Metodo de Pesquisa e Aprendizado3 Anhanguera

Alunos de Engenharia
Interdisciplinaridade
Material de Apoio
ECA / EEL – 09/2010
Prof. Guilherme Leal
Desenvolvendo a sua capacidade
de adquirir conhecimento
(Uma sugestão de como pesquisar
e estruturar o seu trabalho sobre um assunto novo)

Escopo desta apresentação
• A universidade nos convida
frequentemente a adquirir conhecimentos
e habilidades além dos limites da sala de
aula;
• Esta prática ajuda o aluno, a se preparar
para a vida profissional, aumentando a
versatilidade do recém-formado, e futuro
profissional, que não se nega a ganhar
novos conhecimentos;
• A curiosidade faz parte do ser Humano,
no entanto, podemos inibir ou estimular tal
característica;
• Conhecer um assunto num nível razoável
para prestar um exame, participar de uma
entrevista ou desenvolver um projeto
numa organização, requer muita
dedicação;
• Neste documento iremos apresentar uma
técnica muito utilizada por empresas em
diversas atividades, tais como: gestão, inovação
tecnológica, resolução de conflitos, entre outros;
• Esta pode auxiliá-lo em suas pesquisas dos
trabalhos práticos, preparação para provas,
entrevistas, entre outros;
• Apresentaremos também uma breve, e
simplificada, explanação do processo de
aprendizagem, segundo a ótica de especialistas
no campo da neurociência;
Deming e o ciclo PDCA
• Desenvolvido originariamente por
Walter Shewhart, um profissional da
estatística que desenvolvia controle
estatístico de processos para os
laboratórios Bell, nos anos 30;
• O Ciclo Shewhart acabou sendo
divulgado amplamente a partir da
década de 50 por Willian Eduard
Deming.
• Graças a Deming, Engenheiro, Físico
e Matemático, o ciclo PDCA
alcançou todos os continentes do
planeta, sendo amplamente aplicado
nas empresas;
Ciclo PDCA
• Basicamente o ciclo
PDCA é um checklist;
• Idealizado para a
resolução de problemas;
• Deming mostrou que o
emprego da técnica, para
o desenvolvimento da
melhoria contínua dos
processos das empresas,
era uma receita certa de
sucesso;
Ciclo PDCA
• A norma ISO9000:2008
que permite a implantação
e manutenção de um
Sistema da Garantia da
Qualidade nas empresas,
utiliza amplamente o ciclo
PDCA;
• Mas como podemos
empregá-lo em nossos
estudos?
Ciclo PDCA
• As fases do ciclo:
• Plan: Plano, também pode
ser definido como o
momento em que você
define as metas a serem
alcançadas e os métodos
que serão utilizados;
• Do: Na execução do seu
plano, se deve também
mensurar o andamento da
execução;
Ciclo PDCA
• Check: neste ponto, os
dados obtidos durante a
execução devem ser
avaliados;
• Verificamos se a
execução saiu de acordo
com o que foi planejado;
Ciclo PDCA
• Act: Na fase da ação,
baseada nas
constatações do passo
anterior, iremos executar
ações corretivas para
corrigir o que por ventura
tiver dado diferente do
planejado;
Ciclo PDCA
• Act: Ações preventivas
podem ser tomadas para
que os erros não voltem a
acontecer;
• Novamente passaremos a
fase “Plan”, ajustando o
planejamento;
• Podemos perceber que o
ciclo PDCA é contínuo;
5W2H: procurando a pergunta certa para a sua pergunta
• Esta é uma ferramenta aplicada em muitos

ramos de atividade: gestão(projeto, produto,
processo), inovação tecnológica, resolução de
conflitos, e muito mais;
• Aplicada ao nosso contexto, temos um conjunto
de perguntas que nos ajuda a pesquisar sobre
um assunto novo, ou checar se temos
conhecimento suficiente;
• As cinco primeiras perguntas

• What? Why? Who? Where? When? How?
• O segundo H pode ser considerado opcional
em alguns casos, contudo, em Engenharia é
quase sempre primordial: How much?
Pesquisa deve ser encarado como um ciclo PDCA
• Comece pelo Plan: O plano de sua pesquisa;

