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Hebreus 12:1-4/13-14
A carta de hebreus é chamada de o quinto evangelho, os quatro evangelhos relatam o que cristo fez
na terra; Hebreus registra o que Cristo fez e continua fazendo no céu.
Essa epistola apresenta com eloquência a incomparável superioridade de Cristo com Relação aos
profetas, os anjos, Moisés e Josué e a Arão.
A ideia era despertar nos leitores o desejo de ficarem firmes no Cristianismo em vez de voltar para
o Judaísmo
Há uma diferença entre escutar e ouvir de fato. Jesus exclamou em várias ocasiões: "Quem tem
ouvidos para ouvir, ouça!" Essa declaração indica que, a fim de ouvir a voz de Deus, é preciso ter
mais do que dois ouvidos. Também é preciso ter um coração receptivo. "Hoje, se ouvirdes a sua
voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 3:7, 8).
Muita gente evita a Epístola aos Hebreus e, em decorrência disso, se priva de ajuda espiritual
prática. Alguns evitam este livro porque "têm medo" dele. As "advertências" em Hebreus causam
mal-estar. Outros o evitam porque o consideram "difícil demais" para a pessoa comum que está
estudando a Bíblia. Por certo, Hebreus apresenta algumas verdades profundas, e nenhum pregador
ou mestre ousaria afirmar que as conhece todas!
No entanto, a mensagem geral do livro é clara, e não há motivo para não a compreendermos, sendo
beneficiados por ela.
Talvez a melhor maneira de começar o estudo de Hebreus seja observando cinco características
desta epístola
1. É UM LIVRO DE ESTIMATIVAS
2. É UM LIVRO DE EXORTAÇÃO
O autor chama esta epístola de "palavra de exortação" (Hb 13:22). O termo grego traduzido por
"exortação" significa "encorajamento".
Epístola aos Hebreus não foi escrita para assustar as
pessoas, mas sim para encorajá-las, e nos ordena: "exortai-vos mutuamente cada dia" (Hb 3:13).
Ela nos lembra que temos "forte alento" em Jesus Cristo (Hb 6:18).
3. É UM LIVRO DE EXAME
Ao estudar este livro, pergunta-se: "Em que confiamos de fato: na Palavra de Deus ou nas coisas
desde mundo, que estremecem e se encontram prestes a desabar?"
A Epístola aos Hebreus é um livro de exame: ajuda a descobrir qual é o verdadeiro objeto da fé.
4. É UM LIVRO DE EXPECTATIVA
Trata-se de uma epístola voltada para o futuro. O autor declara que está falando sobre "o mundo
que há de vir" (Hb 2:5)
Também é o Supremo Pastor das ovelhas que provê tudo de que precisamos para fazer sua vontade
(Hb 13:20, 21). Está operando em nós, a fim de cumprir seus propósitos. Que grande emoção fazer
parte de um ministério tão maravilhoso!
"Todo homem deve escolher seu mundo". Os verdadeiros cristãos "provaram a boa palavra de Deus
e os poderes do mundo vindouro" (Hb 6:5), portanto não devem ter interesse algum nem desejo
pelo sistema do mundo pecaminoso presente.
5. E UM LIVRO DE EXALTAÇÃO
A Epístola aos Hebreus exalta a Pessoa e a obra de nosso Senhor Jesus Cristo. Os três primeiros
versículos apresentam esse tema santo e sublime desenvolvido ao longo de todo o livro. Seu
propósito imediato é provar que Jesus Cristo é superior aos profetas, homens tidos na mais alta
consideração pelo povo judeu.
Ao estudar Hebreus juntos, devemos lembrar sempre que não temos por objetivo nos perder em
detalhes doutrinários curiosos.
Nosso propósito é ouvir Deus falando em Jesus Cristo e obedecer a essa Palavra.
Queremos fazer nossas as palavras dos gregos: "Senhor, queremos ver Jesus" (Jo 12:21).
O nosso objetivo é conhecer melhor a Cristo e exaltá-lo mais.
Entrando na palavra
Se o apostolo Paulo estivesse vivo hoje, provavelmente leria o caderno de esportes do jornal e
acompanharia o desempenho de vários times e atletas. As diversas referencias esportivas em suas
epistolas indicam seu interesse pelo assunto. Por certo, tanto os gregos quanto os romanos eram
extremamente interessados em competições esportivas, não apenas por causa de seu bem-estar
físico, mas também por causa da honra de suas cidades e de seu pais. Ser um bom atleta e trazer
gloria para sua nação era um sinal de patriotismo.
O autor de Hebreus combina esses dois temas - esportes e cidadania - neste capítulo importante. O
ambiente e o de um estádio onde se realizavam corridas atléticas. Podemos visualizar os corredores
colocando de lado seus pesos de treinamento e se esforçando ao máximo para correr com sucesso.
