METROLOGIA-2003 – Metrologia para a Vida

Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM)

Setembro 01−05, 2003, Recife, Pernambuco - BRASIL

CALIBRAÇÃO DE RESISTORES DE ALTO VALOR UTILIZANDO

UMA PONTE DE WHEATSTONE MODIFICADA

Patrícia L. O. Guimarães 1,2, Queenie S. H. Chui 1 , Vânia C. Sousa 1

1
USF - Universidade São Francisco, Itatiba, SP, Brasil
2
INPE/LIT- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Laboratório de Integração e Testes ,
São José dos Campos, SP, Brasil

Resumo: A maior parte das medidas de resistência são elétricos e precisam ser medidas freqüentemente. Exemplos
feitas com algum tipo de circuito em ponte. Propõe-se comuns são as resistências de isolamento de máquinas e
implementar um método alternativo para a calibração de cabos, que podem ser medidas através de um
resistores de alto valor, utilizando-se este conceito. O megaohmímetro, que por sua vez se utiliza de resistores de
sistema consiste basicamente de uma ponte de Wheatstone alto valor na sua calibração.
modificada, onde um de seus braços é constituído de um
Este trabalho está voltado à calibração desses resistores de
resistor de referência e o resistor que se deseja medir, e o
alto valor, que podem também ser utilizados para a
outro braço é constituído de duas fontes de tensão estáveis e
calibração de outros resistores, décadas resistivas e
ajustáveis. O sistema incorpora também um detector de nulo
medidores de alta resistência (megaohmímetros). No Brasil,
com resolução mínima de 1 µV, o qual irá medir a diferença
ainda poucos laboratórios estão capacitados para a
entre as correntes geradas pelas fontes de tensão. Ao variar
calibração desses resistores.
uma das fontes até que se obtenha o nulo no detector, pode-
se determinar a relação entre o resistor de referência e o
resistor desconhecido em termos da relação entre as tensões
BIPM
geradas pelas fontes estáveis.
Palavras Chave: resistência de alto valor, incerteza,
INMETRO
metrologia.

INPE/LIT/MTE
1 INTRODUÇÃO
Resistor Tipo Thomas (1Ω) Ω
Resistor de 10 kΩ
marca L&N, modelo 4210 marca ESI, modelo SR104
Uma das grandes demandas da indústria eletroeletrônica é a
calibração de resistência elétrica, tendo em vista, por
exemplo, a fabricação de cabos e condutores elétricos.
Devido a confiabilidade e estabilidade dos resistores-padrão
durante muitos anos, muitas medidas elétricas (em níveis de Resistor 0,1 ΩΩ Resistor 1 ΩΩ Resistor 10 ΩΩ Resistor 10 kΩΩ Resistor 10 kΩΩ Resistor 100 k ΩΩ
9330/0,1 9330/1 9330/10 SR104 9330/10k 9330/100k
corrente muito alta ou muito baixa) são convertidas em
medidas de resistência. Algumas grandezas também
Resistor 100 ΩΩ Ω
utilizam-se da resistência elétrica para sua medição, como é 9330/100
Resistor 1 MΩ
9330/1M

o caso da temperatura. Pode-se, por exemplo, determinar

uma temperatura desconhecida, através da variação da Resistor 1000 ΩΩ Ω
Resistor 10 MΩ
9330/1000 9330/10M
resistência desde que se conheça a temperatura a uma
determinada resistência. A corrente elétrica é um outro Resistor 10 9 ΩΩ Resistor 10 8 ΩΩ
exemplo, pois pode ser obtida em termos da diferença de 5155-805 5155-906

potencial através de um resistor conhecido.

Resistor 10 10ΩΩ Resistor 10 11 ΩΩ
5155-734 5155-891
Enfim, muitas grandezas elétricas podem ser medidas
através de métodos que envolvem medidas de resistência. Resistor 10 12ΩΩ Resistor 10 13 ΩΩ
Os resistores são os instrumentos mais comumente usados 5155-784 5155-929

