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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

DANRLEY NUNES MONTALVÃO


GABRIEL PEREIRA DO ROSARIO
GEORGE GUIMARÃES DOUTTO
JÉSSICA STEPHANY REIS DA LUZ
JHAIDAN RIBEIRO CRUZ

TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS

Cruz das Almas


2018
DANRLEY NUNES MONTALVÃO
GABRIEL PEREIRA DO ROSARIO
GEORGE GUIMARÃES DOUTTO
JÉSSICA STEPHANY REIS DA LUZ
JHAIDAN RIBEIRO CRUZ

TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS

Trabalho apresentado à Universidade Federal do


Recôncavo da Bahia, como avaliação parcial da
disciplina Economia para Engenheiro.

Orientador: Prof. Carlos Tosta

Cruz das Almas


2018
TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS

Definição:
De acordo com o autor Cyrino (2016), a terceirização se trata do processo no
qual uma empresa transfere à outra a execução de determinado serviço, por meio da
contratação da sua mão-de-obra. Neste tipo de situação, não há vínculo empregatício
com o funcionário, e sim um contrato de prestação de serviço entre a empresa
contratante e a companhia prestadora de serviço.

Legislação:
Segundo Cruz (2018), antes da aprovação da Lei da Terceirização, a legislação
desse tipo de atividade ocorria por meio da Súmula 331 do Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
O texto dizia que só seria permitido a terceirização de atividades-meio1 da
empresa, tais como serviço de manutenção e limpeza. A terceirização de atividades-
fim2 era tida como ilícita e caso constatada judicialmente era reconhecido o vínculo
empregatício entre o funcionário e a empresa contratante. Ademais, caso o
funcionário estivesse exercendo uma atividade-fim e entrasse com uma ação judicial,
ambas as empresas eram responsabilizadas pelas verbas não pagas, e caso julgado
procedente, ambas teriam que arcas com o pagamento (CRUZ, 2018).
Entretanto, com a criação da Lei nº 13.429/2017, que regulamenta a
terceirização, e com a reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017) que fez algumas
complementações, houveram consideráveis mudanças (CRUZ, 2018).
Com a criação desta lei passa a ser permitido, também, a terceirização de
atividades-fim. Quando a remuneração, a contratante será responsabilizada pelo
pagamento do funcionário apenas no caso em que judicialmente for esgotado os
meios para quitação da verba por parte da prestadora de serviço (CRUZ, 2018).
A lei também define um capital social mínimo de acordo com a quantidade de
funcionários para que a empresa prestadora de serviços terceirizados possa atuar no
mercado (CRUZ, 2018).

1
De acordo com Cyrino (2015), atividades-meio se tratam de serviços necessários para o funcionamento de uma
empresa, mas que não tem influência direta com a atividade principal da mesma.
2
Atividades-fim consistem nos serviços ao qual evidenciam o objetivo principal de atuação da empresa (CYRINO,
2015).
Quanto a reforma trabalhista, ela também apresenta algumas considerações a
respeito da terceirização. Como no caso de um trabalho regular que após ser demitido
não poderá ser readmitido como terceirizado por até 18 meses após sua demissão
(CRUZ, 2018). Este tipo de restrição protege o funcionário visto que impede que o
empregador o demita em vista de readmiti-lo como terceirizado e reduzindo assim
seus direitos.
Ademais, tanto a reforma trabalhista quanto a lei da terceirização definiu que
os trabalhadores terceirizados, bem como os regulares, deveriam ter o mesmo
tratamento no que compete a questões como atendimento ambulatorial, médico e
alimentação.

Vantagens X desvantagens
A página Manutenção eficaz traz alguns pontos de vantagens e desvantagens
quanto a terceirização. Os mesmos podem ser conferidos a seguir:
Vantagens
 Melhor administração do tempo para gestão do negócio;
 Aumento de serviços especializados;
 Flexibilidade organizacional;
 Melhor atendimento.
Desvantagens
 Redução da especialização própria;
 Aumento do risco de acidentes;
 Problemas trabalhistas devido a escolha errada de contratação;
 Aumento da dependência de terceiros.

TERCEIRIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO

A terceirização da manutenção se mostra importante quando uma empresa


deseja manter em nível ótimo o funcionamento dos seus equipamentos e serviços
relacionados a estes. Em alguns casos as empresas não dispõem de verba suficiente
para ter uma equipe própria capacitada para atender essa demanda, ou não deseja
despender verba de atividades principais para este tipo de função, neste tipo de caso,
a terceirização da manutenção é a melhor alternativa.
Com a terceirização deste serviço a empresa terá uma equipe capacitada para
atuar na área, sem se preocupar em ter que capacitar estes profissionais, tampouco
resolver questões como o pagamento dos mesmos ou contratação/substituição de
funcionário, visto que este tipo de função compete a empresa prestadora de serviços.
No Brasil ainda há uma forte resistência de muitas empresas quanto a
terceirização da manutenção. De acordo com a página Manutenção e Suprimentos
(2018), existem algumas empresas que já tem enraizada em sua cultura
organizacional a terceirização deste serviço, tais como a Petrobras que atualmente
conta com cerca de 100mil funcionários terceirizados. Entretanto, de acordo com o
autor Videira (2009), alguns setores organizacionais ainda apresentam uma notável
resistência a essa tendência, tais como o setor hospitalar e hoteleiro.

Vantagens x Desvantagens
A página da Fersiltec traz um artigo interessante a respeito de algumas das
vantagens na contratação do serviço terceirizado da manutenção industrial. Apesar
da especificação do tipo de manutenção, os pontos a seguir podem ser expandidos
para as mais diversas áreas da manutenção. Estas vantagens são:
1. Suporte especializado;
2. Treinamentos de funcionário são promovidos pela empresa prestadora de
serviço;
3. Suporte de serviço que busca sanar problemas com equipamentos com maior
velocidade e destreza;
4. Manutenção preventiva nos equipamentos realizada sob os cuidados da
empresa prestadora de serviço;
5. Monitoramento de máquinas e equipamentos;
6. Reposição de peças e componentes sob os cuidados da empresa prestadora
de serviço.

A página da MMtec também traz alguns pontos a serem avaliados ao se tomar


a decisão de contratar uma empresa terceirizada ou não. Estes pontos podem ser
vistos a seguir:
1. Tempo de inatividade – Refere-se ao tempo transcorrido entre a ocorrência
de um problema com um determinado equipamento e o tempo da sua
resolução. Deve-se verificar se o mais compensatório é ter uma equipe interna
para reduzir este tempo, embora muitas vezes ela possa não ser capacitada
suficientemente para solucionar determinados problemas, ou se o mais
interessante é contratar uma empresa terceirizada que seja mais capacitada
para lidar com determinadas situações.
2. Contratações – Implica no custo em ter uma equipe interna. Ao contratar os
serviços de uma terceirizada os custos da mão-de-obra reduzem, bem como
os custos e carga dos Recursos Humanos e departamento pessoal.
3. Controle – Refere-se ao fato de que a empresa contratante não tem controle
sobre o funcionário terceirizado, onde este deverá prestar contas apenas a
empresa prestadora de serviço.
4. Gestão de risco – Trata-se dos riscos com a segurança pessoal dos
prestadores de serviços e patrimonial da empresa contratante. O que implicará
na determinação de normas de segurança a serem cumpridas tanto pela
empresa quanto pelos colaboradores.

TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICA

As organizações têm a necessidade de criar e sustentar vantagens


competitivas. Isso obriga as empresas a inovarem rapidamente as suas técnicas de
gestão, com a intenção de reduzir custos e aumentar a produtividade, tornando os
produtos e serviços capazes de competir no mercado. A terceirização ganha destaque
como uma atividade eficiente na racionalização de recursos. Quando se adota a
terceirização, a empresa concentra seus esforços em uma só área produtiva, no que
é especializada, melhorando assim a qualidade do produto ou serviço e sua
competitividade (ESTENDER et al., 2015).
A terceirização é uma tendência atual das organizações que buscam se
destacar ou sobreviver em ambientes de alta competitividade e para isso, o
empresário deve ter uma visão estratégica daquilo que almeja fazer dentro de sua
organização, e deve começar através de um planejamento do que se pretende
terceirizar (ESTENDER et al., 2015).
Nas parcerias estratégicas entre empresas, a terceirização apresenta-se como
uma das, e talvez a mais comum das alternativas. Estabelecer uma parceria
estratégica é propor à outra companhia um relacionamento em que ambos os lados
se beneficiem. Uma boa parceria estratégica gera valores semelhantes para todas as
partes envolvidas. Tais parcerias podem acontecer em diversos níveis de negócios,
entre empresas de diferente porte ou negócios concorrentes ou complementares
(WANDERLEY, 2014).
Em meio à essa tendência, diversos tipos de serviços terceirizados
apresentam-se como bastante viáveis. Dentro desse grupo de serviços, o processo
de terceirização logística envolve a inserção de uma empresa prestadora de serviço
como parte importante da cadeia de suprimento da empresa contratante (SADER,
2007).
As empresas passaram a reconhecer a complexidade e os altos investimentos
necessários, nas suas operações logísticas, para acompanharem as necessidades
relacionadas a fatores como a globalização, a customização de produtos, elevada
exigência, a segmentação de clientes, etc. Uma alternativa aos investimentos
necessários foi considerar a possibilidade de terceirizar a operação logística para uma
empresa especializada, a qual seria responsável por realizar os investimentos e a
montar a estrutura necessária para atender as exigências do mercado (SADER,
2007).
Sader (2007), em seu estudo de caso, afirma que é fundamental a utilização da
estratégia competitiva e a estratégia da cadeia de suprimento da companhia como
norte do processo decisório de terceirizar ou não uma área de logística. A decisão
norteada por resultados de curto prazo poderá, no futuro, demonstrar falta de
alinhamento com a estratégia competitiva da empresa e tornar-se um problema a ser
resolvido.
A empresa Cargox ressalta esta afirmação. Ela sustenta que é preciso olhar os
benefícios em médio e longo prazos. Naturalmente, deve-se fazer os cálculos e as
projeções para ter uma noção sobre até que ponto a terceirização em logística será
vantajosa para o negócio. A vantagem mais visível da terceirização em logística está
no âmbito da redução de custos. Além desta, a qualidade no desenvolvimento das
operações, a maior qualificação dos recursos e a maior eficiência são vantagens que
devem ser consideradas.
É de se esperar que a terceirização da logística também apresente
desvantagens. Sader (2007) aponta como desvantagem a preocupação com a perda
do controle operacional e com o relacionamento com o fornecedor do serviço.
Estender et al. (2015) confirma: quando uma organização terceiriza a distribuição dos
seus produtos, a mesma está reduzindo parte de seu poder em relação ao seu
ambiente operacional, em benefício de outras organizações.
O site Terceirização Logística, que tem como objetivo auxiliar os empresários
e profissionais de Supply Chain na análise e tomada de decisão da terceirização
logística de sua empresa, faz questão de comunicar que existem vantagens e
desvantagens e, por este motivo, deve ser analisado com cautela e encontrar um bom
parceiro, que não deve ser definido apenas pelo preço. Além disso, o site indica
aspectos, como ambiente/layout e tecnologia, que devem ser analisados na
contratação de um serviço de logística.

