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The Coaxial Cable Functioning as an Antenna

Conference Paper · October 2018

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6 authors, including:

Kenedy Marconi Glauco Fontgalland

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
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Marcelo B. Perotoni Arnaud Colin

Universidade Federal do ABC (UFABC) EMCOL Solutions
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 The Coaxial Cable Functioning as an Antenna
Kenedy Marconi G. Santos, Marcela Silva Novo, Glauco Fontgalland ,
Marcelo Bender Perotoni , Arnaud Colin and Décio Rennó M. Faria
Abstract— This article presents a simple setup were the coaxial
cable RG-58 functioning as an antenna. A computer model has
been created based upon the physical coaxial cable RG-58. The
agreement between measurements and simulations is good in the
physical resonance frequency (λ/2).
Index Terms—Radio frequency measurements; Coaxial cable
antenna; Computational analysis.
I. INTRODUÇÃO
Um cabo coaxial e conectores blindados de boa qualidade,
quando instalados adequadamente, são imprescindíveis para
controlar os níveis de ondas eletromagnéticas irradias [1,2].
Este artigo mostra que um cabo coaxial RG-58 poderá
funcionar como uma antena quando ligado em um plano de
terra. Na ótica das telecomunicações, um plano de terra é um
plano com uma superfície condutora que serve como parte da
antena, para refletir as ondas de rádio dos outros elementos da
antena.
II. METODOLOGIA
A fim de determinar o campo elétrico irradiado por um cabo
coaxial e conectores, este artigo propõe uma metodologia
baseada em uma configuração simples como ilustra o arranjo da
Fig.1. Foi utilizado o software de medição R&S®EMC32 para
realizar a automação das medições e consequentemente
diminuir os erros de medições. O cabo foi instalado a uma altura
de 5cm do plano de terra [3], situação essa muito comum em
veículos com estrutura metálica.
1 – Arranjo medição [4,5]
A distância entre a sonda do campo elétrico e o centro do
cabo foi definida como 10 cm (cabo coaxial CELLFLEX ) e 50
cm (cabo coaxial RG - 58).
Santos, K. M. G. is with IFBA (e-mail: kenedymarconi@ifba.edu.br), Novo,
S. M. is with UFBA, Fontgalland , G. is with UFCG, Perotoni, M. B. is with
UFABC, Colin, A. is with EMCOL and Faria, D. R. M. is with UNIFEI
O arranjo de medição contém uma sonda de campo elétrico,
o plano de terra, os cabos coaxiais e conectores blindados, os
quais em certas aplicações se comportaram como antenas, as
condições testadas foram:
• Cabo coaxial RG-58 - 0.5 metro de comprimento com
conectores BNC, a sonda de medição de campo elétrico foi
instalada a 50 cm da parte central do cabo coaxial;
• Cabo coaxial Cellflex - 0.5 metro de comprimento com
conectores NM-LCF12-C02, a sonda de medição de campo
elétrico foi instalada a 10 cm da parte central do cabo coaxial
Cellflex;
Tanto o campo elétrico quanto a relação de onda
estacionária de tensão (VSWR) são medidos usando o software
de integração EMC32 que controla os sinais injetados e os
parâmetros medidos. O VSWR não será abordado neste artigo.
Uma onda contínua de 50 W foi injetada no cabo e o campo
elétrico foi medido dentro de uma câmara blindada
semianecóica.
III. SIMULAÇÃO VIRTUAL
A fim de determinar virtualmente o campo elétrico irradiado
pelo cabo coaxial este trabalho utilizou a simulação
computacional do cabo coaxial RG-58 usando o software CST
Microwave Studio. A simulação CST-MWS® baseia-se no
método da técnica de integração finita para resolver um
problema eletromagnético [3,4,6]. Um modelo computacional
foi criado com base no cabo coaxial físico RG-58 (0,5 metro de
comprimento) com uma boa correlação entre simulação e
medições na frequência de ressonância (λ/2).
Fig. 2 - Projeto do cabo coaxial RG-58 para simulação via CST-MWS®
A Fig. 2 ilustra o modelo computacional utilizado.