para este fim, sendo utilizados também como padrões para a

medida de outros resistores e também para a determinação
de indutância e de capacitância.
Figura 1 - Cadeia de Rastreabilidade do
Resistências de alto valor, da ordem de milhares de Banco de Resistores da MTE
megaohms, são muitas vezes encontradas em equipamentos
O Laboratório de Metrologia Elétrica e Tempo e Freqüência
(MTE), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), atua dentro da Rede Brasileira de Calibração (RBC)
e está credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) nas áreas
elétrica e tempo e frequência, onde presta serviços na área
de calibração de resistência elétrica tanto para institutos
como para o setor produtivo.
Anualmente são enviados ao INMETRO para calibração os
resistores de 1Ω e 10 kΩ, a partir dos quais é garantida a
rastreabilidade dos demais resistores através de
intercomparações (figura 1).
Desta forma, o valor dos resistores-padrão de 1Ω e 10 kΩ
são transferidos para o banco de resistores do laboratório.
No Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE,
medidas de alta resistência são empregadas nas áreas de
qualificação de componentes, vibrações, metrologia física,
integração e demais atividades para a qualificação de
satélites e subsistemas espaciais.
No INPE, os resistores e décadas resistivas de alto valor são
calibrados de maneira direta, utilizando-se um
teraohmímetro, equipamento que fornece o valor da
resistência de maneira direta, ou seja, o resistor a ser
calibrado é conectado diretamente ao instrumento.
Esse equipamento é calibrado anualmente pelo INMETRO,
significando para o INPE, um alto custo e adequação ao
cronograma de calibração do INMETRO. Outro fator
considerado é que por ser este um equipamento muito
específico, torna-se difícil a sua manutenção, tanto no que se
refere a substituição de peças, quanto a pessoal capacitado.
Sendo a maior parte das medidas de resistência (quase todas,
medidas de precisão em corrente contínua) feitas com algum
tipo de circuito em ponte [1], propôs-se implementar um
método alternativo para a calibração dos resistores de alto
valor utilizando-se este conceito.
O circuito comumente conhecido como Ponte de
Wheatstone é amplamente utilizado para a determinação de
resistência [2], cobrindo uma faixa de valores baixos até
vários megaohms. O circuito consiste de 4 (quatro)
resistores conectados em um arranjo série-paralelo, como
mostra a Figura 2. É conectada uma fonte entre os pontos A
e D, e um galvanômetro entre os pontos B e C.
A
RB RA
V B C
Rs Rx
D resistores.
Figura 2 - Circuito Ponte de Wheatstone
Quando o circuito é usado para comparar uma resistência
desconhecida, Rx, a um padrão de resistência, Rs, os
resistores RA e/ou RB são ajustados até que não exista
diferença de pontencial entre os pontos B e C, ou seja não
fluirá corrente através do galvanômetro. Nesta condição os
pares de resitores RA e Rs, RB e Rx, podem ser considerados
como dois divisores paralelos de tensão com igual razão.
Essa igualdade pode ser expressa[3] simplificadamente
como:
Rx = Rs (RA / RB ) (1)
Uma adaptação deste circuito[4] é mostrada na figura 3,
onde os resistores RA e RB são substituídos por duas fontes
de tensão estáveis.
Vx Rx
Vs Rs
Figura 3 - Adaptação do Circuito Ponte de
Wheatstone
O valor do resistor desconhecido[4] passa então a ser obtido
através da equação (2):
Rx = Rs (Vx / Vs ) (2)
2 MÉTODOS E RESULTADOS
Na avaliação do método proposto utilizou-se um conjunto
de resistores-padrão marca Keithley, modelo 5155, nos
valores nominais de 108 , 109 , 1010 ,1011 ,1012 e 1013 Ω.
Para a calibração dos resistores de 108 e 109 Ω foram
utilizadas como padrão de referência duas décadas resistivas
marca ESI, modelo SR1050, uma de 1 MΩ/passo e outra de
10 MΩ/passo.
Na calibração dos demais resistores foram utilizados os
resistores subseqüentes (calibrados anteriormente) de
mesma marca e modelo.
As fontes estáveis de tensão utilizadas foram dois
calibradores marca Fluke, modelos 5700A e 5720A.
Como detector de nulo foi escolhido o detector de
nulo/voltímetro de alta impedância, marca Fluke, modelo
845AR.
Também foram utilizados no experimento cabos blindados e
uma caixa metálica para blindagem eletrostática dos
A temperatura ambiente e a umidade relativa são
controladas em (23,0 ± 0,6)° C e (50 ± 5)% ur
respectivamente. A temperatura é monitorada através de um
termômetro digital, marca Fluke, modelo 2190A e
registrada, assim como a umidade, através de um
termohigrófrafo.
Vx
Vs
permanente no valor das resistências. Essa informação
pode ser obtida através das especificações dos
fabricantes;
• Os terminais devem estar limpos e secos e devem ser
utilizados cabos com malha blindada;
• A temperatura e a umidade do ambiente dever ser
controlada;
• Deve-se observar o tempo de estabilização das medidas
e o tempo de resposta do detector de nulo (o tempo de
Rx resposta para o Fluke 845AR é de aproximadamente
10 s);
• O ruído proveniente de campos elétricos e magnéticos
pode ser minimizado através do acondicionamento dos
resistores-padrão em um compartimento ou caixa
blindada;
•
Rs
A melhor razão de proporção (para maior exatidão)
entre Rx e Rs é 1:1.

