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A vida devocional

do obreiro
Introdução
 A devoção tem a ver com a nossa dependência de Deus;
 Ser uma pessoa devota nada mais é do que colocar Deus e todas
as suas coisas em primeiro lugar;
 Uma vida devocional saudável revelará uma espiritualidade
produtiva, forte e abençoadora;
 O plantador de igrejas, mais do que qualquer outro, necessita
desenvolver uma vida espiritual pautada pelos ensinos bíblicos;
 Ele precisa estar totalmente alimentado por todos os meios de
graça oferecidos por Deus;
 Uma vida devocional saudável necessita de disciplina séria e
rígida;
 Não é a disciplina que vai produzir espiritualidade saudável, mas
ela se faz necessária.
Definições
 “Espiritualidade significa a busca e a própria
experiência da comunhão com Deus. Inclui a
expressão dessa convivência a partir de
práticas que agradam ao criador. À medida que
alguém se aproxima de Deus, a espiritualidade
torna-se mais intensa e real. A distância e o
descaso por Deus mitigam a comunhão e
subtraem o brilho e a cor da espiritualidade. É
por isso que o legalismo e a religião formal
fincam suas raízes em uma espiritualidade
defeituosa ou deficiente” (Russell Shedd).
 “Espiritualidade é algo de cunho
pessoal, que cada um experimenta a
sua maneira, em seu cotidiano. Ela
se evidencia através de formas
religiosas distintas, como jejum,
reunião de oração, serviço cristão e
leitura da Bíblia, e se expressa de
maneiras igualmente diversas, de
acordo com o grupo religioso em
questão” (Joyce Every-Clayton).
 “A dimensão espiritual e a pessoal
possuem entre si um ligação profunda.
Particularmente, entendo espiritualidade
como a busca de maior intimidade e
amizade com Deus. O coração
quebrantado, a alma apegada ao Senhor,
o encontro em silêncio com a face
amorosa de Deus no secreto, a leitura
meditativa das Escrituras e o mistério da
comunhão com Deus no íntimo são
dimensões da espiritualidade cristã que
curam as feridas humanas” (Isabelle
Ludovico).
 “O desejo é o impulso vital da vida
humana. Nossos anseios ditam a
abrangência de nossas experiências,
e a profundidade determina os
padrões que usamos para julgar e a
responsabilidade com que
escolhemos nossos valores. Por isso
é tão importante desejarmos coisas
que ultrapassam o simplesmente
material, que sejam transcendentes”
(James Houston).
 “O que entendemos por
espiritualidade é nada menos que os
valores pelos quais vivemos e que
demonstramos no estilo de vida que
seguimos – como utilizamos nosso
tempo, gastamos nosso dinheiro,
como nos vestimos e aonde vamos
de férias” (Dom Laurence Freeman).
 “Desta forma espiritualidade está
relacionada a uma atitude, a um
movimento interno, a uma ampliação
da consciência, a um contato do
indivíduo com sentimentos e
pensamentos superiores e ao
fortalecimento, ao amadurecimento
que este contato pode resultar para
a personalidade” (Ana Catarina de
Araújo Elias).
A superficialidade devocional
 Hoje talvez, mais do que em qualquer outro tempo,
percebe-se um esvaziamento na prática devocional na
vida dos crentes em geral;
 Tanto o cristão comum como os líderes religiosos
desenvolvem pouco ou quase nada uma vida
devocional saudável;
 Muitos acham mais importante desenvolver trabalhos,
tarefas, planos e projetos, correm o dia todo e se
esquecem do seu momento a sós com Deus;
 As razões para uma prática devocional fragilizada e
superficial podem ser justificadas em função das
correntes filosóficas que embasam nossa cultura pós-
moderna:
Secularismo: “O cosmos é tudo o
que existe”
 É aquilo que Paulo denuncia em Romanos 12.2, quando afirma:
“Não vos conformeis com este século”. Século aqui se refere ao
modelo que o mundo apresenta;
 O secularismo afirma que tudo o que existe está preso àquilo que
o cosmos é. Carl Sagan afirmou: “O cosmos é tudo que existe,
existiu ou existirá”;
 Os slogans são: “Você só vive uma vez”, “Somos a geração
agora”;
 Se o agora é tudo o que temos, se o cosmos é tudo o que existe,
logo não há porque nos preocuparmos com o futuro, com a vida
depois da morte, muito menos com Deus, pois ele não existe
mesmo;
 Não há salvação, pecado, julgamento, castigo, etc.;
 Só há o aqui e o agora;
 Diante de tudo isso por que deveríamos nos preocupar com a
devoção?
Humanismo: “Você será como Deus”
 Significa olhar para o ser humano, à parte
de Deus;
 O melhor exemplo de humanismo que
temos é o de Nabucodonozor (Dn 4.30);
 Quando o humanismo assumiu sua posição
no início do Iluminismo ou da Renascença a
frase que se tornou célebre foi: “Os céus
não reinam mais”; O humanismo nos
remete às palavras de Satanás no Éden:
“Sereis como Deus” (Gn 3.5);
 Se tudo isso é verdade como encontrar
espaço para a prática devocional?
 O Manifesto Humanista escrito em 1933 e reeditado
em 1973 afirma: “O deísmo tradicional,
especialmente a fé no Deus que ouve orações, que
se supõe amar e se importar com as pessoas, ouvir
e entender suas orações, e ser capaz de fazer algo a
respeito delas, é uma fé não comprovada e
antiquada. O salvacionismo, baseado em mera
afirmação, também parece prejudicial, distraindo as
pessoas com falsas esperanças de um céu por vir.
Mentes razoáveis procuram outros meios para
sobreviver”.
 “Não encontramos evidências suficientes para a
crença na existência do sobrenatural. Não há
evidência crível de que a vida sobrevive à morte do
corpo”;
Relativismo: “Um pântano moral”
 Visto que não há um Deus, nem julgamentos futuros,
nem céu e nem inferno, nem galardão ou castigo, logo
não há absolutos em qualquer área da vida;
 Allan Bloon afirma que todo estudante universitário
afirma que a verdade é relativa; logo fica impossível
educar alguém nesse ambiente;
 Como formar o caráter, estabelecer regras, princípios
de certo e errado, verdadeiro e falso, justo e injusto,
com tal filosofia?
 Isso aplicado à moral, à ética, à religião torna-os num
verdadeiro pântano, lodoso e escorregadio;
 Numa sociedade governada por uma filosofia relativista
como encontrar motivação para a prática devocional?
Materialismo: “A garota material”
 É o secularismo na prática, pois se o cosmos é tudo o
que existe, logo só existe o que é material e
mensurável;
 Os nossos próprios ídolos passam a ser todos os heróis
que tiveram sucesso material;
 Madona foi chamada de: “A garota material”;
 Todo o nosso esforço humano é voltado para as coisas
materiais;
 Investimos tudo no material e o pouquinho que sobra
nas coisas espirituais;
 Isso é tão evidente que pouco ou quase nenhum tempo
é deixado para as coisas materiais;
 As igrejas estão vazias, a Escola Dominical fracassada,
as reuniões de oração nem existem mais;
 Se tudo é materialismo por que se preocupar com
