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Marília, ___________ de __________________________de________.

NOME: __________________________________________________

Nº: _____________________ TURMA: ________________

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO – RECUPERAÇÃO – 3º . TRIMESTRE

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA


PROFESSORA: PAULA
7os. ANOS (171 e 172)
Você deverá:
1. Estudar o resumo dos conteúdos que, neste material, estão dentro dos quadros.
2. Responder e estudar os exercícios que estão colocados após cada quadro. (Fazer a lápis)
3. A realização dos exercícios é o TRABALHO DE PORTUGUÊS (valor: 3,0). Deverá ser entregue no dia da
aula de recuperação, onde eventuais dúvidas serão sanadas.
4. A PROVA DE RECUPERAÇÃO (valor: 7,0) será no mesmo dia da aula. Veja o horário de recuperação.

PARTE 1 (LEITURA –)

A. ELEMENTOS DA NARRATIVA - M. 35
Rever quadro da pág. 83 da apostila 3

B. ELEMENTOS DA NARRATIVA: FICÇÃO E VEROSSIMILHANÇA – M. 38

 VEROSSIMILHANÇA é a semelhança entre a invenção e a realidade; qualidade do que parece


verdadeiro.
 Em obras de ficção, pode haver verossimilhança mesmo quando os fatos são extraordinários.
 Os acontecimentos narrados na obra de ficção podem ser naturais (ou realistas), estranhos, maravilhosos
(ou extraordinários) ou alegóricos (ou simbólicos).
1. Acontecimentos naturais: estão em conformidade com a ordem natural e com nossa experiência da
realidade. Embora inventados pelo autor, eles poderiam realmente ter ocorrido e não provocam
qualquer estranheza no leitor.
2. Acontecimentos estranhos: parecem fugir à ordem natural, às leis da realidade, provocando um
estranhamento no leitor. No entanto, ao longo ou ao final da narrativa, esses fatos recebem uma
explicação, revelando-se, por exemplo, como resultado da fantasia ou do exagero do narrador, como um
sonho, delírio ou ilusão da personagem, ou, ainda, como fraudes praticadas por outras personagens
para enganá-la. Em Alice no País das Maravilhas, as experiências extraordinárias da personagem
explicam-se, no final, como sonho; no conto “A menina dos fósforos”, de Andersen, o aparecimento da
avó, que seria um fato sobrenatural, explica-se como delírio da menina no momento em que morria.
3. Acontecimentos maravilhosos (extraordinários): embora não se enquadrem na ordem natural, são
aceitos pelo leitor sem necessidade de explicações. Nesse caso, ou pertencem à ordem sobrenatural,
como, por exemplo, o aparecimento de fantasmas em uma história de terror, ou ao mundo mágico,
feérico (mundo das fadas, da fantasia), como, por exemplo, a história da Gata Borralheira ou a história da
menina enterrada pela madrasta, contada pela velha Totonha em Menino de engenho.
4. Acontecimento alegóricos (simbólicos): não se encaixam na ordem da realidade, mas não
provocam nenhuma estranheza. O leitor sabe, previamente, que esses acontecimentos são simbólicos e
não devem ser tomados ao pé da letra. Na fábula “Só a pura verdade”, de Andersen, as aves falam e
fazem fofocas, mas o leitor interpreta esses fatos em outro sentido – sentido alegórico: os animais
representam os seres humanos.

C. NARRATIVA FICCIONAL: FICÇÃO CIENTÍFICA – ELABORAÇÃO DE RESUMO - M. 41


Você deverá saber ler, interpretar e comentar texto de ficção científica bem como reconhecer suas características.
Pág. 28
Estude este resumo:
Os acontecimentos narrados nos textos de ficção científica são estranhos, mas a verossimilhança é
garantidapelas explicações “científicas”.

