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EM COLABORAÇÃO
COM:
RELATÓRIO
A PEGADA ECOLÓGICA DE SÃO PAULO - ESTADO E CAPITAL E A FAMÍLIA DE PEGADAS
BR
2012
A Pegada Ecológica de
São Paulo - Estado e Capital
e a família de pegadas
Missão
RELATÓRIO
BR
2012
A Pegada
Ecológica de
São Paulo
Estado e Capital
e a família de pegadas
Coordenação Geral
Michael Becker – WWF-Brasil
Terezinha da Silva Martins – WWF-Brasil
Fabrício de Campos – ecosSISTEMAS
Juan Carlos Morales – Global Footprint Network
Coordenação Técnica
Fabrício de Campos – ecosSISTEMAS
David Moore – Global Footprint Network
Katsunori Iha – Global Footprint Network
FIPE
Marcelo Henrique Pereira
Moacir Yabiku
Rafael Coutinho Costa Lima
Foto da capa
© WWF-Brasil / Evandro Monteiro
Edição
Geralda Magela – WWF-Brasil
Editoração Eletrônica
Supernova Design
ISBN 978-85-86440-46-5
SUMÁRIO
Mensagem dos parceiros 06
Apresentação 08
Introdução 14
RESUMO EXECUTIVO 16
CONCLUSÕES 82
Notas técnicas 87
5HIHUrQFLDVELEOLRJUi¿FDVHOLWHUDWXUDDGLFLRQDO
ANEXOS TÉCNICOS 98
Pegada ecológica: perguntas frequentes 100
GLOSSÁRIO 104
ecosSISTEMAS
As presentes gerações testemunham tempos interessantes e cheios
de dualidade. Ao mesmo tempo em que a humanidade recebe
um legado e conquista novos patamares de desenvolvimento e
conforto,também testemunha que nem todos desfrutam dele.
6RPRVFKDPDGRVDGLPLQXLUHVWDGHVLJXDOGDGH(VWHGHVD¿Rp
aumentado pela ciência de que o padrão de desenvolvimento,
alcançado apenas por parte de nossa civilização, já demanda mais
do que nosso planeta pode oferecer. Nós, brasileiros, também
observamos nosso país assumir uma importância econômica no
cenário mundial por muito tempo esperada, mas que nos traz
grande responsabilidade. Devemos optar pelo caminho traçado
pelos que nos precederam ou propor uma rota alternativa de
desenvolvimento? Esperamos que este estudo da Pegada Ecológica,
de um de nossos mais desenvolvidos estados e de nossa maior
cidade, possa trazer algum auxilio para responder essa questão tão
fundamental.
APRESENTAÇÃO
WWF-Brasil
Michael Becker
Coordenador do Programa Cerrado-Pantanal do WWF-Brasil
São Paulo foi uma das cidades pioneiras no Brasil a ter, em 2005,
um inventário de emissão de gases efeito estufa seguindo o padrão
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas ( IPCC), da
Organização das Nações Unidas (ONU).
Isto foi decisivo para a conscientização das autoridades
municipais e dos cidadãos de que era obrigatório que uma cidade
nacional e que quer ser uma cidade mundial como São Paulo, tinha
que fazer sua parte no enfrentamento do aquecimento global e e da
crise climática sem esperar pelos outros. Da consciência para ação.
No que se refere à mitigação, destacamos as seguintes
iniciativas: captação de metano nos aterros sanitários e geração de
energia elétrica para 500 mil habitantes; aprovação da primeira
lei climática do Brasil, com metas, em junho/2009; Programa
GHH¿FLrQFLDHQHUJpWLFDSDUDYHtFXORVFRPDLQVSHomRYHLFXODU
expansão de transporte coletivo e o Programa ecofrota pública para
sair da dependência do petróleo, hoje já atingindo 15% frota de 15
milônibus; e adoção do conceito de cidade compacta nas novas
operações urbanas.
Na área de adaptação, destacamos os programas 100 parques para
São Paulo, com o plantio de 1,5 milhões de novas árvores nativas,
parques lineares para combater enchentes; e o mais importante,
opção de habitação segura para quem está em áreas de risco.
Mas nós queremos mais. Por isso a parceria com o WWF-Brasil
e governo estadual para o cálculo da Pegada Ecológica. É um
indicador diferente do previsto pelo IPCC, pois mostra o impacto
da cidade pelo uso de sua biocapacidade e, sobretudo pelo uso da
biocapacidade de áreas fora do nosso território. Os resultados são
GHVD¿DGRUHVHPRVWUDPQRYDVWDUHIDVQDVQHFHVViULDVPXGDQoDVGH
nossa forma de viver, de conviver, de consumir.
Eduardo Jorge
Secretário do Verde e do Meio Ambiente - Prefeitura de São Paulo
Bruno Covas
Secretário de estado do Meio Ambiente
11% DA
POPULAÇÃO
SUL-AMERICANA
22% DOS
BRASILEIROS
1 Neste capítulo foram utilizadas informações provindas de: IBGE, Banco Mundial, Portal do
Governo do Estado de São Paulo, Portal da Prefeitura de São Paulo, Portal do Investe São Paulo,
Statistics Netherlands, Portal do SPTurismo, CIA World Factbook.
INTRODUÇÃO
A Pegada Ecológica é uma metodologia utilizada para medir os
“rastros” que nós deixamos no Planeta a partir dos nossos hábitos
de consumo. O cálculo já é feito para os países e agora começa a ser
ampliado para um nível mais local, para as cidades e estados.
O objetivo do trabalho não é somente calcular a Pegada
Ecológica, mas estabelecê-la como uma ferramenta de gestão
ambiental regional e urbana. O cálculo é uma parte fundamental
deste processo. Mas para dar sentido ao indicador, a população
GHYHVHUPRELOL]DGDSDUDFRPSUHHQGHUVHXVLJQL¿FDGRH
desenvolver – a partir da discussão sobre os resultados –
estratégias de mitigação em conjunto com os setores público e
privado. Desta forma, o cálculo não se restringirá a um exercício
de contabilidade ambiental e se tornará uma ferramenta que
estimulará a população a rever seus hábitos de consumo e escolher
produtos mais sustentáveis, além de estimular empresas a
melhorarem suas cadeias produtivas.
A Pegada Ecológica de um país, estado, cidade ou pessoa
corresponde ao tamanho das áreas produtivas terrestres e marinhas
necessárias para sustentar determinado estilo de vida. É uma forma
de traduzir, em hectares, a extensão de território que uma pessoa
ou uma sociedade utiliza para morar, se alimentar, se locomover, se
vestir e consumir bens de consumo em geral. É importante ressaltar
que é considerado para este cálculo o impacto do consumo sobre os
recursos naturais renováveis.
Dentre a “família de pegadas”, a Pegada Ecológica difere dos
outros dois métodos da pegada – a Pegada Hídrica e a Pegada
de Carbono – no que diz respeito a sua abrangência de análise.
