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REINO PLANTAE

Capítulo 13 ao 16 – Sistema Poliedro de Ensino


Professora Giselle Cherutti
Características Gerais
 São seres vivos pluricelulares.

 São eucariontes (possui núcleo e organelas


organizadas) e autótrofos (produz seu próprio
alimento).

 Presentes em ambientes aquáticos e terrestres.

 FOTOSSÍNTESE – importante para a manutenção da


vida na Terra.
Dicotômica –
Classificação diferenças de estrutura
e reprodução.

 Presença de raiz, caule e folha:


 Talófitas – não formam raiz, caule e folha, somente rizoide, cauloide e
filoide (briófitas).
 Cormófitas: formam raiz, caule e folha (pteridófitas, gimnospermas e
angiospermas).
 Presença de vasos condutores:
 Avasculares ou atraqueófitas: briófitas.
 Vasculares ou traqueófitas: pteridófitas, gimnospermas e
angiospermas.
 Presença de flores:
 Criptógamas: sem flores (briófitas, pteridófitas e gimnospermas)
 Fanerógamas: com flores (angiospermas)
Briófitas Cap. 13

 São vegetais que habitam o ambiente terrestre úmido


 Apresenta morfologia bastante simples – chamados
de musgos ou hepáticas (subgrupo de briófitas -
semelhantes ao fígado humano).
 São organismos muito simples e sem vasos condutores –
alimento e sais minerais (avasculares).
 Não apresentam raiz, caule ou folha.
 Rizoide, cauloide e filoide.
 O tamanho das briófitas está relacionado à ausência de
vasos condutores, chegando no máximo a 10 cm.
 São totalmente dependentes da água para se reproduzir.
REPRODUÇÃO

• Presença de alternância de gerações diferentes - em


forma e tamanho.
• Esporófitos: produzem esporos.
• Gametófitos: verdes e com sexos separados - duram mais
tempo que os esporófitos.
• Gametângios: órgãos especializados na produção de
gametas e ficam localizados no ápice dos gametófitos.
• Gametângio masculino - anterídio e seus gametas,
anterozoides.
• Gametângio feminino - arquegônio que produz apenas
um gameta feminino, a oosfera.
Fase passageira

Fase duradoura
Fecundação

1. Para ocorrer o encontro dos gametas é preciso que os


anterozoides saiam dos anterídios.

2. Gotículas de água do ambiente que caem nos anterídios libertam


os gametas masculinos.

3. Deslocando-se na água, os anterozoides entram no arquegônio


e apenas um deles fecunda a oosfera.

4. Forma-se o zigoto que, dividindo-se inúmeras vezes, origina o


embrião.

5. Este, no interior do arquegônio, cresce e forma o esporófito.


Hepáticas

Musgos
Musgos Hepáticas

Musgos
Pteridófitos Cap. 13

 Possui vasos condutores e apresentam raiz, caule


e folha.

 Não produzem sementes ou frutos.

 Foram as primeiras plantas vasculares e podem


atingir tamanhos pequenos à médios, mas
algumas podem chegar a 20 metros.
 Samambaias:
• caule (rizoma) – cresce paralelo ao solo.
• seu caule é muito utilizado como xaxim.
• folhas – divididas em folículos (quando jovem
chama-se báculo).

 Avencas:
• Muito frágeis, são utilizadas como plantas
ornamentais.
• Brotam com muita facilidade e em qualquer lugar.
REPRODUÇÃO

• Por alternância de gerações ou assexuada


(brotamento).
• Brotamento: no rizoma formam-se gemas que dão
origem a novos indivíduos.
• Alternância de gerações: fase assexuada e fase
sexuada

• Soros: pontos marrons na folha – constituídos por


esporângios, que dão origem aos esporos (dispersão para
reprodução).
• Quando maduros os esporos são liberados no
ambiente iniciam seu desenvolvimento a partir de uma
pequena planta – protalo.
REPRODUÇÃO

• Protalo = Gametófito – produz ao mesmo tempo


anterozoides (gameta masculino) e oosferas (gameta
feminino).

