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Giuliano De Mio
Golder Associates Brasil, Belo Horizonte, Brasil
RESUMO: Neste artigo serão apresentadas as principais técnicas atualmente disponíveis para a
investigação geotécnica e geoambiental, quais sejam: geofísica, ensaios SPT e SPT-T, CPT e
CPTU, DMT, PMT, Palheta, assim como alguns acessórios que podem ser incorporados a alguns
desses ensaios. Exemplos de aplicação de algumas dessas técnicas serão apresentados, destacando-
se o uso do ensaio PMT para investigação geotécnica e de ensaios geofísicos para a investigação
geoambiental. Discute-se a vantagem de incorporar em um mesmo ensaio de campo mais de uma
medida, com destaque aos ensaios de piezocone sísmico e de resistividade, respectivamente para
aplicações geotécnicas e geoambientais. Esse recurso simplifica a interpretação, pois facilita o
tratamento da variabilidade, imprescindível na investigação, especialmente em solos tropicais.
(b ) (c )
γ
Go = ρ .Vs2 = .Vs2 (2)
g
E = ρ .V p2 .
(1 − 2ν )(. 1 + ν ) Figura 4. Registro típico para interpretação e cálculo do
(1 − ν ) (3) ensaio (Campanella e Stewart 1992).
ν=
(V p Vs ) − 2 A velocidade Vs num intervalo pode ser
2.(V Vs ) − 2
2 (4)
p determinada conforme sugere Rice (1984),
dividindo a distância percorrida pela onda, pela
diferença de tempo registrado nos dois sinais um martelo. No CSW é necessária uma fonte
(Eq. 5), conforme ilustrado na Figura 13. que gere ondas de alta energia. Como a
natureza dispersiva da onda se dá em termos de
∆S L2 − L1
Vs = = (5) freqüência, o processamento dos sinais é
∆t t 2 − t1 realizado no domínio da freqüência.
A diferença de tempo pode ser obtida A execução do ensaio SASW é feita ao
manualmente, considerando-se o tempo de longo de uma seção onde são posicionados a
chegada como principal pulso de onda de fonte de energia e pelo menos dois geofones
cisalhamento ou pela técnica de cruzamento de distribuídos co-linearmente (Fig. 5). As ondas
sinais (Campanella e Stewart 1992). geradas em superfície são detectadas nos
O ensaio up-hole consiste na inversão da geofones, transferidas para computador portátil
posição da fonte e do receptor em relação ao e processadas para obtenção das relações de
ensaio down-hole (Fig.3.c), ou seja, a fonte fica fases entre elas. Mudando-se a freqüência da
dentro do furo e o receptor na superfície do fonte de energia determinações de velocidades
terreno. A interpretação dos resultados desse podem ser realizadas em diferentes faixas de
ensaio é semelhante àquela realizada pela profundidade. Desta forma, são obtidas curvas
técnica down-hole. A vantagem é também de dispersão da onda cuja inversão resulta em
utilizar apenas um furo, como no ensaio down- perfis de Vs contra profundidade. O módulo de
hole, no entanto, no up-hole, é mais difícil gerar cisalhamento máximo é calculado a partir da
ondas do tipo desejado. O ensaio up-hole pode determinação desses perfis, utilizando a teoria
ser associado ao ensaio SPT e, nesse caso, as da elasticidade.
ondas sísmicas podem ser geradas pelo
amostrador padrão submetido a um golpe
específico para esse fim. Prado (1994) relata
que no ensaio SPT geram-se ondas S atenuadas,
mas que podem ser facilmente identificáveis.