Texto 1
Luna Clara no caminho, antes da ponte
Luna Clara mirou a nuvem no céu e foi correndo pela estrada.
Que sorte a dela ter encontrado aqueles dois homens encharcados.
Agora só faltava encontrar Doravante.
Era uma mistura de medo com felicidade com chuva com anoitecer com estrada o que Luna Clara sentia.
5 Sabia que estava correndo perigo, mas era por necessidade.
Para dizer a verdade, ela não sabia muita coisa do mundo, a não ser até a beira da estrada.
O resto era desconhecido. Exceto pelos comentários que se ouviam e imediatamente eram passados
adiante.
Corria a lenda (pela estrada que ligava Desatino do Norte a Desatino do Sul) que era impossível passar
por ali sem perder ou ganhar alguma coisa.
“Em algumas ocasiões, ganhar é que é bom, em outras o bom é perder, depende do que se esteja falando,
que gozado”, ela ia pensando. Mas aquilo já era filosofia demais para alguém que está se aventurando num
caminho ignorado.
10 O que se podia considerar como certo era o seguinte: todo mundo que já havia se
arriscado a andar por lá chegou diferente do outro lado, não importa em que sentido estivesse indo.
Algo muito estranho devia ter acontecido com toda aquela gente.
Falavam que era culpa de uma velha, uma dona muito estranha que morava na casa do Vale da Perdição,
com um montão de cães ferozes e milhões de outros mistérios.
Mas esse povo fala muito.
Luna Clara não era de se impressionar com histórias esquisitas e até que ia tranquila. (Mais ou menos.)
15 Mas quando deu de cara com uma matilha de cães imensamente enormes no caminho, levou um susto
miserável.
Podia acontecer coisa pior?
Podia.
Assim que viram Luna Clara, os cães rosnaram para ela.
Então latiram.
20 Depois avançaram, com suas mandíbulas ameaçadoras.
Parecia história de Chapeuzinho Vermelho, mas não era. A estrada era perigosa mesmo. Bem que sua mãe
dizia.
Foi por ali, um pouquinho mais adiante, que seu pai perdeu a sorte. Aventura perdeu a confiança no
destino, seu avô perdeu todas as histórias que tinha colecionado na vida, e suas tias perderam a esperança, mais
de treze anos antes.

[O capítulo seguinte intitula-se Mais de treze anos antes e narra o que aconteceu na ponte, antes do
nascimento de Luna Clara]

Texto 2 (fragmento)

Luna Clara e os cães na mesma estrada, mais de treze anos depois, sem sentido contrário

Luna Clara nunca imaginou que, se um dia tivesse que atravessar aquela ponte que sua mãe tanto odiava,
estaria sendo perseguida por uma matilha de cães imensamente enormes (ou enormemente imensos?)
Que vida mais estranha.
Agora ela estava ali com aqueles cães latindo em volta dela e aquela ponte na frente.
Acelerou o passo.
5 E eles chegando perto.
Acelerou mais ainda.
E eles chegando quase.
Tropeçou, caiu, levantou, e os latidos bem pertinho, atrapalhando o barulho dos passos que queriam
atrapalhar o silêncio sozinhos.
Au-au-au-au-au-au, três tempos, au-au-au-au, dois tempos, au-au, um tempo só...
10 “Ai-ai-ai, será que não vai aparecer ninguém para me salvar na última hora, como sempre acontece
nas histórias?”
[...]
Adriana Falcão. Luna Clara & Apolo Onze. São Paulo: Moderna,
2002, p. 29-30 e p. 45.

1. Explique o foco narrativo do texto. Para a explicação, utilize como exemplo os parágrafos 4 e 9 do
texto 1.
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2. Releia o parágrafo 4 do texto 1.
a) Copie a frase na ordem direta e restabelecendo a pontuação que a autora omitiu.
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b) Essa falta de pontuação não constitui um erro, mas um recurso expressivo. Releia as duas frases –
a do texto e a que você reescreveu na questão anterior. Considerando o substantivo “mistura”,
explique qual delas é mais expressiva.
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3. O medo de Clara Luna relaciona-se sobretudo à travessia da ponte.


a) Que poder extraordinário, mágico, era atribuído à ponte?
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b) Qual era a origem desse poder?