• Respondendo as questões da ferramenta
5W2H, teremos:
Pesquisa deve ser encarado como um ciclo PDCA
• A tabela que apresentamos é uma sugestão

para orientá-lo;
• Adaptações podem se fazer necessárias para
atender as suas necessidades de pesquisa ou
estudo;
• Ao término do preenchimento da tabela, você
conterá informações suficientes para a
pesquisa e uma boa idéia de tempo a ser
dispensado para a elaboração;
• Agora passemos a um detalhamento de cada

uma das questões levantadas na tabela:
• Título / Tema (o quê?): Por incrível que possa
parecer, aplicar um pouco de tempo no título ou
tema central do trabalho é de suma
importância;
• A partir do tema bem definido, podemos
delimitar os limites da pesquisa a ser
desenvolvida;
• Objetivos ( Para quê ?):

• Devemos nos empenhar no uso de verbos de
ação da nossa língua;
• É comum identificarmos um objetivo geral,
macro, relacionado diretamente ao tema;
• Objetivos mais específicos, podem ser
igualmente definidos. Estes são diretamente
ligado a sub-fases do projeto de pesquisa;
• Exemplo de objetivo geral: Desenvolver um

estudo sobre circuitos digitais, visando o
entendimento mais profundo sobre a aplicação
de funções / portas lógicas;
• Exemplo de objetivo específico: Simular
circuitos digitais para desenvolver
conhecimento sobre aplicativos de simulação;
• Verbos comuns quando o objetivo é saber:

– Analisar, classificar, comparar, descrever, definir,
demonstrar, estimar, avaliar, …
• Verbos comuns quando o objetivo é saber
fazer:
– Calcular, desenvolver, montar, praticar, executar,
construir, preparar, utilizar, …
• Justificativa (Por Quê?):Este item pode ser

encarado de duas maneiras:
– Auxilia no entendimento do motivo pelo qual a
referida pesquisa é importante;
– Pode ser o momento certo para apresentar razões
para que uma pesquisa possa ser aceita por uma
instituição;
• De um modo geral, devemos nos preocupar em
enfatizar os seguintes pontos: A importância do
tema do trabalho com relação a profissão que
você está se preparando para atuar;
• A importância no estudo dentro da disciplina, ou

disciplinas, no qual está sendo abordado o
tema;
• Se for o caso, a possibilidade de uma possível
contribuição, inovação, que o trabalho possa
trazer;
• Definição do Problema: Por incrível que possa

parecer, muitos profissionais de projetos
“pecam” na definição do problema a ser
solucionado por um projeto;
• Todas as ações subsequentes terão insucesso
devido a falha de definição do problema;
• No nosso caso, mesmo uma pesquisa,

devemos entender bem o que está sendo
proposto para estabelecer o quão profunda
pesquisa deverá ser;
• Leia com atenção as propostas de cada
trabalho que a Anhanguera apresenta, e
identifique corretamente o problema proposto;
• No nosso caso, mesmo numa pesquisa,

devemos entender bem o que está sendo
proposto para estabelecer o quão profunda
pesquisa deverá ser;
• Leia com atenção as propostas de cada
trabalho que a Anhanguera apresenta, e
identifique corretamente o problema proposto;
• Neste tópico existem muitas metodologias
específicas para determinar com exatidão a
definição do problema. Ex. Análise e Eng. De
Valor;
• Na atual fase, dependendo do tipo de trabalho, poderá
ser acrescentada uma fase chamada Hipóteses;
• Nesta fase se busca respostas de como resolver o
problema, ainda que de uma forma superficial;
• Muitos métodos nos ajudam nesta fase. Ex.:
Brainstorming;
• A determinação da hipótese mais plausível também
pode ser definida utilizando diversas ferramentas, tais
como: Análise e Eng. De Valor; “Casa da Qualidade”,
entre outras;
• Metodologia (Como?): Nesta fase definimos quais
metodologias serão empregadas;
• Dentre elas, podemos destacar: Pesquisa bibliográfica,
experimental, estudo de Casos, levantamento
estatístico, entre outros;
• Temos uma íntima ligação para com o conhecimento
teórico e prático;
• Definição de termos a serem empregados, quais
bibliografias, profissionais ou instituições serão
contatadas podem ser definidas aqui;
• A aquisição de materiais também estará presente nesta
fase;
• Cronograma(Quando?):
– Uma vez que “desenhamos” as metodologias que
serão empregadas, e a sequência de fases,
passamos a definir quando cada uma será
executada;
– Ainda que exista dúvidas devemos definir o
cronograma, sendo possível aplicar o conceito do
ciclo PDCA para Planejar, Executar, medir, avaliar
se o cronograma está funcionando;
– Devemos tomar ações corretivas ou preventivas,
quando necessário;
• Um exemplo de cronograma simplificado

• Orçamento(Quanto vai custar?):