QUALIDADE E ANÁLISES DA COMPRA DE SERVIÇOS

Definição
Qualidade é toda execução de produtos ou serviços executados de maneira
condizente com as necessidades do consumidor sob aspectos econômicos e de
usuabilidade. Apoiado na teoria de Feigenbaum (1994), Gozzi (2015), define
qualidade como uma série de reparações de problemas que interferem na satisfação
do consumidor, bem como das suas causas, efetuadas em todos os ciclos de
produção.
O aumento da qualidade está diretamente associado aos investimentos que
são feitos na execução dos serviços e produtos, de modo que os custos de
investimento são remanejados na forma de aumento de satisfação dos clientes, sendo
esta uma influência significativa no crescimento e reconhecimento da prestação dos
serviços. Segundo Gozzi (2015), a qualidade depende do ponto de vista do
consumidor e por isso se torna um fator subjetivo.
A gestão financeira dos serviços, com a compra de insumos de qualidade e uso
de procedimentos e técnicas adequadas, acarreta em produtos de melhor qualidade
e consequentemente em um maior grau de satisfação dos clientes.
De acordo com Menezes (2009) a qualidade possui algumas dimensões, sendo
a qualidade intrínseca, ou seja, específica de cada estabelecimento; segurança, que
é de extrema importância para garantir a integridade física dos consumidores e da
equipe de trabalho; moral, o ambiente deve respeitar a legislação vigente, os
consumidores e os seus funcionários; custo compatível com o serviço ou produto
oferecido; e por fim, o atendimento, que é o fator crucial, pois em meio a tanta
competitividade, um diferencial competitivo importante é o tratamento diferenciado ao
consumidor. Atender com cordialidade, atenção e simpatia, pode parecer subjetivo,
mas é algo que interfere muito na escolha do cliente.
A satisfação dos clientes com o atendimento motiva a aquisição de novos
produtos bem como a divulgação da marca para outros clientes e em alguns casos
para outros mercados consumidores expandindo com isso, o mercado consumidor.

Satisfação do cliente
A satisfação do cliente consiste basicamente no atendimento ou não das
expectativas em comparação com os produtos e serviços adquiridos. Cadotte et al.
(1987) e Oliver (1980), a definem como um estado afetivo que é causado pela maneira
como reage emocionalmente à experiência de aquisição de um produto ou serviço.
O valor agregado ao produto está diretamente relacionado ao nível de
satisfação dos clientes, valendo ressaltar que este valor não se refere a financeiro,
mas sim a avaliação feita pelo cliente por meio de uma comparação entre os custos e
os benefícios oferecidos (JOHNSTON; CLARK, 2014).
A fidelização dos clientes e consequentemente a lucratividade da empresa
estão diretamente relacionadas ao grau de satisfação dos clientes, podendo esta,
portanto, ser considerada como um papel importante na gestão dos negócios,
agregando valor ao produto e manutenção na qualidade do mercado consumidor.
Outro fator que influencia na qualidade dos serviços é a competitividade, onde
as empresas concorrentes são agentes motivadores na aquisição de novas técnicas
e serviços de modo a maximizar a potencialidade dos serviços, podendo com isso,
além de fidelizar clientes ampliar os mercados. O grau de exigência dos clientes está
associado ao aumento da concorrência. Segundo Menezes (2009), a competitividade
no mercado de serviços faz com que satisfazer expectativas não seja mais um
diferencial, tornando crescente o nível de exigência dos clientes, de modo levar-se e
consideração que prestar um atendimento de qualidade não se resume apenas em
tratar bem o cliente, sendo necessário oferecer benefícios adicionais e,
continuamente, elevar os padrões de atendimento.
De forma análoga, a não satisfação do cliente se torna um agente negativo ao
crescimento de uma empresa de modo que a divulgação negativa associa a imagem
desta a insatisfação de todo um mercado consumidor, pulverizando em mídias sociais
a insatisfação obtida na prestação do serviço adquirido. O potencial construtivo do
cliente satisfeito é muito menor que o potencial de destruição de um cliente insatisfeito
(CORRÊA; CAON, 2011).
Segundo Freitas (2005), captar informações sobre a satisfação dos clientes é
importante para avaliar a qualidade do serviço. Para que essa captação obtenha
informações representativas, é preciso que seja feita por meio de um instrumento de
medição preciso e eficaz.
A avaliação da qualidade dos serviços é construída a longo prazo e durante
todo o ciclo de vida do processo, ou seja, desde a abordagem do cliente, até a entrega
do serviço ou produto finalizado o cliente acumula análises acerca da satisfação, de
modo que este quando tem expectativas superadas amplia a rede de clientes,
maximizando o potencial da empresa, impulsionando o crescimento e sucesso.
A confiabilidade dos clientes, associada a satisfação dos mesmos é o principal
agente de crescimento de uma empresa. Grönroos (2003) salienta que no setor de
serviços, o mais importante é a diferenciação em relação à qualidade, pois os serviços
bem feitos geram satisfação aos clientes que em função disto voltam a comprar e
ainda indicam a empresa para outras pessoas.