O ensaio de dilatômetro plano (DMT) foi Conforme Marchetti et al. (2001), a maneira
desenvolvido na Itália por Marchetti em 1974 e mais apropriada de utilizar os resultados de
introduzido nos Estados Unidos e Europa em ensaios DMT é interpretá-los em termos dos
1980. Marchetti (1997) descreve o dilatômetro parâmetros usuais dos solos e essa metodologia
plano, que é composto por uma lâmina de aço (“projeto via parâmetros”) abre as portas para
inoxidável de 14 mm de espessura, 95 mm de uma grande variedade de aplicações em
largura e 220 mm de comprimento, com uma engenharia. A interpretação dos resultados de
fina membrana de 60 mm de diâmetro, um ensaio DMT começa com o cálculo de três
posicionada numa das faces dessa lâmina. O parâmetros intermediários (ID, KD e ED)
procedimento de ensaio consiste basicamente baseado em correlações empíricas (Equs. 9, 10
em se cravar a lâmina do dilatômetro, e 11) que empregam os valores de po e p1,
utilizando-se preferencialmente um sistema tensão geostática vertical efetiva (σ'v) e poro-
hidráulico e uma estrutura de reação. Quando pressão hidrostática no equilíbrio (uo), em geral
atingida a profundidade de ensaio, a membrana assumida em função da posição do nível de
é inflada, geralmente utilizando um dispositivo água.
de alta pressão de gás nitrogênio, através de ID = (p1-po)/(po-uo) (9)
uma mangueira que passa pelo interior das
hastes usadas para cravação (Fig. 10). KD = (p1-po)/(σ´vo) (10)
Abaixo da membrana há um sensor sonoro
que indica as pressões necessárias para que ela ED = 34.7 (p1-po) (11)
perca o contato com o equipamento sensível
(leitura po), e aquela necessária para provocar O índice do Material (ID) é calculado para
um deslocamento do centro da membrana de identificar o tipo de solo. Em geral, ID fornece o
1,1 mm (leitura p1). Uma representação perfil do tipo de solo e, em solos “normais”
esquemática dessas leituras encontra-se na uma descrição razoável da textura desse solo. O
Figura 10. Para uma caracterização contínua do índice de tensão horizontal (KD) é fundamental
perfil do subsolo as medidas geralmente são nesse ensaio pois é base para várias correlações
para estimativa de parâmetros. O módulo
dilatométrico (ED) é determinado a partir das O princípio de execução consiste na
pressões po e p1 pela Teoria da Elasticidade. ED, cravação da palheta na profundidade desejada e,
em geral, não pode ser utilizado como o módulo após um tempo de repouso de 1 a 5 minutos,
de deformabilidade do solo especialmente aplica-se uma rotação de 6o por minuto e mede-
devido à falta de informação sobre o histórico se o torque necessário para romper o solo.
de tensões. Parâmetros de resistência e Existem dois procedimentos mais comuns de
deformabilidade dos solos podem ser posicionamento da palheta no solo: o primeiro
determinados empregando-se correlações utiliza furos de sondagens onde se crava a
empíricas disponíveis na literatura (Marchetti et palheta até 0,5 m do fundo do furo; o segundo
al. 2001). faz-se a cravação estática da palheta, protegida
por invólucro de aço até profundidade desejada,
4.2 Ensaios para Determinação Parâmetros onde a palheta é liberada e cravada por 0,5 m.
Específicos Para determinação da resistência não
drenada (Su), a ABNT NBR 10905 (1989)
4.2.1 Ensaio de Palheta (FVT) considera a distribuição de tensões uniforme
tanto ao longo da superfície vertical, como ao
O ensaio de palheta (Field Vane Test) é o longo da superfície horizontal. Para as
método mais utilizado para determinação da dimensões da palheta dessa norma, diâmetro D,
resistência não-drenada de argilas moles. de 65mm, e altura H, de 130mm, tem-se a
Conforme descrito por Chandler (1988), o Equação 12:
ensaio teve origem na Suécia em 1919, com uso
T
em todo o mundo a partir de 1940. A palheta Su = 0,86 .....(12)
possui quatro lâminas posicionadas em ângulo π .D 3
reto, com uma relação altura/diâmetro de 2:1. Com o ensaio de palheta pode-se obter a
Coutinho (2000) descreve detalhadamente esse sensibilidade (St), determinando-se a resistência
ensaio. não-drenada do solo após seu amolgamento. É
Como outros ensaios, a padronização de ainda possível estimar a razão de pré-
equipamentos e procedimentos é fundamental. adensamento (OCR) utilizando-se correlações,
O tamanho padrão da palheta, segundo a ABNT onde o limite de liquidez e a tensão efetiva são
NBR 10905 (1989), é uma altura de 130 mm e as principais variáveis.