coisas espirituais que poderiam resultar de uma vida
devocional?
Pragmatismo: “Isto funciona para mim”
 É medir a verdade por seu valor utilitário;
 É viver em função da famosa máxima que diz:
“Os fins justificam os meios”;
 Se isto implica em resultados bons, positivos,
logo, só podem estar corretos;
 O alvo do pragmatismo é a eficiência e não a
qualidade;
 O alvo da Revolução Industrial é encontrar a
maneira mais rápida e barata de fabricar os
produtos e de alcançar os objetivos, sem levar
em conta qualidade, perícia profissional ou
estética;
 Diante disso, qual o valor da oração, do jejum,
da leitura da Bíblia?
Desatenção: “divertindo até a morte”
 É a inabilidade ou indisposição de olhar para a vida de
forma cuidadosa;
 Somos ativistas ao extremo; corremos por todos os
lados;
 Temos nos esquecido de viver;
 Paulo afirma: “Mas transformai-vos pela renovação da
vossa mente” (Rm 12.2);
 Pessoas nascem e morrem e não se dão conta de que
passaram por aqui, elas se quer sabem que viveram;
 É um mundo apressado, um mundo de megas e rápidos
processadores;
 Toda essa correria do dia-a-dia, esse ativismo
desenfreado, produz uma sociedade desatenta, vazia,
despreocupada.
Como essas correntes
filosóficas influenciam a vida
devocional?
Secularismo
 Como desenvolver uma prática de oração diária diante de uma
sociedade que não acredita mais em Deus e nas doutrinas
bíblicas?
 Por isso trocamos a oração, a profundidade bíblica, o jejum
profundo e verdadeiro por mensagens superficiais, louvorzão,
agitos, etc.;
 O que importa é entreter o povo e não transformá-lo, pois não
há razão para transformação;
 Não conseguimos mais distinguir um cristão de um ímpio;
 Em muitos casos é difícil distinguir um culto numa igreja
evangélica de uma sessão num terreiro de umbanda ou de um
show de uma banda qualquer;
 Por que tudo se resume no aqui e agora, logo as igrejas precisam
proporcionar prazer ao ser humano aqui e agora;
 Não é essa a ênfase nas igrejas de corrente neopentecostal?
Humanismo
 Como desenvolver vida de oração, de quebrantamento,
de arrependimento, de confissão, de jejum, numa
sociedade onde o homem é o seu próprio deus?
 Os próprios temas das pregações mudaram e o foco é
sempre a satisfação do cliente;
 As mensagens versam sobre conquistas e vitórias; em
como vencer a depressão, formar famílias excelentes,
ser feliz, etc.;
 Somente às necessidades humanas precisam ser
satisfeitas, e isso não inclui devoção;
 Não há temas que versem sobre como ajustar suas
contas com um Deus ofendido; a pecaminosidade
humana, a carência do homem, etc.
Relativismo
 As verdades bíblicas não são mais pregadas como
verdades absolutas, logo, tudo aquilo que a Bíblia
ensina sobre a necessidade de vigilância e oração, de
buscar a Deus de todo o coração não tem mais valor
nenhum;
 Aqueles que afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus e
que suas verdades são absolutas são vistos como
arrogantes;
 É politicamente incorreto afirmar que só Jesus é o
Salvador;
 As verdades não são mais afirmadas, elas são
compartilhadas. Percebem a sutileza;
 Tudo o que acontece tem se tornado em mera opinião.
Não existem mais fatos, só opinião;
 Isso é bem contrário ao que Paulo afirmou em
Filipenses 4.8;
 Acabamos nos convencendo de que a devoção não é
necessária.
Materialismo
 Por se acreditar que tudo é material, logo tudo
tem que ser vendido ou comprado, logo, a
existência se transforma num grande negócio;
 Aqueles que se atiram a prática devocional
fazem como se fosse uma barganha com Deus,
em que a quantidade de tempo gasto em
oração tem que valer tantas bênçãos;
 Toda a devoção se transforma em mero
negócio: faço isso para ganhar aquilo;
 A devoção se dá por interesses pessoais como:
saúde, prosperidade, segurança e gozo (Elben
Lenz César);
 Não há mais prazer na comunhão com Deus,
mesmo porque para muitos Deus nem existe e
se existe é somente para dar-nos aquilo que
queremos; não há temor de Deus, nem
reconhecimento de sua santidade;
 Não é mais Deus quem determina o que o
povo precisa, mas é o povo que determina
aquilo que Deus tem que dar;
 Muitas igrejas transformaram a mensagem em
amuletos, colares, pulseirinhas, lenços, etc.
para serem vendidos;
 As bênçãos são barganhadas;
 O culto que deveria ser o espaço de adoração
transformou-se em show gospel e em
supermercado da fé, onde tudo pode ser
comprado.
Pragmatismo
 A devoção só deve ser praticada se implicar em resultados
imediatos, caso contrário ela tem que ser abolida, pois o
ministério precisa de resultados rápidos;
 Transformou o espaço que deveria ser usado para a pregação em
espaço para o testemunho de casamentos refeitos, pessoas
libertas das drogas, empresários bem sucedidos, músicos que
trocaram o mundo artístico secular pelo evangélico, esses se
transformaram em pregadores deste século;
 É mais vantajoso fazer um grande evento com o testemunho de
uma pessoa famosa, do que colocar o povo para orar e jejuar e
depois pregar a genuína Palavra de Deus;
 As bandas evangélicas se multiplicam e vendem o seu ministério a
peso de ouro;
 Temos até pirataria, contrabando e adulteração de produtos
evangélicos;
 Os preletores de congressos são convidados como meio de atrair
público e não pela relevância daquilo que eles ensinam.
Desatenção
 Por sermos desatentos, temos transformado o
cristianismo em algo trivial, sem significado,
logo, não encontramos relevância nos ensinos
bíblicos e nem tempo para as coisas mais
importantes da vida espiritual;
 Ser evangélico, pastor, apóstolo, reverendo,
não significa mais nada, pois todos são
empacotados na mesma sacola;
 Isso nos leva a perder a fibra, o caráter, a
identidade e, acima de tudo, o poder e a unção
de Deus.
Exemplos bíblicos
 O cultivo de uma vida devocional saudável e
de uma espiritualidade produtiva tem que se
fundamentar nos ensinos bíblicos;
 Somente nas escrituras encontraremos os
exemplos, os ensinos, os meios e os recursos
para uma vida devocional abençoada;
 Outros escritos são importantes, exemplos
de homens e mulheres de Deus têm
relevância, mas a Bíblia deve ser a última
palavra.
Enoque
 Enoque teve uma vida de profunda
intimidade com Deus, sua comunhão
com Deus era tão grande que o próprio
Deus o tomou para si (Gn 5.24). Mais
importante do que o fato dele ter sido
transladado por Deus, foi o seu
testemunho de ter agradado a Deus,
caminhando diariamente com ele;
Moisés
 Moisés foi outro homem que manteve
uma profunda experiência de devoção
para com Deus; era um homem que
vivia constantemente em atitude de
oração por ele mesmo, mas
principalmente intercedendo em favor do
povo (Dt 34.10-12);
 Teve uma vida intensa de ocupações,

