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SUBVERTER O DISCURSO E PROTAGONIZAR PROCESSOS

ONDE ESTAMOS – QUAL É A SITUAÇÃO – CONTEXTO


Estamos submetidos a uma ordem de discurso estabelecido pela sociedade e segundo
Foucault, a produção desse discurso é controlada com objetivo de manter o poder,
estabelecendo e perpetuando os valores de uma determinada classe dominante numa dada
sociedade. Nossa sociedade brasileira é capitalista - uma vez que elegemos o capitalismo como
sistema dominante - logo a entendemos como fundamentalmente expansionista e
essencialmente organizada em função de produzir mercadorias que estão, sempre estiveram
cada vez mais distantes da figura do trabalhador e por vezes, são mais valiosas que o próprio
trabalho.
Entender como funciona a sociedade capitalista brasileira é uma árdua tarefa, porém de
fundamental importância nos dias de hoje, em especial, suas contradições e possibilidades de
intervenção. Muitas pessoas trabalham para que poucas enriqueçam, e de forma devastadora
estamos assistindo direitos fundamentais sendo cerceados dos que menos detém e que se
tornam sucessivamente mais pobres, a constituição brasileira ser rasgada diante de nossos
olhos. Que temos a ver com isso?
As problemáticas políticas, sociais e econômicas se materializam no espaço urbano e
rural, não atingem todos do mesmo modo, atingem com maior força os grupos marginalizados,
selecionados por classe, raça, sexualidade, gênero e etnia. Acreditamos que a produção de
conhecimento deve ser coletiva e deve retornar a sociedade associando ensino, pesquisa e
extensão.
O movimento nacional dos EMAUs tem historicamente respondido à pergunta ‘’Seu
conhecimento serve a quem?’’ se posicionando como uma ferramenta ao lado daqueles que
lutam: associações de bairro, grupos minimamente organizados, movimentos sociais, etc.
Mas o desafio que propomos para o XXII Seminário Nacional dos Escritórios Modelo de
Arquitetura e Urbanismo é se reconhecer enquanto agente articulador de processos
alternativos à lógica do capital através de experiências sociais, espaciais, técnicas e
estéticas não hegemônicas e a responder o ‘’como’’, protagonizando processos de
aproximação e construção coletiva de EMAUs de todo o Brasil. Acreditamos poder reconhecer
discursos e uma forma de conhecimento consagrada desde o Iluminismo que não é mais capaz
de responder aos desafios históricos da contemporaneidade, mas que ainda pode persistir em
nossas práticas.

- PROBLEMÁTICA GERADA –
A forma de conhecimento consagrada ao menos desde o Iluminismo não é mais capaz
de responder aos desafios históricos da contemporaneidade. Os desafios econômicos,
ecológicos, sociais e culturais invisíveis que enfrentam as sociedades contemporâneas
estão a ser abordadas por arquitetos e urbanistas em busca de uma nova definição de
progresso e o equilíbrio certo entre o homem e o meio ambiente. A compreensão da
produção do habitat como um processo coletivo, aberto e democrático, baseado no
diálogo horizontal, éticas compartilhadas, métodos e experimentos tem sido eixo para
estabelecer uma comunidade baseada no diálogo e do intercâmbio de conhecimentos e
visões - um tanque de pensamentos que, ao longo do tempo, tornou-se um tanque de
afazeres e motor da mudança.
Torna-se imprescindível posicionar-se no enfrentamento dos desafios colocados pela
inconsequência da lógica de progresso que alimenta a desigualdade e a segregação
Os processos colaborativos e participativos emergiram como forma de enfrentar a
dimensão social de projetos complexos e/ou de interesse coletivo e
Racismo social

- QUEM SOMOS E O QUE PROPOMOS -


O XXII Seminário Nacional dos Escritórios Modelos de Arquitetura e Urbanismo
é um evento organizado por estudantes membros de EMAU onde propomos ouvir, se
aproximar, valorizar, dar protagonismo a discursos alternativos, subversivos, não
hegemônicos, populares, tradicionais visando impedir/clarificar a dominação de uma
classe sobre outras e sua exploração. Esses discursos priorizam o bem-estar coletivo e
produzem um espaço social e não o espaço-mercadoria, através da busca por processos
promotores ou facilitadores da inclusão social, da construção da sustentabilidade
ambiental, no respeito aos direitos humanos, especialmente o direito à cidade e à moradia,
focados na construção da cidadania e da urbanidade.
*o emau precisa se fortalecer enquanto dispositivo articulador de processos alternativos
à lógica do capital através de experiências sociais, espaciais, técnicas e estéticas não
hegemônicas
Processos abertos e democráticos, a arquitetura com reflexão e não apenas como um
exercício de construção e técnica, questionar modos dogmáticos e objetivados

A sociedade brasileira é o que é hoje devido a imposição da sociedade europeia, somos fruto de
uma expansão da sociedade europeia, imposição de um modo de vida, é um processo muito
intenso de conflitos de organização social e política

etnocentrismo – pensa no outro a partir da sua etnia

GRANDES CIDADES do século 19 são alimentadas por populações expulsas do campo no


processo de fabricação de matéria prima, concentrando pessoas na cidade,

A INTENSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO VC PASSA A NECESSITAR DE MUITA MATÉRIA PRIMA, ISSO


GEROU PRINCIPALMENTE NA INGLATERRA

FUNDALMENTAMENTE EXPANSIONISTA, quando não expande, estoura, dai vem as crises, por
exemplo na primeira guerra mundial

Instrumento de organização social que acaba por estruturar um imaginário

Uma vez que elegemos o capitalismo como sistema dominante, a TERRA virou mercadoria, vc
vai ter processos de valorização diferenciada da terra
- PROBLEMÁTICA GERADA –
A forma de conhecimento consagrada ao menos desde o Iluminismo não é mais capaz de
responder aos desafios históricos da contemporaneidade,

Racismo social

O QUE QUEREMOS ABORDAR:

1 – O Golpe de 2016 (Onde estamos) MESA PLENA;

2 – Levantamento de dados: Diagnósticos que superem a simples constatação de carências;


GRUPO DE DEBATES

2.1 Levantamento Sócio Espacial (Silke Kapp)

2.2 Cartografia Social

2.3 Leitura de padrões by Alexander

4 – A importância da retomada dos meios de comunicação MESA PLENA;

5 - Produção de conhecimento e descolonização do saber: Movimento das profissionais do


sexo,

6 – Técnicas Construtivas Tradicionais como forma de resistência; OFICINA

6.1 – Adobe

6.2 – Taipa

7 – E agora? – Massapê, Danilo Palavra, Liza Andrade.

8 – Oficina de Tambor de Crioula/Cacuriá

Oficina de Teatro

MOMENTOS DE ARTICULAÇÃO

1 – Políticas Afirmativas

2 – Atualização do site

3 – Organização interna
VIDEO COM TAKES DA COMORG RAPIDOS

IDEIAS PRO VIDEO:

TAKES DA ACADEMIA PROCURAR VIDEOS DA EPOCA DO ILUMINISMO

VRA

INVERTER DISCURSOS

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