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UNIVERSIDADE DE BRASILIA – UnB

GABRIELA RABÊLO DE ARAÚJO


140021086

ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: O LUGAR DA


ARTE NA ESCOLA PUBLICA.

Brasília
Julho, 2016.
O ensino de artes nas escolas brasileiras, bem como todo o panorama
de criação de uma estrutura para tal, vem sido transformado e resinificado ao
longo dos anos. Assim como na história de toda Educação Regular no Brasil o
ensino de artes sobrevive ao sucateamento e a negligencia submetendo-se
sempre a baixa qualidade da estrutura e ao pouco subsidio encaminhado por
parte do governo.

Para compreender melhor o desenvolvimento das artes enquanto


disciplina obrigatória do Ensino Regular brasileiro é necessário antes
desenvolver um panorama que considere não apenas os decretos e leis que o
Estado propõe, mas também como a arte vem sendo ensinada, sua relação
com a educação escolar, com o processo histórico-social e com o
desenvolvimento do indivíduo enquanto criador/multiplicador de ideias.

O ENSINO DA ARTE

Nos primórdios da educação brasileira a Arte não estava prevista como


disciplina fixa, ou sequer parte de um currículo pré-estabelecido. Com exceção
do Seminário de Olinda Azevedo Coutinho (1800), que ensinava apenas
meninos em idade escolar sobre desenho (não apenas geométrico) e tinha
enfoque em copias. Foi no ano de 1816, ao trazer para o Brasil a Missão
Francesa, que Dom João proporcionou a iniciação do Brasil no mundo das
artes Europeias. Mais tarde a Missão pode dar origem a Academia Imperial de
Belas Artes, voltada para a elite brasileira.

A arte europeia entrou no Brasil como parte da vontade da elite brasileira


de se afirmar. A arte era vista como vocação única e exclusiva de artistas, e
estes artistas em sua maioria eram fruto de famílias extravagantemente ricas e
influenciadas pela arte branca Europeia.

Foi ainda durante o século XIX que nos internatos para mulheres surgiu
o termo ensino de arte, enquanto adorno e parte de um currículo pensado para
agradar elites católicas. Depois, com a instauração da Republica, o ensino de
Desenho Gráfico foi instituído nas escolas. O objetivo era desenvolver
racionalidade e a maior parte do ensinamento era sobre copias.
A relação da arte que se ensina nas academias com a arte que se
produz (e sempre foi produzida) pelo povo brasileiro é truculenta até hoje. No
passado a arte de matriz africana, indígena e ate mesmo a arte produzida no
brasil era negligenciada de forma proposital pelas elites intelectualizadas. A
verdadeira revolução no sentido de Arte Educação veio após o movimento de
Arte-Moderna (1922) com a influência de artistas como Mario de Andrade
(1893-1945) e Anita Mafaltti (1889-1948) que trouxeram ideias revolucionarias
para o contexto artístico da época ao lançarem no Brasil o conceito de livre-
expressão.

Muito embora tenham sido criticados e combatidos por muitos artistas da


época, como o caso do próprio Monteiro Lobato (1882- 1948), Mafaltti e vários
outros artistas expressionistas buscaram influencia na arte produzida por
crianças, direcionando o olhar das pessoas para a potência de criação que
uma criança pode vir a ser. É característica deste Movimento também o
resgate da arte nacional, que legitimou em partes a necessidade de se
aprender e ensinar sobre o que era produzido no Brasil.

A Semana de Arte Moderna (1922) merece grande destaque no contexto


histórico da arte-educação, porem um evento especifico marcou o interesse em
cima da produção da arte espontânea das crianças, bem como seus processos
mentais: a exposição no Clube dos Artistas Modernos (CAM), datada de 1944 e
denominada Semana dos Loucos e das Crianças. Devido à grande
repercussão, principalmente no Rio de Janeiro, o interesse na forma de
produção criativa das crianças cresceu muito.