Alguns se cansam e desmaiam, enquanto outros perseveram ate o fim e conquistam o premio.
Primeiro, o autor descreve a corrida (Hb 12:1-13), em seguida, enfatiza a cidadania celestial (Hb
12:14-29). Na mente de seus leitores, esses dois temas andavam juntos, pois somente os cidadaos
de uma nacao poderiam participar de seus jogos oficiais.
Um tema presente ao longo de todo este capitulo e a perseveranca (Hb 12:1-3, 7; ver tambem 10:32
["sustentastes"], 36). Os cristaos judeus que receberam esta carta estavam ficando cansados e
queriam desistir, mas o autor estimula-os a continuar avancando em sua vida crista, como
corredores em uma pista de atletismo (ver Fp 3:12-14). Ele ressalta tres recursos divinos
O exemplo do Filho de Deus (Hb 12:1-4)
Quando eu estava no final do ensino fundamental, um dos professores de educação física tomou
sobre si a missão de me transformar em atleta. Todos em minha classe poderiam lhe dizer que ele
perdia seu tempo, pois eu era o pior atleta da turma, talvez até da escola! Entrei em um campeonato
com outras escolas da cidade competindo na modalidade corrida com obstáculos. Derrubei seis
obstáculos, fraturei o pé esquerdo e, mais que depressa, abandonei minha carreira esportiva. (Logo
depois, esse professor de educação física alistou-se no exército. Talvez meu caso o tenha levado a
isso.)
O professor Walker usava diversas técnicas para tentar melhorar meu desempenho.
- Outros alunos conseguiram; você também consegue! - era um de seus estímulos. - Pense nos
benefícios físicos que isso lhe trará! - era outro. - Preste atenção nos outros meninos e veja como
eles fazem - era o terceiro.
Ao refletir sobre essa experiência, fico admirado de encontrar neste parágrafo três abordagens
semelhantes para nos encorajar na corrida da vida cristã.
Ele é "o Autor e Consumador da fé". Foi ao "olhar para ele" que recebemos a salvação, pois olhar
significa "confiar". Os israelitas à beira da morte foram curados quando olharam para a serpente
erguida na haste, uma ilustração de nossa salvação por meio da fé em Cristo (Nm 21:4-9; Jo 3:14-
16).
A oração "Olhando firmemente para [...] Jesus" descreve não apenas um ato isolado, mas uma
atitude de fé.
Enquanto estava aqui na Terra, Jesus viveu pela fé. O mistério de sua natureza humana e de sua
natureza divina é profundo demais para a compreendermos plenamente, mas sabemos que ele
precisava confiar em seu Pai do céu cada dia. O autor de Hebreus cita as palavras de Jesus: "Eu
porei nele a minha confiança" (Hb 2:13; uma citação de ls 8:1 7). O fato de que Jesus orava é
evidência de que vivia pela fé.
Nosso Senhor suportou muito mais coisas aqui na Terra do que qualquer um dos heróis da fé
citados em Hebreus 11 e, portanto, é o exemplo perfeito a ser seguido. Ele suportou a cruz! Sua
crucificação envolveu vergonha, sofrimento, "oposição dos pecadores" e até mesmo a rejeição
temporária da parte do Pai. Na cruz, Cristo sofreu por todos os pecados de todo o mundo! No
entanto, perseverou e consumou a obra da qual o Pai o havia incumbido (Jo 1 7:4).
Apesar de os leitores de Hebreus terem sofrido perseguições, "ainda não [não haviam] resistido até
ao sangue" (Hb 12:4). Nenhum deles era um mártir. Mas na batalha de Jesus contra o pecado, ele
derramou o próprio sangue.
O que deu forças para que nosso Senhor suportasse a cruz?
É importante lembrar sempre que, durante seu ministério aqui na Terra, Jesus Cristo não usou seus
poderes divinos para suprir suas necessidades pessoais.
Satanás tentou-o a fazê-lo (Mt 4:1-4), mas Jesus recusou-se a agir assim. Foi sua fé que lhe
permitiu perseverar. Ele manteve os olhos da fé fixos na "alegria que lhe estava proposta". Sabia,
pelo Salmo 16:8-10, que sairia vivo do sepulcro (Pedro refere-se a esse salmo messiânico em seu
sermão em Pentecostes; At 2:24-33). Nesse salmo (16:11), Davi fala da "plenitude da alegria" na
presença do Pai. Por Salmos 110:1, 4, Jesus sabia que seria exaltado ao céu em glória (Pedro
também citou esse salmo; At 2:34-36). Assim, a "alegria que lhe estava proposta" incluía, para
Jesus, sua consumação da vontade do Pai, sua ressurreição e exaltação e sua alegria ao apresentar
os cristãos para o Pai na glória (Jd 24).
Falar da disciplina