mas mesmo assim tinha tempo para a


devoção.
Ana
 Ana se destaca como alguém que viveu
com intensidade a devoção diante de
Deus e recebeu aquilo que pedira. Ela
orou com fervor humilhante diante de
Deus (1 Sm 1.9-18);
 Não teve vergonha de ser censurada por

Eli, derramous-e integralmente diante de


Deus.
Outros
 Davi preferia meditar dia e noite nas
coisas de Deus a perder tempo com
coisas materiais. Os salmos escritos
por ele revelam o seu profundo
compromisso com a devoção;
 Ester arriscou a própria vida, mas

convocou seu tio e todo o povo para


uma jornada de jejum em oração em
favor de sua causa de defender os
judeus (Et 4.15,16);
 Neemias diante das terríveis notícias a
respeito de sua cidade quedou-se
humilhado diante de Deus (Ne 1.4);
 Daniel foi modelo de disciplina ao se

recuar, sob risco de vida, quebrar seu


bendito hábito diário de orar três vezes
(Dn 6.10).
Jesus: O maior exemplo
 Jesus foi e sempre será o maior exemplo de
devoção (Lc 2.40; Hb 4.15; 5.8). Ele era
humano e na sua humanidade deixou-nos o
exemplo da necessidade de devoção;
 Praticou a devoção antes de tomar grandes
decisões como no início do seu ministério (Lc
4.1-15);
 Praticou a devoção quando da escolha de seus
discípulos (Lc 6.12);
 O poder demonstrado no ministério de Jesus
era resultado de sua vida devocional (Mc
1.35);
 Logo após a primeira multiplicação dos pães Jesus se
retirou para orar (Mt 14.22,23). Sobre isso George
Buttrick comenta: “Subiu ao monte para orar a parte;
quando chegou a noite, estava ali só. O vemos ali de
joelhos. O rosto empalidece. Sua silhueta destaca-se
agora na moldura das estrelas. A lua lentamente se
vai, porém ele permanece de joelhos. Suas mãos se
levantam em súplica. Seu rosto voltado para cima
capta a luz que se desvanece. Está ele falando agora
como se Deus estivesse do outro lado da rocha?
Parece-lhe o céu ser de bronze? E sua única resposta
um eco? O que está dizendo? Não podemos sabê-lo:
O lugar é terra santa”;
 Jesus tinha o hábito devocional, não era mera
ocasião, algo que acontecia por acaso, de vez
em quando, era um compromisso diário e
constante (Lc 22.39-41);
 A vida devocional de Jesus incluía a maioria dos
aspectos da vida devocional: Solidão,
meditação, estudo das escrituras, jejum e
oração;
 Após os momentos devocionais, que quase
sempre aconteciam na quietude do Jardim ou
no silêncio da Montanha, Jesus descia para o
vale da necessidade, da dor e do sofrimento
humano;
 Existem ocasiões no ministério que é
necessário um suprimento especial de
comunhão com Deus: “Respondeu-lhes: Esta
casta não pode sair senão por meio de oração e
jejum.” (Mc 9.29).
A oração como meio de devoção
 Creio que a oração é a coisa mais importante
na vida das pessoas que querem trabalhar
para o Reino de Deus, é tão importante, que
os apóstolos se negaram a servir as mesas,
não por negligência, mas por entenderem
que “a oração e o ministério da Palavra”
(Atos 6:4), eram prioridades;
 A oração é, segundo as Escrituras, uma via
de mão dupla por meio da qual o crente, com
seu clamor, chega à presença de Deus, que
em resposta vem ao seu encontro “Invoca-
me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas
grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33.3);
 A oração é o fruto espontâneo da consciência de um
relacionamento pessoal com o Todo-Poderoso, em
que não há espaço para o monólogo, pois quem ora
não apenas fala, mas também precisa estar disposto
a ouvir;
 A oração é um diálogo em que o crente aprofunda
sua comunhão com Deus e ambos conversam numa
linguagem que tem como intérprete o Espírito Santo:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste
em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como
convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós
sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele
que sonda os corações sabe qual é a mente do
Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que
ele intercede pelos santos” (Rm 8.26,27);
 Orar é fazer parceria com o Eterno. Orar é sinônimo
de incompetência de nossa parte. Talvez seja por isso
que nós não oramos, pois nós nos julgamos tão
