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Diário da República, 1.ª série — N.

º 32 — 16 de fevereiro de 2015 885

2 — Os inspetores que prestem legalmente serviços à Artigo 38.º


data da entrada em vigor da presente lei podem continuar
Entrada em vigor
a exercer as respetivas funções no âmbito das EIIEL, sem
necessidade de qualquer formalidade adicional. A presente lei entra em vigor 180 dias após a sua pu-
3 — Os técnicos e os inspetores mencionados nos nú- blicação.
meros anteriores, que não sejam engenheiros da especiali- Aprovada em 12 de dezembro de 2014.
dade de engenharia eletrotécnica ou engenheiros técnicos
da especialidade de engenharia de energia e sistemas de A Presidente da Assembleia da República, Maria da
Assunção A. Esteves.
potência, que prestem legalmente serviços à data da en-
trada em vigor da presente lei, devem, no prazo de cinco Promulgada em 5 de fevereiro de 2015.
anos contados da data de entrada em vigor da presente Publique-se.
lei, frequentar formação de atualização, nomeadamente
unidades de formação de curta duração integrada no Ca- O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
tálogo Nacional de Qualificações, ministrada por entidade Referendada em 6 de fevereiro de 2015.
formadora certificada pela DGEG, após o que podem con-
tinuar a exercer as respetivas funções, sem necessidade de O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
qualquer formalidade adicional.
Lei n.º 15/2015
Artigo 35.º
de 16 de fevereiro
Remissões

As remissões de normas contidas em atos legislativos Estabelece os requisitos de acesso e exercício da atividade das
entidades e profissionais que atuam na área dos gases com-
ou regulamentares para o Estatuto do Técnico Responsável bustíveis, dos combustíveis e de outros produtos petrolífe-
por Instalações Elétricas de Serviço Particular, aprovado ros, conformando-o com a disciplina da Lei n.º 9/2009, de 4
pelo Decreto Regulamentar n.º 31/83, de 18 de abril, alte- de março, e do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, que
rado pelo Decreto-Lei n.º 229/2006, de 24 de novembro, ou transpuseram as Diretivas n.os 2005/36/CE, de 7 de setembro,
para o Regulamento da Atividade das Entidades Regionais relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais,
Inspetoras de Instalações Elétricas e o Regulamento para e 2006/123/CE, de 12 de dezembro, relativa aos serviços no
mercado interno, e procede à quinta alteração ao Decreto-Lei
a Seleção e Reconhecimento das Entidades Regionais n.º 267/2002, de 26 de novembro.
Inspetoras de Instalações Elétricas, constantes dos ane-
xos II e III da Portaria n.º 662/96, de 14 de novembro, A Assembleia da República decreta, nos termos da
consideram-se efetuadas para as disposições correspon- alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
dentes da presente lei.
Artigo 36.º CAPÍTULO I
Disposições gerais
Regiões autónomas

