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Introdução
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2. Aspectos sociológicos modernos da comunicação
A comunicação social ou comunicação de massas (mass communication) é a comunicação
efectuada a grande escala, de forma impessoal, para uso e benefício de um grande, anónimo e
heterogéneo número de receptores em simultâneo, que fisicamente podem estar bastante
separados, sendo, habitualmente, diminutas as possibilidades de interação e feedback do receptor
com o emissor. Cada receptor, de alguma forma, percebe que as outras pessoas (outros
receptores) também são expostas à comunicação social. Mas a audiência não é personalizada. É
tida, ao invés, como um agregado de indivíduos pontualmente unidos pela receção comum de
uma mensagem, consumida, por norma, devido ao facto de corresponder aos interesses,
necessidades, crenças, valores e expectativas desses indivíduos (Sousa 2006).
A comunicação social, no sentido de comunicação orientada para um público massivo, mas
heterogéneo, está, normalmente, relacionada com o jornalismo, a indústria de entretenimento
(audiovisual, livros, discos...), a publicidade e a propaganda, mas outras actividades de
comunicação em sociedade, como as relações públicas e a comunicação de marketing, também
podem promover acções que devem integrar-se na categoria "comunicação social", embora isto
nem sempre aconteça.
"É preciso abandonar o esquema simplista de considerar a todas as pessoas da audiência numa
suposta relação pessoal, mais ou menos próxima, com o emissor, com a consequente influência
directa. Nesse modelo, o emissor aparece como elemento dominante da comunicação. Dirige-se
a uma audiência sobre a qual tem domínio. O seu estímulo, a sua emissão de informação, teria
uma resposta imediata. Pelo contrário, sabemos que na realidade existe uma trama de relações
sociais, tanto na audiência como no emissor, que convertem a relação emissor-receptor em algo
bastante mais complexo"(Marín et al., 1999: 122 citado por Sousa).
Por outro lado, a comunicação social é um agente de socialização e aculturação, de disseminação
de informação e de modelação social do conhecimento. Alguns conseguem usá-la para garantir
o seu enriquecimento pessoal, social e cultural e para ascenderem socialmente, outros nem tanto.
Porém, é certo que ela contribui para que todos "conheçam"mais coisas sobre o mundo, em
comunhão, constituindo, neste sentido, uma instituição que desafia educativa e formativamente a
própria escola, inclusivamente através da disseminação de mensagens didácticas ( Marín et
al.,1999: (124-147 citado por Sousa)
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Promove o estatuto social das pessoas que atraem a atenção dos media (figura públicas),
mas em contrapartida pode suscitar a devassa da vida privada;
Tende a reforçar as normas sociais, contribuindo para a definição do que é e não é
desviante e inaceitável, embora também possa ter um papel de rutura às normas em certas
situações;
Tira tempo a outras formas de interação dos indivíduos uns com os outros e com os
grupos, as comunidades e a sociedade;
Funciona, muitas vezes, como um espaço de entretenimento e mesmo de saudável
libertação da imaginação, propiciando a fuga mental à dureza da vida ou à rotina
quotidiana;
Tem uma função interpretativa, que radica na valorização e no enquadramento dos
acontecimentos que são objecto de discurso mediático, embora possa oferecer,
simultaneamente, várias valorizações e enquadramentos em confronto;
Contribui para a transmissão cultural e para disseminar explicações que tornam o
mundo compreensível, embora, por vezes, gere explicações digladiantes;
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torradeiras, por que fazê-lo com a televisão? O certo é que a privatização e a liberalização que
acompanham a globalização não produziram meios mais diversos e pluralistas.