capazes e competentes;
 Billy Graham afirmou constantemente: “Se Deus tirar
a mão da minha vida, estes lábios se tornarão lábios
de barro”;
 E. M. Bounds, considerado o apóstolo da oração,
escreveu: “Muita oração, é o sinal e selo dos grandes
líderes de Deus”;
 Ele, ainda, afirma: “Nenhum conhecimento substitui a
oração ou a falta dela. Nenhuma sinceridade,
diligência, estudo, dom suprirá a sua falta. Falar com
os homens sobre Deus é uma grande coisa, mas falar
com Deus sobre os homens é uma coisa ainda maior.
Pois palavras sem oração..., são palavras mortas”.
 Spurgeon respondendo sobre o sucesso do seu
ministério disse: “Trabalho de joelhos! Trabalho de
joelhos!”;
 Bounds assim disse: “Líderes que não oram
prejudicam a causa de Deus”,
 Wesley L. Duewel, em seu livro Em Chamas para
Deus, diz: “O sucesso do ministério pastoral não está
no tamanho da sua Igreja, nem na sua arrecadação,
nem nos planos e métodos de trabalho, mas, antes,
no tempo em que o seu líder investe em oração”.
 A Oração do Pai Nosso ensinada por Jesus aos seus
discípulos, não é simplesmente uma fórmula para ser
repetida (Mt 6.9-13);
 Se assim fosse Jesus não teria condenado as "vãs
repetições" dos gentios;
 O propósito dela é ensinar os pontos principais que
dão forma ao conteúdo da oração cristã;
 Ela não é uma oração universal, para qualquer pessoa
fazê-la, mas exclusivamente àqueles que reconhecem
Deus como Pai;
 Ela destaca os seguintes aspectos:
 Necessidade de se reconhecer a soberania
divina: “Pai nosso, que estás nos céus”;
 Necessidade de se reconhecer e buscar a
santidade divina: “santificado seja o teu
nome”;
 A necessidade de se amar o reino e desejar a
sua vinda: “venha o teu reino”;
 A necessidade de se colocar em sincera
submissão à vontade de Deus: “faça-se a tua
vontade, assim na terra como no céu”;
 A necessidade de se reconhecer que todo
sustento procede de Deus: “o pão nosso de
cada dia dá-nos hoje”;
 A necessidade de pedir perdão e perdoar
os devedores: “e perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós temos perdoado
aos nossos devedores”;
 Necessidade de se reconhecer que só em
Deus há proteção: “e não nos deixes cair
em tentação; mas livra-nos do mal”;
 Necessidade de se reconhecer que a Deus
pertencem todas as coisas: “pois teu é o
reino, o poder e a glória para sempre.
Amém”.
 Jean Massilon disse a um grupo de ministros:
“Um pastor que não ora, que não ama a
oração, não pertence à igreja, que ora sem
cessar. Ele é uma árvore seca e infrutífera que
estorva o solo do Senhor. Ele é o inimigo, e
não o pai de seu povo. Ele é um estranho que
usurpou o lugar do pastor e a quem a
salvação do rebanho é indiferente. Portanto,
meus irmãos, sejam fiéis em suas orações e
suas funções serão mais úteis, seu povo será
mais santo, seu labor será mais doce e os
males da igreja diminuirão. Esse homem
deixa, se é que podemos usar essa expressão,
de ser um ministro público no momento em
que deixa de orar”;
 Gardner Spring afirmou: “Sem oração, até mesmo as
mais espirituais verdades só poderão ser estudadas
como uma mera ciência, e nosso conhecimento
crescente dessas verdades não ministrará à nossa
espiritualidade. Com a oração, nós nos
familiarizamos mais com o adorável e bendito Deus,
e isso nos fará cair no pó diante dele, e fará com que
o serviço que prestamos a ele seja a nossa alegria.
Não é a visão do olho que descobre as verdades em
sua beleza. Mas a visão obtida através do telescópio
da oração, na qual objetos distantes são trazidos
para perto e ampliados. Coisas jamais vistas em
nenhum lugar no assento da misericórdia, em novos
aspectos, em nova beleza e em nova amabilidade.
Elas se sobressaem em seu brilho celestial, elas se
agrupam como as estrelas da Via-Láctea. O olho
encantado se estende sobre elas, o peito em
expansão pode senti-las, e quando nós falamos delas
é com os lábios em brasa”;
 John White: “Se você se aproxima de
Deus, determinado a orar até conseguir
o seu pedido, como se o sucesso de sua
oração dependesse de seus esforços
resolutos, corre o risco de acabar em
profundo desânimo”;
 “Se você não experimentar emoção