Enquanto a Pegada Ecológica avalia o impacto do consumo de
forma mais abrangente sobre a biosfera, a Pegada Hídrica relaciona
o impacto sobre os recursos hídricos e sobre uma cadeia produtiva
HVSHFt¿FD(VWHHQIRTXHpWDPEpPXPDFDUDFWHUtVWLFDGD3HJDGDGH
Carbono, que analisa a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) a
partir de uma atividade ou processo produtivo.
A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade
ambiental que avalia a pressão do consumo das populações
humanas sobre os recursos naturais. Expressa em hectares
globais (gha), permite comparar diferentes padrões de consumo
Figura 1: Comparativo
5,00 de recursos ecológicos em
gha/cap
4,50
4,00
3,50
3,00
2,50 Legenda
2,00 Energia e
Absorção de CO2
1,50 Área Construida
Pesca
1,00
Florestas
0,50 Pastagens
0.0 Agricultura
Cidade de Estado de Brasil Mundo
São Paulo São Paulo
3%
27%
2%
18%
Legenda
36%
Energia e
Absorção de CO2
Área Construida
Pesca
Florestas
Pastagens
Agricultura
17%
26%
4%
1%
20%
32%
Figura 3: Pegada
paulista em proporção
por recursos ecológicos
Figura 4: Pegada
paulistana em proporção
6% por classes de consumo
4%
5%
21% 49%
Legenda
10%
Alimentos
5%
Moradia
Mobilidade
Bens
Serviços
Governo
8% FBCF
5%
6%
38%
23%
6%
14% Figura 5: Pegada
paulista em proporção
por classes de consumo
2,14
Ecológica Brasileira,
Paulista e Paulistana
por classes de consumo
diretas (gha/cap)
1,35
1,29
0,91
0,82
0,55
Legenda
0,47
0,42
0,33
0,24
0,22
0,20
Brasil
0,19
0,15
0,16
Figura 7: Pegadas
9,63
Ecológicas e
biocapacidades do Brasil,
estado de São Paulo e
cidade de São Paulo em
gha/cap
4,38
3,52
2,90
Legenda
1,33
Pegada Ecológica
0,04
Biocapacidade
1 Meadows, Donella, J. Randers and D. Meadows (1972). Limits to Growth.New York: Universe Books.
2 WCED (1987): Our Common Future. World Commission on Environment and
Development, Oxford.
3 Redefining Wealth and Progress (1990): New Ways to Measure Economic, Social,
and Environmental Change: The Caracas Report on Alternative Development Indicators.
Knowledge Systems Inc.
4 Meadows, D. (1998): Indicators and Information Systems for Sustainable development. A
report f the Balton Group.The sustainability Institute, Hartland Four Corners.
1RGHVHQYROYLPHQWRVXVWHQWiYHODGH¿QLomRRXPHGLomR
da riqueza de um país e de seus povos deve considerar a tríade
ambiental – social – econômico. Nesse processo de transformação,
governos, empresas, organizações e pessoas devem buscar
indicadores para orientar suas decisões, elaborar políticas e
estratégias diante do quadro de escassez de recursos naturais e
insustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento.
O Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) elaborado
pelo PNUD é um indicador bastante conhecido para medir o
desenvolvimento social. O IDH resulta da combinação de três
indicadores-bases: expectativa de vida, renda e nível de educação.
Ainda assim, não leva em conta os efeitos colaterais do progresso,
como o crescimento urbano descontrolado, o desemprego, aumento da
criminalidade, novas demandas para saúde, poluição, desagregação
familiar, e a desigualdade. Contudo, ele é um indicador importante
que se aproxima da dimensão social da sustentabilidade e, como todo
indicador, tenta capturar uma dimensão da sustentabilidade.
A dimensão social do desenvolvimento sustentável requer ações
de engajamento e enfrentamento junto aos usuários dos recursos
naturais, no esforço de formar novos cidadãos, que compreendam
os problemas ambientais atuais necessários para o exercício da
cidadania em sua plenitude.
A Pegada Ecológica é outro indicador de sustentabilidade que
tem a dimensão ambiental mais forte em sua concepção. Este
indicador demanda mudanças nos hábitos de consumo e produção
das sociedades e estas mudanças somente serão alcançadas com
um forte engajamento da sociedade civil, governos locais e setor
privado. Fomentar o consumo responsável, a reciclagem total,
implementar tecnologias sociais de baixo impacto ambiental,
reformular as maneiras de produção são algumas ações que ajudam
e reverter o quadro negativo da Pegada Ecológica.
Para que haja a mudança é essencial que todos os setores da
sociedade sintam-se responsáveis.
© SMA/Evandro Monteiro
© Arquivo SMA
Carbono
Representa a extensão de áreas
florestais capaz de sequestrar
emissões de CO2 derivadas da
queima de combustíveis fósseis,
excluindo-se a parcela absorvida
pelos oceanos que provoca a
acidificação.
O QUE É BIOCAPACIDADE?
Biocapacidade ou capacidade biológica representa a capacidade dos
ecossistemas em produzir materiais biológicos úteis e absorver os
resíduos gerados pelo ser humano, utilizando as atuais metodologias de
JHVWmRHWHFQRORJLDVGHH[WUDomR0DWHULDLVELROyJLFRV~WHLVVmRGH¿QLGRV
como aqueles materiais que a economia humana realmente exigiu em um
determinado ano.
A biocapacidade abrange:
7HUUDVFXOWLYiYHLVSDUDDSURGXomRGHDOLPHQWRV¿EUDV
biocombustíveis;
Pastagens para produtos de origem animal, como carne, leite, couro e lã;
Áreas de pesca costeiras e continentais;
Florestas, que tanto fornecem madeira como podem absorver CO2;
Áreas Urbanizadas, que ocupam solos agrícolas;
Hidroeletricidade, que ocupa área com seus reservatórios.
Carbono
Pastagem
ÈUHDÀRUHVWDO
Pesqueiros
2.0
Área de cultivo
Área construída
1.5
Número de planetas
Biocapacidade mundial
1.0
0.5
0.0
Ano
0
2
4
6
8
10
12
Qatar
Kuwait
Emirados Árabes Unidos
Dinamarca
Estados Unidos da América
Bélgica
Austrália
Canadá
Países Baixos
Irlanda
Finlândia
Cingapura
Suécia
Omã
Mongólia
Antiga República Iugoslava da Macedônia
todos os países com
Figura 10: Pegada
Áustria
República Tcheca
Eslovênia
dados completos (Global
população superior a um
Uruguai
Essa comparação engloba
Suíça
Ecológica per capita por país
Grécia
França
Noruega
Espanha
Estônia
Reino Unido
Eslováquia
República da Coreia
Alemanha
Maurício
Itália
Federação Russa
Lituânia
Nova Zelândia
Legenda
Croácia
Japão
Cazaquistão
Portugal
Floresta
Carbono
Arábia Saudita
Pastagem
Pesqueiro
Bielorrússia
Turcomenistão
Área cultivada
Israel
Área construída
Letônia
Polônia
Malásia
Hungria
Bulgária
México
Chile
Ucrânia
Líbia
Venezuela, República Bolivariana da
Paraguai
Brasil
Panamá
Brasil
Mauritânia
Líbano
Botsuana
Romênia
Bósnia e Herzegovina
Argentina
Pápua-Nova Guiné
Irã, República Islâmica do
Bolívia
África do Sul
Sérvia
Turquia
Costa Rica
Tailândia
Equador
Jordânia
China
Moldávia
Egito
Namíbia
Peru
El Salvador
Azerbaijão
Mianmá
Cuba
Chade
Mali
Uzbequistão
Gabão
Albânia
Colômbia
Guatemala
Tunísia
Gana
Armênia
Honduras
Jamaica
Guiné
Argélia
Sudão
Uganda
Nicarágua
Senegal
Burkina Faso
República Árabe da Síria
Suazilândia
Somália
Nigéria
Geórgia
República Dominicana
Iraque
Gâmbia
Vietnã
República da África Central
Benin
Marrocos
Coreia, República Popular Democrática da
Laos, República Popular Democrática do
Quirguistão
Libéria
Sri Lanka
Camboja
Tanzânia, República Unida da
Zimbábue
Madagáscar
Etiópia
Serra Leoa
Indonésia
Guiné-Bissau
Camarões
Congo
Lesoto
Togo
Filipinas
Quênia
Tajiquistão
Angola
Iêmen
Índia
Burundi
Zâmbia
Moçambique
Maláui
Nepal
Congo, República Democrática do
Paquistão
Ruanda
Bangladesh
Eritreia
Haití
Afeganistão
Timor-Leste
O Brasil tem uma pegada ecológica de 2,9 hectares globais por habitante, bem próxima à média mundial.
