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4/6/2014

Compreensão Textual

Prof. Diogo Arrais

• As vivências do tempo e do espaço constituem


dimensões fundamentais de todas as
experiências humanas. O ser, de modo geral,
só é possível nas dimensões reais e objetivas
do espaço e do tempo. Portanto, o tempo e o
espaço são, ao mesmo tempo, condicionantes
fundamentais do universo e estruturantes
básicos da experiência humana.

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• Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o


espaço e o tempo se produzem exclusivamente
fora do homem e têm uma realidade objetiva
plena. São realidades independentes do ser
humano. Em contraposição a essa noção, Kant
defende que o espaço e o tempo são dimensões
básicas que possibilitam todo e qualquer
conhecimento, intrínsecas ao ser humano
enquanto ser cognoscente. Em sua opinião, não
se pode conhecer realmente nada que exista fora
do tempo e do espaço.

• 1. O tempo é o condicionante fundamental do


universo; o espaço é o estruturante básico da
experiência humana.

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• 2. O tempo ter “realidade objetiva plena” (linha


6) significa possibilitar “todo e qualquer
conhecimento” (linha 7-8).

• “Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o


espaço e o tempo se produzem exclusivamente
fora do homem e têm uma realidade objetiva
plena. São realidades independentes do ser
humano. Em contraposição a essa noção, Kant
defende que o espaço e o tempo são dimensões
básicas que possibilitam todo e qualquer
conhecimento, intrínsecas ao ser humano
enquanto ser cognoscente.”

• 3. A expressão “Em sua opinião” (linha 8) remete às


opiniões de Newton, Leibnitz e Kant.

• “Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o


espaço e o tempo se produzem exclusivamente fora do
homem e têm uma realidade objetiva plena. São
realidades independentes do ser humano. Em
contraposição a essa noção, Kant defende que o
espaço e o tempo são dimensões básicas que
possibilitam todo e qualquer conhecimento, intrínsecas
ao ser humano enquanto ser cognoscente. Em sua
opinião, não se pode conhecer realmente nada que
exista fora do tempo e do espaço.”

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• Em nosso continente, a colonização espanhola


caracterizou-se largamente pelo que faltou à
portuguesa: por uma aplicação insistente em
assegurar o predomínio militar, econômico e
político da metrópole sobre as terras
conquistadas, mediante a criação de grandes
núcleos de povoação estáveis e bem
ordenados. Um zelo minucioso e previdente
dirigiu a fundação das cidades espanholas na
América.

Já à primeira vista o próprio traçado dos centros


urbanos denuncia o esforço determinado de vencer e
retificar a fantasia caprichosa da paisagem agreste: é um ato
definido da vontade humana. As ruas não se deixam modelar
pela sinuosidade e pelas asperezas do solo: impõem-lhes
antes o acento voluntário da linha reta. O plano regular não
nasce, aqui, nem ao menos de uma ideia religiosa, como a
que inspirou a construção das cidades do Lácio e mais tarde a
das colônias romanas de acordo com o rito etrusco; foi
simplesmente um triunfo da aspiração de ordenar e dominar
o mundo conquistado. O traço retilíneo, em que se exprime a
direção da vontade a um fim previsto e eleito, manifesta bem
essa deliberação. Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do
Brasil. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000, p. 95-6 (com adaptações).

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• 4. Com referência às ideias do texto, julgue os seguintes


itens.
• I Os estáveis núcleos de povoação criados pela colonização
portuguesa tinham por objetivo assegurar o domínio da
metrópole sobre a colônia.
• II Nos casos em que a vontade humana vence a força da
natureza, o traçado dos centros urbanos é retilíneo e
regular.
• III A organização de cidades estáveis e bem ordenadas teve
inspiração religiosa, com a aspiração de dominar a
natureza.

• Assinale a opção correta.


• A Apenas o item I está certo.
• B Apenas o item II está certo.
• C Apenas os itens I e III estão certos.
• D Apenas os itens II e III estão certos.