Naquele período a influência dos movimentos internacionais sobre Arte-


Educação foi grande no Brasil. A exemplo é possível citar a chegada de uma
exposição itinerante de desenhos de crianças inglesas promovidas pelo British
Council em plena Segunda Guerra Mundial (1941), no Museu de Belas Artes
do Rio de Janeiro. Essa exposição tinha como objetivo espalhar recados de
paz e inocência pelo mundo tendo ganhado grande repercussão por onde
passou. Esses movimentos direcionaram-se para a criação da Reforma de
Azevedo (Lei Federal nº 3.281, de 23/01/1928), que instituiu a musicalização
no Jardim de infância e o ensino de Música nos diversos cursos.
Anos mais tarde o brasileiro Augusto Rodrigues (1913-1993) foi
responsável pelo início do movimento revolucionário das Escolinhas de Arte do
Brasil (EAB):
A escola surgiu depois, do interesse enorme das
crianças, que afluíram cada vez mais numerosas e bem-
vindas sempre. Foi com esse material humano —
Augusto, Margaret e Lúcia como professores e um
pequeno grupo de crianças — que nasceu a Escolinha de
Arte do Brasil. Ainda não tinha nome. Era pouco mais que
uma ideia. Mas o fato concreto de se reunir aquela gente,
três, quatro vezes por semana, prova que já era muito
mais que uma simples ideia. Era uma semente. Pequena,
mas contendo em si toda a potencialidade do futuro
(RODRIGUES, 1980, p.33).

Difundindo a ideia de expressão e liberdade criadora, fomentando no


jovem/criança a total independência para criar sem interferência de adultos e
influencias europeias. Uma das influencias fortes de Rodrigues foi o artista
latino-americano Javier Villafañe (1909-1996), que esteve no Rio de Janeiro no
início dos anos 40. Villafañe era Poeta, criador de bonecos e contador de
histórias. Outra artista que teve grande influência na criação das EAB foi a
russa Helena Antipoff (1892- 1974), que em 1945 convidou Rodrigues para
participar de uma espécie de capacitação de profissionais da Arte Educação.

As Escolinhas de Arte do Brasil a princípio não tinham nome e eram


chamadas de “escolinhas” por seus alunos.

Quando a Escolinha realmente começou, creio que a tendência


era ela se chamar Escolinha Castro Alves, porque estava na
Biblioteca Castro Alves. Mas eu não quis dar nome à Escolinha.
Estávamos realmente fazendo uma experiência em aberto, até o
momento em que começamos a sentir que precisava de um
nome. Aí é que surgem as crianças que já começavam a dizer:
‘amanhã eu venho à Escolinha', e elas só chamavam de
escolinha. Percebi de imediato que elas faziam uma distinção
entre a escola institucional e aquele lugar que elas passavam a
chamar de Escolinha. Escolinha, no diminutivo, com o
componente afetivo. Uma era a escola onde ela ia aprender, a
outra onde ela ia viver experiência, expandir-se, projetar-se.
Então foram elas mesmas que deram o nome (RODRIGUES,
1980, p. 32).

No início não haviam matriculas ou inscrições, as crianças iam com


seus pais e pagavam apenas os professores, que por vezes tiravam dinheiro
do bolso para comprar matérias. Existiam apenas cursos de pintura, desenho e
modelagem e alguns anos depois as modalidades de teatro de fantoches e
mascaras, recortes e colagens, gravuras em linóleo e chapa de cobre,
tecelagem, iniciação música e bandinha rítmica.

Entre 1949 e 1950 a Escolinha realizou a Exposição de Arte Infantil, na


semana da criança, participando também da Semana de Arte Infantil em
Londres. Em 1951 organizou-se a I Exposição Nacional de Arte Infantil que
teve o apoio do Ministério da Cultura e Educação, foram exibidos mais de 1500
trabalhos de jovens e crianças de todo Brasil.

Ressalta-se a importância da criação das EAB na reformulação do


ensino das artes e no surgimento de um novo termo: o ensino através da arte.
Diferenciando-se de outras formas de ensino este prevê a formação integral do
ser humano, a curiosidade da criança, o processo de formação do indivíduo e
não apenas o produto final de suas ações e busca pela experiência. O grande
objetivo das EAB era a formação completa do ser e suas faculdades mentais,
busca ainda na infância/adolescência a descoberta de suas inúmeras
capacidades mentais.