A Pegada Ecológica per capita mundial média foi de 2,7 gha em 2008.
Território Ocupado da Palestina
Resumo
A famíliaexecutivo
das Pegadas e as pressões ambientais
3HUJXQWD&LHQWt¿FD
Considerando a quantidade de recursos disponíveis (biocapacidade)
em escala local e global e a capacidade de regeneração de biosfera,
qual é a quantidade de recursos que pode ser consumida direta ou
indiretamente pelos seres humanos?
Principal mensagem
Promover o reconhecimento de limites ecológicos, salvaguardar as
SUpFRQGLo}HVGRVHFRVVLVWHPDVÀRUHVWDVVDXGiYHLViJXDOLPSDDU
limpo, solos férteis, diversidade biológica, entre outros) e garantir
a funcionalidade dos serviços ecossistêmicos permitindo que a
biosfera dê suporte à vida humana a longo prazo.
Dados e fontes
A Pegada Ecológica utiliza:
Unidade de medida
A Pegada Ecológica utiliza como unidade de medida hectares
globais (gha) de terra bioprodutiva. Gha não é apenas uma unidade
de área, mas uma unidade de produção ecológica associada a uma
área. Resultados podem também ser expressos em hectares.
Cobertura do Indicador
A Pegada Ecológica:
É um indicador temporariamente explícito e multidimensional
que pode ser aplicado a produtos, cidades, regiões, nações e
0RQLWRUDUDH¿FLrQFLDGHSROtWLFDVGHXVRGHUHFXUVRVHPJHUDOH
do uso atual de recursos;
Aspectos negativos
A Pegada Ecológica não é capaz de cobrir todos os aspectos
da sustentabilidade, nem todas as preocupações ambientais,
especialmente aquelas para as quais não existe uma capacidade
regenerativa. Evidencia pressões que podem levar à degradação do
capital natural (exemplo: redução da qualidade da terra, redução da
biodiversidade), porém, não prevê impactos futuros.
)DOWDSDUDDSHJDGDWDPEpPXPDGH¿QLomRPHOKRUGHVHX
LPSDFWRHPXPDUHJLmRJHRJUi¿FDHVSHFt¿FD
Pegada Hídrica
3HUJXQWD&LHQWt¿FD
Considerando o capital natural em termos de volume de água doce
(blue, green e gray)1 necessário para o consumo humano. A principal
pergunta que a pegada hídrica quer responder é: qual volume de água
que um indivíduo, comunidade ou negócio necessita para produzir ou
consumir bens e serviços.
Principal Mensagem
O conceito da Pegada Hídrica tem a intenção primária de demonstrar
as conexões ocultas entre o consumo humano e o uso de água, assim
como as ligações ocultas entre o comércio global e o gerenciamento
dos recursos hídricos. Na primeira situação não é somente
considerado o consumo direto de água pelo indivíduo, comunidade
ou negócio, mas quanto de água é utilizado na produção de bens e
serviços, a água que está embutida nas atividades econômicas. Desta
PDQHLUDWDPEpPVHGH¿QHRFRQFHLWRGHiJXDYLUWXDOTXHpDiJXD
1 Blue WaterRXiJXDD]XOpDiJXDGRFHRULXQGDGHIRQWHVVXSHU¿FLDLVRXVXEWHUUkQHDVGreen
waterRXiJXDYHUGHUHIHUHVHjSUHFLSLWDomRGLUHWDQRVRORTXHQmRVRIUHHVFRDPHQWRVXSHU¿FLDORXQmR
recarrega os lençóis freáticos. Greywater, ou água cinza, refere-se ao volume de água doce necessário
para assimilar a carga de poluentes de processos antrópicos, baseado em padrões de qualidade.
TXHID]SDUWHGRÀX[RFRPHUFLDOPXQGLDOPDVHVWiHPEXWLGDQRV
produtos que são negociados no comércio mundial.
Dados e fontes
A Pegada Hídrica é calculada com base em:
Dados populacionais (Banco Mundial);
Unidade de Medida
A unidade de medida corresponde geralmente ao volume de água
por unidade de tempo (m3/ano). Quando são avaliados os processos
produtivos, a Pegada Hídrica pode ser medida pelo volume de
iJXDXWLOL]DGRQDSURGXomRGHXPSURGXWRHVSHFt¿FR1HVWHFDVR
a unidade corresponde ao volume de água por peso de produto
produzido (m3/ton ou l/kg). Ressaltamos que a pegada hídrica
WDPEpPSRGHVHUGH¿QLGDSRUXQLGDGHWHPSRUDOHPXPDFHUWD
iUHDQRUPDOPHQWHXPDEDFLDKLGURJUi¿FDRXSDtV
Cobertura do Indicador
A Pegada Hídrica:
eXPLQGLFDGRUJHRJUD¿FDPHQWHH[SOtFLWRHPXOWLGLPHQVLRQDO
Pode ser calculado para produtos, organizações públicas,
setores econômicos, indivíduos, cidades e nações. No período
de 1997-2001, 140 nações foram analisadas por meio do
indicador (cf. Chapagain e Hoekstra, 2004);
2IHUHFHjVDXWRULGDGHVTXHJHUHQFLDPEDFLDVKLGURJUi¿FDV
informações mais precisas sobre recursos hídricos escassos
que estão sendo alocados para cultivos de exportação de baixo
YDORU¿QDQFHLUR
Aspectos positivos
A Pegada Hídrica apresenta um quadro da distribuição espacial e
demanda de água de um país. Expande as avaliações tradicionais
de “retirada” de água (água verde e águas cinza incluídas). Visualiza
as conexões entre o consumo local de água e apropriação global de
água doce. Integra a utilização e a poluição da água como elementos
da cadeia produtiva.