um diâmetro de 65 mm. Porém é comum a
utilização de tamanhos diferentes, respeitando a 4.2.2 Ensaio Pressiométrico (PMT)
relação 2:1. Para solos muito moles, palhetas
maiores e solos mais resistentes, palhetas O pressiômetro, que teve sua origem na França
menores. Um esquema do equipamento e do (Ménard 1975), é essencialmente um tubo
ensaio é apresentado na Figura 11. cilíndrico (sonda) que, após ser inserido no
solo, é expandido sob condições controladas
(tensão ou deformação). Um esquema do ensaio
é apresentado na Figura 12.
Existem diferentes tipos de equipamentos em
operação no mundo, sendo possível subdividi-
los em três tipos: os que necessitam de pré-furo,
os autoperfurantes e os de deslocamento. Uma
das principais preocupações é a perturbação que
o processo de instalação da sonda pode
provocar no solo situado no entorno da mesma.
Esse ensaio permite a obtenção de uma curva
Figura 11. Ensaio de palheta (Ortigão e Collet 1986). tensão versus deformação do material. As
principais vantagens desse equipamento são:
simular a expansão assimétrica de uma
cavidade cilíndrica infinita, que possui soluções A partir de meados dos anos 80 incorporou-se
elásticas e elasto-plásticas bem fundamentadas, ao cone um sistema para aquisição de ondas
e medir diretamente as tensões in situ e o sísmicas, que passou a ser conhecido como
comportamento tensão versus deformação numa cone sísmico (SCPT). O cone sísmico apresenta
direção perpendicular ao eixo do furo. as mesmas características de um cone padrão ao
qual é acrescido um geofone ou um
acelerômetro localizado no seu interior (Fig. 9),
conforme descrito por Stewart e Campanella,
(1992). O procedimento de cravação do cone
proporciona um contato mecânico bastante
eficiente entre o solo e o geofone, permitindo
uma excelente recepção do sinal.
Mais recentemente, incorporou-se também
ao DMT o recurso de captação e registro de
ondas sísmicas (Mayne et al. 1999), o qual
apresenta as mesmas vantagens dos ensaios
SCPT.
O ensaio sísmico down-hole com a utilização
do SCPT ou SDMT consiste basicamente no
mesmo procedimento descrito para o ensaio
down-hole. A etapa mais importante da
interpretação desse ensaio é a medida precisa
Figura 12. Desenho esquemático de um ensaio com do tempo de chegada da onda S. Um esquema
pressiômetrico pré-furo tipo Ménard (Schnaid 2000). de como é realizado o ensaio down-hole
utilizando o SCPT ou o SDMT é apresentado na
A interpretação dos resultados de ensaios Figura 13. A velocidade de onda cisalhante (Vs)
pressiométricos pode seguir uma abordagem pode ser determinada empregando-se métodos
direta ou indireta. A abordagem direta emprega distintos, um que resulta num valor médio para
correlações empíricas para a estimativa de todo o trecho percorrido pela onda ou então
capacidade de carga e recalques de estruturas, outro que resulta no valor da velocidade Vs
como aquela adotada pelos franceses (Ménard num intervalo, que é mais interessante na
1975). Já, na abordagem indireta, utilizam-se investigação dos solos, conforme descrito na
métodos de interpretação que necessitam de Equação 4.
modelos para representar o processo de
expansão do material ensaiado (Gibson e
Anderson 1961; Hughes et al. 1977).
Apesar das dificuldades em realizar e
interpretar resultados de ensaios PMT, em
especial do autoperfurante, este ainda é um dos
ensaios in situ mais promissores que um
engenheiro geotécnico pode dispor para
realização de projetos. Nenhum outro ensaio in
situ permite a avaliação do comportamento do
solo com controle do carregamento para
trajetórias de tensões ou de deformações como
o PMT.