• Fecundação dependente da água – os


anterozoides precisam se deslocar até as
oosferas pela água.

• O embrião se desenvolve sobre o protalo e dá origem


a um esporófito (planta adulta).
Báculo

Soros Esporófito
Gimnospermas Cap. 14

 Possuem sementes mas sem frutos.

 Apresentam vasos condutores e podem atingir metros de


altura.

 Principais características: adaptação a climas frios e


independem da água para reprodução.

 Apresentam raiz, caule e folha.

 É possível encontrá-las no sul do país – Mata de


Araucária.
REPRODUÇÃO

Sexuada
• Estróbilos: masculino e feminino
• Os femininos são produzidos o ano todo e os
masculinos somente de agosto a janeiro para a
reprodução.
• Estróbilos masculinos possuem grãos de pólen – se
desprendem e são dispersos pelo vento até
fecundarem o estróbilo feminino.

• Ao fecundar o estróbilo feminino, o pólen germina


formando o tubo polínico – serve de canal de transporte de
gametas masculinos até os gametas femininos – zigoto =
embrião.
REPRODUÇÃO

• Zigoto envolto por casca protetora com reserva de


alimento para sustentar o embrião durante o seu
desenvolvimento = semente.

• Semente – embrião + casca + reserva alimentar

• Araucária: semente = pinhão e estróbilo feminino =


pinha

• Sementes são transportadas pelo vento.


Semente

Estróbilo

Pólen e tubo polínico


Pólen
Araucária

Pinheiro

Cica Cica
Cap.
Angiospermas 15-16

 Principal Característica: possuem óvulos e grãos de


pólen encerrados em folhas modificadas
inteiramente fechadas sobre eles.
 Apresentam heterosporia (diferença morfológica dos
esporos).
 Maior grau de complexidade
 Maior diversidade de formas e grande distribuição
geográfica.
 Podem ser monoicas/hermafroditas (órgão feminino
e masculino na mesma planta) ou dioicas (órgão
feminino e masculino em plantas distintas)
Sucesso das angiospermas

 Várias adaptações para resistir à seca.

 Evolução de mecanismos especializados para


polinização das flores e dispersão de sementes.
Cap. 15
Raiz, Caule e Folha

• As angiospermas, assim como as gimnospermas são


cormófitas – apresentam raiz, caule e folha.

• Cada um desses órgãos apresenta um papel muito


importante para a manutenção das plantas.
RAIZ

• Responsáveis pela fixação e nutrição do vegetal – absorção de


água e sais minerais.

• Dois sistemas radiculares:


• Sistema fasciculado: em formato de cabeleira –
monocotiledôneas.
• Sistema axial ou pivotante: apresenta uma ou mais raízes
principais, mais forte, e ramificações laterais –
dicotiledôneas.
RAIZ

• A raiz é dividida em quatro partes: coifa, região de crescimento,


região pilífera e região de ramificação; e o colo, que liga a raiz ao
caule.
• Coifa: capuz que protege as células meristemáticas,
evitando o atrito desse tecido com o solo.

• Região de crescimento: local onde ocorre o alongamento


das células da ponta da raiz – crescimento longitudinal.

• Região pilífera: local com presença de pelos absorventes de


água e sais minerais (nutrição de seiva bruta).

• Região de ramificação: auxilia na fixação do vegetal e


também absorção de água – são raízes laterais que ajudam
a aumentar a superfície de absorção de seiva bruta.
TIPOS DE RAIZ

• Raízes tuberosas: funcionam como órgãos de reserva nutritiva, fonte de


energia para o vegetal – muito utilizadas na alimentação (ex. cenoura,
beterraba, etc).

• Raízes aéreas: crescem fora do solo e podem apresentar diferentes


funções.
• Respiratórias: comuns em mangue e com função de captar oxigênio
do ambiente.
• Escoras: também são respiratórias, comum em mangues, com
função de sustentação em locais onde o solo é mole.
• Estrangulante: abraçam o caule de outras plantas, podendo provocar
sua morte devido a falta de nutrientes – utilizam outras árvores para
iniciar seu crescimento.
• Sugadoras: presentes em vegetais parasitas, perfuram o caule de
outras plantas até seus vasos condutores para sugar sua seiva.