A concentração da propriedade dos meios significa, por exemplo, que os cinco maiores
conglomerados dos Estados Unidos controlam quase a totalidade das cadeias de rádio e de
televisão do país. O importante não é o número de canais de televisão, mas a diversidade de
fontes e proprietários. Do primeiro caso, nasce uma mensagem simplificada para o consumo em
massa. Com isso, é o direito à informação que surge limitado e em dúvida. Por um lado, o fim
dos monopólios estatais nos países do Sul e na Europa trouxeram consigo avanços na pluralidade
de meios, embora haja preocupação com a deslegitimação dos meios tradicionais. Entretanto, a
desregulamentação favorece este processo porque apesar de as leis da liberdade de imprensa
terem sido estabelecidas para limitar o poder estatal, agora são insuficientes para assegurar que a
informação e a comunicação sejam um bem comum. Como aponta Ignacio Ramonet: Embora,
nos países do Norte a liberdade da palavra esteja garantida, o direito a estar bem informado é
questionado pela concentração dos meios
Para que a sociedade da informação seja uma sociedade plural, inclusiva e participativa, hoje,
mais do que nunca, é necessário oferecer a todos os cidadãos, principalmente aos jovens, as
competências para saber compreender a informação, ter o distanciamento necessário à análise
crítica, utilizar e produzir informações e todo tipo de mensagens (BÉVORT e BELLONI-2009).
Também é preciso ressaltar que os medias são importantes e sofisticados dispositivos técnicos de
comunicação que atuam em muitas esferas da vida social, não apenas com funções efetivas de
controle social (político, ideológico...), mas também gerando novos modos de perceber a
realidade, de aprender, de produzir e difundir conhecimentos e informações. São, portanto,
extremamente importantes na vida das novas gerações, funcionando como instituições de
socialização, uma espécie de “escola paralela”.
Media
Apesar do largo emprego, é difícil encontrar uma definição consensual explícita do conceito de
media entre os pesquisadores do campo da Comunicação. Seu uso predominante, pelo menos até
2004, parte de uma quase extensão ou decorrência natural de conjunto de meios de comunicação.
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Em um rápido apanhado histórico, veremos que a origem do uso da palavra media está nas
pesquisas norte-americanas sobre mass media, herdeiras (em sentido cronológico) dos estudos
sobre voto, comportamento eleitoral, propaganda e opinião pública nos períodos pré e pós-
guerras, entre os anos 1920 e os 1940, nos Estados Unidos (a origem mesma da Communication
Research) (WOLF, 2003).
Estes estudos oscilaram em seu objeto, dedicando-se a pesquisar pontualmente às vezes os meios
de comunicação de massa; outras vezes, a cultura de massa ou sociedade de massa; mas sempre
constituíram-se em abordagens e teorias centradas na Sociologia e na Ciência Política norte-
americanas, influenciadas pelas descobertas da Psicologia behaviorista.
Comunicação
Num sentido amplo, a comunicação pode ser definida como um Processo interactivo que envolve
o intercâmbio de símbolos significantes. Ou melhor, «o processo através do qual um conjunto de
significados que tomaram corpo numa mensagem é transferido para uma ou várias pessoas de tal
maneira que o significado percebido seja equivalente à intenção dos iniciadores da mensagem»
(Smith in Marín,2001, pp.1819 citado por Pereira).
De forma muito simples, podemos também considerar a «comunicação como a gestão de
mensagens com o propósito de criar significados.» (Lawrence Fay et al. in Griffin, 1997, p. 19)
A vantagem desta definição é que não favorece nem uma visão científica nem humanista da
comunicação, ao mesmo tempo que olha para este processo como uma actividade intencional e
dá igual relevo às mensagens e significado – o que permite perspectivar o estudo da
comunicação tanto ao nível dos conteúdos como das relações. (Ibidem).
Quando falamos em comunicação existe uma tendência para, de imediato, pensarmos nos
contextos gerais da comunicação no âmbito, por exemplo, da comunicação interpessoal, ou da
comunicação de massas.
Quando levamos a cabo uma pesquisa bibliográfica, num centro de documentação ou numa
biblioteca, sob o epíteto de “comunicação”, deparamo-nos com inúmeros resultados, mas quase
sempre limitados a textos sobre retórica, efeitos dos mass media teorias da informação,
comunicação interpessoal ou comunicação intercultural.