Os resistores sob calibração foram testados nas tensões de

Figura 4 - Circuito da Ponte Modificada incluindo
10 V, 100 V e 500 V. Observou-se que para valores mais
os equipamentos utilizados
altos de resistência (1012 e 1013 Ω) é necessário elevar as
tensões a valores altos de modo que o detector permaneça
O procedimento geral de medida é o que segue: sensível às variações na resistência [12, 13].
1. O valor nominal de, Vx, Vs, e Rs são escolhidos de Para os resistores de 100 MΩ, 1 GΩ e 10 GΩ, obtêve-se,
maneira que a relação Rx/Rs não seja superior a 100 com 3 (três) medidas, resultados bem próximos aos
(cem); resultados obtidos em calibrações anteriores utilizando o
2. A tensão Vs é então ajustada até que se consiga uma método de leitura direta, considerando-se obviamente a
leitura igual a zero no detector de nulo. Aumenta-se variação do valor das resistências com o tempo.
gradativamente a sensibilidade do detector e ajusta-se Já para os resistores de 100 GΩ, 1 TΩ e 10 TΩ, a ponte
novamente a tensão para obtenção do nulo. Repete-se tornou-se muito sensível às correntes de fuga, muito
este processo sucessivamente até a máxima provavelmente devido efeitos capacitivos entre os
sensibilidade que se possa obter, ou seja, que o componentes da ponte e deles para o terra. Os resultados
galvanômetro do detector apresente ainda uma leitura obtidos, apesar de coerentes com os resultados de
estável. Anota-se o valor de Vs +; calibrações anteriores, não tiveram a exatidão requerida.
3. Reverte-se a polaridade de ambas as fontes e ajusta-se
novamente Vs - da mesma maneira. Anota-se este valor;
4. Calcula-se a média aritmética dos valores absolutos: 2.1 Cálculo da Incerteza Padrão Combinada
Vs = ( | Vs +| +| Vs -|) / 2 ;
5. Repete-se os passos 1 a 4 até que se tenha feito a Aplicando a Lei de Propagação da Incerteza [12, 13] à
equação (2), temos:
quantidade de medidas desejada, calculando-se a média
2 2 2
aritmética dos valores observados;  ∂ Rx  2  ∂ Rx  2  ∂ Rx  2
uc2 (Rx) =   u ( Rs) +  ∂ Vs  u (Vs ) +  ∂ Vx  u (Vx )
(3)
6. Por fim calcula-se Rx utilizando-se a equação (2), onde  ∂ Rs     
Rs é o valor calibrado do resistor de referência.
onde as derivadas parciais ∂Rx/∂Rs, ∂Rx/∂Vx e ∂Rx/∂Vs
são os coeficientes de sensibilidade.
Vários cuidados devem ser tomados para que as medidas
Calculando as derivadas parciais,
tenham boa exatidão [1, 2, 5, 6, 7, 8, 9]:
∂ Rx Vx ∂ Rx - Vx Rs ∂ Rx Rs
• A média das medidas com inversão de polaridade é = ; = ; =
feita a fim de minimizar os efeitos de offset do detetor ∂ Rs Vs ∂ Vs Vs 2 ∂ Rx Vs
e fems térmicas do circuito;
• As fontes devem ter baixa impedância de saída para e substituindo em (3), tem-se:
reduzir as correntes de fuga (os calibradores em
Vx2 2 Vx2 Rs 2 2 Rs 2 2
questão possuem impedância < 0,1Ω em dc); u2c (Rx) = 2
u (Rs) + 4
u (Vs) + u (Vx) (4)
Vs Vs Vs2
• Deve ser observada a potência máxima de dissipação
dos resistores, de maneira a evitar mudança
Com o intuito de minimizar possíveis erros de cálculo
N
devido a complexidade dos coeficientes de sensibilidade,
optou-se por simplificar o cálculo da incerteza padrão νeff = u C4 / Σ { u i 4 (y)/ νi } (8)
i=1
combinada, considerando-se as contribuições de maneira
relativa [15], como segue:
onde ν i são os graus de liberdade.
Dividindo a equação (4) por Rx 2 , tem-se:
(b) Obtêm-se o fator de abrangência k, para um nível de
confiança de 95,45%, através do Guia para a Expressão
uc2 (Rx) Vx2 Vs 2 Vx2 Rs2 Vs 2
2
= 2 2 2
u2 (Rs) + u 2 (Vs) + da Incerteza de Medição [12];
Rx Vs Vx Rs Vs4 Vx2 Rs 2
(c) Calcula-se a Incerteza Expandida de Medição,
2 2 multiplicando-se a incerteza padrão combinada pelo
u 2 (Vx)
Rs Vs
+ (5) fator de abrangência.
Vs Vx 2 Rs2
2