CONSULTORIA

A consultoria pode ser considerada umas das atividades mais antigas do


mundo, a palavra consultoria vem do latim – consultare – que significa dar ou receber
conselhos (JACINTHO apud PEREIRA, 1999). Burgoyne (2000) afirma que a
consultoria é uma relação de ajuda e divide o processo em 3 fases: a detecção do
problema, o desenvolvimento de possíveis soluções e uma proposta final de
resolução. Pode-se definir também a consultoria empresarial como um processo
interativo em que um agente externo auxilia os executivos e profissionais da empresa
na tomada de decisões, não tendo o controle direto da situação (JACINTHO apud
OLIVEIRA, 2001.p21).
Dessa forma, pode-se enxergar o consultor como um agente externo que é
contratado para diagnosticar problemas e orientar os gestores da empresa para a
implantação de uma solução, mas sem participar da execução. A consultoria
apresenta as seguintes características:
 Serviço independente: caracterizado pela imparcialidade do consultor em
relação aos integrantes da organização;
 Serviço de aconselhamento: o consultor tem o papel de aconselhar e não de
tomar decisões em nome dos administradores da empresa;
 É um serviço que requer habilidade e conhecimento profissional, deve ser feito
por pessoas qualificadas;
 Não é um serviço de soluções milagrosas.

Dentro dessa contextualização pode-se perceber que qualquer organização


que esteja passando por dificuldades internas ou externas, necessita de um serviço
de consultoria. A maneira como irá ocorrer essa consultoria irá depender de fatores
como a gravidade do problema, a disponibilidade de recursos financeiros, a abertura
da direção para novas ideias, etc. O Manual de Procedimentos de Consultorias nas
Micro e Pequenas Empresas do SEBRAE/GO (1994) classifica as consultorias da
seguinte maneira:
a) Quanto à estrutura:
 Consultoria de pacote: o consultor já possui um modelo pré-estabelecido com
todos os procedimentos para todos os atendimentos;
 Consultoria caso a caso: procura-se atender as necessidades das empresas
baseando-se na experiência de casos de empresas anteriores, fazendo as
devidas adaptações;
 Consultoria coletiva: visa reunir um grupo do mesmo setor ou setores
diferentes, numa reunião, para se discutir desejos e necessidades do grupo.
b) Quanto à dimensão:
 Consultoria especializada: voltada a atender as necessidades específicas da
empresa;
 Consultoria generalista: abrange todas as áreas da empresa, tentando fazer
uma integração entre elas;
c) Quanto ao modelo:
 Modelo de compra: a empresa compra a tecnologia, informação ou o serviço
do consultor, devido a uma deficiência em uma área que precisa ser modificada
ou incrementada;
 Modelo médico-paciente: a direção solicita a um ou vários consultores que
façam um exame na organização, escolhendo um ou mais setores para
diagnosticar problemas. Assim, de posse dos dados, o consultor determina
uma solução;
 Consultoria de procedimentos: o consultor ajuda o empresário a perceber,
entender e agir a fatos e procedimentos que ocorrem no ambiente empresarial.

O trabalho da consultoria pode ser divido em etapas, a depender da formação


do consultor ele poderá dar mais ênfase uma determinada etapa ou ferramenta de
planejamento. De acordo com BLOCK (2001) o trabalho pode ser dividido em 5
etapas, sendo essas:
1. Entrada e contrato: é realizada uma reunião com os gestores para a
identificação inicial do problema, é discutido se é realmente necessária a
intervenção de um consultor, definir as expectativas de ambas as partes e
iniciar o projeto;
2. Coleta de dados e diagnósticos: definir quais métodos serão usados, quais
dados da empresa serão coletados, qual a duração de cada processo;
3. Feedback e decisão de agir: o consultor dará o feedback sobre o problema aos
gestores e explanará qual será o plano de ação para resolver o determinado
problema. Nessa fase o consultor deverá tomar cuidado com relação à
resistência de mudança por parte da organização;
4. Engajamento e implementação: busca-se colocar em prática o plano de ação,
conscientizando e treinando a equipe de execução;
5. Extensão, reciclagem ou término: após a implementação deve haver uma
avaliação para verificar se o problema foi resolvido ou não e quais os benefícios
trago pela consultoria. A partir disso decide-se se o processo deve ou não ser
estendido a outros setores da organização. O término da consultoria é definido
pelo sucesso ou fracasso do trabalho.

