Você está na página 1de 7

Instituto de Química – INQUI

Química Geral Experimental


SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
Ponto de Ebulição

Alunos: Mauro Roberto Torres Neto


Vinicius Raphael Mendonça

2019
Campo Grande – MS
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 1
3. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 2
3.1. Procedimento Experimental ..................................................................................... .2
3.2. Resultados e Discussão ............................................................................................. 3
4. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 5
5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 5
1. INTRODUÇÃO

O ponto de ebulição de uma substância é a temperatura em que ela passa


do estado líquido para o estado gasoso. Também pode ser entendido como o período de
um processo em que um líquido está a sofrer mudança de fase, reduzindo sua fração em
estado líquido e aumentando sua fração em estado gasoso, dadas as condições
como pressão atmosférica e taxa de calor — de forma mais rápida possível —
geralmente observando a formação rápida de bolhas de gás no interior do líquido. Essas
bolhas, emergindo à superfície, dispersam-se na fase gasosa. [1]
Para uma substância pura, os processos de ebulição ou de condensação ocorrem
sempre a uma mesma temperatura, e esta se mantém constante durante todo o processo,
ocorrendo o mesmo para os processos de fusão e ebulição de substâncias puras. Água
pura ao nível do mar entra em ebulição a 100ºC, e enquanto houver água em ebulição, a
temperatura da água e do vapor formado permanecerão constantes ao longo de todo
processo, mesmo que considerável quantidade de energia esteja sendo fornecida ao
sistema na forma de calor a fim de induzir a transformação. [1]

2. OBJETIVOS

O objetivo do experimento é observar e determinar o ponto de ebulição de


líquidos puros, calcular a correção do ponto de ebulição devido à variação de pressão e
comparar as temperaturas obtidas com as listadas.

1
3. DESENVOLVIMENTO

3.1. Procedimento Experimental

Materiais e Reagentes:
- Papel Aluminio - Acetona
- Bico de Bunsen - Metanol
- Garra - Hexano
- Tubos de ensaio - Acetato de etila
- Cacos de Porcelana - Etanol
- Termômetro de 250°C - Ciclo hexano
- Béquer - 2 - Propanol
- Tela de Amianto - 1 - Propanol
- Tripé de ferro - Heptano
- Água

Preparo:
- Adicionar dois cacos de porcelana, pequenos, no tudo de ensaio, e dois cacos
de porcelana, médios, no béquer.
- Prepare o tripé de ferro colocando a tela de amianto em cima, para que o
béquer fique sobre a tela,
- Colocar 5 ml da primeira substância no tubo de ensaio.
- Prender o tubo na garra e abaixar dentro do béquer contendo água, que deverá
estar nivelada com o líquido dentro do tubo de ensaio.
- Adaptar o termômetro ao suporte e abaixa-lo para que fique dentro do tubo de
ensaio, a aproximadamente 1 centímetro do líquido .
- Com um papel alumínio, tampe a boca do tubo de ensaio, de modo que fique
mais fácil para obter a temperada quando o líquido entrar em ebulição.
- Com o bico de Bunsen, aqueça a água e observe a variação da temperatura.
- Conforme o líquido “ferver” a temperatura acima do líquido aumentará.
Quando a temperatura permanecer constante, anote a mesma.
- Através da tabela, identifique sua amostra comparando o ponto de ebulição
determinado com aqueles listados na tabela.
- Após observar a ebulição do líquido e anotar a temperatura, descarte o líquido
restante do tubo de ensaio, separe os cacos de porcelana, e enxague o tubo com

2
aproximadamente 1 ml da próxima substância a ser observada, em seguida
coloque os cacos novamente no tubo e preencha com 5 ml da substância
seguinte.
- Trocar a água do béquer para que a nova substância não entre em ebulição
imediatamente assim que entrar em contato com a água.
- Repita todos os passos acima com as 10 substâncias.