1 — Os atos e os procedimentos necessários à execução Artigo 1.º


da presente lei nas Regiões Autónomas dos Açores e da Objeto
Madeira competem às entidades e órgãos das respetivas
administrações regionais com atribuições e competências 1 — A presente lei aprova os requisitos de acesso e
nas matérias em causa. exercício da atividade, em território nacional, das seguintes
2 — Nos termos do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei entidades e profissionais:
n.º 92/2010, de 26 de julho, os controlos exercidos, quer a) Entidades instaladoras de gás (EI);
pelos organismos da administração central do Estado, quer b) Entidades inspetoras de gás (EIG);
pelas entidades e órgãos competentes das administrações c) Entidades inspetoras de combustíveis (EIC);
das regiões autónomas, no âmbito da presente lei, são d) Entidades exploradoras das armazenagens e das redes
válidos para todo o território nacional. e ramais de distribuição de gás da classe I e II (EEG);
3 — O produto das coimas resultantes das contraor- e) Profissionais que integram as entidades mencionadas
denações previstas na presente lei aplicadas nas regiões nas alíneas anteriores;
autónomas constitui receita própria destas. f) Responsáveis técnicos pelo projeto e pela exploração
de instalações de armazenamento de produtos de petróleo
e de postos de abastecimento de combustível.
Artigo 37.º
2 — A presente lei regula ainda a certificação setorial
Norma revogatória das entidades formadoras (EF) para a área do gás, conforme
São revogados: decorre do regime quadro de certificação de entidades
formadoras previsto na Portaria n.º 851/2010, de 6 de se-
a) O Decreto-Lei n.º 229/2006, de 24 de novembro; tembro, alterada pela Portaria n.º 208/2013, de 26 de junho.
b) O Decreto Regulamentar n.º 31/83, de 18 de abril; 3 — A presente lei conforma os regimes aplicáveis às
c) Os artigos 16.º e 17.º do anexo I e os anexos II e III entidades e profissionais referidos nos números anteriores
da Portaria n.º 662/96, de 14 de novembro; com os princípios e regras estabelecidos no Decreto-Lei
d) A Portaria n.º 558/2009, de 27 de maio. n.º 92/2010, de 26 de julho, que transpõe para a ordem jurí-
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dica interna a Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Euro- b) No que respeita ao reconhecimento de qualificações
peu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa ao mercado equiparadas a técnico de gás, instalador de instalações de
interno dos serviços, e incorpora ainda a disciplina da Lei gás e de redes e ramais de distribuição de gás, instalador
n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de aparelhos a gás e soldador de aço, por fusão, e ao reco-
de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio, que transpõe para nhecimento da experiência profissional, quando exigida,
a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2005/36/CE, do Par- a DGEG.
lamento Europeu e do Conselho, de 7 de setembro, relativa CAPÍTULO II
ao reconhecimento das qualificações profissionais.
Entidades instaladoras de gás
Artigo 2.º
SECÇÃO I
Acesso e exercício das atividades das entidades instaladoras de gás,
inspetoras de gás, inspetoras de combustíveis e exploradoras Requisitos de acesso e exercício da atividade das entidades
das armazenagens e das redes e ramais de distribuição de gás instaladoras de gás
da classe I e II.
1 — A atividade de execução e manutenção de instala- Artigo 4.º
ções de gás, de instalação de aparelhos a gás e de redes e Missão e âmbito de atividade
ramais de distribuição de gás apenas pode ser exercida por
EI que cumpra os requisitos previstos na presente lei. 1 — No âmbito do exercício das atividades previstas no
2 — A atividade de inspeção de instalações de gás, de n.º 1 do artigo 2.º, as EI podem desempenhar as seguintes
instalação de aparelhos a gás e de redes e ramais de dis- funções:
tribuição de gás apenas pode ser exercida por EIG que a) Execução, reparação, alteração ou manutenção das ins-
cumpra os requisitos previstos na presente lei. talações de gás e das redes e ramais de distribuição de gás;
3 — A atividade de inspeção de instalações de armaze- b) Instalação de aparelhos a gás e intervenção em quais-
namento de combustíveis derivados do petróleo e postos de quer atos para adaptar, reparar e efetuar a manutenção
abastecimento de combustíveis, nos termos do Decreto-Lei destes aparelhos.
n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado pelos Decretos-
-Leis n.os 389/2007, de 30 de novembro, 31/2008, de 25 2 — Em função do âmbito da sua atividade, as EI podem
de fevereiro, 195/2008, de 6 de outubro, e 217/2012, de 9 ser classificadas em:
de outubro, apenas pode ser exercida por EIC que cumpra a) Tipo A, entidades que exercem apenas as funções
os requisitos previstos na presente lei. previstas na alínea a) do número anterior;
4 — A atividade de exploração técnica de armazenagens b) Tipo B, entidades que exercem apenas as funções
e de redes e ramais de distribuição de gás, nos termos previstas na alínea b) do número anterior;
do Decreto-Lei n.º 125/97, de 23 de maio, alterado pelo c) Tipo A+B, entidades que exercem simultaneamente
Decreto-Lei n.º 389/2007, de 30 de novembro, apenas pode as funções previstas nas alíneas a) e b) do número anterior.
ser exercida por EEG que cumpra os requisitos previstos
na presente lei. Artigo 5.º
5 — Com exceção das situações previstas no artigo 50.º,
o acesso e exercício das atividades das EI, EIG, EIC e EEG Deveres
depende de autorização, consoante os casos, a efetuar pela As EI devem exercer a sua atividade com respeito pela
Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), nos termos legislação, regulamentos e normas técnicas aplicáveis e,
do disposto na presente lei. nomeadamente:
Artigo 3.º a) Atuar com pessoal técnico nos termos do artigo se-
guinte;
Reconhecimento mútuo b) Promover a frequência de ações de formação contínua
1 — É vedada a duplicação de condições exigíveis para de atualização científica e técnica, com uma periodicidade
os procedimentos previstos na presente lei e os requisitos mínima de cinco anos, em entidade formadora certificada
e controlos de fim equivalente a que o requerente tenha já pela DGEG, do pessoal ao seu serviço;
sido submetido em Portugal ou noutro Estado membro da c) Manter seguro de responsabilidade civil, garantia
União Europeia ou do Espaço Económico Europeu, nos financeira ou outro instrumento financeiro equivalente
termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei válidos, nos termos do artigo 7.º;
n.º 92/2010, de 26 de julho. d) Realizar as ações previstas para garantir a qualidade
2 — O reconhecimento de qualificações profissionais e a segurança das instalações de gás, das redes e ramais
adquiridas fora do território nacional por cidadãos da de distribuição de gás, bem como a adequada instalação
União Europeia ou do Espaço Económico Europeu rege- e o correto funcionamento dos aparelhos a gás, devendo,
-se pela Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas Leis para o efeito, dispor do necessário equipamento para o
n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio, sendo desempenho da sua atividade;
da competência conjunta da DGEG e da associação pública e) Emitir certificados de conformidade de execução,
profissional competente, em conformidade com a referida conforme modelo aprovado por despacho do Diretor-Geral
lei, os respetivos estatutos e demais normas aplicáveis, de de Energia e Geologia e publicitado no sítio na Internet da
acordo com a seguinte repartição de responsabilidades: DGEG e no balcão único eletrónico dos serviços, e registá-
-los na DGEG, enquanto entidade gestora do sistema de
a) No que respeita ao reconhecimento de qualificações supervisão, a aprovar por diploma próprio;
equiparadas a engenheiro ou engenheiro técnico, as res- f) Prestar às autoridades competentes todas as infor-
petivas associações públicas profissionais; mações relacionadas com a sua atividade e disponibilizar
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toda a documentação a ela referente, quando solicitada e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado
nos prazos estabelecidos; do exercício da sua atividade.
g) Manter em arquivo, que pode ser desmaterializado, 2 — O valor mínimo obrigatório do seguro referido no
dados das instalações onde intervenham, nomeadamente número anterior é de:
registo das obras realizadas e dos certificados emitidos, no
mínimo, pelo prazo que é estabelecido para a realização a) € 600 000, para as EI do tipo A;
das inspeções periódicas à instalação em causa; b) € 600 000, para as EI do tipo B;
h) Publicitar e disponibilizar o preçário dos seus servi- c) € 1 200 000, para as EI do tipo A+B.
ços, incluindo deslocações, designadamente no respetivo
portal eletrónico, se existir; 3 — O valor mínimo obrigatório do seguro pode ser
i) Comunicar à DGEG, sempre que presentes em ter- atualizado anualmente até 31 de março, mediante a apli-
ritório nacional, a alteração a elementos de cobertura dos cação do índice de preços no consumidor, no continente,
instrumentos financeiros referidos na alínea c), a altera- sem habitação, publicado pelo Instituto Nacional de
ção do seu regime de prestação de serviços em território Estatística, I. P. (INE, I. P.).
nacional, conforme aqui se estabeleçam ou prestem ser- 4 — As EI estabelecidas em território nacional ou noutro
viços ocasionais e esporádicos, e da classificação em que Estado membro da União Europeia ou do Espaço Econó-
pretendem atuar (A, B ou A+B), conforme disposto no mico Europeu podem substituir a celebração do seguro
n.º 1 do artigo 8.º; referido nos números anteriores por seguro, garantia finan-
j) Comunicar à DGEG a substituição do técnico de gás ceira ou instrumento equivalente, que cubra, nos termos
responsável, referido no n.º 2 do artigo seguinte, no prazo previstos nos números anteriores, as respetivas atividades
máximo de 30 dias após a sua efetivação, mediante reque- a exercer em território nacional, nos termos do artigo 13.º
rimento acompanhado dos documentos comprovativos das do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho.
qualificações profissionais do novo técnico responsável. 5 — As EI em regime de livre prestação em Portugal
que estejam obrigadas, nos termos da legislação do Estado
Artigo 6.º membro de origem, à contratação de qualquer outro seguro,
garantia financeira ou instrumento equivalente subscrito
Quadro de pessoal técnico noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço
1 — As EI devem apresentar e manter um quadro de Económico Europeu, para a cobertura dos danos corporais
pessoal técnico com carácter permanente, que inclua pelo e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado
menos: do exercício da sua atividade em território nacional, estão
isentas da obrigação referida nos números anteriores.
a) No caso das EI de Tipo A: 6 — Nas situações referidas no número anterior, as infor-
i) Técnico de gás; mações constantes da alínea m) do n.º 1 do artigo 20.º do
ii) Instalador de instalações de gás e de redes e ramais Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, referem-se a qual-
de distribuição de gás; quer outro seguro, garantia financeira ou instrumento equi-
iii) Soldador de aço por fusão, sempre que necessitem valente subscrito noutro Estado membro da União Europeia
de executar a operação correspondente; ou do Espaço Económico Europeu contratado nos termos
da legislação do Estado membro de origem, devendo as
b) No caso das EI de Tipo B: EI identificar a autoridade competente daquele Estado que
exerce poder punitivo pela violação do requisito em causa
i) Técnico de gás; em território nacional, sempre que tal lhe seja solicitado
ii) Instalador de aparelhos a gás. pelo destinatário do serviço ou por autoridade competente.
7 — A DGEG publicita o valor atualizado do seguro
2 — Compete ao técnico de gás referido nas subalíne- obrigatório e a data da sua entrada em vigor através de
as i) das alíneas a) e b) do número anterior, para além de aviso no seu sítio na Internet e no balcão único eletrónico
executar as ações decorrentes da sua qualificação, super- dos serviços.
visionar as funções do restante pessoal técnico e assumir 8 — Quando solicitado pela DGEG, por outra enti-
a respetiva responsabilidade técnica. dade com competências de fiscalização e controlo ou pelo
3 — As EI podem dispor de profissionais que acumulem cliente, as EI devem demonstrar possuir apólice de seguro,
as funções referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1, desde que garantia financeira ou instrumento equivalente válidos.
devidamente qualificados para cada uma das funções que
exerçam.
4 — O pessoal técnico referido nas alíneas a) e b) do SECÇÃO II
n.º 1 pode ser contratado pelas EI em regime laboral ou de Procedimento, duração e outras vicissitudes da autorização
prestação de serviços, devendo em qualquer dos casos a ati- das entidades instaladoras de gás
vidade prestada pelos técnicos ser efetivamente supervisio-
nada pela EI e estar coberta por seguro de responsabilidade Artigo 8.º
civil, garantia financeira ou outro instrumento financeiro
equivalente nos termos previstos no artigo seguinte. Pedido de autorização
1 — O pedido de autorização como EI é formulado em
Artigo 7.º requerimento dirigido ao Diretor-Geral de Energia e Geolo-
Seguro de responsabilidade civil gia, com indicação da classificação em que pretende atuar
(A, B ou A+B), acompanhado dos seguintes elementos:
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 5 e 6, as EI devem
obrigatoriamente dispor de um seguro válido para cobrir a) Declaração, sob compromisso de honra, de que tomou
a responsabilidade civil decorrente de danos corporais e conhecimento dos deveres e normas legais e regulamenta-
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res aplicáveis à atividade, comprometendo-se a assegurar 3 — A suspensão é aplicada por um prazo máximo de
o seu estrito cumprimento, bem como a atuar com recurso 120 dias, devendo a EI, no prazo concedido, corrigir a
a pessoal técnico qualificado; situação que justificou o procedimento, sob pena de a
b) Código de acesso à respetiva certidão permanente ou autorização, após o decurso daquele prazo, ser automati-
extrato em forma simples do teor das inscrições em vigor camente revogada.
no registo comercial, onde conste o objeto, o capital, a 4 — A revogação da autorização obriga a EI a entregar
sede e os nomes dos representantes legais, bem como o à DGEG, no prazo máximo de 60 dias após a notificação
número de pessoa coletiva, caso o requerente seja pessoa dessa decisão, todos os processos técnicos relativos à sua
coletiva, ou cópia simples de documento de identificação, atividade que não tenham ainda sido registados na DGEG,
se for pessoa singular; enquanto entidade gestora do sistema de supervisão.
c) Cópia simples da apólice de seguro de responsabi- 5 — A revogação ou suspensão da autorização é publi-
lidade civil destinado a cobrir os riscos decorrentes do citada pela DGEG no seu sítio na Internet e comunicada
exercício da respetiva atividade ou de comprovativo de ao instituto que tem por missão regular e fiscalizar o setor
contratação de garantia financeira ou instrumento equi- da construção e do imobiliário.
valente, nos termos do artigo anterior; 6 — O cancelamento da autorização pode ser solici-
d) Declaração de inexistência de dívidas fiscais e à tado pela EI, sendo o mesmo determinado pelo Diretor-
segurança social ou, em alternativa, autorização de con- -Geral de Energia e Geologia, aplicando-se o disposto
sulta destas informações junto dos órgãos competentes da nos n.os 4 e 5.
Administração Pública;
e) Quadro de pessoal ao seu serviço em território CAPÍTULO III
nacional, nos termos do artigo 6.º, juntamente com os Entidades inspetoras de gás
documentos comprovativos das respetivas qualificações
profissionais.
SECÇÃO I
2 — Após a receção do pedido de autorização, a DGEG Requisitos de acesso e exercício da atividade das entidades
verifica a conformidade do mesmo e, se for caso disso, inspetoras de gás
solicita ao requerente a apresentação dos elementos em
falta ou complementares, fixando um prazo para o efeito, Artigo 10.º
comunicando que a referida solicitação determina a sus- Missão e âmbito de atividade
pensão do prazo de decisão e alertando para o facto de a
sua não satisfação, no prazo fixado, determinar a rejeição 1 — No âmbito do exercício das atividades previstas
liminar do pedido. no n.º 2 do artigo 2.º, as EIG podem desempenhar as se-
3 — A DGEG profere decisão sobre o pedido de auto- guintes funções:
rização no prazo máximo de 30 dias úteis subsequentes à a) Inspecionar as instalações de gás e as redes e ramais
completa instrução do procedimento e ao pagamento da de distribuição de gás, incluindo equipamentos e outros
taxa, notificando o requerente da mesma. sistemas de utilização de gases combustíveis;
4 — Na ausência de decisão expressa no termo do prazo b) Verificar as condições de instalação e de funciona-
referido no número anterior, o pedido é tacitamente defe- mento dos aparelhos a gás e, nas condições indicadas no
rido, podendo o requerente dar início imediato à atividade, projeto, os sistemas de ventilação dos locais onde existam
desde que tenha procedido ao pagamento da taxa. aparelhos a gás ou destinados à sua instalação.
Artigo 9.º 2 — As funções referidas no número anterior não pre-
Revogação, suspensão ou cancelamento da autorização judicam o exercício das competências de fiscalização atri-
buídas por lei a outras entidades.
1 — A DGEG pode determinar a revogação ou suspen- 3 — As EIG podem ainda prestar outros serviços no seu
são da autorização de uma EI nos seguintes casos: âmbito de competência técnica, nomeadamente apreciar
a) Inexistência do quadro de pessoal mínimo ou contrata- projetos de instalações de gás e de instalação dos apare-
ção de técnicos que não cumpram o disposto na presente lei; lhos a gás, realizar peritagens, relatórios e pareceres sobre
b) Incumprimento da legislação ou regulamentação matérias abrangidas pela regulamentação de segurança
aplicável ao exercício da atividade; na área do gás ou de acidentes, em termos que não criem
c) Inexistência do seguro de responsabilidade civil, incompatibilidades com a sua atividade de inspeção.
garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos
do artigo 7.º; Artigo 11.º
d) Deficiente realização das ações previstas para garantir Deveres
a qualidade e segurança das instalações de gás, redes e
ramais de distribuição de gás ou inadequada instalação de 1 — As EIG devem exercer a sua atividade com res-
aparelhos a gás, de que resultem anomalias graves; peito pela legislação, regulamentos e normas aplicáveis
e) Dissolução, insolvência ou suspensão da atividade e, nomeadamente:
da empresa. a) Atuar com pessoal técnico nos termos do artigo se-
guinte;
2 — A revogação ou suspensão é determinada pelo b) Promover a frequência de ações de formação contínua
Diretor-Geral de Energia e Geologia, mediante decisão de atualização científica e técnica, com uma periodicidade
fundamentada, após audição dos interessados nos termos mínima de cinco anos, em entidade formadora certificada
do Código do Procedimento Administrativo. pela DGEG, do pessoal ao seu serviço;
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c) Manter seguro de responsabilidade civil, garantia 5 — O quadro de pessoal das EIG deve incluir, pelo
financeira ou instrumento equivalente válidos, nos termos menos, um diretor técnico, que pode desempenhar as fun-
do artigo 13.º; ções de inspetor.
d) Realizar as ações previstas para verificação da quali- 6 — Caso a EIG efetue a apreciação de projetos, deve dis-
dade e segurança das instalações de gás, das redes e ramais por de um projetista, qualificado nos termos do capítulo V.
de distribuição de gás, bem como a verificação da instala- 7 — O pessoal técnico referido no presente artigo pode
ção e do correto funcionamento dos aparelhos a gás; ser contratado pelas EIG em regime laboral ou de prestação
e) Emitir relatórios e certificados de inspeção, con- de serviços, devendo em qualquer dos casos a atividade
forme modelos aprovados por despacho do Diretor-Geral prestada pelos técnicos ser efetivamente supervisionada
de Energia e Geologia e publicitados no sítio na Internet pela EIG e estar coberta por seguro de responsabilidade
da DGEG e no balcão único eletrónico dos serviços, e civil, garantia financeira ou instrumento equivalente refe-
registá-los na DGEG, enquanto entidade gestora do sistema rido nos termos previstos no artigo seguinte.
de supervisão; 8 — Os diretores técnicos e inspetores das EIG, con-
f) Prestar às entidades competentes todas as informações tratados em regime de livre prestação de serviços, estão
relacionadas com a sua atividade e disponibilizar toda a sujeitos ao regime de verificação prévia das qualificações
documentação a ela referente, quando solicitada e nos constante do artigo 6.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março,
prazos estabelecidos; alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014,