• A Bolsa de Londres estava batendo todos os


recordes. As ações subiam tanto, que um dos
investidores desconfiou: aquilo poderia ser
uma bolha, ou seja, um período de otimismo
exagerado e insustentável. Mas ele não
resistiu e colocou seu dinheiro no mercado.
Até que o pior aconteceu: a bolha estourou e
nosso amigo perdeu todo o dinheiro. O ano
era 1720 e o investidor ninguém menos que o
físico Isaac Newton.

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Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei da


gravidade, conjecturou: “consigo calcular os
movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura
dos homens”. Pode ser discurso de mau perdedor, mas
na verdade foi uma grande sacada. Sem saber, Newton
estava prevendo a criação de uma nova ciência, cujas
descobertas podem ajudar a entender a crise atual: a
neuroeconomia, que vasculha a mente humana em
busca de explicações para o comportamento do
mercado.
Superinteressante, nov./2008, p. 93 (com adaptações).

• 5. O texto trata dos recentes acontecimentos


que geraram a atual crise de instabilidade
econômica mundial.

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• 6. Porque vem após um verbo de elocução,


seguido por dois pontos, a passagem “consigo
calcular os movimentos dos corpos celestes,
mas não a loucura dos homens” é afirmativa
descritiva.

• “Falido e perplexo, o homem que descobriu a


lei da gravidade, conjecturou: “consigo
calcular os movimentos dos corpos celestes,
mas não a loucura dos homens”.

• 7. Segundo o texto, a descoberta da


neuroeconomia deve-se à capacidade de
observação e de experimentação do grande
físico inglês Isaac Newton.

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• 8. Deduz-se que a neuroeconomia é uma


ciência recente, cujo objetivo é explicar o
comportamento do mercado, a partir da
observação funcional da mente humana.

• Com as últimas experiências em laboratórios e


técnicas de mapeamento do cérebro, já é possível
prever as atitudes das pessoas ao lidar com dinheiro.
Um exemplo disso é o “ultimatum game”, um jogo
que foi criado por psiquiatras para entender a
dinâmica dos mercados. Pelas reações das pessoas
jogando, nega-se a hipótese de que ganhar algum
dinheiro é melhor do que nada. As pessoas
costumam rejeitar ofertas muito baixas e ficar sem
dinheiro, mas fazem questão de prejudicar o
adversário ganancioso.

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• 9. No primeiro período do texto, informa-se


que são previsíveis as atitudes das pessoas ao
lidar com dinheiro.

• “Com as últimas experiências em laboratórios


e técnicas de mapeamento do cérebro, já é
possível prever as atitudes das pessoas ao
lidar com dinheiro.”

• Consciência empresarial
• As ações cidadãs conquistam espaço entre os
empresários do Distrito Federal. Segundo
pesquisa da Universidade de Brasília, cerca de
82% das micro e pequenas empresas locais
atuam com responsabilidade social. “A prática
constitui uma ética empresarial, voltada para
o público interno e externo, e trata-se de uma
cartilha moral”, conceitua o diretor-executivo
do portal www.responsabilidadesocial.com.

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• O empresário R. M. aderiu à idéia. Implantou na sua


mercearia a opção de sacola de algodão como
alternativa ao saco de plástico. Na gráfica XYZ, as
idéias viraram projeto de logomarca: “Por um mundo
melhor”. Pequenas mudanças foram revertidas em
economia. A gráfica recicla todo o papel não usado, o
dinheiro vai para uma conta que reúne donativos
para instituições diversas encarregadas de atender
pessoas de baixa renda.

• Correio Braziliense,3/2/2008 (com adaptações)

• 10. Depreende-se do desenvolvimento do


texto que “ideia” (linha 5) remete à prática de
“responsabilidade social” (linha 3), que, por
sua vez, é caracterizada como ação cidadã.