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4. Segundo o narrador, Luna Clara não era de se impressionar com histórias esquisitas.
a) Que expressão sugere que a personagem sentia algum medo ao atravessar a ponte?
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b) Para Luna Clara os casos extraordinários relacionados à travessia da ponte pertenciam realmente
à ordem do maravilhoso? Que hipótese ela formulava para explicá-los?
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5. No final do capítulo, Luna Clara é atacada por cães ferozes. Em sua opinião esse fato confirma a hipótese
da personagem ou é um indício de que realmente podiam acontecer coisas maravilhosas naquela
ponte? Justifique.
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6. Na apostila 2, lendo um capítulo do livro A ilha do tesouro, você estudou alguns recursos narrativos
utilizados pelos autores de narrativas de aventuras.
a) Explique com que finalidade a autora interrompe o episódio da travessia da ponte, iniciando outro
capítulo e deixando para depois dele a continuação da sequência interrompida.
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b) Você observou que Adriana Falcão utiliza geralmente parágrafos bem curtos, obtendo com isso
muitos efeitos expressivos. Releia os parágrafos de 3 a 8 do texto 2 e explique o recurso narrativo utilizado pela
autora nesse trecho, cujo resultado é acentuado pela divisão dos parágrafos.
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7. Interrompemos a reprodução do texto 2 no parágrafo 10. Formule uma hipótese do que poderá ocorrer
em seguida, encerrando o episódio da travessia da ponte.
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8. Por que esses trechos de Luna Clara & Apolo Onze não podem ser considerados uma narrativa de ficção
científica?
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PARTE 2 (ESTUDO DA LÍNGUA)

A. TEXTO FALADO E TEXTO ESCRITO – M. 36 apostila 3


 Características do texto escrito:
a. A produção inclui o planejamento e a execução, que ocorrem em momentos distintos.
b. Cuidado na organização em parágrafos; na escolha do vocabulário e no arranjo sintático das
frases, de modo a serem evitadas: repetições desnecessárias, expressões muito coloquiais e
excesso de gírias e, principalmente, transgressão das normas gramaticais.
c. Preferência pelo uso de conjunções subordinativas e ordem indireta; escolha de vocabulário
menos usual que o da fala, obedecendo à norma culta; predominância de enunciados
declarativos.
d. Distância física entre autor e leitor.
 Características do texto falado:
a. O planejamento e a execução ocorrem juntos.
b. Presença de marcadores discursivos.
c. Repetição de frases ou ideias.
d. Utilização de palavras que servem para retomar o que se disse e anunciar a sequência da ideia.
e. Interrupções de frases e palavras para corrigir a frase ou o rumo da fala. No texto falado, os
interlocutores contam com o apoio dos sinais propiciados pela proximidade física; na escrita, a
pontuação busca traduzir os sinais de emoção típicos da situação de oralidade.
 Quanto maior é a capacidade que os interlocutores têm de avaliar a reação um do outro em uma
conversa e ajustar suas próprias falas maior é a clareza da comunicação e a possibilidade de
entendimento do que dizem.
 No texto falado, a impossibilidade de apagamento determina repetições, hesitações, interrupções.

Leia o texto a seguir para responder às questões 9 e 10.