Aspectos negativos
A Pegada Hídrica acompanha somente a demanda humana por
água doce e não a demanda de ecossistemas como um todo.
Depende de dados locais frequentemente indisponíveis ou de
difícil coleta. Sofre de possíveis erros de truncamento. Não existem
Pegada de Carbono
3HUJXQWD&LHQWt¿FD
Qual é a quantidade total de Gases de Efeito Estufa – GEE (CO2,
CH4, N2O, HFC, PFC e SF6) emitidos direta ou indiretamente
pelas atividades humanas ou acumuladas ao longo do ciclo de vida
de produtos?
Principal Mensagem
Pegada de Carbono2 está pautada principalmente pelo consumo de
bens e serviços e pela emissão de gases de efeito estufa gerada por
este consumo. Desta maneira, a pegada de carbono complementa os
balanços de gases de efeito estufa (ex. inventários considerados pelo
Protocolo de Kioto), que contemplam a emissão pela produção, não
pelo consumo.
Dados e fontes
A Pegada de Carbono utiliza:
Dados econômicos das contas nacionais (Matrizes de Insumo-
Produto, Suprimento, utilização, entre outros;
Unidade de medida
A pegada de carbono mede o total de carbono ou carbono
equivalente (CO2e3) que é emitido diretamente ou indiretamente por
uma atividade humana ou é acumulada ao longo da vida útil de um
Cobertura do Indicador
A pegada de carbono:
É um indicador multidimensional que pode ser aplicado
a produtos, processos, empresas, indústrias, setores e
indivíduos, governos, populações etc. Até o ano de 2001, 73
nações e 14 regiões foram analisadas com base neste cálculo
(cf. Hertwich e Peters, 2009);
Aspectos positivos
A Pegada de Carbono permite uma avaliação clara sobre a
contribuição humana para as mudanças climáticas, e é consistente
com padrões de contabilidade econômica e ambiental. A base de
dados para o cálculo da pegada de carbono é relativamente mais
consistente que das outras pegadas.
Aspectos negativos
A Pegada de Carbono não é capaz de acompanhar todas as
demandas humanas sobre o meio ambiente. Estudos adicionais são
imprescindíveis para analisar os impactos das mudanças climáticas
em escalas nacionais e subnacionais. Fazem-se necessários esforços
para a construção de tabelas do tipo MRIO (Matriz Insumo-Produto-
Multirregional) e extensões ambientais relacionadas. Também não
existe nenhum limite quanto à pegada de carbono. Temos um limite
TXDQWRjVHPLVV}HVJOREDLVPDVLVVRQmRVLJQL¿FDTXHHVWHOLPLWHp
incorporado em cálculos da Pegada de Carbono.
Complementariedade
Os três indicadores da Família de Pegadas complementam-se
mutuamente no que se refere à avaliação da pressão humana no planeta.
A adoção de uma medida pautada no consumo permite a
avaliação das demandas humanas diretas e indiretas sobre o capital
natural, possibilitando um entendimento claro das fontes de pressão
humanas “escondidas” ou “invisíveis”. Temos que ter ciência que nem
todas as dimensões do valor dos recursos naturais são capturadas
pelos indicadores descritos4.
Existem tanto valores de uso como de não uso dos recursos
naturais. Dentro dos valores de uso contemplados pelos indicadores
é possível mapear com os indicadores apenas a utilização direta dos
recursos naturais. Não conseguimos capturar os usos indiretos que
4 Pearce, D.W.T.K (1990): The Economics of Natural Resource and the Environment.
HarvesterWheatsheaf, New York.
Processamento
Consumo de
Ecológica
Pegada
sociedades Pegada
Varejo Hidrica
Processos
Produtivos
Pegada de
Consumidor
Carbono
&RPDGH¿QLomRGDELRFDSDFLGDGHD3HJDGD(FROyJLFDHVWDEHOHFH
uma ligação direta dos recursos naturais renováveis disponíveis e
sua utilização para o consumo destes recursos por bens e serviços,
não considerando os aspectos mais ligados às cadeias produtivas
como, por exemplo, processamento e distribuição. Estes aspectos
relacionam-se muito mais com a análise de ciclo de vida de
produtos, que avalia a sua vida útil, passando por todas as etapas e
processos necessários até que o produto chegue ao mercado, ou seja
descartado como resíduo, dependendo do escopo da análise. Neste
caso, cada etapa de produção pode ser analisada separadamente.
A Pegada de Carbono e a Pegada Hídrica estão muito mais
relacionadas com a análise de ciclo de vida de produtos ou
processos do que a Pegada Ecológica. Esta é uma das grandes
diferenças entre estes indicadores de sustentabilidade.
5 O efeito ricochete postula que a economia em recursos naturais adquirida com a introdução de
novas tecnologias é rapidamente perdida com o aumento da soma total do uso sob os recursos.
A PEGADA ECOLÓGICA
E O FUTURO DO PLANETA
Projeções para o ano de 2050 apontam que, se continuarmos
com este padrão, necessitaremos de mais de dois planetas para
mantermos nosso consumo. É necessário um esforço mundial para
reverter essa tendência, fazendo com que passemos a viver dentro
da biocapacidade planetária.
Atualmente, a média mundial da Pegada Ecológica é de 2,7
hectares globais por pessoa, enquanto a biocapacidade disponível
para cada ser humano é de apenas 1,8 hectare global. Tal situação
FRORFDDSRSXODomRGRSODQHWDHPJUDYHGp¿FLWHFROyJLFR
correspondente a 0,9 gha/cap. A humanidade necessita hoje de 1,5
planeta para manter seu padrão de consumo, colocando, com isso, a
biocapacidade planetária em grande risco.
1.6
Índice Planeta Vivo Global Figura 12: Índice
1.4 Planeta Vivo
O índice global
1.2
mostra que
Valor do indice (em 1970=1)
1.0 populações
de espécies de
0.8
vertebrados
0.6 sofreram redução
de quase 30% entre
0.4
1970 e 2007
0.2 (WWF/ZSL, 2010)
0.0
0.2
0.0
1961 1971 1981 1991 2001 2007
2.5
Número de Terras
Legenda
2.0
Biodiversidade
Área construída 1.5
Área de floresta
1.0
Pesqueiro
Pastagem
0.5
Biocombustíveis
Área cultivada 0
Carbono 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
Países do BRICs
6.0 (Extraído de: Results
from National
5.0
Footprint Accounts
4.0 2010 edition, GFN)
3.0
2.0 Legenda
0.0 Biocapacidade
2.0
Brasileira
1.5
Legenda 1.0
Biocapacidade 0.5
Pegada Ecológica
0.0
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005
Recursos Ecológicos
Classes de consumo
3DUDVDEHUPDLVVREUHDFDWHJRULD)RUPDomR%UXWDGH&DSLWDO)L[RFRQVXOWHRFDStWXOR$1RYD
CLUM Brasileira na página 87.
10
Pegada Ecológica de São Paulo - Estado e Capital 2012 p.