Destaca-se também a influência do educador Anísio Teixeira (1900-


1971) e seus ideais da Escola Nova, bem como do Paulo Freire (1921- 1997).

ARTE NA EDUCAÇÃO REGULAR PUBLICA

No início dos anos 70 foi assinada a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (nº 5692/71) que introduziria a disciplina de Educação
Artística no Currículo Escolar de primeiro e Segundo Grau. Obviamente a
estrutura para o ensino de artes não condizia com a necessidade dos
educadores para um ensino concreto das artes, tornando os profissionais
inseguros por falta de planejamentos e condições de trabalho.

Essa lei estabeleceu na época uma educação tecnológica e orientada


que começou a profissionalizar a criança desde o oitavo ano (correspondente a
antiga sétima série), as escolas secundárias já eram completamente
profissionalizantes. Essa modalidade de ensino inserida no Brasil entre a
década de 60 e 70 refletia a mentalidade da época que valorizava o
pensamento racional e mecânico do ensino com objetivo de gerar mão de obra
qualificada para o mercado. Neste período o professor era visto como um
técnico que iria executar um plano escolar especifico.

No currículo estabelecido em 1971, as artes eram à primeira vista a


única matéria que poderia mostrar alguma abertura em relação às
humanidades e ao trabalho criativo já filosofia e história haviam sido eliminadas
do currículo. Porem a Lei Federal que tornava o ensino de artes obrigatório nas
escolas não assimilava os artistas formados nas Escolinhas como profissionais
qualificados para atuarem nas salas de aula (para atuar a partir da antiga 5ª
serie era necessário um grau universitário que em sua maioria esses artistas
não possuíam).

O Governo Federal cria então um novo curso universitário que visava


preparar os profissionais para atuarem na área de Educação Artística criada
pela nova lei. Os cursos de arte-educação nas universidades foram criados em
1973, compreendendo um currículo básico que poderia ser aplicado em todo o
país. O currículo de Licenciatura em Educação Artística na universidade visava
formar um professor de arte em apenas dois anos. Este profissional deveria ser
capaz de lecionar música, teatro, artes visuais, desenho, dança e desenho
geométrico, tudo ao mesmo tempo e para todas as series e níveis de ensino.

Mais tarde, com a aprovação da Lei 9394/96, várias outras práticas de


ensino de Arte foram adotadas. O avanço é inegável em se tratando do que
está previsto hoje em lei, entretanto ainda é notório que são poucos
profissionais com habilitação na área. A formação específica dos professores
regentes de classe é precária e o profissional é colocado ainda na situação de
ter que ensinar sobre as diversas áreas da arte. Outro ponto a ser destacado
são os escassos recursos por parte do Estado, que não investe em áreas
especificas da arte e a desventura de muitos professores que ainda têm
dificuldades em operacionalizar os objetivos propostos nos documentos
curriculares sugeridos pelo MEC.

Considerando que o tempo escolar, o tempo de aula e o contato entre


educador e educando são limitados e que infelizmente existem categorias de
saberes que devem ser obrigatoriamente ressaltadas visando a unidade dos
currículos, a tarefa da didática e da organização de diretrizes curriculares é
responder ao que deve e pode ser ensinado e que situações e problemas
crianças e adolescentes vão confrontar ao entrar em contato com este
conhecimento nas Escolas Regulares.

Os conteúdos de Arte nos Parâmetros Curriculares do Ensino são


propostos com base em três eixos norteadores: apreciação, produção e
reflexão. Os eixos são diferenciados, apoiados nos objetivos de compreender
como a arte é constituída, criar e inventar novas realidades e pensar a
produção artística presente na realidade.

O primeiro objetivo trata-se de compreender qual realidade construímos


com o mundo estético, quais influências tem a arte na nossa visão pessoal e
social de mundo, como fazemos nossas experiências nas artes e quais
conhecimentos adquirimos a partir do contato com os conceitos e a pratica da
arte. Para tal consideram-se questões da percepção, da cultura, da semiótica,
das condições formais e estruturais dos diferentes meios de comunicação e
acesso a estes, da interpretação de imagens e obras de arte, das análises
críticas de textos teatrais.