5.1.3. Pressiômetro
Figura 18. Comparação do G0,1 e G0 para o Campo Figura 20. Influência da inundação de um solo colapsível
Experimental da Unicamp (Sampaio Jr et al. 2004). na curva pessiométrica (Kratz et al. 1999).
Areia 6
25
Fina
Profundidade (m)
Profundiade (m)
5 Pouco 8
Argilosa
Vermelha 10
35 12
SM-SC
10
14
LA' 16
?
NA' 18
15
20
SCPTv1 Crosshole SCPTv1
Figura 22. Perfil de Eo, PL, Po e distribuição do atrito SCPTv2 SCPTv 1 SCPTv2
lateral unitário obtido para estaca apiloada no Campo SCPTv 2 Média
Experimental da Unesp-Bauru (Cavalcante et al. 2005).
Figura 23. Resultados de ensaios SCPT e cross-hole em
5.1.4. Cone Sísmico Bauru/SP (adaptado de Giacheti et al. 2006).
5 u2
Areia
-
10 Areia Siltosa
Profundidade (m)
15
20 u0 Silte
Argiloso
Figura 29. Mapa de resistividade do nível teórico 15 m da
25
área do aterro com localização dos ensaios. Regiões com
valores de resistividade menores que 75 Ω.m indicam a
Areia Siltosa
30 a Areia contaminação da zona saturada. (Mondelli 2004).
RCPTU 3
RCPTU 4
Como o nível d’água era profundo, optou-se
Figura 28. Resultados de dois ensaios RCPTU realizados em utilizar a técnica do filtro de cavidade
para avaliação de contaminação do aqüífero com água preenchido com graxa automotiva para registro
salobra em Paranaguá/PR (De Mio et al. 2005). de poro-pressão, conforme sugere Larsson
(1995), evitando-se a abertura de pré-furo. Esse
A disposição de resíduos no solo é um recurso tem se mostrado interessante em
problema ambiental atual devido às ensaios de piezocone em solos tropicais e os
conseqüências danosas provocadas por uma registros de poro-pressão são úteis para auxiliar
disposição inadequada dos mesmos. na identificação de perfis geotécnicos e da
Investigações e monitoramentos empregando posição do nível d’água, conforme demonstrado
técnicas modernas estão sendo realizados com por De Mio et al. (2004).
maior freqüência nestas áreas, com o objetivo A Figura 30 mostra os resultados de dois
de melhor caracterizar e quantificar os impactos ensaios (RCPTUs 14 e 15) realizados muito
ambientais e definir alternativas de remediação. próximos ao aterro de resíduos sólidos, onde os
Mondelli (2004) procurou avaliar a ensaios geofísicos indicaram a presença de uma
contaminação de uma área de disposição de pluma de contaminação. Após a realização dos
resíduos sólidos urbanos, em Bauru/SP. As ensaios RCPTU foram feitas coletas de água e
diversas campanhas de ensaios RCPTU solo utilizando amostradores cravados com o
realizadas na área também permitiram avaliar a mesmo sistema utilizado nesses ensaios para
aplicabilidade desta ferramenta em solos avaliação da contaminação da área.
tropicais. Todos os resultados dos ensaios RCPTU
Inicialmente, uma investigação utilizando a realizados na área mostraram uma brusca
geofísica de superfície pela técnica do diminuição nos valores de resistividade quando
caminhamento elétrico com arranjo dipolo- a zona saturada foi atingida, o que demonstra a
dipolo foi realizada no local para identificar a vantagem do uso dessa ferramenta para
pluma de contaminação e os pontos onde os identificação da posição do nível d’água. Para a
ensaios RCPTU deveriam ser realizados, região saturada, Mondelli (2004) observou que
conforme indicado na Figura 29. os valores de resistividade variaram com a
textura e a mineralogia do solo, sendo maiores
nas camadas mais arenosas e menores nas
camadas mais argilosas. Na Figura 30 observa-
se que a influência do tipo de solo nos valores empregados no projeto, onde a experiência do
de resistividade não é tão nítida na região projetista tem grande influência nos resultados.