Pegada Ecológica do Estado e da Cidade de São Paulo
3,50
3,00
Legenda 2,50
Área Construida
1,50
Pesca
Florestas 1,00
Pastagens
0,50
Agricultura
0.0
Cidade de Estado de Brasil Mundo
São Paulo São Paulo
0,91
0,82
0,55
Legenda
0,47
0,42
0,33
0,24
0,22
0,20
Brasil
0,19
0,15
0,16
3DUDH[HPSOL¿FDUVDEHPRVTXHDVÀRUHVWDVEUDVLOHLUDVVmRPDLVH¿FLHQWHVHP
absorver CO2 do que a média mundial, mas como não podemos garantir que o
CO2 emitido pela população é todo absorvido em território brasileiro, optamos por
converter estes resultados para as médias mundiais e não as brasileiras. Ver capítulo
Harmonizando Áreas Bioprodutivas - de Hectares para Hectares Globais – pág. 110.
No exemplo, temos o mapa que pode ser interpretado como a área necessária
que a população da capital do estado de São Paulo precisaria para produzir todos os
bens e serviços oriundos do uso de recursos naturais renováveis, assim como a área
necessária para absorver as emissões de CO2 geradas na cidade. O estado de São
3DXORQHFHVVLWDULDGHXPDiUHDGH.PðTXDVHVHWHYH]HVDiUHDR¿FLDOGR
HVWDGR$FLGDGHGH6mR3DXORSUHFLVDULDQHVWHFDVRGHXPDiUHDGH.Pð
YHUPDSDSDUDVHUDXWRVVX¿FLHQWHFRQVLGHUDQGRTXHVHXFRQVXPRDWXDOpPDLVGH
390 vezes a área total do município.
2EYLDPHQWH¿]HPRVDOJXPDVVXSRVLo}HVFRQWXGRHVWHPDSDLOXVWUDPXLWREHPD
relação entre o consumo concentrado das cidades e a área teoricamente necessária para
sustentar este consumo, especialmente no caso do estado de São Paulo da sua capital,
Alimentos
(gha/cap)
0,78
0,67
0,65
Legenda
0,53
0,50
Brasil
Estado de São Paulo
0,12
0,07
0,08
0,05
0,03
0,03
0,03
0,03
0,01
0,01
0,01
Figura 21:
0,99
0,58
0,44
0,43
0,40
Legenda
Brasil
0,18
7 http://www.segundasemcarne.com.br/
8 http://www.conexoessustentaveis.org.br/
Moradia
2VHWRUGHPRUDGLDFRUUHVSRQGHDGD3HJDGD(FROyJLFDGR
paulistano e 5% do paulista e são muito próximos da média nacional.
Seus maiores impactos recaem sobre Florestas e Energia e Absorção
de CO2, levados principalmente pelo consumo de eletricidade e
UHSDURVHUHIRUPDVGDPRUDGLD)LJXUD
0,09
Figura 22:
0,08
0,08
0,08
Recursos Ecológicos
demandados pela classe
0,07
0,07
Moradia (gha/cap)
Legenda
0,02
0,02
0,01
0,01
0,01
Brasil
0,01
0,00
0,00
0,00
Habitação Sustentável
O principio da habitação sustentável não se promove apenas pela
inclusão de materiais reciclados ou de baixo impacto ambiental
na construção de moradias. Construções sustentáveis devem
VHUHQHUJHWLFDPHQWHH¿FLHQWHVHSDUDLVVRGHYHPVHJXLUDOJXQV
princípios de engenharia e arquitetura que maximizam a luz
natural, circulação do ar, isolamento térmico e utilização da água
durante a vida útil do imóvel.
É importante deixar claro mais uma vez que a Pegada
Ecológica não contabiliza os recursos naturais não renováveis.
Por exemplo, o ferro utilizado para a fabricação do aço,
consumido nas construções, não é contabilizado, uma vez que
este material não tem como se regenerar dentro da escala de
Transporte
0,27
0,27
Ecológicos demandados
pela classe Transporte
(gha/cap)
0,19
Legenda
0,08
0,06
0,06
0,05
0,04
0,04
0,04
Brasil
0,03
0,03
0,03
0,02
0,02
Figura 24:
0,25
Recursos Ecológicos
demandados pela classe
0RUDGLDJKDFDS
0,20
Legenda
0,08
0,11
0,06
0,08
Brasil
0,14
0,04
0,21
0,18
0,16
0,14
Legenda
0,10
0,07
0,06
0,05
Brasil
0,01
0,01
0,01
0,00
0,01
0,01
$FODVVHGHFRQVXPR6HUYLoRVFRUUHVSRQGHDGD3HJDGD
Ecológica do paulista médio, a 5% da Pegada do paulistano médio
HpUHVSHFWLYDPHQWHHPDLRUTXHD3HJDGD(FROyJLFD
em serviços do brasileiro médio. Os serviços consumidos pela
população distribuem sua pressão principalmente pelos recursos de
$JULFXOWXUD3DVWDJHQV)ORUHVWDVH$EVRUomRGH&2)LJXUD
ecológicos demandados
0,06
0,06
(gha/cap)
0,05
0,04
0,04
0,04
0,04
0,03
0,03
0,03
Legenda
0,02
0,02
0,01
Brasil
0,00
0,00
0,00
$GLFLRQDPVHjVFODVVHVGHFRQVXPRGHLQÀXrQFLDGLUHWDGRFLGDGmR
'HVSHVDV'RPpVWLFDVPDLVGXDVFDWHJRULDVLQGLUHWDV*RYHUQRH
Formação Bruta de Capital Fixo.
Estas duas classes adicionais, embora indiretas pelo padrão de
consumo, interferem diretamente nele, providenciando governabilidade
e infraestrutura para a manutenção da condição de vida das populações
e, por essa razão, fazem parte da Pegada Ecológica do cidadão.
Também é importante salientar que, por falta de dados
FRQ¿iYHLVHPHWRGRORJLDDSURSULDGDHVVDVFODVVHVQmRHQWUDPHP
escala neste estudo, ou seja, assume-se que sejam iguais para todos
os brasileiros, e que todos os habitantes do país têm igual acesso
aos recursos providos por elas.
Governo
0,04 Legenda
0,03
0,03 Energia e
Absorção de CO2
0,02
Área Construida
Pesca
Florestas
Pastagens
0,00
Agricultura
Agricultura Pastagens Florestas Pesca Área Energia e
Construída Absorção de CO2
Legenda
0,08
Energia e
Absorção de CO2 0,06
Área Construida
Pesca
Florestas 0,02
0,01
Pastagens
0,00
Agricultura
Agricultura Pastagens Florestas Pesca Área Energia e
Construída Absorção de CO2
Figura 29:
9,63
Comparativo de Pegada
Ecológica versus
biocapacidade (gha/cap)
4,38
3,52
2,93
2,7
Legenda
1,8
1,34
0,04
Pegada Ecológica
Biocapacidade
Legenda 11%
Hidroeletricidade 2%
Área Construida
Florestas
Águas Continentais 75%
Marinha
Pastagens
Agricultura
Legenda
31%
Hidroeletricidade
49%
Área Construida
Florestas
Águas Continentais
Marinha
15%
Pastagens
Agricultura
8PDUHÀH[mRLQWHUHVVDQWHpTXHDVÀRUHVWDVVmRSURGXWLYDVSHODV
condições ecológicas locais, enquanto a produtividade da agricultura
é bastante elevada pela adição de insumos e energia, e a maior parte
desta energia de fontes fósseis ou minerais não renováveis. Um dos
JUDQGHVGHVD¿RVPXQGLDLVHPUHODomRjELRFDSDFLGDGHpPDQWrOD
ou até aumentá-la, mas reduzindo sua dependência de recursos
naturais não renováveis.