profunda na oração, ignore suas


emoções. A fé é uma atitude da vontade
que diz: quer eu sinta que Deus está
aqui ou não, quer eu sinta que ele vai
me ouvir ou não, a sua Palavra diz que
ele ouve e atende, e eu vou contar com
isso”;
 Douglas F. Kelly: “Nas orações de seu povo, como em
toda parte, nosso Deus tem a iniciativa. Isto é muito
encorajador, se entendermos o que significa. Orações
eficientes começam no céu e são enviadas a nós pelo
próprio Deus”;
 “O que quer que façamos, onde quer que estejamos –
em toda nossa vida – Deus tem um plano para o
nosso trabalho diário, para a conquista de almas e
para a pregação. Um dos meios que ele usa para
realizar seu plano é ativar nossa personalidade,
levando-nos a orar e agir com inteligência, pregando,
testemunhando e servindo”.
 Afirma em seu livro que quando oramos nossa
intenção não deve ser a de mudar a vontade de Deus
para fazer aquilo que pedimos, mas, antes, de mudar
a nossa vontade, no sentido de se tornar conforme a
vontade de Deus.
A Suficiência da Palavra de Deus
 No Salmo 19.7-14 Davi mostra o valor da
Palavra;
 Ela é perfeita, fiel, reta, pura, límpida,
verdadeira, desejável, doce e recompensadora;
 Em Mateus 4, quando Jesus foi tentado, ele
mostrou a suficiência da Palavra de Deus, citando
Deuteronômio 8.3; 6.16; 6.13;
 Ele não argumentou com Satanás, não pediu
sinais especiais a Deus, não recorreu a poderes
sobrenaturais, apenas citou a Bíblia.
 Ele conhecia a Bíblia, firmava-se nela e a usava
poderosamente;
 Em 2 Timóteo 3 Paulo adverte o jovem
pastor sobre as coisas terríveis que vão
acontecer com àqueles que se dizem
cristãos (v. 5);
 Esse é o estado da igreja corrompida e

não dos pagãos. O problema não é que


o mundo será mau, mas que a igreja
será como o mundo. Ela será
indistinguível do mundo;
 A resposta de Paulo a essa situação

caótica não é nenhuma fórmula mágica.


A resposta está em 2 Timóteo 3.14,15.
A Palavra é suficiente para a
evangelização
 A Bíblia é a única coisa suficiente para a
evangelização. Sola Scriptura;
 Música cativante, testemunhos comoventes,
apelos emocionantes, ir a frente e assumir
compromisso pessoal com Cristo, etc. é no
máximo algo complementar;
 Tudo isso sem a genuína pregação da Palavra
produzirá falsas conversões; gerará apenas um
nominalismo religioso;
 Pedro afirma que somente a Bíblia pode ser
usada para a regeneração das pessoas (Isaías
55.11; 1 Pedro 1.23).
Sinais e maravilhas não levam
ninguém à salvação
 O conteúdo da mensagem de Jesus – Marcos 1.14,15;
21,22;
 Foi à casa de Pedro e curou a sua sogra – Marcos
1.29-31;
 À tarde fez muitas curas – Marcos 1.32-34;
 De madrugada retirou-se para orar e quando foi
achado afirmou que deviam ir para outro lugar com o
objetivo de pregar – Marcos 1.35-38;
 Jesus se recusou a dar continuidade a um ministério
de cura, pois seu objetivo principal era pregar o
evangelho do reino;
 Jesus queria que as pessoas fossem curadas
espiritualmente e fossem para o céu, não o contrário.
Milagres não convertem
ninguém

