupada com a vegetação
ou industriais, compostos por nativa existente em 22 de
espécies exóticas, cultivadas em julho de 2008, vedadas novas
sistema intercalar ou em conversões para uso
consórcio com espécies nativas; alternativo do solo.
Cômputo da APP na RL:
antes hoje
Cômputo da APP na RL Art. 16. Será admitido o
- Amazônia Legal: quando a cômputo das Áreas de
soma da APP com a RL excedem Preservação Permanente no
80% cálculo do percentual da
- Demais regiões do país: soma Reserva Legal [...].
da APP com RL excedem 50% - em todas as propriedades
que necessitarem de RL.
Compensação de Reserva Legal
antes hoje
-a compensação das áreas de § 6º As áreas a serem utilizadas para
Reserva Legal será no mesmo compensação na forma do § 5º deverão: I
ecossistema e mesma – ser equivalentes em extensão à área da
microbacia ou o mais perto Reserva Legal a ser compensada;
possível de onde ocorreu o II – estar localizadas no mesmo bioma da
desmatamento. área de Reserva Legal a ser compensada;
III – se fora do Estado, estar localizadas em
áreas identificadas como prioritárias pela
União ou pelos Estados.

§ 7º A definição de áreas prioritárias de que trata o § 6º buscará


favorecer, entre outros, a recuperação de bacias hidrográficas
excessivamente desmatadas, a criação de corredores ecológicos, a
conservação de grandes áreas protegidas e a conservação ou
recuperação de ecossistemas ou espécies ameaçados.

A compensação vale desde que não haja conversão de novas áreas


Uso de espécies exóticas na Reserva Legal
antes hoje
- o plantio de espécies - a lei proposta permite a
exóticas na Reserva Legal é restauração das áreas de
permitido temporariamente. Reservas Legais com uso de
espécies exóticas em até 50 por
cento da sua área.
Cadastro Ambiental Rural (CAR)
-Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema
Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público
eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a
finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses
rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento
ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

§ 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita no órgão ambiental


municipal, estadual ou federal:

I - identificação do proprietário ou possuidor rural;


II - comprovação da propriedade ou posse;
III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo, contendo a
indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração
do perímetro do imóvel, informando a localização dos remanescentes de
vegetação nativa, das APPs, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e,
caso existente, também da localização da Reserva Legal.
Programa de Regularização Ambiental (PRA)
- Art. 59. A União, os Estados e o Distrito Federal deverão, no prazo de 1
ano, ..., implantar Programas de Regularização Ambiental - PRAs de
posses e propriedades rurais, com o objetivo de adequá-las à lei.

- § 5o A partir da assinatura do termo de compromisso, serão suspensas


as sanções decorrentes das infrações mencionadas no § 4o deste artigo
e, cumpridas as obrigações estabelecidas no PRA ou no termo de
compromisso para a regularização ambiental das exigências desta Lei,
nos prazos e condições neles estabelecidos, as multas referidas neste
artigo serão consideradas como convertidas em serviços de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, regularizando o
uso de áreas rurais consolidadas conforme definido no PRA.
Restauração ecológica:
Definição
“processo de auxiliar a recuperação de um
ecossistema que foi degradado, danificado
ou destruído” (SER, 2004).
Recifes de corais
Resultados possíveis: A restauração se refere ao retorno do
local ou sistema a características de composição, estrutura e
funcionamento típicos de “condições pré-distúrbios”
Processos ecológicos e função

Composição e estrutura
Fases da restauração florestal no Brasil

Fase 1: Ausência de critérios ecológicos para a escolha de espécies

Fase 2: Plantios de árvores nativas brasileiras com base na sucessão florestal

Fase 3: Uso de remanescentes florestais


como modelo para o planejamento
(fitossociologia)

Fase 4: Ampliação das estratégias de


restauração e foco nos processos
ecológicos (ecologia de comunidades)