Embora pequena quando retratada em gha/cap, a cidade de
São Paulo possui uma biocapacidade total de mais de 450 mil
hectares globais. A maior parte em área urbanizada que fornece
abrigo aos seus habitantes, mas também possui uma considerável
ELRFDSDFLGDGHÀRUHVWDOSURYHQLHQWHGHVHXVSDUTXHVHiUHDVGH
SUHVHUYDomR)LJXUD
1%
Figura 32: Proporção
da biocapacidade por
recurso ecológico –
Cidade de São Paulo
27%
Legenda
Hidroeletricidade
Área Construida
74%
Florestas
Águas Continentais
Marinha
Pastagens
Agricultura
Ecológica em diferentes
classes de rendimento
domiciliar, no estado e
8,15
8,08
5,24
4,24
4,09
3,51
3,32
2,90
2,74
2,46
2,29
1,80
Legenda
Menos de 2 De 2 a De 3 a De 6 a De 10 a De 15 a De 25 SM
Estado Menos de Menos de Menos de Menos de Menos de e Mais
3 SM 6 SM 10 SM 15 SM 25 SM
Capital
Faixas de Rendimento no Domicílio
33,55
paulista em números
absolutos por faixa de
rendimento domiciliar
22,27
20,22
18,06
12,53
10,61
Legenda
9,55
5,02
5,26
4,64
3,86
População em Milhões
2,80
2,23
de indivíduos
domiciliar
15%
14%
13%
13%
Legenda
11%
9%
7%
7%
5%
Percentual da
3%
População
Percentual da Pegada
Ecológica Total
Menos de 2 De 2 a De 3 a De 6 a De 10 a De 15 a De 25 SM
Menos de Menos de Menos de Menos de Menos de e Mais
3 SM 6 SM 10 SM 15 SM 25 SM
© Miguel Schincariol
9,86
10
Figura 36: A Pegada 8,4
Ecológica de várias 8
7,1
FLGDGHVTXHMi¿]HUDPR
6,1
cálculo de sua pegada 6 5,2
4,38
4
4 3,42
3,14
2,38
Legenda 2
3HJDGDJKD 0
Campo Grande (2010)
Ontario (2005)
Calgary (2005)
Cascais (2009)
São Paulo
Quito (2006)
Limite Global
10 .LW]HV-*DOOL$%DJOLDQL0%DUUHWW-'LJH*(GH6(UE.+*LOMXP6+DEHUO+
+DLOV&-XQJZLUWK6/HQ]HQ0/HZLV./RK-0DUFKHWWLQL10HVVLQJHU+0LOQH.
0ROHV50RQIUHGD&0RUDQ'1DNDQR.3\KlOl$5HHV:6LPPRQV&:DFNHUQDJHO
0:DGD<:DOVK&:LHGPDQQ7$UHVHDUFKDJHQGDIRULPSURYLQJQDWLRQDOHFRORJLFDO
IRRWSULQWDFFRXQWV(FRORJLFDO(FRQRPLFV
11 KWWSZZZRHFGRUJGRFXPHQWHQBBBBBBBKWPO
12 https://www.gtap.agecon.purdue.edu/#1
13 KWWSVWDWVRHFGRUJJORVVDU\GHWDLODVS",'
(VWHHVWXGRXWLOL]RXD1DWLRQDO)RRWSULQW$FFRXQW1)$
LVVRVLJQL¿FDTXHRVEDQFRVGHGDGRVSDUDGHWHUPLQDU
D3HJDGD(FROyJLFDEUDVLOHLUD)$267$7HPVXDPDLRULDVmRGH
2008 e a metodologia para calcular a Pegada a partir destes bancos
de dados é de 2011.
Os mais importantes bancos de dados para determinar a Pegada
Ecológica do Estado e da Cidade de São Paulo foram a Pesquisa
de Orçamentos Familiares IBGE 2008/2009 e a Pesquisa de
Orçamentos Familiares FIPE do mesmo período, respectivamente.
Para o estudo de biocapacidade foram utilizados os dados de
Produção Agrícola Municipal 2010 IBGE, Levantamento censitário
de unidades de produção agrícola do Estado de São Paulo - LUPA
2007/2008, Inventário Florestal da Vegetação Nativa do Estado de
São Paulo - Instituto Florestal 2007/2009 além de diversas fontes
de análise de imagens de satélite que variam de 2007 a 2011.
Assim este estudo retrata a Pegada Ecológica de São Paulo 2008
com metodologia 2011 e data de publicação 2011. Como padrão
adota-se a data da publicação 2008/2011.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
E LITERATURA ADICIONAL
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00D:DWHU)RRWSULQW0DQXDO6WDWHRIWKH$UW
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0DQIUHG/HQ]HQ/LVH/RWWH3DGH -HVSHU0XQNVJDDUG
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(FRQRPLF6\VWHPV5HVHDUFK9RO1R'HFHPEHU
5HHV:((FRORJLFDOIRRWSULQWVDQGDSSURSULDWHG
FDUU\LQJFDSDFLW\:KDWXUEDQHFRQRPLFVOHDYHVRXW(QYLURQPHQW
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Footprintsembodied in trade -MRIO versus PLUM. Ecological
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a Multi-Regional Input-Output Model, International InputOutput
Meeting on managing the Environment 2008 http://www.upo.es/
econ/IIOMME08.
PEGADA ECOLÓGICA:
PERGUNTAS FREQUENTES
Como se calcula a Pegada Ecológica?
A Pegada Ecológica mede a quantidade de terra biologicamente
produtiva e de área aquática necessárias para produzir os recursos
que um indivíduo, população ou atividade consome para absorver
os resíduos que gera, considerando a tecnologia e o gerenciamento
de recursos prevalecentes. A área é expressa em hectares globais
KHFWDUHVFRPSURGXWLYLGDGHELROyJLFDQDPpGLDPXQGLDO2V
cálculos da pegada usam fatores de rendimento para normalizar a
produtividade biológica de países com as médias mundiais (p. ex.,
comparação de toneladas de trigo por hectare no Reino Unido versus
DPpGLDPXQGLDOSRUKHFWDUHHIDWRUHVGHHTXLYDOrQFLDSDUDOHYDU
em consideração as diferenças de produtividade média mundial
HQWUHWLSRVGHWHUUDVSH[PpGLDPXQGLDOSDUDÀRUHVWDVYHUVXV
PpGLDPXQGLDOSDUDWHUUDVGHFXOWLYR
Os resultados da pegada e da biocapacidade para os países
são calculados anualmente pela Global Footprint Network (Rede
*OREDOGD3HJDGD(FROyJLFD6mRHVWLPXODGDVDVFRODERUDo}HV
com governos nacionais, que servem para aprimorar os dados e a
metodologia usada para os balanços nacionais de Pegada Ecológica.