A consultoria, assim como qualquer outro ramo de atividade, exige habilidades


e conhecimentos por parte do consultor, que são fundamentais para o bom
desempenho do seu trabalho. GINARDI (2006) cita alguns aspectos para o perfil de
um bom consultor, são eles:
 Ter visão de administração;
 Ser generalista com forte especialização;
 Estar voltado para as necessidades do mercado;
 Empatia;
 Ter visão de curto e longo prazo;
 Habilidades de negociador;
 Gosto pela pesquisa e interesse pelo negócio da empresa;
 Liderança de equipes;
 Fazer bons diagnósticos;
 Habilidade para assumir riscos e enfrentar resistências, etc.

No geral o consultor deve ter uma visão macro do mercado, dos concorrentes,
clientes, sistema de gestão organizacional e comportamental, tecnologia e processos,
uma vez que o seu trabalho irá interagir com os diversos setores da empresa. De
acordo com GINARDI (2006) o trabalho do consultor é 70% estratégia e 30% técnica,
o que reforça a ideia de que esse profissional é contratado para pensar e apresentar
meios de crescimento e solução de problemas para as empresas contratantes.

SERVIÇO DE ENGENHARIA

Segundo o dicionário Ferreira (1986), Um serviço é um produto da atividade


humana que satisfaz a uma necessidade, sem assumir a forma de um bem material.
Para efeitos da Lei 8666/93, somente pode se classificar como serviços de
engenharia, a atividade que consistir em “criação de estruturas, dispositivos e
processos que se utilizam para converter recursos naturais em formas adequadas ao
atendimento das necessidades humana”.
A formalização do que é serviço de engenharia pode-se gerar alguns
equívocos, na qual o autor Silva (2001), nos traz a seguinte reflexão “ainda que na
grande maioria das vezes se obriga a empresa a ter um engenheiro eletrônico ou
mecânico em seus quadros, não induz necessariamente o enquadramento na
modalidade de serviços de engenharia, pois tal profissional serviria apenas de
garantia ao órgão contratante”.
Para atendimento da sociedade com os serviços de engenharia, existe
variações entre duas modalidades onde o serviço é contratado por repartições
privadas, que fazem o gerenciamento da prestação dos serviços por regras
estipuladas em contrato entre beneficiário e o prestador do serviço, a segunda
modalidade a qual terá um foco maior nesse estudo será o serviço administrado pelo
setor público, onde os serviços de engenharia são adquiridos por licitações.
Da constituição nacional Art37 §§ XXI informa que - ressalvados os casos
especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações
Onde Licitação é o procedimento administrativo, por meio do qual a Instituição
Pública seleciona a proposta mais vantajosa para a contratação de seu interesse;
sucessão ordenada de etapas, o que propicia igual oportunidade a todos os
interessados e atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios
administrativos.
Segundo o Tribunal de Contas da União, as Modalidades as licitações são
forma específica de conduzir o procedimento licitatório, onde cada procedimento tem
especificidades como pode ser visto na Figura 1 as modalidades diversas das
licitações.
Figura 1: Modalidades dos processos licitatórios

Fonte: Manual de Compras e serviço.