– Importante definir os custos envolvidos na pesquisa;
– Em pesquisas maiores, podemos dividir o orçamento
em 3 grandes grupos:
• Pessoal: quando são envolvidos profissionais para efetuar
tarefas;
• Material de consumo: todo o material que será consumido
no processo, tais como: cópias xerox, transporte,
telefonemas, entre outros;
• Material permanente: que podem ser devolvidos ou
utilizados em outros projetos e pesquisas: Livros,
computadores, calculadoras, datashow, entre outros;
Aprofundando seus conhecimentos
sobre um assunto novo, usando 5W2H
(Um exemplo)

• Utilizemos um exemplo:
• What ? Estamos falando sobre Circuitos
Digitais, mais especificamente sobre portas
lógicas e suas funções;
• Why? Esta área é a base da eletrônica digital,
sendo que os seus conceitos são utilizados em
diversos ramos da engenharia;
• Where? Aplicação no controle de sistemas elétricos,
eletrônicos, microprocessados, microcontrolados,
eletro-mecânicos, pneumática, hidráulica, entre outros;
• Who? Engenheiros de projeto, produto, sistemas; Aqui
também cabem referências históricas aos
descobridores/ inventores;
• Empresas que fabricam componentes com portas
lógicas também podem ser evidenciados aqui;
• Lembre-se: saber sobre a história pode nos trazer
muitas dicas de como aplicarmos corretamente um
conhecimento em nossos projetos;
• When? Em 1854, George Boole publicou sua

obra intitulada: “An Investigation of the Laws of
Thought”, apresentando assim um sistema
matemático que ficou conhecido como Algebra
de Boole…”;
• How? Os circuitos digitais da família TTL
(Transistor Transistor Logic), baseia-se em
transistores bipolares que são capazes de
operar como verdadeiras chaves eletrônicas.
Cada porta lógica pode ser construída a a partir
de um conjunto de diodos e transistores…
• Concluindo:
• Absolutamente não esgotamos o assunto,
contudo, tivemos aqui algumas dicas sobre a
estrutura de um trabalho de pesquisa, bem
como, exemplos de como se aprofundar em um
tema;
• A redação do trabalho de pesquisa, merece
igual cuidado, quanto ao planejamento,
execução, avaliação e eventuais correções.
Veja que mesmo neste quesito, o ciclo PDCA
pode se mostrar muito útil;
Bibliografia
• Palestra proferida em 2003 para equipe de
desenvolvimento; Guilherme Leal;
• Norma ISO9000:2008, Introdução-
Abordagem por processo;
Uma breve explanação sobre aprendizado

