A grande parte dos animais em exposição sofrem por virarem atrações que

impulsionam uma indústria milionária que usam os animais de forma não saudável
para fins lucrativos que acarretam em desequilíbrio em certas espécies com risco em
extinção e ainda incentiva a captura ilegal.
As espécies em exposição passam por alojamentos e alimentação inadequada, falta
de tratamento veterinário, treinamentos e trabalhos forçados, desenvolvendo
comportamentos agressivos devido ao estresse dos cativeiros. A manutenção desses
animais nos alojamentos é difícil em termos de grau regular de bem-estar, levando
em consideração a diversidade de espécies e a particularidade de suas
necessidades.
O médico veterinário pode avaliar o grau de bem-estar a partir das Cinco Liberdade,
tendo em vista considerar uma estratégia de diagnostico por meio de conjuntos
indicadores nutricionais, de conforto, sanitários e comportamentais.
Os animais que estão mais exposto aos riscos de serem capturados para o meio de
entretenimento são os tigres, que desde filhote são tirados do lado da mãe e crescem
confinados em jaulas de concreto de 20m², em contrapartida que na natureza
caminham de 16 a 32 km, são sujeitos a treinamentos rígidos para prepara-los para
performances e interações com as pessoas. Os elefantes que geralmente são usados
para efetuar passeios e apresentações, muito deles vivem acorrentados, exigindo
trabalharem sob calor, sem abrigos adequados e cuidados veterinários, que para os
treinamentos são usados objetos pontiagudos, varas, chicotes e até processos de
torturas, usando a escassez de água e comida para impulsionarem os elefantes no
processo de preparação para a jornada de trabalho. Os leões também separados da
mãe ainda filhotes, e, depois de adultos a maioria se tornam agressivos devido ao
estresse, como não são preparados para viverem na natureza, geralmente são
sacrificados, vendidos ou vivem em jaulas para exibições. Os golfinhos são
capturados na natureza com métodos cruéis com a finalidade de serem vendidos para
aquários, onde são obrigados a trabalharem jornadas abusivas para aprenderem a
realizar truques, vivem em piscinas com espaços limitados, tratadas com cloros,
causando irritações na pele e nos olhos, sofrem automutilações, ataques cardíacos e
distúrbios mentais, consequências do modo em que estão vivendo. As baleias são
mantidas em tanques pequenos e acometidos por estresses, problemas genéticos e
mortalidade precoce, desenvolvendo comportamentos agressivos, que muitas vezes
acabam em ataques aos seus treinadores. Os macacos são usados em shows, devido
a sua facilidade de domesticação e sua inteligência, normalmente alojados em
condições precárias e sofrem treinamentos abusivos para se apresentarem, são
expostos a serem alimentados incorretamente pelas pessoas, ocasionando doenças
e também ataques pela proximidade inapropriada. Os ursos vivem em jaulas
apertadas, que ocasionam brigas e morte entre eles quando são colocados em
superlotações, devido ao estilo de vida da espécie onde geralmente vivem sozinhos
na natureza. As cobras passam por um processo onde seus dutos de venenos são
tirados ou paralisados, correndo o risco de serem feridas ou mortas.
Entre muitos outros animais que ainda podem serem citados, o objetivo a ser
analisado é a incapacidade de se ter o bem-estar em qualquer espécie a fim de meios
lucrativos. Cabe ao médico veterinário avaliar com técnicas envolvendo uma
diversidade de práticas, intervenções e principalmente uma conduta em prol do
animal, oferecendo melhoria de qualidade de vida, com uma equipe treinada e
preparada, levando em conta a segurança do animal, mesmo sabendo que a
exposição cria consequências negativas que dificultam no bem-estar do animal.
A prática do questionamento da sociedade sobre o uso dos animais para o
entretenimento humano, vem se tornando cada vez mais frequente, uma vez que a
conscientização passa a ser mais evidente através de aos poucos as medidas de lei
estarem sendo adotadas e através da população que define o que é ético nessa
situação, onde reveem se realmente os animais podem estarem sendo feridos em
algum estágio do processo, se estão sendo expostos a cargas extenuantes e
condições precárias, se os animais estão fazendo algo que não é natural da sua
espécie, vivem enjaulados, tem a possibilidade de terem sidos capturados ilegalmente
ou comprados no mercado negro. Dada a importância a esses questionamentos é
fundamental que a população dê também relevância a vários outros pontos como uma
instituição que resgata os animais traficados e maltratados a fim de reinseri-los na
natureza, trabalhando para evitar a extinção das espécies, mudar a perspectiva do
consumidor no aspecto ético.