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INTRODUÇÃO

A maior fonte de comunicação entre o fornecedor de um produto com o


consumidor é o rótulo de um alimento, o qual fornecem informações nutricionais,
quantidade, riscos, modo de preparo e conservação que estão contidas no rótulo. É
também uma forma de marketing que possui grande relevância no momento da
escolha de um produto adequado, aumentando o bem-estar e segurança do
consumidor (CODEX ALIMENTARIUS COMISSION, 2007; MACHADO et al., 2006).

Alguns consumidores têm interesses em conhecer sobre as informações


nutricionais contidas nos rótulos dos alimentos industrializados, especialmente em
relação à quantidade de calorias, minerais, gorduras, quantidade de aditivos e outros
nutrientes que possam trazer benefícios ou prejuízos a eles (ÁLVARES et al. 2005).

Os aditivos alimentares podem ser adicionados ao alimento com a


intenção de adoçar, podendo ser naturais ou artificiais, contribuindo ou não com o
valor energético. Os adoçantes podem ser substitutos do açúcar, usados também na
indústria para conservar alimentos, intensificar sabores, fermentação de molhos e
massas dentre outras finalidades.

Os adoçantes ou edulcorantes, passaram a serem inseridos na


alimentação de forma cotidiana e são encontrados em boa parte dos alimentos,
sendo utilizados e adicionados em dietas para substituição dos açúcares em casos
de diabetes mellitus ou perda de peso (SAUNDERS et al., 2010).

Devido à restrição de alguns componentes alimentares com potencial


alergênico na alimentação, observou-se a necessidade de regulamentar os
requisitos obrigatórios na rotulagem dos mesmos, visando a garantia de o
consumidor obter informações corretas, de forma clara e acessível (ANVISA, 2017).
A Resolução da Diretoria Colegiada RDC Nº 259 de setembro de 2002, se
aplica a rotulagem de todo alimento que seja comercializado, qualquer que seja a
sua origem e embalado na ausência do consumidor (BRASIL, 2002). A RDC Nº 54
de 12 de novembro de 2012 compõe o regulamento técnico sobre a informação
Nutricional complementar (BRASIL, 2002). Já a RDC de Nº 26 de 2 de julho de
2015, determina os requisitos para a rotulagem obrigatória dos principais alimentos
que causam alergias alimentares (BRASIL, 2002).
De acordo com a Lei 8087/90 do Código de Proteção e Defesa do
Consumidor, os rótulos dos alimentos devem especificar corretamente a quantidade,
característica, composição, qualidade, bem como os riscos que o produto pode
apresentar. (BRASIL,1990).

Através dos casos de alergias e intolerâncias alimentares verificou-se a


necessidade de regulamentar os requisitos obrigatórios na rotulagem dos alimentos,
visando a garantia de o consumidor obter informações corretas, de forma clara e
acessível no próprio produto. Isso foi possível através da elaboração da RDC nº 26,
de julho de 2015 que tem o intuito de preservar a saúde dos consumidores com
alergias alimentares no tocante a evitar o surgimento de complicações clínicas ao se
evitar a ingestão dos mesmos através do alerta de suas informações no rótulo em
relação ao alérgenos (ANVISA, 2017).

A intolerância à lactose é compreendida pela má digestão e absorção de


lactose devido a redução da enzima lactase a qual é responsável pela hidrólise
enzimática da lactose em glicose e galactose. Dessa forma, indivíduos com
intolerância a lactose são incapazes de digerir a lactose que não será absorvida
posteriormente ocasionando desconfortos e sintomas gastrointestinais (PEREIRA et
al., 2012).

O consumo de alimentos sem lactose é uma alternativa para portadores


dessa condição. Dentre eles, destaca-se o iogurte sem lactose o qual é produzido a
partir da fermentação por microrganismos em seu próprio processo de fabricação,
auxiliando na hidrólise da lactose presente no produto, tornando-o com baixo teor de
lactose (PEREIRA et al., 2012).

Diante do exposto é de suma importância que alimentos industrializados


sejam fiscalizados e analisados no tocante a sua rotulagem de forma que se
verifique a adequação conforme os requisitos obrigatórios referentes à Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) supracitada e com relação aos edulcorantes que
verifiquem a quantidade e qualidade dos que compõem a lista de ingredientes dos
iogurtes. .

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