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• Quando surgiu a preocupação ética no homem? Em que


momento da sua história sentiu o ser humano a necessidade
de estabelecer regras definindo o certo e o errado? O que o
levou a reconhecer a importância e indispensabilidade da
fixação de normas e padrões valorativos a serem seguidos por
todos? Estas indagações, possivelmente existentes desde que
o homem começou a pensar, têm ocupado o tempo e o
esforço de elaboração dos filósofos ao longo dos séculos. O
fato é que, desde os seus primórdios, as coletividades
humanas não apenas pactuaram normas de convivência
social, mas também foram corporificando um conjunto de
conceitos e princípios orientadores da conduta no que tange
ao campo ético-moral. Ivan de Araújo Moura Fé. Desafios
éticos. Brasília: Conselho
• Federal de Medicina, 1993, p. 9 (com adaptações).

• 11. Constitui resposta coerente e


gramaticalmente correta para as perguntas
iniciais do texto: A preocupação ética, que,
possivelmente, surgiu assim que o homem
começou a pensar, corresponde à necessidade
de se estabelecerem normas coletivas de
comportamento, que definem o certo e o
errado.

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O que é razoável, para os indivíduos e a sociedade, brota de


um consenso resultante da comunicação dialógica. O conceito de razão
só faz sentido como razão dialógica. A razão resulta daquilo que, em
um contexto social vivido e compartilhado por atores lingüisticamente
competentes, pode ser elaborado como querido e aceito por todos.
Nessa acepção, razão e verdade deixam de ser valores absolutos para
se transformarem em valores temporariamente válidos, de acordo
com o veredicto dos atores envolvidos na situação, os quais
estabelecem consensualmente o processo pelo qual a verdade e a
razão podem ser conquistadas em um contexto dado.
• A razão comunicativa e a nova concepção de verdade que dela
decorre não são, por isso mesmo, encaradas como uma utopia que
aguarde indefinidamente sua concretização social, mas como
realidades sociais que, apesar de ainda esparsamente
institucionalizadas, já fazem parte do nosso cotidiano nos mais
diferentes níveis.
Bárbara Freitag

• 12. De acordo com a argumentação do texto,


razão e verdade são valores temporariamente
válidos, porque são dialógicas e resultam de
uma aceitação consensual em realidades
sociais permeadas pela comunicação
dialógica.

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• Os fragmentos contidos nos itens seguintes,


na ordem em que são apresentados, são
trechos sucessivos e adaptados do livro Visão
do Paraíso, de Sérgio Buarque de Holanda
(São Paulo: Brasiliense, 2000, p. 315-25).
Julgue-os quanto à correção gramatical.

Que a suposta longevidade dos índios


fosse efeito dos bons céus, bons ares, boas
águas de que desfrutavam eles, é o que a todos
resulta patente.

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Como explicar segundo as ideias do


tempo, o fato de não graçarem aqui antes da
conquista, várias enfermidades já notórias ao
europeu?

Era coisa sabida que a ausência de tais


enfermidades revelava não achar-se o ar
corrupto nestes lugares pela ação da humildade
e da podridão.

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Bons céus, constelações felizes, são


atributos, esses, tão inevitáveis quanto os dos
bons ares das narrativas elogiosas que os
viajantes devotavam às terras ignotas.

Especialistas em direito e em execuções


penais divergem sobre a eficácia da extensão do
período máximo de encarceramento permitido
pela legislação brasileira. Para alguns, a ameaça
de aplicação de penas mais rígidas — e mesmo à
pena de morte — não intimida a maioria dos
criminosos.

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Outros no entanto louvam a iniciativa por


acreditarem que a mudança seria uma espécie
de antídoto contra as benevolências da
progressão de regime, que acaba libertando
condenados tão logo eles cumpram um sexto da
pena comportadamente.
Como ocorre na maioria das vezes, os dois
lados têm sua cota de razão.

A expressão “no entanto” deveria ser


isolada por vírgulas.

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A expressão “tão logo” foi


empregada de maneira incorreta no texto; sua
substituição por assim que garantiria a correção
gramatical do texto.

O trecho “divergem sobre a” deveria ser


substituído por diverjem em relação à.

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Para se garantir a correção do texto, o


trecho “do período máximo de encarceramento
permitido” teria de ser substituído por da pena
máxima de privação de liberdade estabelecida.

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