g) Manter em arquivo, que pode ser desmaterializado, os de 2 de maio, pelo impacto das referidas profissões na
relatórios redigidos e os certificados emitidos, no mínimo, segurança pública, na vertente segurança das pessoas da
pelo prazo que é estabelecido para a realização das inspe- competência da DGEG, com a colaboração da associação
ções periódicas à instalação em causa; pública profissional competente.
h) Publicitar e disponibilizar o preçário dos seus servi-
ços, incluindo deslocações, designadamente no respetivo Artigo 13.º
portal eletrónico, se existir;
Seguro de responsabilidade civil
i) Comunicar à DGEG, sempre que presentes em ter-
ritório nacional, a alteração a elementos de cobertura dos 1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 5 e 6, as EIG
instrumentos financeiros referidos na alínea c); devem obrigatoriamente dispor de um seguro válido para
j) Comunicar à DGEG a substituição do diretor téc- cobrir a responsabilidade civil decorrente de danos cor-
nico, no prazo máximo de 30 dias após a sua efetivação, porais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em
mediante requerimento acompanhado dos documentos resultado do exercício da sua atividade.
comprovativos das qualificações profissionais do novo 2 — O valor mínimo obrigatório do seguro referido no
diretor técnico e da declaração referida na alínea b) do número anterior é de € 1 530 000.
n.º 2 do artigo 15.º 3 — O valor mínimo obrigatório do seguro pode ser
atualizado anualmente até 31 de março, mediante a apli-
2 — Durante um prazo de cinco anos a contar da data cação do índice de preços no consumidor, no continente,
da entrada em vigor da presente lei, as EIG devem dispo- sem habitação, publicado pelo INE, I. P.
nibilizar à DGEG o preçário dos seus serviços e respeti- 4 — As EIG estabelecidas em território nacional ou
vas alterações, incluindo deslocações, a que se refere a noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço
alínea h) do número anterior. Económico Europeu podem substituir a celebração do
seguro referido nos números anteriores por seguro, garan-
Artigo 12.º tia financeira ou instrumento equivalente, que cubra, nos
termos previstos nos números anteriores, as respetivas
Quadro de pessoal técnico
atividades a exercer em território nacional, nos termos do
1 — As EIG devem apresentar e manter o quadro de artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho.
pessoal técnico e administrativo e possuir os meios neces- 5 — As EIG em regime de livre prestação em Portugal
sários para cumprir de maneira adequada todas as ações que estejam obrigadas, nos termos da legislação do Estado
ligadas ao exercício da sua atividade. membro de origem, à contratação de qualquer outro seguro,
2 — O pessoal técnico das EIG é composto pelo dire- garantia financeira ou instrumento equivalente subscrito
tor técnico, a quem compete garantir a adequação dos noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço
procedimentos e dos métodos adotados pela EIG para Económico Europeu, para a cobertura dos danos corporais
desempenho da sua atividade, bem como supervisionar a e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado
atuação dos inspetores, e pelos inspetores, a quem com- do exercício da sua atividade em território nacional, estão
pete aplicar os procedimentos inspetivos regulamentares isentas da obrigação referida nos números anteriores.
e elaborar o respetivo relatório, na dependência técnica 6 — Nas situações referidas no número anterior, as
do diretor técnico. informações constantes da alínea m) do n.º 1 do artigo 20.º
3 — O diretor técnico deve ser engenheiro ou enge- do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, referem-se a
nheiro técnico, com inscrição válida na respetiva asso- qualquer outro seguro, garantia financeira ou instrumento
ciação profissional de direito público, com experiência equivalente subscrito noutro Estado membro da União
de, pelo menos, três anos na área do gás e com formação Europeia ou do Espaço Económico Europeu contratado
de base e experiência curricular adequadas, comprovadas nos termos da legislação do Estado membro de origem,
mediante declaração emitida pela respetiva associação devendo as EIG identificar a autoridade competente
profissional de direito público. daquele Estado que exerce poder punitivo pela violação
4 — O inspetor deve ter a qualificação de técnico de gás, do requisito em causa em território nacional, sempre que
nos termos do capítulo VI, e ter, no mínimo, dois anos de tal lhe seja solicitado pelo destinatário do serviço ou por
experiência como técnico de gás. autoridade competente.
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7 — A DGEG publicita o valor atualizado do seguro e) Cópia simples da apólice de seguro de responsabi-
obrigatório e a data da sua entrada em vigor através de lidade civil destinado a cobrir os riscos decorrentes do
aviso no seu sítio na Internet e no balcão único eletrónico exercício da respetiva atividade, ou de comprovativo de
dos serviços. contratação de garantia financeira ou instrumento equiva-
8 — Quando solicitado pela DGEG, por outra enti- lente, nos termos do artigo 13.º;
dade com competências de fiscalização e controlo ou f) Declaração da não existência de incompatibilidade
pelo cliente, as EIG devem demonstrar possuir apólice para o exercício da atividade da entidade e dos inspetores,
de seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente nos termos do n.º 1 do artigo anterior;
válidos. g) Declaração, sob compromisso de honra, de que tomou
Artigo 14.º conhecimento dos deveres e normas legais e regulamenta-
res aplicáveis à atividade, comprometendo-se a assegurar
Deveres ético-profissionais o seu estrito cumprimento, bem como a atuar com recurso
1 — As EIG, bem como o seu pessoal técnico, não po- a pessoal técnico qualificado;
dem exercer a atividade de projetista, soldador, instalador h) Quadro de pessoal ao seu serviço, nos termos do
ou técnico responsável por instalações de gás, instalações artigo 12.º, juntamente com os documentos comprovativos
de aparelhos a gás e redes e ramais de distribuição de gás, das respetivas qualificações profissionais.
quer diretamente quer por interposta pessoa.
2 — O pessoal técnico das EIG que tenha exercido qual- 3 — Após a receção do pedido de autorização, a DGEG
quer das atividades indicadas no número anterior não pode, verifica a conformidade do mesmo e, se for caso disso,
no prazo de um ano a contar da data em que tiver deixado solicita ao requerente a apresentação dos elementos em
de exercer essas atividades, fazer qualquer inspeção às falta ou complementares, fixando um prazo para o efeito,
instalações que tenham sido executadas por si ou pelas enti- comunicando que a referida solicitação determina a sus-
dades para as quais trabalhava, ou em que, direta ou indire- pensão do prazo de decisão e alertando para o facto de que
tamente, tenha algum interesse profissional ou económico. a sua não satisfação, no prazo fixado, determina a rejeição
3 — As EIG, bem como o seu pessoal técnico, estão liminar do pedido.
abrangidas pelo segredo profissional, relativamente às 4 — A DGEG profere decisão sobre o pedido de auto-
informações e documentos obtidos no exercício das suas rização no prazo máximo de 30 dias úteis subsequentes à
funções, exceto quando essas informações sejam solicita- completa instrução do procedimento e ao pagamento da
das, nos termos da legislação aplicável, por entidades com taxa, notificando o requerente da mesma.
competência para tal. 5 — Na ausência de decisão expressa no termo do prazo
referido no número anterior, o pedido é tacitamente defe-
rido, podendo o requerente dar início imediato à atividade,
SECÇÃO II
desde que tenha procedido ao pagamento da taxa.
Procedimento de autorização e suas vicissitudes
Artigo 16.º
Artigo 15.º Revogação, suspensão ou cancelamento da autorização
Autorização
1 — A DGEG pode determinar a revogação ou suspen-
1 — O acesso e exercício da atividade das EIG depende são da autorização de uma EIG, nos seguintes casos:
de autorização a conceder pela DGEG. a) Suspensão ou anulação da acreditação;
2 — O pedido de autorização como EIG é formulado b) Inexistência do quadro de pessoal mínimo ou con-
em requerimento dirigido ao Diretor-Geral de Energia e tratação de técnicos que não cumpram o disposto no
Geologia, acompanhado dos seguintes elementos: artigo 12.º;
a) Código de acesso à respetiva certidão permanente ou c) Incumprimento da legislação ou regulamentação
extrato em forma simples do teor das inscrições em vigor aplicável ao exercício da atividade;
no registo comercial, onde conste o objeto, o capital, a d) Inexistência do seguro de responsabilidade civil,
sede e os nomes dos representantes legais, bem como o garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos
número de pessoa coletiva, caso o requerente seja pessoa do artigo 13.º;
coletiva, ou cópia simples de documento de identificação, e) Deficiente realização das ações previstas para veri-
se for pessoa singular; ficação da qualidade e segurança das instalações de gás,
b) Declaração do diretor técnico, assumindo as suas redes e ramais de distribuição de gás, bem como a verifi-
funções legais e declarando a não existência de conflito cação da instalação e do correto funcionamento dos apa-
de interesses para o exercício das mesmas; relhos a gás;
c) Declaração de inexistência de dívidas fiscais e à segu- f) Dissolução, insolvência ou suspensão da atividade
rança social em Portugal ou, em alternativa, autorização de da empresa.
consulta destas informações junto dos órgãos competentes
da Administração Pública; 2 — A revogação ou suspensão da autorização é deter-
d) Cópia simples do documento comprovativo da acre- minada pelo Diretor-Geral de Energia e Geologia, mediante
ditação, de acordo com a NP EN ISO/IEC 17020, efetuada decisão fundamentada após audição dos interessados nos
pelo IPAC — Instituto Português de Acreditação, I. P. termos do Código do Procedimento Administrativo.
(IPAC, I. P.), ou, no caso das entidades legalmente esta- 3 — A suspensão é aplicada por um prazo máximo de
belecidas noutro Estado membro da União Europeia ou 120 dias, devendo a EIG, no prazo concedido, corrigir
do Espaço Económico Europeu, por entidade homóloga a situação que justificou o procedimento, sob pena de a
signatária do acordo multilateral relevante da European autorização, após o decurso daquele prazo, ser automati-
Co-operation for Accreditation (EA); camente revogada.
Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015 891