 A parábola do rico e de Lázaro mostra


isso – Lucas 16.27-31;
 Somente a palavra, pela operação do

Espírito Santo, pode levar a salvação –


Romanos 10.6-9.
A Palavra é suficiente para a
santificação

 Para muitos a santificação é resultado ou de um


método do tipo: três passos para a santificação; ou é
uma experiência sobrenatural do tipo: uma segunda
obra da graça, um batismo com o Espírito Santo;
 A mensagem paulina mostra que santificação é
resultado de se conhecer o que a Bíblia ensina acerca
do que Deus fez por nós em nossa salvação;
 Em Romanos 6.11 ele afirma: Considerai-vos mortos
para o pecado; isso mostra o fato de que Deus fez
um trabalho irreversível na vida do pecador, levando-
o a morrer para o pecado;
 O tempo dos verbos está no passado. No grego é um
aoristo que denota uma obra realizada;
 O método de Paulo para a santificação é conhecer a
doutrina bíblica. O conhecimento a respeito do que
Deus fez, leva o pecador a buscar viver de acordo
com a vontade de Deus;
 Só podemos conhecer aquilo que Deus fez,
conhecendo a Bíblia;
 Paulo faz três perguntas: 1) Pode um adulto se
tornar uma criança novamente? 2) Pode um adulto
agir infantilmente? 3) O que você diz a um adulto
que está agindo infantilmente?
 Paulo está dizendo isso aos crentes: cresçam e
comecem a agir como crentes maduros e não como
crianças;
 Isso é viver de acordo com a suficiência da Palavra
de Deus, fruto do seu conhecimento.
A Palavra é suficiente para a
orientação
 A orientação de Deus não é do tipo: para casamentos
felizes tecle 1; para emprego tecle 2; para passar na
faculdade tecle 3; para buscar uma namorada tecle
4;
 Também não do tipo: Orei a respeito disto, e Deus
me disse para fazer o seguinte. Um crente maduro
perguntaria: Onde está o capítulo e o versículo da
sua afirmação;
 Isso tudo é misticismo. Não é assim que Deus
orienta os seus filhos;
 Toda a orientação que precisamos está na Bíblia;
 Casos omissos como: que trabalho vou escolher?
Onde devo morar? Com quem devo me casar?
 Nesses casos devemos orar pela
providente orientação de Deus e depois
estamos livres para fazer o que nos
parecer correto;
 Nessas áreas somos livres para agir e
Deus nos dará o melhor desde que
obedeçamos a Deus e busquemos viver
em piedade;
 Isso não significa que Deus não tem
um plano traçado para a nossa vida.
Ele tem, contudo não precisamos
conhecê-lo previamente. Na verdade,
não podemos. Precisamos conhecer o
que Deus diz na Bíblia;
 Na Bíblia temos toda a orientação sobre
como viver piedosamente. Basta que
conheçamos e pratiquemos. (Exemplo: Os
Dez Mandamentos; As Bem-aventuranças);
 É vontade de Deus que amemos uns aos
outros – João 15.12;
 É vontade de Deus que sejamos santos – 1
Tessalonicenses 4.3;
 É vontade de Deus que oremos – 1
Tessalonicenses 5.17;
 É vontade de Deus que não nos
conformemos com o mundo – Romanos
12.2.
Um Exemplo Bíblico

 Salmo 1.1-6
Este homem tem uma vida com
propósitos
 Ele afirma: “Ele é como árvore plantada junto
à corrente de águas”;
 Todos sabem como as árvores se espalham e
se multiplicam num processo natural de
desenvolvimento;
 Elas nascem dado ao processo natural
desenvolvido pela natureza;
 Suas sementes podem ser levadas pelo
vento, pelas correntes de águas, no bico de
uma ave, nas penas de outra, elas nascem ao
acaso;
 Uma árvore plantada é diferente, ela
tem propósito, tem uma finalidade
estabelecida; um objetivo;
 A semente é preparada, a muda é feita

e cuidada e no devido tempo é plantada


em lugar especial de acordo com a
finalidade proposta;
 O cristão verdadeiro também é assim:

nada é acaso em sua vida;


 Fomos plantados por Deus, logo, onde

moramos, trabalhamos, estudamos é o


lugar onde Deus quer que estejamos.
Este homem é frutífero
 Ele afirma: “No devido tempo, dá o seu
fruto”;
 Está árvore consegue transformar a água que
recebe em suas raízes e transformá-la em
frutos;
 Frutos que vão alimentar aves, animais,
peixes, insetos, seres humanos e outros seres
vivos;
 Ademais, aquelas que não forem comidas
cairão sobre a terra e se transformarão em
matéria prima que vai adubar a terra;
 Fruto também é sinal de multiplicação, pois a
semente está no fruto;
 Ao produzir fruto ela alimenta e
também se multiplica;
 O cristão foi chamado a produzir