A família era enorme e comia reunida, em volta da toalha bordada: pai, mãe, avó, avô, filhos, netos,
sobrinhos, afilhados, a comadre que ficou viúva, a solteirona que era irmã da avó da Mariquinha… e o bisavô
Arquimedes. O bisavô Arquimedes usava dentadura.
Naturalmente, cada integrante tinha à sua frente o seu saboroso prato de tutu, couve, torresmo, feijão
tropeiro, carninha de porco, linguiça, etc. e tal. E todos mastigavam e repetiam porque a fartura, ali, em Montes
Claros, naquele tempo, era um espanto, de tanta! E cada um, evidentemente, tinha o seu copo. Pois os copos e o
bisavô Arquimedes, diariamente, sofriam a seguinte brincadeira:
– Toninho, ocê vai beber deste copo aí, na sua frente? Olha que o bisavô deixou a dentadura dele de
molho, bem no seu copo, Toninho, na noite passada!
– Num foi no meu, não: foi no copo da Maroca! O bisavô deixou a dentadura dentro do copo da
Maroquinha!
– Ó gente, num brinca assim que eu fico cum nojo, uai!
O velho bisavô Arquimedes ouvia, sorria, mostrando a dentadura.
Sylvia Orthof. Jogando conversa fora. São Paulo: FTD, 1986. p. 23.
9. É correto afirmar sobre o diálogo nesse texto:
a) Os interlocutores utilizam palavras pouco usuais na língua falada.
b) A interjeição “uai” e o vocativo “Ó gente” são marcadores discursivos.
c) Há apenas um turno de fala.
d) Predomina a ordem inversa nas frases.

10. Assinale as marcas de oralidade presentes nesse texto.


“etc. e tal”; “era um espanto, de tanta!”, “Ocê”, “num”, “Ó gente”, “cum”, “uai”.
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11. Reescreva o trecho de fala a seguir, atribuindo-lhe características de texto escrito em linguagem formal:Eu
num tava nem aí pro que diziam de mim.
Aí eu fui crescendo e virei um cara caladão mesmo. Um dia, eu peguei e eu fui embora de casa e daí todo mundo
sentiu minha falta e eu me lixei.
Eu não me importava com o que diziam sobre mim. Cresci e tornei-me um homem muito calado.
Um dia, fui embora de casa e todos sentiram minha falta; mas eu não me preocupei.
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B. RECURSOS DE ESTILO

 Estilo é o resultado da escolha dos recursos expressivos capazes de produzir os efeitos de sentido
motivados pela emoção e afetividade do falante.
 A Estilística, que estuda o estilo, é uma das disciplinas voltadas aos fenômenos da linguagem.
 Os recursos estilísticos são procedimentos da língua selecionados pelo falante para manifestar seus
estados emotivos e julgamentos de valor, de modo a provocar no interlocutor uma reação também de
ordem afetiva.
 Os recursos estilísticos estão presentes tanto na linguagem literária quanto na cotidiana.
 O pleonasmo semântico ocorre quando uma palavra repete o sentido de outra para reforçar uma ideia.
 O pleonasmo vicioso resulta do desconhecimento da origem ou do significado da palavra, ou ainda da
distração do falante em relação a ele.
 A repetição intencional de palavras, expressões ou frases realça uma determinada ideia.
 Não existem sinônimos perfeitos, mas palavras com significados aproximados.
 O grau de intensidade é um dos fatores responsáveis pela diferença de sentido entre os sinônimos, bem
como pelo recurso estilístico conhecido como gradação.
 Antítese é a oposição entre ideias no texto.

Leia duas estrofes do poema “Legado”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões
12 e 13.

Que lembrança darei ao país que me deu


tudo que lembro e sei, tudo quanto senti?
Na noite do sem fim, breve o tempo esqueceu
minha incerta medalha, e a meu nome se ri.

E mereço esperar mais do que os outros, eu?


Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.
Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu,
a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.
Carlos Drummond de Andrade. Poesia e prosa. 8 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p. 201-

12. No verso “Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti. ”, utiliza-se um recurso de estilo chamado
a) sinônimo
b) gradação
c) pleonasmo
d) antítese

13. Justifique a resposta da questão 1.


O pleonasmo ocorre quando uma palavra repete o sentido de outra para reforçar uma ideia. No verso,
esse recurso de estilo é empregado na frase “não te engano a ti”.