As modalidades de licitação que se referem às letras A, B e C são indicativos


em função dos limites de valor estimado para a contratação conforme a Lei 8.666/93.
As modalidades de licitação que se referem às letras D e E são disciplinadas pelo
artigo 22, §§ 4° e 5° da Lei 8.666/93.
A modalidade de pregão F é determinada pela Lei n° 10.520/02,
independentemente do valor do objeto a ser adquirido, restringindo-se a utilização
desta modalidade para compras e serviços de menor complexidade. Obras, por hora,
ainda não possuem autorização legal para seguirem as regras do pregão. Pois esta
modalidade também e conhecida como um leilão inverso onde o menor lance
consegue o serviço. Os casos de dispensa e inexigibilidade respectivamente G e F,
são modalidade que a contratação do serviço dispensa o rito licitatório conforme
artigos 24 e 25 da Lei 8666/93.
Diante do exposto, concluímos que para se classificar na modalidade de
serviços de engenharia, para fins do enquadramento nas hipóteses mais simples do
art. 23, I, e na de dispensa de licitação de que trata o art. 24, I, ambos da Lei 8.666/93:
a) os serviços devem ser aqueles compatíveis com as atividades e atribuições
que a Lei Federal nº 5.194/66, em seu art. 7º que indica as atividades e
atribuições profissionais do engenheiro,
b) na execução dos serviços é imprescindível a presença do profissional da
engenharia, na condição de responsável pela execução do serviço, emitindo e
assinando a competente Anotação e Responsabilidade Técnica (ART);

RECURSOS HUMANOS

O setor de Recursos Humanos tem se mostrando um setor de grande


importância no desenvolvimento da empresa. A gestão de pessoas é algo que deve
ser levado em conta em qualquer negócio, pois influencia diretamente na produção e
lucros. Essa tarefa de gestão nem sempre é fácil, visto que os indivíduos numa
empresa possuem diversas culturas e opiniões e nem sempre são fáceis se relacionar.
Cabe ao setor de RH fazer a gestão de pessoas de forma eficiente.
Muitas empresas não sabem da importância desse setor ou não possuem
recursos para internalizar os serviços de RH, daí surge a opção da terceirização
desses serviços, podendo ser de grande valia para micro e pequenas empresas que
estão em fase de crescimento.
O portal UpBrasil (2018) lista algumas vantagens e desvantagens presentes no
serviço de terceirização do RH, sendo elas:
Vantagens:
1. Controle dos custos: o desenvolvimento de um setor de Recursos Humanos
requer bastante planejamento dos custos e nem sempre as empresas possuem
o conhecimento sobre esses custos. A contratação de um serviço terceirizado
pode ser mais vantajoso, visto que a empresa pode definir um valor específico
para o setor de RH e a empresa terceirizada irá trabalhar com maior eficiência
com o orçamento fornecido;
2. Serviço especializado: a terceirização do RH também significa a contratação
de um serviço de qualidade, uma vez que antes da contratação a empresa
contratante terá um serviço de qualidade assegurado, não correndo o risco de
problemas com desempenho;
3. Escalabilidade das soluções: com o crescimento da empresa, seus diversos
setores também tendem a crescer, a facilidade desse crescimento é chamada
de escalabilidade. Serviços terceirizados são mais escaláveis, pois pode-se
solicitar apenas uma ampliação do contrato original.

Desvantagens:
1. Controle reduzido sobre o setor: apesar da contratação, os funcionários
terceirizados não respondem totalmente a empresa contratante, a terceirizada
possui um maior controle sobre os serviços. Isso se pode apresentar como
problema para algumas empresas;
2. Menor integração com a equipe: as equipes terceirizadas costumam ter uma
rotatividade, que está fora do controle da empresa contratante, isso pode
causar uma sensação de não integração entre o time do RH e o time da
empresa.
REFERÊNCIAS

BLOCK, Peter.Consultoria: o desafio da liberdade. São Paulo: Makron Books,


2001.

BRASIL. Lei Federal Nº 8666, de 18 de julho de 1993.

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Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292p. BRASIL. Constituição
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Disponível em: <https://cargox.com.br/blog/afinal-quais-sao-os-beneficios-da-
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Disponível em: <http://chcadvocacia.adv.br/blog/terceirizacao-de-servicos/>. Acesso
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CYRINO, L. Terceirização da manutenção e seus efeitos. 2015. Disponível em:


<https://www.manutencaoemfoco.com.br/terceirizacao-servicos-manuten cao/>.
Acesso em: 28 nov. 2018.

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