Fig. 3- Campo elétrico medido (RG-58 e Cellflex) e simulado (RG-58)
A Fig.3 apresenta o campo elétrico irradiado, simulado e
medido, referente ao cabo coaxial RG-58, na faixa de
frequência de 150 MHz a 350 MHz, com e sem uma abertura
de 10 cm na parte central do cabo coaxial. O resultado da
medição do ruído de fundo, referente a câmara blindada
semianecoica, não foi apresentada no artigo, mas atende a
solicitação da CISPR 25[3,4,5]. A Fig. 3 também mostra o
campo elétrico irradiado, medido, pelo cabo Cellflex sem
aberturas na blindagem. Pode-se verificar que o cabo RG-58 e
conectores blindados BNC irradiam mesmo sem a abertura na
malha, ou seja, há irradiação de modo comum [4]. O mesmo
fenômeno não é observado no cabo Cellflex, não há irradiação
em modo comum pois a parte externa do cabo é de melhor
qualidade assim como os conectores. Também observa-se na
Fig. 3 que há uma correlação adequada entre os campos
elétricos, simulados e medidos, irradiados pelo cabo RG-58
com aberturas de 10 cm na parte central do cabo. Quando o cabo
irradia devido à corrente em modo comum, ele se comporta
como uma antena, nesta pesquisa irradiou com máxima
amplitude na frequência de ressonância (λ/2) [2]. Um outro
fenômeno que também é observado é que o ruído de fundo da
câmara blindada semianecoica medido está muito próximo do
campo elétrico irradiado pelo cabo coaxial Cellflex e
conectores NM-LCF12-C02, o que torna evidente que, quando
o cabo Cellflex e conectores são instalados adequadamente, a
irradiação eletromagnética é praticamente desprezível [4]. Se os
cabos coaxiais com malha forem instalados com rabichos nos
conectores (pigtail), ou seja, sem uma conexão uniforme da
malha em 360 graus do conector, o conjunto também poderá
irradiar[2,4].
Para um dipolo curto, a equação (1) pode ser usada para
calcular a intensidade do campo elétrico no campo distante a
uma distância r da fonte [2]. Esta equação é válida para uma
antena dipolo ideal com uma distribuição de corrente uniforme.
(1)
Onde E é o campo elétrico em volts por metro (V/m), f é
a frequência em Hz, Icm é a corrente em modo comum em
amperes (A), l é o comprimento do cabo em metros, r é a
distância do ponto de medição em metros e ϴ é o ângulo entre
a antena e o ponto de medição. Para o caso específico em que θ
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= 90, ou seja, onde E é máximo para um dado r, a corrente de
modo comum pode então ser determinada inserindo o valor do
campo elétrico (V/m) medido na equação (2):
.
(2)
Nesta equação a frequência f está em MHz.
IV. AGRADECIMENTOS
Os autores gostariam de agradecer ao SENAI-
CIMATEC, em Salvador-BA, pelo uso da sua câmara blindada
semianecoica e equipamentos.
V. CONCLUSÕES
O cabo coaxial RG-58, se não for instalado
adequadamente, pode funcionar como uma antena. Através das
medições e simulações realizadas, observa-se que o campo
elétrico máximo irradiado pelo cabo coaxial RG-58, com e sem
a abertura de 10 cm, coincide com a sua frequência de
ressonância física (λ / 2). Conclui-se que, quando cabos e
conectores de alta qualidade são instalados adequadamente a
irradiação eletromagnética em modo comum é praticamente
desprezível e se aproxima muito do ruído de fundo da câmara
blindada semianecoica, assim o cabo não funciona como uma
antena [4]. Com embasamento teórico, medições e simulações
computacionais realizadas, pode-se afirmar que um dos
principais fatores que determinam a frequência de máximo
campo elétrico irradiado pelo cabo em modo comum, é o
comprimento físico do cabo.
REFERÊNCIAS
[1] PAUL, C.R, Introduction to Electromagnetic Compatibility, John
Wiley & Sons, Inc., New York, New York, 1992.
[2] OTT, Henry W., Electromagnetic Compatibility Engineering, John
Wiley & Sons, 2011.
[3] CISPR 25: Edition 3.0 2008-03: Vehicles, boats and internal
combustion engines - Radio Disturbance Characteristics - Limits and
methods for the protection on board receiver.
[4] Santos, K. M. G. et al., A Simple Test for Measuring the Shielding
Effectiveness of Coaxial Cables and Connectors, International Journal
of Applied Electromagnetics and Mechanics,Vol.55, no1, pp.151-
166, July 7, 2017.
[5] Santos, K. M. G. et al., "A simple and effective method for cable
shielding measurement using electric field probe." 2017 IEEE 3rd
Global Electromagnetic Compatibility Conference (GEMCCON).
IEEE, 2017.
[6] CST MICROWAVE STUDIO, Overview-2015-CST-Computer
Simulation Technology AG.,<https://www.cst.com/Applications/
Category/Connectors>, 15/06/2018.