Fase 5: Inclusão de aspectos


socioeconômicos
na restauração (a nova onda!)
Filtro ecológico: fator biótico ou abiótico atuante em alguma das
diferentes etapas da sucessão ecológica, que resulta na seleção de
espécies que podem ingressar, estabelecer-se e deixar descendentes
na comunidade.
Indução da regeneração natural: ações de manejo que
podem desencadear os processos de regeneração natural.
Indução da regeneração natural: ações de manejo que
podem desencadear os processos de regeneração natural.
Controle de gramíneas
- mecânico
Controle de gramíneas
- químico
Só na coroa
Em área total
Adubação de
cobertura
Plantio de enriquecimento: conjunto de técnicas de plantio
de espécies desejáveis sob vegetação já existente. Visam
aumentar a biodiversidade em direção aos níveis
naturalmente encontrados nos ecossistemas de referência.
Adensamento induzido da regeneração: introdução de
indivíduos de espécies nativas do grupo de preenchimento
nos trechos onde não ocorreu a regeneração natural de
árvores e arbustos nativos
Nucleação: formação de pequenos núcleos de vegetação
em uma área degradada, visando promover o
restabelecimento da vegetação nativa.
Semeadura direta: uso de sementes, em vez de mudas ou
plântulas, para estabelecer populações vegetais em áreas
em processo de restauração.
Reflorestamento: plantação de árvores, nativas ou não,
em povoamentos puros ou não, para formação de uma
estrutura florestal.
Concentração de espécies tardias da sucessão
Concentração de espécies iniciais da sucessão
Plantios de alta diversidade
A restauração sustentada pela exploração de
bens e serviços florestais
Transposição de solo florestal
Distribuição de topsoil
4 meses (Fotos: João Guimarães)
10 meses (Fotos: João Guimarães)
28 meses (Fotos: João Guimarães) 76
36 meses (Fotos: Pedro Brancalion)
Branco de sementes Dezembro de 2001

Fevereiro de 2004

Março de 2002 Setembro de 2002


A natureza tem um preço?
Mas é muito valiosa!!!

Custo de
enchentes Perda
de bens
Custo da naturais
poluição
da água

Perdas
agrícolas
Custo da
poluição Custo da
do ar erosão

Invertimos 6,5 billiones/año (2,5%) para la conservaciόn …


50 ha x R$10.000/ha = R$ 500.000 + custo de oportunidade da terra
33 trilhões de dólares por ano!
Custo das perdas de ecossistemas: 250 bilhões de dólares por ano!!!
(Balmford et al., Science, 2002)

Investimento em conservação: 6,5 bilhões de dólares por ano (2,5%)


Humanity's Ecological Footprint by Component (1961 - 2003)

1,4

1,2

1,0
Built-up land
Number of Earths

Energy
0,8
Fishing grounds
Forest
0,6
Grazing Land
Cropland
0,4

0,2

0,0
1961 1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2001

(www.footprintnetwork.org)
Millennium Ecosystem Assessment

• programa de pesquisas sobre mudanças ambientais e suas tendências


para as próximas décadas, com foco no uso e depredação dos recursos
naturais do planeta;

• foi lançado em 2001 com o apoio da ONU e envolveu mais de 1.300


cientistas de 96 países;

•o planeta está atingindo um grau irreparável de depredação de seus


recursos naturais, cujas consequências podem se agravar
significativamente nos próximos 50 anos.

• tem servido de referência principal para os trabalhos sobre serviços


ambientais
Serviços ecossistêmicos
são benefícios à humanidade providos por múltiplos produtos
e processos mantidos por ecossistemas naturais

Provisão Regulação Culturais Suporte


bens produzidos ou benefícios obtidos benefícios sociais e serviços necessários
aprovisionados pela regulação dos psicológicos gerados para a produção de
pelos ecossistemas processos do à sociedade pela todos os outros
ecossistema interação com serviços
ecossistemas
naturais

alimento, água purificação da água, valores estéticos e formação de solo, a


doce, lenha, fibras, polinização de educativos, geração fotossíntese, a
recursos genéticos, cultivos agrícolas do de conhecimentos, produção primária,
produtos entorno, regulação recreação, a ciclagem de
farmacêuticos e de do clima, das cheias, inspiração, eco e nutrientes
uso em medicina da erosão, de agroturismo, valores
natural, recursos doenças, de pragas espirituais e
ornamentais religiosos
Demanda por madeira e produtos florestais não
madeireiros
Serviços de regulação

polinização de cultivos agrícolas

Níveis de dependência de polinização biótica com base nas potenciais quedas de produção na
ausência de polinização em 107 culturas de importância agrícola mundial. Essencial: até 90% de
redução; Alto: 40 a 90%; Modesto: 10 a 40%; Pouco: até 10%; Neutro: sem interferência da
polinização biótica na produção; Desconhecido: sem informações disponíveis. Klein et al. (2007).
Dependência de
polinização