4 — A revogação da autorização obriga a EIG a entregar c) Manter seguro de responsabilidade civil, garantia
à DGEG, no prazo máximo de 60 dias após a notificação financeira ou instrumento equivalente válidos, nos termos
dessa decisão, todos os processos técnicos relativos à sua do artigo 21.º;
atividade que não tenham ainda sido registados na DGEG, d) Realizar as ações previstas para verificação da qua-
enquanto entidade gestora do sistema de supervisão. lidade e segurança das instalações de armazenamento de
5 — A revogação ou suspensão da autorização é publi- combustíveis derivados do petróleo e postos de abasteci-
citada pela DGEG no seu sítio na Internet. mento de combustíveis;
6 — O cancelamento da autorização pode ser solici- e) Emitir relatórios e certificados de inspeção, conforme
tado pela EIG, sendo o mesmo determinado pelo Diretor- modelos aprovados por despacho do Diretor-Geral de Ener-
-Geral de Energia e Geologia, aplicando-se o disposto gia e Geologia e publicitados no sítio na Internet da DGEG
nos n.os 4 e 5. e no balcão único eletrónico dos serviços;
7 — Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1, f) Prestar às entidades competentes todas as informações
o IPAC, I. P., deve comunicar de imediato à DGEG a sus- relacionadas com a sua atividade e disponibilizar toda a
pensão ou anulação de uma acreditação.
documentação a ela referente, quando solicitada e nos
prazos estabelecidos;
CAPÍTULO IV g) Manter em arquivo, que pode ser desmaterializado, os
relatórios redigidos e os certificados emitidos, no mínimo,
Entidades inspetoras de combustíveis pelo prazo que é estabelecido para a realização das inspe-
ções periódicas à instalação em causa;
SECÇÃO I h) Publicitar e disponibilizar o preçário dos seus servi-
ços, incluindo deslocações, designadamente no respetivo
Requisitos de acesso e exercício da atividade das entidades portal eletrónico, se existir;
inspetoras de combustíveis i) Comunicar à DGEG, sempre que presentes em ter-
ritório nacional, a alteração a elementos de cobertura dos
Artigo 17.º instrumentos financeiros referidos na alínea c);
Missão e âmbito de atividade j) Comunicar à DGEG a substituição do diretor téc-
nico, no prazo máximo de 30 dias após a sua efetivação,
1 — No âmbito do exercício das atividades previstas mediante requerimento acompanhado dos documentos
no n.º 3 do artigo 2.º, as EIC podem desempenhar as se- comprovativos das qualificações profissionais do novo
guintes funções: diretor técnico e da declaração referida na alínea b) do
a) Verificar a conformidade das instalações com o pro- n.º 2 do artigo 23.º
jeto aprovado e a sua operação de acordo com as normas
técnicas e condições impostas; Artigo 19.º
b) Inspecionar as instalações de armazenamento de com- Deveres inspetivos
bustíveis derivados do petróleo e postos de abastecimento
de combustíveis, a pedido dos proprietários, das entidades 1 — Os relatórios de inspeção previstos na alínea e) do
exploradoras ou das entidades licenciadoras da instalação. artigo anterior devem mencionar todos os aspetos relevan-
tes a respeito da instalação.
2 — As funções referidas no número anterior não pre- 2 — Caso se verifiquem não-conformidades na insta-
judicam o exercício das competências de fiscalização atri- lação, as EIC, consoante os casos:
buídas por lei a outras entidades.
3 — As EIC podem ainda prestar outros serviços no seu a) Tratando-se de não-conformidades que contrariem
âmbito de competência técnica, nomeadamente apreciar as normas técnicas ou as condições do licenciamento,
projetos de armazenamento de combustíveis derivados determinam a sua correção, fixando prazo adequado para
do petróleo e postos de abastecimento de combustíveis, o efeito, bem como a atualização do projeto da instalação
realizar inspeções periódicas a que se refere o artigo 19.º e a submissão das alterações a averbamento da entidade
do Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado licenciadora;
pelos Decretos-Leis n.os 389/2007, de 30 de novembro, b) Tratando-se de não-conformidades que ponham em
31/2008, de 25 de fevereiro, 195/2008, de 6 de outubro, e risco a segurança de pessoas ou de bens, informam de
217/2012, de 9 de outubro, peritagens, relatórios e parece- imediato, por escrito, as câmaras municipais ou as direções
res sobre matérias abrangidas pela regulamentação de segu- regionais de economia territorialmente competentes.
rança na área dos combustíveis, em termos que não criem
incompatibilidades com a sua atividade de inspeção. 3 — Caso os proprietários não cumpram as suas de-
terminações, as EIC devem igualmente comunicar esse
Artigo 18.º facto, no mais curto prazo possível, por escrito, às câmaras
Deveres municipais ou às direções regionais de economia territo-
rialmente competentes.
As EIC devem exercer a sua atividade com respeito pela 4 — Comprovando-se a conformidade da instalação, ou
legislação, regulamentos e normas técnicas aplicáveis e, logo que sejam corrigidas as não-conformidades verifica-
nomeadamente: das, será emitido pelas EIC, no prazo máximo de 15 dias
a) Atuar com pessoal técnico nos termos do artigo 20.º; após a inspeção, o respetivo certificado, instruído pelo
b) Promover a frequência de ações de formação contínua relatório de inspeção.
de atualização científica e técnica, com uma periodicidade 5 — O certificado de inspeção é emitido em triplicado,
mínima de cinco anos, em entidade formadora certificada sendo um para o proprietário da instalação, outro para a
pela DGEG, do pessoal ao seu serviço; entidade licenciadora e o terceiro para arquivo das EIC.
892 Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015