• Raízes aquáticas: raiz flutuante de plantas aquáticas.


Raízes tuberosas
Raiz-escora

Raiz estrangulante

Raiz aquática Raiz respiratória


CAULE

• Normalmente aéreo e sem clorofila, ou seja, incapaz de fazes fotossíntese.


• Local onde encontramos os vasos condutores – xilema e floema.
• Possui também um papel de sustentação – feita pelo cerne, que é a região
central do caule.
PARTES DO CAULE

• Broto ou gema terminal: localiza-se na ponta do caule e apresenta células


meristemáticas – crescimento longitudinal.
• Brotos ou gemas laterais: localiza-se ao longo do caule e também apresenta
células meristemáticas – crescimento de ramos, folhas e flores.
• Nó: região que origina os brotos laterais e as folhas.
• Entrenó: região entre dois nós.
Página
TIPOS DE CAULE
118

MODIFICAÇÕES DOS Página


CAULES 119
FOLHA

• Órgão clorofilado responsável pela fotossíntese, trocas gasosas,


transpiração e gutação.
• Dividido em:
• Limbo – parte verde, achatada e rica em nervuras.
• Pecíolo – haste que prende a folha ao caule.
• Bainha – parte dilatada do pecíolo.
Do grego:
photós:luz
FOTOSSÍNTESE sýnthesis:
síntese

Processo em que substância inorgânicas (CO2 e H2O)


se transformam em substâncias orgânicas (glicose).

Cloroplasto

Clorofila – responsável pela


fotossíntese
LUZ
CO2 + H2O = GLICOSE e O2
Seiva
elaborada
TRANSPIRAÇÃO

• Perda de água no estado de vapor


• Ocorre de duas formas:
• pela cutícula das folhas – transpiração cuticular
(pequena)
• pelos estômatos – transpiração estomática (grande)

Estômato – estrutura formada por


duas células-guarda e por um
orifício, o ostíolo (saída de água)

Controle de perda de água –


abre e fecha
RESPIRAÇÃO

• Trocas gasosas ocorrem pelo estômato


• Para respirar ou seja produzir energia as plantas
precisam do oxigênio e eliminam o gás carbônico.

Estômato: capta co2 durante a fotossíntese e o libera


durante a respiração – o mesmo ocorre com o O2
GUTAÇÃO

• Perda de água no estado líquido


• Fenômeno possível ser visto pela manhã, nas bordas das
folhas de algumas plantas.
• Hidatódios: estrutura que elimina as gotas de água para
o ambiente.

Hidatódio
Cap. 16
FLORES

 Pedúnculo floral: é o "cabinho" da flor.

 Receptáculo floral, que possui formato de um disco achatado


prende todas as partes da flor.

 De fora para dentro, são quatro os tipos de folhas modificadas


constituintes da flor: sépalas, pétalas, estames e carpelos.

 Sépalas: são as mais externa, de cor verde, e exercem a


função de proteção do botão floral,
 O conjunto de sépalas é chamado de cálice.
 Pétalas: são brancas ou coloridas e formam a corola (nome
derivado de coroa), com função de atrair os chamados agentes
polinizadores, muitas vezes insetos – por meio do nectar.

 Estames: ficam dispostos mais internamente no receptáculo.


Cada estame possui aspecto de um palito, com uma haste,
o filete, sustentando uma porção dilatada, a antera.
 O conjunto de estames forma o androceu, considerado o componente
masculino da flor.
 Na antera são produzidos os grãos de pólen.

 Carpelo: ocupa o centro do receptáculo floral, e possui uma


estrutura, o estigma, tendo em sua base o estilete, vindo a
seguir o ovário.
 No interior do ovário, existem os óvulos. O carpelo solitário é
componente do gineceu, a parte feminina da flor
Androceu

Gineceu
Gineceu

Androceu
Digitalis purpurea apresentam “guias de néctar” como sinais
indicadores para insetos voadores.Essa pétala funciona como plataforma de pouso.
 Inflorescência: várias flores presas no mesmo lugar do
caule.
 quando jovens são protegias por uma estrutura chamada
bráctea.