50%

40%
35%
43%

100%
14%
45-75%
88%

http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2012/03/polinizacao-artificial-garante-
maior-produtividade-do-maracuja-em-mg.html
Sequestro de carbono
Ver animação em http://www.institutoterra.org

2001 Fonte: Instituto Terra


2010 Fonte: Instituto Terra
Custo do tratamento de água (por 1.000 m3):
• área conservada: R$ 2,00
• área altamente impactada: R$ 500,00
Planejamento  Paisagem  Ocupação
Várias
iniciativas em
desenvolvimento
Exemplos concretos de PSA-Água
Projeto Custo Total do Projeto (R$) Valor do Recurso (R$/Ha)
Conservador das Águas/ MG 2,172,000 176/ano
Produtor de Água- Bacia PCJ/SP 3,600,000 De 25 a 125/ano
Produtores de Água e Florestas - Bacia Guandu /
RJ 1,900,000 De 10 a 60/ano
Produtores de Água - Bacia Benevente - ES 2,500,000 De 80 a 340/ano
Produtores de Água - Bacia Guandu - ES 1,000,000 De 80 a 340/ano
Oásis - São Paulo /SP 1,200,000 De 75 a 370/ ano
Oásis - Apurana - PR 130.000 (inicial) De 93 a 563/ano/propriedade
Programa de Gestão Ambiental daRegião dos
Mananciais - SOS Nascentes 200.000 (anual) De 175 a 577/mês
Piripau - DF/GO 29,500,000 De 80 a 200/ano
Corredores do Vale do Garatinguetá - BHPS - SP 784,5 De 40 a 320/ano
Campo Grande - MS 880 De 25 a 125/ano
Produtor de Água de São Francisco Xavier - SP 1,300,000 Máximo de 1.424,26/ano
Produtores de Água - Bacia do Rio São José 2.500.000 (anual) De 80 a 340/ano
Promata Itabira - MG 601.190 (anual) De 140 a 300/ano
Promata Itamonte - MG 371.148 (anual) De 140 a 300/ano
Promata Carlos Chagas - MG 651.018 (anual) De 140 a 300/ano
Promata Amanhágua - MG 1,200,000 De 140 a 300/ano
Projeto AMAJF 761.000 (anual) De 140 a 300/ano
Promata 4 Cantos - AMA Lapinha - MG 450,435 De 140 a 300/ano
Serviços ecossistêmicos culturais no
projeto de restauração de Iracemápolis
Resultados: Valores estéticos

• 96% preferiram a
floresta;

• 2% gostaram de
ambos;

• 2% preferiram os
canaviais
Recreação e turismo
Tipo de visitante visitantes por ano
População em geral 300
Idosos 100
Pescadores, caminhantes, ciclistas 2880

• 34,6% dos entrevistados visitam o projeto de restauração


para algum tipo de recreação;

• 88% dos entrevistados gostariam de uma visita


monitorada ao reflorestamento de Iracemápolis para saber
mais sobre ele, e 62% aceitariam pagar por isso (em média,
R$5,00)
Valores espirituais e religiosos
• 1,5% dos entrevistados usam a floresta para ritos
religiosos;
Sentimentos associados aos cenários:

Tranquilidade Ordem Tristeza Atraso

45.6% 28.3% 0.2% 0.2%

X X
Tranquilidade Ordem Tristeza Atraso

2.6% 2.4% 27.1% 19.6%


Educação
Uso da floresta restaurada em aulas de campo...
Anos de Alunos por Alunos nos 20
Tipo de estudante Instituição Curso
visitação ano anos
Instituições
Colegial Ciência 6 350 2100
municipais
Graduação Esalq/USP Agronomia 20 200 4000
Biologia 8 35 280
Eng. Florestal 10 40 400
Gestão Ambiental 3 30 90
Pós-graduação
Esalq/USP Gerenciamento Ambiental 5 40 200
Stricto sensu
Manejo dos Solos 6 40 240
Pós-graduação Lato
Esalq/USP Adequação Ambiental 8 20 160
sensu
Restauração Ecológica 2 20 30
Total: 775 7500

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