saturada dos ensaios RCPTU 14 e 15, com A possibilidade de incluir a variabilidade e
valores em torno de 50 Ω.m para o primeiro e calcular a probabilidade de ruína das fundações,
em torno de 20 Ω.m para o segundo. Isto pode parece ser uma abordagem mais racional. Nesse
ser um indicativo da presença de contaminantes caso, os ensaios de campo são fundamentais,
migrando nas camadas mais arenosas logo à pois fornecem informações dessa variabilidade.
frente do aterro, uma vez que a amostra de água Ensaios de campo específicos, como o PMT,
coletada entre 8 e 9 m de profundidade têm sido empregados no Brasil em pesquisas,
apresentou resistividade elétrica baixa, o que é que têm demonstrado o potencial dessa
indicativo da presença de poluentes na água. ferramenta para avaliar in situ o comportamento
de solos, especialmente os tropicais.
AMOSTRAS
PIEZOCONE
DE ÁGUA A relação entre a rigidez a baixas
Rf (%)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 0
qc (MPa) R (ohm-m)
5 10 15 20 25 0 125 250 375 500
Perfil
Interpretado
R (ohm-m) deformações (Go) com a rigidez a grandes
0 100 200 300
0
Areia
0
deformações, representada por qc ou pelo ED é
1 1
um recurso interessante para auxiliar na
Areia siltosa
2 2
caracterização de solos tropicais. Como a
3 3
variabilidade afeta muito essas relações, o
PROFUNDIDADE (m)
Silte Arenoso
Solo Fino Muito Rijo
4 Areia Siltosa 4 emprego de ensaios SCPT e SDMT é
Argila
5
N.A.
5 interessante.
6
Areia Siltosa
pH
6 A presença de contaminantes no solo tem
7 7 resultado em mudanças nas técnicas de
8
Argila (RCPT15)
Areia (RCPT14) 8 investigação, sendo, muitas vezes, necessário
9
Areia Siltosa R 9 empregar mais de uma técnica de ensaio.
10
0 2 4 6 8 10
10 Diferentes métodos geofísicos podem ser
RCPTU 14
RCPTU 15 pH empregados para identificar os locais onde um
estudo mais detalhado deve ser realizado.
Figura 30. Resultados de ensaios RCPTU e amostragem
Resultados de ensaios de piezocone, às vezes
de água à jusante do aterro de resíduos (Mondelli 2004).
empregando módulos incorporados, como o de
resistividade ou de fluorescência induzida,
podem ser utilizados para definir o local onde
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
as amostras de solo, água ou gás devem ser
retiradas. O mesmo sistema de reação
O adequado conhecimento da história geológica
empregado para cravar o piezocone poderá ser
de um terreno permite entender os
utilizado para cravar os amostradores.
condicionantes que controlam as variações das
Os exemplos apresentados mostram que os
propriedades geotécnicas e orientar as etapas de
valores de resistividade, determinados por
investigação, identificando a possível direção
ensaios RCPTU, num perfil de solo arenoso,
de uma pluma de contaminação ou os locais e
saturado, sedimentar, litorâneo possibilitaram
métodos construtivos mais adequados para cada
identificar a intrusão de água salina no aqüífero.
local. Especialmente para problemas ambientais
Já, em perfis de solos tropicais, os valores de
e em obras de grande abrangência, como
resistividade nesses ensaios são mais difíceis de
estradas, barragens e dutos, o entendimento da
serem interpretados.
geologia é fundamental. No entanto, diversas
situações geológicas impõem variações
extremas nas propriedades geotécnicas, mesmo
AGRADECIMENTOS
em obras de pequeno porte.
A investigação geotécnica na prática do
Os autores agradecem a FAPESP e ao CNPq,
projeto de fundações tem sido realizada quase
pelo financiamento de suas pesquisas.
que exclusivamente com base em resultados de
sondagens SPT. Métodos semi-empíricos são
Agradecem a Giulliana Mondelli pela revisão Campanella, R.G. e Stewart, W.P. (1992). Seismic Cone
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