 Monocotiledônea: apresenta somente um cotilédone e são


trímeras (componentes da flor sempre múltiplos de 3).

 Dicotiledônea: apresenta dois cotilédones e são dímeras


(componentes da flor sempre múltiplos de 4 ou 5)

Cotilédone: Folhas
especializadas do embrião com
função de nutrição
Inflorescências
REPRODUÇÃO SEXUADA

• No interior das anteras existem quatro sacos


polínicos, produtores de grãos de pólen – contém
gametas masculinos.

• No interior do carpelo encontra-se o ovário – contém


uma ou mais oosferas (gameta feminino).

• O grão de pólen é transportado (polinização!!) até o


estigma de outra flor ou da mesma, no caso de
hermafroditas.
Fecundação

1. Após atingir o estigma o grão de pólen inicia a formação do tubo


polínico, que cresce ao longo do estilete até o ovário – transporte
dos núcleos espermáticos (gameta masculino flagelado) até a
oosfera (gameta feminino).
2. Independe da água para reprodução.
3. Um dos núcleos espermáticos se funde a oosfera formando o
zigoto, e o outro núcleo espermático + o tubo polínico se
degeneram.
4. O óvulo (oosfera) se desenvolve na semente que protege e nutre
o embrião.
5. O ovário se desenvolve no fruto, protegendo a semente (pode
ser uma ou mais (depende do número de oosferas presentes
dentro do ovário).
FRUTOS

 Os frutos derivam-se do ovário das flores


 Os frutos mantêm-se fechados sobre as sementes até,
pelo menos, o momento da maturação.
 A função primordial dos frutos é a proteção da semente
em desenvolvimento

 Formado por duas partes: pericarpo e semente


 Pericarpo é dividido em três partes:
 Epicarpo – parte mais externa
 Mesocarpo – carnoso e muitas vezes comestível
 Endocarpo – parte interna que envolve a semente
TIPOS DE FRUTOS

 Podem ser carnosos ou secos.

 Carnosos: pericarpo suculento e normalmente comestível


– podem ser bagas ou drupas.
 Bagas: possuem sementes soltas – ex. tomate,
berinjela, melancia.
 Drupas: possuem o endocarpo duro e dentro dele a
semente – ex. abacate, ameixa, azeitona.

 Secos: pericarpo seco


Ex. trigo, arroz, milho...
PSEUDOFRUTOS

 Originam-se do pedúnculo floral ou do


receptáculo floral.

 Ex. cajú – ovário se desenvolve e origina a


castanha, o pedúnculo floral origina a parte
suculenta.
Polinizadores e
Dispersores
Exemplos de Dispersão das
sementes e Polizição

Dispersão pelo vento- Anemocoria


 Dispersão pela água- Hidrocoria
Polinização pelos insetos- Entomocoria
Polinização pelas aves- Ornitocoria
Stapelia schinzii, polinizadas por moscas
que se alimentam de matéria orgânica
Frutos de Harpagophytum são equipados
com ganchos para se prender a pelos e patas de
alguns animais.
Ophrys speculum atrai zangões que são
Enganados pela semelhança da flor
com abelhas fêmeas.
Introduzindo a sua cabeça dentro da corola da flor o morcego pode coletar néctar com
sua língua. Um pouco de pólen aderido à face e ao pescoço poderá ser
transferido para as próximas flores visitadas.
Betula papyrifera é uma espécie de clima temperado que possui
suas flores polinizadas pelo vento.
Rafflesia arnoldii, a maior flor do mundo, ocorre no Monte Sago, na Sumatra
REPRODUÇÃO ASSEXUADA

• Não ocorre troca de material genético.

• Propagação vegetativa: partes da planta formam


novos indivíduos.
• Tipos: estaquia, mergulhia, alporque, enxertia

• Alta produtividade em curto intervalo de tempo –


muito útil na agricultura. Mas com variabilidade
genética baixa (vulnerável a variações ambientais).
Estaquia

Mergulhia
musgos Alporque

Enxertia

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