Artigo 20.º termos previstos nos números anteriores, as respetivas


atividades a exercer em território nacional, nos termos do
Quadro de pessoal técnico artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho.
1 — As EIC devem apresentar e manter um quadro 5 — As EIC em regime de livre prestação em Portugal
de pessoal técnico e administrativo e possuir os meios que estejam obrigadas, nos termos da legislação do Estado
necessários para cumprir de maneira adequada todas as membro de origem, à contratação de qualquer outro seguro,
ações ligadas ao exercício da sua atividade. garantia financeira ou instrumento equivalente subscrito
2 — O pessoal técnico das EIC é composto pelo dire- noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço
tor técnico, a quem compete garantir a adequação dos Económico Europeu, para a cobertura dos danos corporais
procedimentos e dos métodos adotados pela EIC para e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado
desempenho da sua atividade, bem como supervisionar do exercício da sua atividade em território nacional, estão
a atuação dos inspetores, e por inspetores, a quem com- isentas da obrigação referida nos números anteriores.
pete aplicar os procedimentos inspetivos regulamentares 6 — Nas situações referidas no número anterior, as
e elaborar o respetivo relatório, na dependência técnica informações constantes da alínea m) do n.º 1 do artigo 20.º
do diretor técnico. do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, referem-se a
3 — O diretor técnico deve ser engenheiro ou engenheiro qualquer outro seguro, garantia financeira ou instrumento
técnico, com inscrição válida na respetiva associação profis- equivalente subscrito noutro Estado membro da União
sional de direito público, com experiência de, pelo menos, Europeia ou do Espaço Económico Europeu contratado
três anos e com formação de base e experiência curricular nos termos da legislação do Estado membro de origem,
adequadas, comprovadas mediante declaração emitida devendo as EIC identificar a autoridade competente
pela respetiva associação profissional de direito público. daquele Estado que exerce poder punitivo pela violação
4 — O inspetor deve ser engenheiro ou engenheiro téc- do requisito em causa em território nacional, sempre que
nico, com inscrição válida na respetiva associação profis- tal lhe seja solicitado pelo destinatário do serviço ou por
sional de direito público, com experiência de, pelo menos autoridade competente.
dois anos, e com formação de base e experiência curricular 7 — A DGEG publicita o valor atualizado do seguro
adequadas, comprovadas mediante declaração emitida pela obrigatório e a data da sua entrada em vigor através de
respetiva associação profissional de direito público. aviso no seu sítio na Internet e no balcão único eletrónico
5 — O quadro de pessoal das EIC deve incluir, pelo dos serviços.
menos, um diretor técnico, que pode desempenhar as fun- 8 — Quando solicitado pela DGEG, por outra enti-
ções de inspetor. dade com competências de fiscalização e controlo ou
6 — O pessoal técnico referido no presente artigo pode pelo cliente, as EIC devem demonstrar possuir apólice
ser contratado pelas EIC em regime laboral ou de prestação de seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
de serviços, devendo em qualquer dos casos a atividade válidos.
prestada pelos técnicos ser efetivamente supervisionada Artigo 22.º
pela EIC e estar coberta por seguro de responsabilidade
civil, garantia financeira ou instrumento equivalente nos Deveres ético-profissionais
termos previstos no artigo seguinte.
1 — As EIC, bem como o seu pessoal técnico, não po-
7 — Os diretores técnicos e inspetores das EIC, con-
dem exercer a atividade de projetista, empreiteiro, res-
tratados em regime de livre prestação de serviços, estão
sujeitos ao regime de verificação prévia das qualificações ponsáveis pela execução dos projetos ou de responsável
constante do artigo 6.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, técnico pela exploração de instalações de armazenamento
alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de combustíveis derivados do petróleo e postos de abasteci-
de 2 de maio, pelo impacto das referidas profissões na mento de combustíveis e de redes e ramais de distribuição,
segurança pública, na vertente segurança das pessoas da quer diretamente quer por interposta pessoa.
competência da DGEG, com a colaboração da associação 2 — O pessoal técnico das EIC que tenha exercido qual-
pública profissional competente. quer das atividades indicadas no número anterior não pode,
no prazo de um ano a contar da data em que tiver deixado
Artigo 21.º de exercer essas atividades, fazer qualquer inspeção às
instalações que tenham sido executadas por si ou pelas enti-
Seguro de responsabilidade civil dades para as quais trabalhava, ou em que, direta ou indire-
tamente, tenha algum interesse profissional ou económico.
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 5 e 6, as EIC
devem obrigatoriamente dispor de um seguro válido para 3 — As EIC, bem como o seu pessoal técnico, estão
cobrir a responsabilidade civil decorrente de danos cor- abrangidas pelo segredo profissional, relativamente às
porais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em informações e documentos obtidos no exercício das suas
resultado do exercício da sua atividade. funções, exceto quando essas informações sejam solicita-
2 — O valor mínimo obrigatório do seguro referido no das, nos termos da legislação aplicável, por entidades com
número anterior é de € 1 530 000. competência para tal.
3 — O valor mínimo obrigatório do seguro pode ser SECÇÃO II
atualizado anualmente até 31 de março, mediante a apli-
cação do índice de preços no consumidor, no continente, Procedimento de autorização e suas vicissitudes
sem habitação, publicado pelo INE, I. P.
4 — As EIC estabelecidas em território nacional ou Artigo 23.º
noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Autorização
Económico Europeu podem substituir a celebração do
seguro referido nos números anteriores por seguro, garan- 1 — O acesso e o exercício da atividade das EIC de-
tia financeira ou instrumento equivalente, que cubra, nos pende de autorização a conceder pela DGEG.
Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015 893

2 — O pedido de autorização como EIC é formulado c) Incumprimento da legislação ou regulamentação