Até a presente data, a Suíça completou uma revisão, e Bélgica,
Equador, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Japão e os Estados Unidos
revisaram parcialmente ou estão revisando seus balanços. O
desenvolvimento metodológico contínuo dos Balanços de Pegadas
Nacionais é supervisionado por um comitê formal de revisão. Uma
publicação detalhada sobre métodos e cópias de modelos de planilhas
de cálculos pode ser encontrada em www.footprintnetwork.org
As análises de pegadas podem ser conduzidas em qualquer
escala. Há o reconhecimento crescente da necessidade de
padronizar aplicações subnacionais da Pegada para aumentar a
comparabilidade entre estudos em diferentes locais e em anos
distintos. Os métodos e as abordagens para calcular a Pegada
de municípios, organizações e produtos atualmente estão sendo
alinhados por meio de uma iniciativa global de padrões de Pegada
Ecológica. Para obter mais informações sobre padrões de Pegada
Ecológica: www.footprintstandards.org
$3HJDGD(FROyJLFDGH¿QHRTXHpXPXVR³MXVWR´
RX³LJXDOLWiULR´GRVUHFXUVRV"
A Pegada documenta o que aconteceu no passado. Pode descrever
quantitativamente os recursos usados por um indivíduo ou uma
população, mas não estabelece o que deveriam utilizar. A distribuição
de recursos é uma questão de políticas públicas, baseada em crenças
O que é FBCF?
)RUPDomR%UXWDGH&DSLWDO)L[R)%&)UHIHUHVHSULQFLSDOPHQWHDRV
ativos de longa vida, sejam estes de proveniência direta da população,
H[QRYDVFDVDVGHHPSUHVDVGRVHWRUSULYDGRH[QRYDVIiEULFDVH
PDTXLQDVRXGR*RYHUQRH[,QIUDHVWUXWXUDS~EOLFD14
14 Para saber mais sobre a categoria Formação Bruta de Capital Fixo, consulte o capítulo A Nova
CLUM Brasileira na página xxxx
GLOSSÁRIO
Biocapacidade A capacidade dos ecossistemas de produzir materiais biológicos
úteis e de absorver materiais residuais gerados pelos humanos
com base nos atuais sistemas de manejo e tecnologias de
extração. A unidade de medida da biocapacidade é o hectare
JOREDO*)1
Biocapacidade per capita O cálculo é feito dividindo o número de hectares globais pelo
número de pessoas vivendo no planeta no ano em questão.
6D~GH([SHFWDWLYDGHYLGDDRQDVFHURQ~PHURGHDQRVTXHXPUHFpP
QDVFLGRYLYHULDVHRVSDGU}HVGHPRUWDOLGDGHYHUL¿FDGRVQDGDWDGRVHX
QDVFLPHQWRIRVVHPPDQWLGRVGXUDQWHWRGDDVXDYLGD
&RQKHFLPHQWRFRPELQDRtQGLFHGHDOIDEHWL]DGRVQDSRSXODomRDGXOWD
com os índices de matrícula na educação fundamental, média e superior
expressos como a razão entre os matriculados e os que poderiam estar
matriculados nos respectivos níveis.
3DGUmRGHYLGD3,%SHUFDSLWD33386
$GH¿QLomRDSUHVHQWDGDDTXLIRLUHWLUDGDGR+XPDQ'HYHORSPHQW
5HSRUW5HODWyULRGH'HVHQYROYLPHQWR+XPDQRHRUHODWyULR
mais recente está disponível no site
http://hdr.undp.org/en/
Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à O IDHD é uma expressão do nível de desenvolvimento das
'HVLJXDOGDGH,'+' pessoas numa dada sociedade que leva em consideração a
desigualdade existente. Numa situação de igualdade perfeita,
o IDHD seria igual ao IDH, mas quanto maior o grau de
GHVLJXDOGDGHPDLVEDL[R¿FDRYDORUGR,'+',VWRID]FRP
TXH,'+'UHÀLWDPHOKRURDWXDOHVWDGRGHGHVHQYROYLPHQWR
KXPDQRLQFOXLQGRDVGHVLJXDOGDGHVHQTXDQWRR,'+
pode ser considerado como uma representação do nível
de desenvolvimento que seria alcançado se não houvesse
desigualdade. O IDHD insere a desigualdade nos cálculos de cada
dimensão que compõe o índice, por meio de um desconto no
valor médio obtido proporcional ao grau de igualdade. A perda
média em relação ao valor do IDH é de 23% — assim, se o IDH
global para o ano 2011 for ajustado à desigualdade, cairia de
SDUD2VSDtVHVFRPPHQRUGHVHQYROYLPHQWRKXPDQR
tendem a apresentar maior grau de desigualdade associado a
mais dimensões – e portanto maiores perdas de desenvolvimento
humano. Esta nova versão do IDH foi desenvolvida para o
µ+XPDQ'HYHORSPHQW5HSRUW¶GH81'3HQDGDWDGH
publicação do relatório, tinha sido aplicado em 134 países.
Comitê de Contas Nacionais *UXSRGHDVVHVVRUHVFLHQWt¿FRVGD5HGH3HJDGD(FROyJLFD*OREDO
que desenvolve e autentica recomendações para mudanças na
metodologia contábil usada para as contas nacionais de Pegada
(FROyJLFD*)1
Contas Nacionais de Pegada Ecológica O conjunto central de dados que permite o cálculo das pegadas
ecológicas e da biocapacidade de cerca de 150 nações e do mundo
FRPRXPWRGRGHVGHDWpDJRUDJHUDOPHQWHFRPWUrVDQRV
de atraso por causa de demoras na disponibilização de dados.
Atualmente o desenvolvimento, manutenção e atualização das
contas nacionais de Pegada Ecológica são coordenados pela Rede
3HJDGD(FROyJLFD*OREDOHPDLVGHSDUFHLURV*)1
P
EF YF EQF
YN Equação 1a
BC = A YF EQF Equação 2
Produtos Secundários
Somando as pegadas de todas as colheitas primárias e a capacidade
de absorção de resíduos dos ecossistemas, obtemos a Pegada total
da produção nacional de um país. No entanto, em alguns casos,
é necessário conhecer a Pegada Ecológica de produtos derivados
GRVÀX[RVGHEHQVSULPiULRVGRHFRVVLVWHPD2VEHQVSULPiULRV
e derivados estão relacionados por taxas de extração de produtos
(ZLQJ%$5HHG$*DOOL-.LW]HVDQG0:DFNHUQDJHO&DOFXODWLRQ0HWKRGRORJ\
for the National Footprint Accounts, 2010 Edition. Oakland: Global Footprint Network. Available
at http://www.footprintnetwork.org/images/uploads/National_Footprint_Accounts_Method_
Paper_2010.pdf
YD = YP EXTR D
Equação 3a
TCF D
EXTR D Equação 3b
FAFD
Onde FAFDpRFRH¿FLHQWHGHDWULEXLomRGD3HJDGD
Assim, alocamos a Pegada Ecológica de um produto primário
simultaneamente entre bens derivados de acordo com a TCF-
balanceada por preços. Os preços dos produtos derivados
representam suas contribuições relativas ao incentivo para a
FROKHLWDGRSURGXWRSULPiULR$HTXDomRSDUDRFRH¿FLHQWHGH
atribuição pegada de um produto derivado é:
TCF D V D
FAF D Equação 3c
¦ TCFi V i
Fatores de Produtividade
Fatores de Produtividade representam diferentes níveis de
produtividade, para determinados tipos de uso da terra, entre
os países. O fator de produtividade fornece a comparabilidade
entre os cálculos de Pegada Ecológica e biocapacidade de diversos
países. Em cada ano, cada país tem um fator de rendimento de
ODYRXUDVSDVWDJHQVÀRUHVWDVHGHSHVFD&RPRSDGUmRR)DWRU
de Produtividade para os terrenos com construções é assumido
como sendo o mesmo que para lavouras, uma vez que áreas
urbanas tendem a ocorrer perto ou acima das terras agrícolas mais
produtivas. Fatores naturais, como as diferenças de precipitação
ou de qualidade do solo, bem como as práticas de gestão, podem
sustentar as diferenças de produtividade.