Nosso cérebro e o processo de aprendizagem
• Aprender: Nos dicionários é
muito comum encontrarmos
tais como: ficar sabendo de,
tomar conhecimento de, reter
na memória;
• Especialistas apontam que
não é biologicamente possível
aprendermos algo novo sem
que uma sofisticada rede de
neurônios esteja atuando no
processo;
• De fato, a todo momento estamos
aprendendo algo novo;
• Nossa incrível rede de 100 bilhões
de neurônios é dinâmica;
• Ao contrário do que se pensava
antes do final dos anos 90, nascem
novos neurônios em nosso
cérebro(Neurogênese), desde que
seja necessário;
• As conexões (sinapses) entre
neurônios é constantemente alterada
através da interação do ser Humano
com o meio;
• Sob o ponto de vista da
Neurobiologia, a
aprendizagem funciona
como uma espécie de
processo seletivo, similar
a teoria que Darwin
propôs sobre os seres
vivos
• Na atualidade sabe-se
que o cérebro de uma
criança, possui uma
enorme sensibilidade a
estímulos até os 3 anos
de idade;
• Muitos neuropsicólogos
apontam como primordial
o ensino da fala e da
música nesta idade;
• Dentre os diversos sistemas
do cérebro, alguns possuem
uma relação direta com a
aprendizagem:
• Sistema perceptivo: aquisição
de informações do ambiente;
• As informações dos nossos
órgãos sensoriais chegam a
um grupo de neurônios
• Entre os dois sistemas
citados, especialistas
apontam a existência de
um sistema chamado de
executivo;
• Cortex (memória de longo
prazo) e Hipocampo
(memória de curto prazo)
são partes integrantes do
referido sistema;
• De uma forma bem simplista,
podemos dizer que o sistema
executivo possui diversos programas
para uma série de comportamentos
possíveis;
• Baseado nos “dados” enviados
pelo’sistema perceptivo, o executivo
“decide” qual programa será
executado para responder aos
estímulos;
• Dizem os especialistas que os
programas são acumulados através
de nossas experiências, bem como,
de experiência acumuladas durante a
história da Humanidade( herança
hereditária);
• Já comentamos do grande
dinamismo de nossos
neurônios;
• Os programas que nós
comentamos, podem ser
recombinados gerando
programas novos para
novos problemas que
enfrentamos;
• O armazenamento de
informações ocorre através de
estímulos vindos de todas as
partes de nosso corpo;
• Neurotransmissores são
substâncias que estimulam a a
conexão entre
neurônios(sinapses);
• Estas substâncias são
liberadas através dos
estímulos que nós estamos
sofrendo;
• Seja aperfeiçoando as
suas habilidades jogando
futebol ou o estudo de
uma equação, o sistema
executivo é capaz de
selecionar o que deve ser
armazenado na memória
e qual o prazo de
validade!!!
• Dependendo do estímulo,
informações podem ser
guardadas na memória de de
curto ou longo prazo;
• Por isso estudar na véspera de
um teste pode ser ineficaz;
• Dependendo de diversos
fatores, corremos o risco de ter
nossas informações
armazenadas na área da
memória recente;
• As memórias de curto prazo
podem ser “transferidas” para
a memória de longo prazo,
desde que emoções, por
exemplo, sejam associadas a
referida memória;
• Indiferença, desatenção ou
desinteresse podem condenar
as informações a serem
completamente apagadas
durante o sono;
• Por tanto vemos uma das
funções de um bom sono
reparador: apagar a
memória de curto prazo,
deixando lugar para o dia
seguinte;
• Então como estudar com
qualidade, aproveitando
melhor os sistemas que o
nosso cérebro oferece?
• Estudar um pouco por dia
é o ideal, mesmo para
aqueles que estudam a
noite e trabalham de dia;
• Estudar diariamente,
permite que o ‘que foi
compreendido no dia
passe para a memória de
longo prazo, evitando o
risco de ser apagada
durante o sono;
• Especialistas em
educação e
neurocientistas apontam
duas afirmações
importantes:
• O Aluno não estuda na
sala de aula: ele assiste
para entender e
posteriormente estuda
para fixar o novo
conhecimento;
• Apesar de muitos
especialistas fixarem
tempo de estudo, cada um
deve encontrar o rítmo
adequado para seu
melhor desempenho;
• Qualidade e não
quantidade( estudar
pouco mas diariamente );
• Estipular um período de
descanso entre os
períodos de estudo pode
ser benéfico;
• Segundo especialistas,
deve-se evitar atividades
tais como: games, TV ou
computador nos
intervalos;
• Existem muitas
informações que
guardamos através de
exaustiva repetição;
• Desenvolver uma
habilidade manual, por
exemplo(condução de
uma bola, discar um
número ao telefone);
• Devemos considerar que
aprendizagem é muito mais do
que prestar atenção e
memorizar informações;
• A capacidade de Inferir sobre
o conhecimento adquirido é o
que permite, de fato, dizer se
aprendemos algo sobre um
assunto com eficiência e
eficácia;
Bibliografia
• Scientific American Brasil no23; pag.: 16, 59-
65, 66-75, 92-99;
• Revista Interface – “Comentário a respeito
das bases da Neurobiológicasda
Aprendizagem”; Alfredo Pereira Júnior;
Revista Comunicação, Saúde, Educação
no2, pag 234-236;
Obrigado!!!
E
uma ótima pesquisa

Metodo de Pesquisa e Aprendizado3 Anhanguera

Enviado por

Dados do documento

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Metodo de Pesquisa e Aprendizado3 Anhanguera

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Alunos de Engenharia

Prof. Guilherme Leal

• Esta é uma ferramenta aplicada em muitos

• As cinco primeiras perguntas

• Comece pelo Plan: O plano de sua pesquisa;

• A tabela que apresentamos é uma sugestão

• Agora passemos a um detalhamento de cada

• Objetivos ( Para quê ?):

• Exemplo de objetivo geral: Desenvolver um

• Verbos comuns quando o objetivo é saber:

• Justificativa (Por Quê?):Este item pode ser

• A importância no estudo dentro da disciplina, ou

• Definição do Problema: Por incrível que possa

• No nosso caso, mesmo uma pesquisa,

• No nosso caso, mesmo numa pesquisa,

• Um exemplo de cronograma simplificado

• Orçamento(Quanto vai custar?):

Prof. Guilherme Leal

• When? Em 1854, George Boole publicou sua

Prof. Guilherme Leal

Você também pode gostar