14. Leia a piada:


O doente, na cama:
– Enfermeira, estou com uma dor que dói muito.
– Hã?! Você está é com pleonasmo!
– Ohh!! E isso é grave, enfermeira?
a) Encontre o pleonasmo vicioso na piada e corrija a frase. O pleonasmo vicioso é “dor que dói”. Correção:
“Enfermeira, estou com muita dor”.

b) Justifique a fala da enfermeira.

A fala da enfermeira indica que percebeu o pleonasmo nas palavras do enfermo.


c) Como o doente entendeu essa fala?
O doente pensou que “pleonasmo” era nome de doença.

15. O pleonasmo pode ser usado como recurso de estilo, quando se pretende que o leitor ou o ouvinte, se
surpreenda, e fique mais atento ao que está sendo escrito ou falado. Já o pleonasmo vicioso de linguagem é a
repetição supérflua da palavra ou da ideia contida nela, são vícios de linguagem. Assinale a alternativa que é um
exemplo desse último.
a) "E alí dançaram tanta dança, /que a vizinhança toda despertou".( Chico Buarque de Holanda e Vinícius de
Morais)
b) “Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
c) Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação.”(Manuel Bandeira)
d) “Ó mar salgado, quanto do teu sal / são lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)
e) Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.

16. Qual das frases a seguir não apresenta gradação?

a) O carro arrancou, ganhou velocidade e ultrapassou o primeiro colocado.


b) O avião decolou, ganhou altura e aterrissou.
c) Aqui... além... mais longe, meus olhos procuravam por um sinal.
d) O fio de água surgiu, cresceu e engrossou, inundando as margens.

17. Leis os versos do poema “Os nomes dados a terra descoberta”, de Cassiano Ricardo:
Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome Depois mudaram-lhe o nome
de ilha de Vera-Cruz. pra terra de Santa Cruz.
Ilha cheia de graça Terra cheia de graça
Ilha cheia de pássaros Terra cheia de pássaros
Ilha cheia de luz. Terra cheia de luz.
[...]
Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/cricardo.html#osnomes> Acessado em: 30 jul. 2015.

Que efeito de sentido resulta da repetição nos três últimos versos de cada estrofe?
A repetição resulta na ênfase nas belezas do local.
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18. Leia o trecho da música "Certas coisas" de Lulu Santos e Nelson Motta.

Não existiria som se não

Houvesse o silêncio

Não haveria luz se não

Fosse a escuridão

A vida é mesmo assim

Dia e noite, não e sim

Observe as palavras destacadas e identifique o recurso de estilo empregado. Justifique.