em requerimento dirigido ao Diretor-Geral de Energia e aplicável ao exercício da atividade;
Geologia, acompanhado dos seguintes elementos: d) Inexistência do seguro de responsabilidade civil,
a) Código de acesso à respetiva certidão permanente ou garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos
extrato em forma simples do teor das inscrições em vigor do artigo 21.º;
no registo comercial, onde conste o objeto, o capital, a e) Deficiente realização das ações previstas para verifi-
sede e os nomes dos representantes legais, bem como o cação da qualidade e segurança das instalações de armaze-
número de pessoa coletiva, caso o requerente seja pessoa namento de combustíveis derivados do petróleo e postos
coletiva, ou cópia simples de documento de identificação, de abastecimento de combustíveis;
se for pessoa singular; f) Dissolução, insolvência ou suspensão da atividade
b) Declaração do diretor técnico, assumindo as suas da empresa.
funções legais e declarando a não existência de conflito
de interesses para o exercício das mesmas; 2 — A revogação ou suspensão da autorização é deter-
c) Declaração de inexistência de dívidas fiscais e à segu- minada pelo Diretor-Geral de Energia e Geologia, mediante
rança social em Portugal ou, em alternativa, autorização de decisão fundamentada após audição dos interessados nos
consulta destas informações junto dos órgãos competentes termos do Código do Procedimento Administrativo.
da Administração Pública; 3 — A suspensão é aplicada por um prazo máximo de
d) Cópia simples do documento comprovativo da acre- 120 dias, devendo a EIC, no prazo concedido, corrigir
ditação, de acordo com a NP EN ISO/IEC 17020, efetuada a situação que justificou o procedimento, sob pena de a
pelo IPAC, I. P., ou, no caso das entidades legalmente autorização, após o decurso daquele prazo, ser automati-
estabelecidas noutro Estado membro da União Europeia camente revogada.
ou do Espaço Económico Europeu, por entidade homóloga 4 — A revogação da autorização obriga a EIC a entregar
signatária do acordo multilateral relevante da EA; à DGEG, no prazo máximo de 60 dias após a notificação
e) Cópia simples da apólice de seguro de responsabi- dessa decisão, todos os processos técnicos relativos à sua
lidade civil destinado a cobrir os riscos decorrentes do atividade.
exercício da respetiva atividade, ou de comprovativo de 5 — A revogação ou suspensão da autorização é publi-
contratação da garantia financeira ou instrumento equiva- citada pela DGEG no seu sítio na Internet.
lente, nos termos do artigo 21.º; 6 — O cancelamento da autorização pode ser solici-
f) Declaração de não existência de incompatibilidade tado pela EIC, sendo o mesmo determinado pelo Diretor-
para o exercício da atividade da entidade e dos inspetores, -Geral de Energia e Geologia, aplicando-se o disposto
nos termos do n.º 1 do artigo 22.º; nos n.os 4 e 5.
g) Declaração, sob compromisso de honra, de que tomou 7 — Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1, o
conhecimento dos deveres e normas legais e regulamenta- IPAC, I. P., deve comunicar de imediato à DGEG a sus-
res aplicáveis à atividade, comprometendo-se a assegurar pensão ou anulação de uma acreditação.
o seu estrito cumprimento, bem como a atuar com recurso
a pessoal técnico qualificado;
h) Quadro de pessoal ao seu serviço em território CAPÍTULO V
nacional, nos termos do artigo 20.º, juntamente com os
documentos comprovativos das respetivas qualificações Entidades exploradoras das armazenagens e das redes
profissionais. e ramais de distribuição de gás da classe I e II

3 — Após a receção do pedido de autorização, a DGEG SECÇÃO I


verifica a conformidade do mesmo e, se for caso disso,
solicita ao requerente a apresentação dos elementos em Regime de acesso e exercício da atividade das entidades
falta ou complementares, fixando um prazo para o efeito, exploradoras das armazenagens e das redes
comunicando que a referida solicitação determina a sus- e ramais de distribuição de gás da classe I e II
pensão do prazo de decisão e alertando para o facto de que
a sua não satisfação, no prazo fixado, determina a rejeição Artigo 25.º
liminar do pedido. Missão e âmbito de atividade
4 — A DGEG profere decisão sobre o pedido de auto-
rização no prazo máximo de 30 dias úteis subsequentes à 1 — No âmbito do exercício das atividades previstas
completa instrução do procedimento e ao pagamento da no n.º 4 do artigo 2.º, as EEG podem desempenhar as se-
taxa, notificando o requerente da mesma. guintes funções:
5 — Na ausência de decisão expressa no termo do prazo
a) Assegurar a exploração técnica das armazenagens
referido no número anterior, o pedido é tacitamente defe-
rido, podendo o requerente dar início imediato à atividade, e das redes e ramais de distribuição de gás, bem como a
desde que tenha procedido ao pagamento da taxa. respetiva manutenção e assistência técnica, de acordo com
as disposições legais e as regras técnicas aplicáveis;
Artigo 24.º b) Prestar esclarecimentos e assistência técnica aos con-
sumidores e aos proprietários das instalações, sempre que
Revogação, suspensão ou cancelamento da autorização para tal forem solicitadas;
c) Assegurar o atendimento e a assistência técnica em
1 — A DGEG pode determinar a revogação ou suspen- situações de emergência;
são da autorização de uma EIC nos seguintes casos: d) Promover, através das entidades inspetoras referi-
a) Suspensão ou anulação da acreditação; das nos capítulos III e IV, materialmente competentes,
b) Inexistência do quadro de pessoal mínimo ou contrata- a realização das inspeções periódicas das armazenagens
ção de técnicos que não cumpram o disposto no artigo 20.º; e das redes e ramais de distribuição de gás, nos termos
894 Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015

previstos no artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 125/97, de 23 j) Comunicar à DGEG a substituição do responsável
de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 389/2007, de 30 técnico, mencionado nas subalíneas i) das alíneas a) e b) do
de novembro; n.º 1 do artigo seguinte, no prazo máximo de 30 dias após
e) Suspender o fornecimento de gás sempre que se veri- a sua efetivação, mediante requerimento acompanhado dos
fiquem situações que ponham em causa a segurança das documentos comprovativos das qualificações profissionais
instalações, das pessoas e dos bens, dando de imediato do novo responsável técnico e da declaração relativa à
conhecimento do facto à entidade licenciadora. assunção das funções legais e à não existência de conflito
de interesses para o exercício das mesmas;
2 — A exploração técnica das armazenagens e das re- k) Assegurar um serviço de atendimento permanente
des e ramais de distribuição de gás cujo abastecimento para receber informações, do seu pessoal ou de terceiros,
se destine a consumo próprio de um único consumidor relativas a eventuais anomalias de funcionamento;
doméstico, comercial ou industrial, pode ser efetuada pelo l) Assegurar um serviço de manutenção permanente
titular do alvará de autorização de exploração ou licença de das redes e ramais de distribuição de gás, dotado de meios
exploração ou pelo proprietário da instalação quando esta técnicos, materiais e humanos que a habilitem, em caso de
não seja sujeita a licenciamento nos termos do Decreto-Lei acidente, a intervir com a necessária rapidez e eficácia, bem
n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado pelos Decretos- como a prestar assistência técnica aos consumidores;
-Leis n.os 389/2007, de 30 de novembro, 31/2008, de 25 m) Assegurar um serviço permanente para correção
de fevereiro, 195/2008, de 6 de outubro, e 217/2012, de das anomalias de funcionamento das redes e ramais de
9 de outubro. distribuição de gás e das partes comuns das instalações
3 — Em função do âmbito de atividade, as EEG podem de gás em edifícios;
ser classificadas em:
n) Assegurar a proteção dos consumidores, nomea-
a) Classe I, entidades que abasteçam mais de 2000 con- damente quanto à prestação do serviço, ao exercício do
sumidores ou, independentemente do número de consu- direito de informação, à qualidade da prestação do ser-
midores, alimentem as suas redes e ramais de distribuição viço, à repressão de cláusulas abusivas e à resolução de
por reservatórios; litígios, em particular aos consumidores abrangidos pela
b) Classe II, entidades que abasteçam até 2000 consu- prestação de serviços públicos considerados essenciais,
midores através de postos de garrafas. nos termos da Lei n.º 23/96, de 26 de julho, alterada pelas
Leis n.os 12/2008, de 26 de fevereiro, 24/2008, de 2 de
Artigo 26.º junho, 6/2011, de 10 de março, 44/2011, de 22 de junho,
Deveres e 10/2013, de 28 de janeiro.
1 — As EEG devem exercer a sua atividade com res- 2 — As anomalias de funcionamento referidas na
peito pela legislação, regulamentos e normas aplicáveis alínea m) do número anterior devem ser resolvidas no
e, nomeadamente: mais curto espaço de tempo possível, cabendo os encar-
a) Atuar com pessoal técnico nos termos do artigo seguinte; gos correspondentes às eventuais intervenções à entidade
b) Promover a frequência de ações de formação contínua exploradora, exceto quando:
de atualização científica e técnica, com uma periodicidade a) A anomalia ocorrer na instalação de gás do edifício;
mínima de cinco anos, em entidade formadora certificada b) O pedido de assistência não tiver fundamento.
pela DGEG, do pessoal ao seu serviço;
c) Manter seguro de responsabilidade civil, garantia 3 — A entidade competente para o licenciamento das
financeira ou instrumento equivalente válidos, nos termos
armazenagens e das redes e ramais de distribuição de gás
do artigo 28.º;
pode fixar um prazo à entidade exploradora para a reso-
d) Realizar as ações previstas para garantir a qualidade
e a segurança das armazenagens e das redes e ramais de lução de qualquer anomalia de funcionamento ou pedido
distribuição de gás que explora; de assistência técnica.
e) Emitir declaração em que assume a responsabilidade
pela exploração das armazenagens e das redes e ramais Artigo 27.º
de distribuição de gás, a qual deve ser entregue junto da Quadro de pessoal técnico
entidade licenciadora destas instalações;
f) Prestar às autoridades competentes todas as infor- 1 — As EEG devem apresentar e manter um quadro de
mações relacionadas com a sua atividade e disponibilizar pessoal técnico, que inclua pelo menos:
toda a documentação a ela referente, quando solicitada e a) No caso das EEG de classe I:
nos prazos estabelecidos;
g) Manter em arquivo, que pode ser desmaterializado, i) Engenheiro ou engenheiro técnico, com inscrição vá-
registo dos relatórios redigidos e dos certificados emitidos lida na respetiva associação profissional de direito público,
pelas entidades inspetoras, no mínimo, pelo prazo que é com pelo menos três anos de experiência na área do gás e
estabelecido para a realização das inspeções periódicas às com formação de base e experiência curricular adequadas,
instalações em causa; comprovadas mediante declaração emitida pela respetiva
h) Publicitar e disponibilizar o preçário dos seus servi- associação profissional de direito público;
ços, incluindo deslocações, designadamente no respetivo ii) Técnico de gás;
portal eletrónico, se existir; iii) Instalador de instalações de gás e de redes e ramais
i) Comunicar de imediato à DGEG, sempre que presen- de distribuição de gás;
tes em território nacional, a alteração a elementos de cober- iv) Soldador de aço por fusão, sempre que necessitem
tura dos instrumentos financeiros referidos na alínea c); de executar as operações correspondentes;
Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015 895