Simplificando,
 uc (Rx)   u(Rs )  u (Vs ) 
2 2 2 2
=  + 
 Rx   
   Rs   Vs 
onde,
u(Rs)/Rs ⇒ são as contribuições de incerteza relativas ao
resistor de referência utilizado (considerou-se o Certificado
de Calibração e o coeficiente de temperatura declarado pelo
fabricante)
u(Vs)/Vs ⇒ são as contribuições de incerteza relativas ao
calibrador conectado no braço adjacente ao resistor de
referência (considerou-se a especificação do fabricante para
o valor de tensão utilizado como saída)
u(Rx)/Rx ⇒ são as contribuições de incerteza relativas ao
calibrador conectado no braço adjacente ao resistor sob
calibração (considerou-se a especificação do fabricante para
o valor de tensão utilizado como saída)
Além dessas contribuições levou-se em consideração a
repetitividade das medidas expressa pelo desvio-padrão
experimental da média, que caracteriza a variabilidade dos
valores observados, ou seja, a sua dispersão em torno da
média.
A incerteza padrão combinada é obtida através da raiz
quadrada da soma quadrática de todas as contribuições de
incerteza [12], conforme equação (3):
3 CONCLUSÃO
Este trabalho possibilitou o estudo aprofundado das
 u(Vx)
+  (6) propriedades dos materiais dos resistores-padrão, os

 Vx  métodos de calibração e posterior implementação de um
sistema de calibração para resistores de alto valor. Embora
os padrões utilizados como referência possuíssem
características próprias, como por exemplo, a não-
linearidade acima de 100 V e o alto coeficiente de
temperatura, foi possível testar o sistema, quanto à
estabilidade de medidas e possíveis melhorias no set-up de
teste, com a finalidade de melhorar os resultados finais.
Observou-se que o maior problema é o controle dos campos
elétricos, isto é, dos efeitos capacitivos entre os
componentes da ponte e deles para a terra e o meio mais
eficaz para controlar as capacitâncias é envolver os
componentes da ponte em blindagens condutoras
interligadas para colocar a capacitância onde não haja
prejuízos [1].
Para os resistores acima de 10 GΩ, optou-se por avaliar
novamente o circuito de guard e efetuar um número maior
de medidas.
O passo seguinte a este trabalho será substituir o detector de
nulo por um nanovoltímetro e os resistores de referência por
uma década resistiva de menor incerteza, de maneira a se
obter as menores incertezas possíveis. Ainda dentro desta
perspectiva, utilizando-se um nanovoltímetro, uma
automação do sistema pode ser avaliada.

AGRADECIMENTOS
N
u C = Σ{ u i (y) }
2 ½
(7) Aos meus pais pelo apoio incondicional, ao amigo,
i=1 engenheiro metrologista Márcio Antônio Aparecido Santana
pelo incentivo e suporte técnico em todos os momentos, e às
Os fatores que mais contribuem para a incerteza das orientadoras Queenie S. H. Chui e Vânia C. Sousa.
medidas são: o resistor de referência e a repetitividade das
medidas.
REFERÊNCIAS
2.2 Determinando a Incerteza Expandida [12] [1] STOUT, Melville B. Curso Básico de Medidas Elétricas.
Tradução de: Armando Bandeira de Lima. Local: Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1974.
(a) Calcula-se o grau de liberdade efetivo, νeff :
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and res ults. IEEE Transactions on Instrumentation and
Measurement. v.48, n.5, p. 884-8, oct. 1999.
[3] FLUKE CORPORATION. Calibration: philosophy in
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[4] HUNTLEY, Less. A wheatstone bridge for the computer age.
Proceedi ngs of the Measurement Science Conference
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[8] MÁRQUEZ, Felipe H. Puente de wheatstone modificado
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[12] INSTITUTO NACIONA L DE METROLOGIA,
NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL;
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brasileira em língua portuguesa do EA -4/02. Rio de Janeiro:
INMETRO, ABNT, SBM, 1999. 34p.
[13] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,
NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL, et al.
Guia para expressão da incerteza de medição. Segunda
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Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1996.
Mestrando em Engenharia e Ciências dos Materiais, Patrícia Lúcia
de Oliveira Guimarães, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais -
INPE/LIT, Av. dos Astronautas, 1758, São José dos Campos-SP,
Brasil, telefone: (12) 3945-6330, fax: (12) 3941-1884,
e-mail: paty@lit.inpe.br
Doutora, Queenie Siu Hang Chui, Universidade São Francisco -
USF, Rua Alexandre R. Barbosa, 45, Itatiba-SP, Brasil, telefone:
(11) 4538-8038, fax: (11) 4524-1933,
e-mail: queenie.hang@saofrancisco.edu.br.
Doutora, Vânia Caldas de Sousa, Universidade São Francisco -
USF, Rua Alexandre R. Barbosa, 45, Itatiba-SP, Brasil, telefone:
(11) 4538-8076, fax: (11) 4524-1933,
e-mail: vania.sousa@saofrancisco.edu.br.