Em relação ao objetivo de criar e inventar, trata-se de oferecer métodos,


técnicas e estratégias para a formação e a criação de vivencias, de
experiências perceptivas, ou seja, imagens, objetos, músicas, peças e jogos
teatrais que podem ser produzidos dentro do ambiente da sala de aula. Estas
visam ao desenvolvimento da criatividade, pensar as produções artísticas
existentes diz respeito à compreensão de como determinados meios foram
utilizados e que formas de arte estão disponíveis no acervo cultural da
humanidade, que influenciaram e influenciam o mundo, bem como a arte
produzida dentro do contexto pessoal do indivíduo.

Atualmente, diferentes abordagens metodológicas são discutidas na


área de Arte. Os parâmetros citados acima consolidaram uma parte da
transição entre os currículos pensados durante a ditadura militar e aqueles que
foram pensadas durante o regime democrático, porém não garantem a
efetividade do ensino das artes nas escolas por não apresentarem suporte as
demandas diversas da realidade de uma escola.
Após a criação Lei de Diretrizes e Bases (1996) foram revogadas
disposições anteriores e a matéria “Artes” foi reconhecida como disciplina,
tendo seu ensino se tornado obrigatório na educação básica, conforme dispõe
o parágrafo 2º do artigo 26. Atualmente, a matéria compreende o ensino de
Artes Plásticas, Artes Cênicas, Dança e Música, tendo se tornado obrigatória a
partir de 2008 com o advento da Lei Federal 11.769.

Além da LDB, o Governo Federal formulou os Parâmetros Curriculares


Nacionais (PCN), que servem como referência para a elaboração dos
currículos escolares do ensino fundamental e médio, das redes pública e
particular. No documento PCN-Artes que foram elaborados os moldes que o
ensino de Artes deveria seguir. Os parâmetros curriculares, para todos os
ciclos do ensino fundamental são bastante abrangentes e também não
condizem com a realidade das escolas sucateadas.

A ARTE (SOBRE)VIVE

Ao analisar da perspectiva histórica tudo que cerca a pratica da arte-


educação é clara sua função perante as elites brasileiras e o atrelamento deste
desenvolvimento a quantidade de capital que cada artista que contribui para
essa luta dispunha. Artistas ricos e em sua maioria brancos ditam desde os
primórdios da educação os parâmetros que devem ser seguidos, as obras que
devem ser admiradas, o que merece ser compartilhado, entre outras regras
dispensáveis.

Principalmente quando devidamente distanciado dos padrões


preestabelecidos pela sociedade aristocrata o ensinar da arte se dá de forma
polícia desde o seu primórdio. A arte representa perigo, por representar
também a liberdade. A análise do artista Roberto Moretto descreve com
perfeição a amplitude que a arte alcança dentro de um indivíduo:

Não há o sujeito, mas as múltiplas possibilidades do ser, o


Homem é apresentado em rizomas, cuja trama não mais
identifica de quem é o corpo, ou de quem é a autoria. Multidões
habitam dentro de todos nós. Dentro e fora, fora e dentro. O
corpo não tem limite. Distende-se para o infinito e além.
(MORETTO, 2009, p.19)
A arte é libertadora e traz em si a potência de transformar o mundo. Nas
palavras de Ariane Mnouchkine (1939), artista francesa responsável pela
fundação do Théâtre du Soleil em Paris (1964): “Por definição, o teatro, a arte,
é transposição ou transfiguração! Um pintor faz uma pintura de uma maçã, e
não uma maçã. É uma aparição. A cena é um espaço de aparições”
(MNOUCHKINE; PASCAUD, 2011, p.60). Dentro desta perspectiva a arte serve
como base para todo e qualquer tipo de extrapolação do cotidiano, serve como
lugar de catarse e ainda como formadora de singularidades.