Por exemplo, Marín (2001) subdivide o estudo da comunicação em: comunicação pessoal;
comunicação mediada; comunicação nas organizações; comunicação colectiva ou comunicação
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de massas, centrando a sua atenção em especial na análise dos meios de comunicação de massas,
os estudos sobre os efeitos dos media e as teorias e críticas sobre os media.
Tratando-se de um conceito relativamente novo, não existe uma definição única para “inovação
social”. Para Dosi, inovação engloba a busca, a descoberta, a experimentação, o
desenvolvimento, a imitação e a adopção de novos produtos, novos processos de produção e
novas formas organizacionais. Uma inovação “social” poderia analogamente ser entendida como
a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adopção de “arranjos sociais
alternativos” para produzir algo.
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Que “arranjos sociais” seriam esses? Para entender esse conceito é necessário retomar a
definição de “organização produtiva”. Uma organização é um grupo de indivíduos que divide
entre si o esforço, a autoridade e as responsabilidades para realizar um determinado trabalho e
cumprir determinados objectivos. “Arranjos sociais alternativos” são formas não convencionais
de organizar o esforço colectivo de produção. Formas diferentes daquelas normalmente
adoptadas pelas empresas estritamente económicas guiadas exclusivamente pelas regras da
racionalidade instrumental.
A ideia de inovação social se respalda em uma visão mais abrangente do desenvolvimento, vem
encontrando crescente aceitação entre os teóricos desenvolvimentistas: a de que as políticas e
acções tendentes a propiciar ou acelerar o desenvolvimento não deve perseguir apenas objectivos
económicos. Elas devem ser guiadas também por objectivos que não são económicos no sentido
estrito do termo e sim também pela busca da justiça, da equidade, da solidariedade, da inclusão
dos grupos marginalizados, da expressão das individualidades, da minimização dos impactos
ambientais e da preservação do tecido sociocultural entre outros.
Um dos campos particulares de interfaces entre a comunicação e a sociedade é a esfera do
político. A política contemporânea instalou-se, em grande medida, no mundo da comunicação
social. Recorrendo ao Interacionismo Simbólico, podemos conceptualizar a política
contemporânea como um espetáculo teatral, cujo palco principal é constituído pelos meios de
comunicação social, em particular a televisão. A acção política é, assim, encenada e dirigida para
o público através dos media, que dão visibilidade aos actores políticos.
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ao pluralismo editorial: de uma forma geral, os vários órgãos de informação oferecem o mesmo
género de informação, disputando, em consequência, as mesmas fontes e públicos-alvo. Em
particular, predomina na comunicação social moçambicana a informação em torno de assuntos
político-partidários, que têm como fontes recorrentes: o governo, as sessões da Assembleia da
Republica e alguma actividade de partidos políticos.
Com a entrada de Moçambique na era da exploração dos seus imensos recursos naturais de que
avultam o carvão mineral, o gás, areias pesadas, florestas e recursos marinhos novos desafios se
colocam à comunicação social, no sentido de produzir uma informação de fundo, baseada em
evidências demonstradas através de métodos rigorosos de pesquisa. Tecnologias de Informação e
Comunicação.
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7. Conclusão
Para que a sociedade da informação seja uma sociedade plural, inclusiva e participativa, hoje,
mais do que nunca, é necessário oferecer a todos os cidadãos, principalmente aos jovens, as
competências para saber compreender a informação, ter o distanciamento necessário à análise
crítica, utilizar e produzir informações e todo tipo de mensagens (BÉVORT e BELLONI-2009).
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Bibliografia
BÉVORT, Evelyne, BELLONI, Maria Luiza- Media-educação: conceitos, história e
perspectivas Educ. Soc., Campinas, vol. 30, n. 109, set./dez. 2009
SOUSA, Jorge Pedro -Elementos de Teoria e Pesquisa da Comunicação e dos Media 2a edição
revista e ampliada
Referncias da Internete
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Índice
Introdução................................................................................... Erro! Marcador não definido.
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