O peso dos Fatores de Produtividade das áreas de terra varia de
acordo com sua produtividade relativa. Por exemplo, um hectare
médio de pastagens na Nova Zelândia produz mais grama do que
um hectare da média mundial de pastagens. Assim, em termos de
produtividade, um hectare de pasto na Nova Zelândia é equivalente
a mais de um hectare de terra de pastagem média mundial, pois é
potencialmente capaz de suportar uma maior produção de carne.
A tabela abaixo mostra os fatores de produtividade calculados
para diversos países, na edição de 2010 das Contas de Pegadas
Ecológicas Nacionais da Global Footprint Network.
Áreas
Agricultura Floresta Pastagens
Pesqueiras
Produtividade Média Mundial 1.0 1.0 1.0 1.0
Argélia 0.3 0.4 0.7 0.9
Guatemala 0.9 1.1 2.9 1.1
Hungria 1.1 1.9 1.0
Japão 1.3 1.4 2.2 0.8
Jordânia 1.1 1.5 0.4 1.0
Nova Zelândia 0.8 2.0 2.5 1.0
Zâmbia 0.2 0.2 1.5 1.0
¦A W, i
iU
YF L Equação 4a
¦A N, i
iU
Pi Pi
A N, i A W,i
YN Equação 5a Y W (TXDomR
2QGH3LpRFUHVFLPHQWRDQXDOWRWDOGRSURGXWRQDFLRQDOH<1H
<:VmRSURGXo}HVQDFLRQDLVHPXQGLDLVUHVSHFWLYDPHQWH$VVLP
AnI é sempre a área que produz dentro de um determinado país,
HQTXDQWR$:,pRHTXLYDOHQWHjPpGLDPXQGLDOGHSURGXWLYLGDGH
para este mesmo uso de solo.
A maioria dos tipos de uso de solo, na Pegada Ecológica,
fornece apenas um único produto primário, como a madeira da
ÀRUHVWDRXQDJUDPDGRSDVWR3DUDHVWHVDHTXDomRSDUDRIDWRUGH
SURGXWLYLGDGHVLPSOL¿FDVHSDUD
YN
YF L Equação 4b
YW
P
EF EQF Equação 1b
YW
Fatores de Equivalência
$¿PGHFRPELQDUDV3HJDGDV(FROyJLFDVRXELRFDSDFLGDGHVGH
diferentes tipos de uso da terra, um segundo fator de escala é
QHFHVViULD2V&RH¿FLHQWHVGH(TXLYDOrQFLDVHUYHPSDUDFRQYHUWHU
a área real em hectares de diferentes tipos de uso da terra em seus
HTXLYDOHQWHVHPKHFWDUHVJOREDLV&RH¿FLHQWHVGH(TXLYDOrQFLD
e Fatores de Produtividade são aplicados em ambos os cálculos,
Pegada Ecológica e Biocapacidade, para fornecer resultados
consistentes e em unidades comparáveis.
&RH¿FLHQWHVGH(TXLYDOrQFLDWUDGX]HPDiUHDIRUQHFLGDRX
GHPDQGDGDGHXPWLSRHVSHFt¿FRGHXVRGDWHUUDPpGLDPXQGLDO
UHIHUHQWHDODYRXUDVSDVWDJHQVÀRUHVWDViUHDVSHVTXHLUDVWHUUDV
SDUDDEVRUomRGHFDUERQRHRVWHUUHQRVFRPFRQVWUXo}HVHP
unidades médias mundiais de área biologicamente produtiva:
hectares globais.
O fator de equivalência para os terrenos com construções é
igual ao de terras cultiváveis, e absorção de carbono é igual ao de
WHUUDVÀRUHVWDLV,VVRUHÀHWHRVSUHVVXSRVWRVGHTXHLQIUDHVWUXWXUD
tendem a ocorrer sobre, ou perto de, terras agrícolas produtivas,
HTXHDDEVRUomRGHFDUERQRRFRUUHHPiUHDVÀRUHVWDLV2IDWRU
de equivalência para a área reservatórios de usinas hidrelétricas
pGH¿QLGDFRPRLJXDODXPSUHVVXSRQGRTXHRVUHVHUYDWyULRV
hidrelétricos inundam terras com produtividade média mundial.
O fator de equivalência de área marinha é calculado para que as
calorias obtidas pela carne bovina, produzida em um hectare global
de pastos, sejam as mesmas obtidas em um hectare global de pesca,
em peixes. O fator de equivalência para as vias de água é igual ao
fator de equivalência de área marinha.
Em 2005, por exemplo, o fator de equivalência para áreas
DJUtFRODVFXOWLYDGDVIRLLQGLFDQGRTXHDSURGXWLYLGDGH
média das terras cultivadas no mundo foi mais que o dobro da
Agricultura 2.51
Florestas
Pastagens
0DULQKDHÀXYLDO 0.37
Área Construída 2.51
&RH¿FLHQWHVGH(TXLYDOrQFLDHVWmRFDOFXODGRVXVDQGRRV
índices adequados do modelo de Zonas Agroecológicas Mundiais
combinadas com dados sobre as áreas das terras cultiváveis,
ÀRUHVWDVHiUHDGHSDVWDJHQVGD)$267$7)$2DQG,,$6$*OREDO
Agro-Ecological Zones 2000 FAO Resource STATStatistical
'DWDEDVH2PRGHOR*$(=GLYLGHWRGRRWHUUHQRPXQGLDOHP
cinco categorias, calculado com base na produtividade potencial
das culturas. Para todo tipo de zona é atribuído um índice de
DGHTXDomRTXDQWLWDWLYDTXHYDULDGHPXLWRDGHTXDGRDQmR
DGHTXDGR
Os cálculos dos coeficientes de equivalência pressupõem
que o solo mais produtivo tem a utilização mais produtiva. Os
fatores de equivalência são calculados como a razão entre o índice
de aptidão média para um determinado tipo de uso da terra,
dividido pelo índice de aptidão média para todos os tipos de uso
da terra.