A arte na educação tem um papel claro no desenvolvimento cognitivo da


criança ao adolescente, podendo formar boa parte das faculdades necessárias
para o acumulo e, principalmente, produção de conhecimento independente e
livre. O pensamento artístico visa a criação de singularidade, por meio dele o
aluno desenvolve em si a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a
imaginação.

Esta área de conhecimento é também porta para a interdisciplinaridade.


Por exemplo, o aluno que conhece de arte pode estabelecer relações mais
amplas ao estudar determinado período histórico. Um aluno que exercita
continuamente sua imaginação estará mais habilitado a construir um texto (seja
este de cunho cientifico ou poesia).

Conhecendo as atividades artísticas de outras culturas o aluno poderá


compreender e relativizar os valores enraizados em modos de pensar e agir,
podendo assim criar campos de sentido e valorização do que lhe é próprio e/ou
favorecer abertura à riqueza e à diversidade da imaginação humana. Além
disso, torna-se capaz identificar sua realidade com mais precisão,
reconhecendo objetos e formas ao redor de sua vivencia, exercitando a
observação crítica do que existe na sua cultura.

Um outro lugar de acesso que arte alcança dentro das salas de aula diz
respeito à dimensão social das manifestações artísticas. A arte de cada cultura
revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores. A arte
necessita de visão, escuta e dos demais sentidos como portas de entrada para
uma compreensão mais significativa das questões sociais. Essa forma de
comunicação é rápida e eficaz, pois atinge o interlocutor justamente em lugares
que ele já está habituado a viver, como nas músicas que escuta e nas festas
que frequenta.

O domínio do teatro, é preciso que se diga, não é


psicológico, mas plástico e físico. E então não se trata de saber
se a linguagem física do teatro é capaz de chegar as mesmas
resoluções psicológicas que a linguagem das palavras, se
consegue expressar sentimentos e paixões tão bem quanto as
palavras, mas de saber se não existe no domínio do
pensamento e da inteligência atitudes que as palavras sejam
incapazes de tomar e que os gestos e tudo o que participa da
linguagem no espaço atingem com mais precisão do que elas.
(ARTAUD,1999, p.78)

Falando agora com o foco para o ensino das Artes Cênicas (teatro,
dança e circo) o nível de abstração que se pode atingir dentro do ensino teórico
da disciplina é posto à prova devido ao tempo limitado que a disciplina de artes
tem dentro do currículo. Uma aula por semana não é o suficiente para transpor
esse conhecimento da perspectiva teórica para a pratica e alinhar o estudo
pratico das artes ao seu estudo teórico é a maior dificuldade encontrada hoje
pelos profissionais da área. Não existem muitas escolas com estruturas físicas
satisfatórias ou com uma gestão verdadeiramente interessada em tornar esse
ensino eficaz na realidade das escolas públicas.

A arte é um direito do ser humano, sou vivo, logo arte. A arte se aprende
e se ensina, não se governa e não se faz dentro de acordos. A arte é catarse,
risco. Dentro de uma escola a arte desarma a opressão e recarrega a força do
espirito criador. Mesmo a passos de formiga, o estudo das artes é legitimo
como parte da esfera formadora do Ser Humano e com toda certeza é possível
afimar que antes Arte, do que nunca!

BIBLIOGRAFIA

AMARAL, A. Artes plásticas na Semana de 22. São Paulo: Perspectiva, 1976.


ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
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BARBOSA, A. M. 1975. Teoria e prática da educação artística. São Paulo,
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BARBOSA, Ana Mae. Abordagem triangular no ensino das artes e culturas
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BROOK, Peter. Porta aberta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
FERAL, Josette. Encontros com Ariane Mnouchkine: Erguendo um monumento
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GHIRALDELLI. Paulo. História da Educação Brasileira. São Paulo: Cortez,
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LANIER, V. 1984. Retornando Arte à Arte-Educação. Ar'te. (10).
Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394 de 20/12/1996
MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Curricular Comum: novas formas de
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VARELA, Noemia. A formação do arte-educador no Brasil, In: BARBOSA, Ana
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limonad, 1986.

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