frutos;
 Devemos ser canais da bênção de

Deus a todos aqueles que nos


cercam;
 Devemos frutificar produzindo novas

sementes que se tornarão em outras


árvores como nós; isso é discipulado.
Este homem é forte e saudável
 Ele afirma: “Cuja folhagem não murcha”;
 Derek Kidner afirma: “A promessa de que a
folha fica imune ao murchar não é
independência do ritmo das estações; é o
livramento dos danos aleijantes da seca”;
 Toda árvore terá que enfrentar às quatro
estações do ano;
 Isto produz desgastes para a árvore:
enfrentar o calor extenuante do verão ou o
frio cortante do inferno pode levar uma
árvore a ficar quase seca e ter que produzir
frutos no outono produz muito desgaste à
árvore;
 Contudo esta árvore está plantada junto à
corrente de águas; das correntezas ela tira o
vigor, a força e a capacidade para a sua
sobrevivência saudável e permanência forte,
mesmo diante de todas as intempéries
produzidas pela natureza;
 Deus é a fonte da água da vida e somente
alimentados dessa fonte poderemos suportar
os dias maus;
 Deus nos dá os recursos para a nossa
sobrevivência saudável diante de todas as
investidas impostas pela carne, o mundo e o
diabo;
 Ele nos oferece a si mesmo, a sua palavra e
todos os meios de graça necessários a uma
vida cristã saudável.
Este homem é próspero em tudo
 Ele afirma: “tudo quanto ele faz será bem
sucedido”
 O salmista afirma no Salmo 84: “Bem-
aventurado o homem cuja força está em
ti, em cujo coração se encontram os
caminhos aplanados, o qual, passando
pelo vale árido, faz dele um manancial; de
bênçãos o cobre a primeira chuva”;
 No Salmo 112 ele diz: “A sua
descendência será poderosa na terra; será
abençoada a geração dos justos. Na sua
casa há prosperidade e riqueza”;
 José foi um homem assim, ele foi um “leithurgós”,
um abençoador;
 Quando cativo sua história registra: Deus abençoou
a casa do egípcio Potifar por causa de José; depois,
Deus abençoou a prisão onde José estava por causa
de José; por fim, Deus abençoou toda terra por
causa de José;
 Ser próspero não significa ser rico, morar em
palacetes e andar em carros importados, possuir
jóias caras e roupas chiques;
 Ser próspero é ser um abençoador onde Deus nos
plantar;
 José, Moisés, Rute, Davi, Daniel, Ester, e tantos
outros servos de Deus foram abençoadores;
homens dos quais o mundo não era digno.
O Culto Doméstico como meio de
devoção
 Reunião realizada em casa com todos
os membros da família, com a
finalidade única de prestar culto a
Deus;
 Momento solene de comunhão, oração,

louvor e edificação da família;


 Momento solene em que o lar se

transforma em santuário do Senhor,


dedicado ao culto a Deus.
A necessidade do Culto Doméstico
 É uma forma de alimentação espiritual
– Efésios 6.10-13;
 Momento para o compartilhamento da

família;
 É uma maneira especial de dar

testemunho;
 É uma das melhores formas de

testemunho aos filhos;


 Glorificar a Deus na comunhão familiar.
As bênçãos do Culto Doméstico

 Pode unificar e fortalecer a união da


família;
 Através dele os filhos são preparados

para o enfrentamento do mundo –


Deuteronômio 6.6,7;
 Amplia o conhecimento bíblico-

teológico;
 Sacia a fome e a sede espiritual da

alma.
O melhor horário para o Culto
Doméstico

 Jesus costumava fazer isso pela


manhã;
 Por vezes Jesus se reunia à

noite;
 Quando todos podem participar.
O procedimento para o Culto
Doméstico
 O pai sempre deve comandar – Efésios
5.23;
 Deve ser criativo;

 Deve conter leitura bíblica, cânticos,

mensagem e orações;
 Podem ser usadas outras literaturas:

Cada Dia, Pão Diário, Mananciais do


Deserto, Um ano com Jesus;
 Deve ser realizado em um local

apropriado.
Alguns exemplos
 Isaque era um homem de meditação –
Gênesis 24.63;
 Davi insiste sobre o fato de meditar na

Palavra de Deus e muitos de seus


salmos são verdadeiras orações –
Salmos 1.2; 119.97;
 Daniel era um homem de oração –

Daniel 6.10; 9.3,4;


 Neemias recebeu seu chamado como

resposta de oração – Ne 1.3,4;


Princípios básicos para se
desenvolver uma prática
devocional
Desenvolva um planejamento
adequado
 Estudamos no início de nosso curso o efeito
devastador das correntes filosóficas na
prática da nossa vida devocional;
 Muitas vezes não praticamos a devoção como
deveria porque nos deixamos levar pelo
ativismo, imediatismo, consumismo, etc.;
 Nossa agenda revela o tipo de pessoa que
somos e aquilo que é prioridade em nossa
vida;
 As práticas devocionais: oração, leitura e
estudo da Bíblia, culto doméstico, jejum,
devem ser devidamente planejadas;
 Precisamos desenvolver o hábito de

fazer as coisas espirituais;


 Temos agenda para as demais coisas,

menos importantes, como: trabalho,


estudos, lazer, horários para refeições,
banhos;
 Muitas vezes não lemos a Bíblia, não

oramos, não jejuamos, não fazemos


culto doméstico por pura falta de
planejamento.
Adote maneiras práticas para
impedir a divagação
 Principalmente na prática da oração nossa
mente pode facilmente ser levada a vaguear;
 Começamos orar e alguns segundos depois já
nem sabemos mais o que estávamos
falando;
 Uma das maneiras de impedir a divagação é
orar e ler a Bíblia em voz alta, isso impede
que a mente se desvie para outras coisas;
 No culto doméstico é bom desligar os
telefones, a televisão, colocar as crianças
numa posição adequada; é preciso manter o
foco.
Escolha um modelo e um
companheiro de oração
 Dê preferência sempre para alguém do
mesmo sexo;
 Tenha um amigo de oração com quem possa
orar pelo menos uma vez por semana, isso
evitará que você desanime;
 Procure sempre alguém de profunda
confiança e de maturidade bem desenvolvida;
 Escolha alguém com quem você cresça,
aprenda e desenvolva sua vida espiritual;
 Jesus por várias vezes orou com os seus
discípulos e cobrou a presença deles.
Desenvolva um sistema para a
sua lista de oração
 Quando nos propomos a orar é preciso
que saibamos por quais motivos estamos
orando, por isso é importante
desenvolver uma lista de pedidos, ações
de graças, louvores, intercessões;
 Bill Hybels propõe um acróstico para
orientar nossas orações, ACAS:
Adoração, Contrição, Ações de graças,
Súplicas;
 Toda prática devocional que envolva
oração precisa ser seguida de um sério
acompanhamento daquilo sobre o que se
está pedindo.
Ore até que você ore
 Este era um dos conselhos dos
puritanos;
 Muitas vezes oramos, mas não oramos