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Os versos se constroem a partir de oposições, isto é, de antíteses: som-silêncio, luz-escuridão, dia-noite,
não-sim.
M. 45 FORMAÇÃO DE PALAVRAS (pág. 51 a 62)
• O léxico das línguas renova-se constantemente.
• Neologismo é um fenômeno linguístico que permite o desenvolvimento de um novo termo na língua
devido à necessidade de designar novos objetos ou novos conceitos. O significado de neologismo, de forma
simplificada, tem a ver com a criação ou invenção de novas palavras.
• Os processos mais importantes para a expansão do léxico são a derivação e a composição.
• Derivação : Consiste na formação de palavras novas (derivadas) a partir de palavras já existentes na
língua (primitivas). Há diferentes tipos de derivação:
- Derivação prefixal (ou por prefixação) - ocorre quando há acréscimo de um prefixo a um radical. Ex. In +
fiel = infiel (acréscimo à esquerda)
- Derivação sufixal (ou por sufixação) - ocorre quando há acréscimo de um sufixo a um radical. Exemplos: feliz
+ mente= felizmente
- Derivação Parassintética (ou por parassíntese) - ocorre quando há acréscimo simultâneo de um prefixo e um
sufixo a um radical. Não existe a palavra nem só com o prefixo, nem só com o sufixo.
Exemplos: em+tard+ecer= entardecer
- Derivação prefixal e sufixal, ou seja, acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo. Exemplo: infelizmente.
(Existe a palavra só com p refixo e só com o sufixo)
Exemplo:
(in)felizmente: felizmente - palavra existente na língua
infeliz(mente): infeliz - palavra existente na língua
- Derivação regressiva - ocorre quando a palavra nova é formada pela redução da palavra primitiva. Esse tipo
de derivação forma principalmente substantivos a partir de verbos.
Exemplos: chorar= choro; combater = combate
- Derivação imprópria: ocorre quando uma palavra, sem sofrer nenhum acréscimo (tanto de prefixo quanto de
sufixo), muda de classe gramatical, tendo em vista o contexto em que se encontra inserida.
O jantar está servido. ( substantivo.)
Todos estão se preparando para jantar. (verbo)
• A composição é a criação de palavra por meio da junção de dois radicais. Pode ser:
- Composição por justaposição: ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração
fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
- Composição por aglutinação: ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um
ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos: embora (em boa hora),hidrelétrico (hidro + elétrico)
• Família etimológica é um grupo de palavras com o mesmo radical.
• Estrangeirismo é o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa. De
acordo com o idioma de origem, as palavras recebem nomes específicos, tais como anglicismo (do inglês),
galicismo (do francês), etc. O estrangeirismo possui duas categorias:
1) Com aportuguesamento: a grafia e a pronúncia da palavra são adaptadas para o português. Exemplo: abajur
(do francês "abat-jour")
2) Sem aportuguesamento: conserva-se a forma original da palavra. Exemplo: mouse (do inglês "mouse")

18. Identifique o tipo de derivação usado na formação das palavras.


a) humanidade sufixal
b) infelizmente prefixal e sufixal
c) descampado parassintética
d) cafezal sufixal
e) inquieto prefixal
f) entristecer parassintética
g) desfeito prefixal
h) combate regressiva
i) desalmado parassintética
j) felicidade sufixal
19. Utilizando as palavras abaixo, forme outras pormeio do processo de composição por justaposição.
1º elemento: passa, sempre, gira,beija, vai
2º elemento: sol, vem, tempo, viva, flor
Passatempo,Sempre-viva, girassol, beija-flor, vaivém.

20. Forme palavras pelo processo de composição por aglutinação.


a) Água ardente aguardente
b) Em boa hora embora
c) Pedra óleo petróleo
d) Perna alta pernalta
e) Filho de algo fidalgo
f) Vinho acre vinagre

21. Indique e explique o tipo de derivação usado nas frases:


I. Os bons serão contemplados.

(substantivo)
II. Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.

(substantivo)

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Trata-se de DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA porque as palavras bom(ADJETIVO) e feito(VERBO), sem sofrer


nenhum acréscimo (tanto de prefixo quanto de sufixo), mudaram de classe gramatical. Nas frases foram
empregadas como SUBSTANTIVO.

22. Leia de Manuel Bandeira:


Neologismo

Beijo pouco, falo menos ainda.


Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Explique por que o poeta dá o nome de “neologismo” ao poema.


___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________

23.

O uso das palvras acima denomina-se ________________________________________________________________


que também é uma forma de aummentar o léxico deum idioma, uma vez que a língua renova-se constantemente.

24. Cite duas outras palavras como mesmo sufixo das palavras:
a) Florescer( ecer = ação que principia crescer, adolescer
b) Fortemente( mente= formador de advérbios) tristemente, repentinamente
c) Permanência (ência = qualidade, estado) influência, convivência
d) Generoso ( oso = abundância) gostoso, carinhoso

25. Cite duas outras palavras como mesmo prefixo das palavras:
a) desleal (des= ação contrária) desonnra, desumano, desfazer,
b) incapaz (in- im- i = negação, privação) imperfeito, incapaz, irreal

26. Utilize a derivação regressiva, forme substantivos a partir de verbos.


a) Atacar ataque
b) Caçar caça
c) Resgatar resgate

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