3.2. Resultados e Discussão

A temperatura de ebulição obtida, deve levar em consideração as variações de


pressão atmosférica, que pode ser corrigida de acordo com o cálculo:
P.E.corrigido = P.E.obtido + Correção
Sendo:
P.E.corrigido -> Resultado do cálculo.
P.E.obtido -> Temperatura observada quando o líquido entrou em ebulição.
Correção -> Valor obtido através de Variações na pressão fornecidas na Tabela1.

Tabela 1: Variações nos P.E. provocadas por pequenas variações na pressão.


Temperatura Correção em (°C)

P.E. (°C) P.E. (K) Grupo 1 [ P.E.(K) / 850 ] Grupo 2 [ P.E.(K) / 1020 ]
50 323 0,38 0,32
100 373 0,44 0,37
150 423 0,50 0,42
200 473 0,56 0,46
300 573 0,68 0,56
Grupo 1: haletos de alquila, hidrocarbonetos, éteres, etc.
Grupo 2: álcoois, ácidos carboxílicos, etc.

Para encontrarmos o valor exato da correção de cada líquido, utilizaremos como


base as correções da Tabela1, e faremos a regra de três simples para determinar o valor
a partir dos três já conhecidos.

3
Exemplo: Correção da temperatura da Acetona:
P.E. (°C) Correção Grupo 1 50 / 54 = 0,38 / x
50 0,38 50 x = 0,38 * 54
54 x x = 20,52 / 50 = 0,41
Logo, a correção exata da Acetona é de 0,41°C.

Tabela 2: Dados e resultados sobre P.E. coletados no experimento.


Líquidos P.E. P.E. Correção P.E. Tipo de Fórmula
Literatura Observado (°C) Corrigido Líquido Molecular
(°C) (°C) (°C)
Acetona 56 54 0,41 54,41 Grupo C3H6O
1
Metanol 65 64 0,40 64,40 Grupo CH4O
2
Hexano 69 65 0,49 65,49 Grupo C6H14
1
Acetato de Etila 77 74 0,56 74,56 Grupo C3HBO2
1
Etanol 78 76 0,48 76,48 Grupo C2H3O
2
Ciclo Etanol 81 79 0,60 79,60 Grupo C6H12
1
2 – Propanol 83 80 0,51 80,51 Grupo C3HBO
2
1 – Propanol 97 90 0,57 90,57 Grupo C3HBO
2
Heptano 98 92 0,69 92,69 Grupo C7H16
1
Água 100 86 0,55 86,55 Grupo H2O
2

Nota-se que houve pequenas variações de temperaturas entre o P.E. Literatura e


o P.E. Observado de algumas substâncias, como o Hexano, o 1 – Propanol e o Heptano,
esse fato pode estar associado a calibração do termômetro, ou até mesmo pelo
termômetro não estar mergulhado na substância e sim a 1 centimetro da mesma.
Podemos observar que o tubo de ensaio com a água não entrou em ebulição,
tendo em vista que o tubo de ensaio por si só já é um mau condutor térmico, uma
maneira de corrigir esse fator, seria trocando a água utilizada no béquer pelo óleo,
fazendo então com que a água do tubo entre em ebulição. Outro meio seria adicionar sal
na água do béquer, pois assim a condutividade aumentaria consideravelmente fazendo
com que água entrasse em ebulição.

4
4. CONCLUSÃO

Concluímos a partir dos resultados dos experimentos, que para a obtenção do


ponto de ebulição das amostras, o fornecimento de calor deve ser lento e controlado,
para que possamos obter a medida mais precisa possível. Pois se o aquecimento for
muito rápido, ou na troca de uma substância por outra, a água do béquer estiver muito
quente, o líquido do tubo de ensaio começará a evaporar muito rápido ao entrar em
contato com a água, não sendo possível observar o ponto de ebulição.
Após a realização do experimento, observamos que apenas a água não entrou em
ebulição, se comparada as demais substâncias. Podemos dizer que sempre existe a
possibilidade de um erro, tanto humano, como a de má calibração ou manuseio dos
materiais utilizados, podendo afetar o resultado dos experimentos.

5. REFERÊNCIAS

[1] Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_ebulição >. Acesso em:


23/04/2019.

Você também pode gostar