de fato, oramos apenas com a mente,


mas não com o coração;
 Precisamos aprender a orar com a

mente e com o coração, a nos


derramarmos diante de Deus.
Os destruidores da verdadeira
devoção
Tudo, menos devoção verdadeira
 Tiago afirma que a falta de resposta às nossas
orações é porque não oramos – Tiago 4.2;
 O que destrói a nossa vida de oração é simplesmente
a falta de oração;
 Quando foi a última vez que oramos de fato com
assiduidade, fervor e persistência por algum motivo
como: família, filhos, conversão de alguém que
amamos, crescimento da igreja;
 Lembremos de pessoas como Moisés, Neemias, Ana,
Daniel: esses se derramavam diante de Deus;
 Quando foi a última vez que lutamos com Deus como
Jacó em busca de uma resposta, não a nossa, mas a
de Deus;
 Enquanto tivermos vasilhas vazias Deus as encherás
– 2 Reis 4.1-7.
Pecado não confessado
 Isaías afirma que nossas orações não chegam
a Deus por conta das nossas iniqüidades –
Isaías 59.1,2; 1.15-17;
 Vida devocional implica em vida limpa, não
contaminada pela carnalidade, vida santa,
pura aos olhos de Deus;
 Quando em pecado a única oração que Deus
ouve e responde é a oração de
arrependimento – Salmos 32.1-5; 38; 51;
 Deus determinou aquilo que quer de cada um
de nós – Miquéias 6.8; 1 Tessalonicenses 4.3.
Relacionamentos destruídos
 Em Mateus 5.23,24 Jesus afirma que
nossa oferta só será aceita quando os
nossos relacionamentos estiverem
restaurados;
 Pedro afirma que as orações do marido

podem ser interrompidas pela falta de


relacionamento saudável com a esposa
– 1 Pedro 3.7;
 Todo relacionamento quebrado e não

tratado é empecilho para nossa prática


devocional – 1 João 2.9.
Tratar Deus como se fosse Papai
Noel
 Tiago ensina que não recebemos o que
pedimos porque pedimos mal – Tiago 4.3;
 O egoísmo é outro destruidor de oração;
 Deus não atende orações egoístas, centradas
somente em nossos desejos materiais;
 Precisamos aprender a orar com as grandes
orações registradas na Bíblia: Abraão, Moisés,
Davi, Neemias, Daniel, Jesus, Paulo;
 Uma coisa são nossas reais necessidades
outra são os nossos desejos;
 Muito do que pedimos a Deus deveria ser
motivo de gratidão e não de petição;
 Qual é o conteúdo da oração do Pai Nosso?
 O que vem em primeiro lugar na oração que
Jesus ensinou?
 Surdez ao clamor do pobre;
 O sábio Salomão afirma que Deus ouve
quem ouve ao pobre e necessitado –
Provérbios 21.13;
 O profeta Isaías denuncia a postura religiosa
do povo de Israel e afirma que toda a
devoção era inútil, a razão: surdez ao clamor
dos necessitados – Isaías 58.3-9.
Falta de fé
 A Bíblia é clara em afirmar que a fé é
necessária em nossa vida devocional – Tiago
1.5-8;
 A Bíblia afirma que a fé pode mover
montanhas – Marcos 11.23;
 Afirmamos, pregamos, cantamos um Deus
onipotente, porém quando oramos não
cremos que ele seja capaz de atender nossas
orações;
 O mesmo fazemos com respeito ao seu amor,
misericórdia, justiça, etc., porém, em nossas
orações, muitas vezes duvidamos disso tudo.
Os benefícios da devoção
 Produz intimidade com Deus;
 Produz testemunho saudável diante do
mundo;
 Produz o líder espiritual que sua família
precisa;
 Produz força espiritual necessária para o
enfrentamento das tentações;
 Produz maturidade espiritual e exemplo para
os outros;
 Produz recursos espirituais para serem
transmitidos a outras pessoas.
Bibliografia
 HYBELS, Bill. Ocupado Demais para Deixar de Orar. 1 ed. Campinas,
SP: Editora United Press Ltda, 1999.
 CARSON, D. A. Um Chamado à Reforma Espiritual. 1 ed. São Paulo,
SP: Editora Cultura Cristã, 2007.
 BOMILCAR, Nelson e outros. O Melhor da Espiritualidade Brasileira. 1
ed. São Paulo, SP: Editora Mundo Cristão, 2005.
 BOICE, James Montgomery. O Evangelho da Graça. 1 ed. São Paulo,
SP: Editora Cultura Cristã, 2003.
 PIPER, John. Fome por Deus. 1 ed. São Paulo, SP: Editora Cultura
Cristã, 2006.
 ARMSTRONG, John e outros. O Ministério Pastoral Segundo a Bíblia. 1
ed. São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2007.
 WHITE, John. Ousadia na Oração. 1 ed. São Paulo, SP: ABU Editora
S/C, 1995.
 KELLY, Douglas F. Se Deus já sabe por que orar?. 1 ed. São Paulo, SP:
Editora Cultura Cristã, 1996.
 HOUSTON, James. A Fome da Alma. 2a Ed. São Paulo, SP: ABBA,
2000.
 ELIAS, Ana Catarina de Araújo. A Questão da Espiritualidade na
Realidade Hospitalar.
 GEORGE, Jim. Um Homem Segundo o Coração de Deus. 1 ed.
Campinas, SP: Editora United Press Ldta, 2003.

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