b) No caso das EEG de classe II: SECÇÃO II


i) Técnico de gás; Procedimento de autorização e suas vicissitudes
ii) Instalador de instalações de gás e de redes e ramais
de distribuição de gás; Artigo 30.º
iii) Soldador de aço por fusão, sempre que necessitem Autorização
de executar as operações correspondentes.
1 — O acesso e o exercício da atividade das EEG de-
2 — Estando a atividade profissional referida na suba- pende de autorização a conceder pela DGEG.
línea i) da alínea a) do número anterior reservada a pro- 2 — O pedido de autorização como EEG é formulado
fissionais com título de engenheiro ou engenheiro técnico, em requerimento dirigido ao Diretor-Geral de Energia e
a autoridade competente para os procedimentos referidos Geologia, acompanhado dos seguintes elementos:
no número anterior é a respetiva associação profissional a) No caso das EEG de classe I e das EEG de classe II
de direito público. certificadas:
3 — Compete ao engenheiro ou engenheiro técnico e ao
técnico de gás mencionados nas subalíneas i) da alíneas a) i) Código de acesso à respetiva certidão permanente ou
e b) do n.º 1 supervisionar as funções do restante pessoal extrato em forma simples do teor das inscrições em vigor
técnico e assumir a responsabilidade técnica. no registo comercial, onde conste o objeto, o capital, a
4 — As EEG podem dispor de profissionais que acu- sede e os nomes dos representantes legais, bem como o
número de pessoa coletiva, caso o requerente seja pessoa
mulem as funções referidas nas diversas subalíneas das
coletiva, ou cópia simples de documento de identificação,
alíneas a) e b) do n.º 1, desde que devidamente qualificados
se for pessoa singular;
para cada uma das funções que exerçam. ii) Declaração do responsável técnico, assumindo as
5 — O pessoal técnico referido no presente artigo pode suas funções legais e declarando a não existência de con-
ser contratado pelas EEG em regime laboral ou de presta- flito de interesses para o exercício das mesmas;
ção de serviços, devendo em qualquer dos casos a atividade iii) Declaração de inexistência de dívidas fiscais e à
prestada pelos técnicos ser efetivamente supervisionada segurança social em Portugal ou, em alternativa, auto-
pela EEG e estar coberta por seguro de responsabilidade rização da consulta destas informações junto dos órgãos
civil, garantia financeira ou instrumento equivalente refe- competentes da Administração Pública;
rido nos termos previstos no artigo seguinte. iv) Cópia simples do documento comprovativo da certi-
6 — Em alternativa ao pessoal técnico referido na alí- ficação de acordo com a ISO 9001, concedida por entidade
nea b) do n.º 1, as EEG de classe II podem celebrar con- acreditada pelo IPAC, I. P., ou por entidade homóloga
tratos de prestação de serviços com uma EI de Tipo A+B. signatária do acordo multilateral da EA;
v) Cópia simples da apólice de seguro de responsabi-
Artigo 28.º lidade civil destinado a cobrir os riscos decorrentes do
Seguro de responsabilidade civil exercício da respetiva atividade, ou de comprovativo de
contratação da garantia financeira ou instrumento equiva-
1 — As EEG devem obrigatoriamente dispor de um se- lente, nos termos do artigo anterior;
guro válido para cobrir a responsabilidade civil decorrente vi) Declaração, sob compromisso de honra, de que
de danos corporais e materiais sofridos por terceiros, no tomou conhecimento dos deveres e normas legais e regu-
decurso e em resultado do exercício da sua atividade. lamentares aplicáveis à atividade, comprometendo-se a
2 — O valor mínimo obrigatório do seguro referido no assegurar o seu estrito cumprimento, bem como a atuar
número anterior é de € 1 223 145, para EEG classe I e de com recurso a pessoal técnico qualificado;
€ 611 573, para EEG classe II. vii) Quadro de pessoal ao seu serviço, nos termos do
3 — O valor mínimo obrigatório do seguro pode ser artigo 27.º, juntamente com os documentos comprovativos
atualizado anualmente até 31 de março, mediante a apli- das respetivas qualificações profissionais;
cação do índice de preços no consumidor, no continente,
sem habitação, publicado pelo INE, I. P. b) No caso das EEG, de classe I e de classe II, sem
4 — A DGEG publicita o valor atualizado do seguro certificação, para além dos elementos referidos nas suba-
obrigatório e a data da sua entrada em vigor através de líneas i), ii), iii), v), vi) e vii) da alínea anterior:
aviso no seu sítio na Internet e no balcão único eletrónico i) Organograma da empresa;
dos serviços. ii) Relação do equipamento utilizado no exercício da
5 — Quando solicitado pela DGEG, por outra enti- atividade, nomeadamente de medição e ensaios, acompa-
dade com competências de fiscalização e controlo ou nhado dos respetivos certificados de calibração;
pelo cliente, as EEG devem demonstrar possuir apólice iii) Procedimentos para garantir a assistência a clientes
de seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente e tratamento de reclamações;
válidos. iv) Declaração de que possui um sistema informático
adequado ao exercício da sua atividade;
Artigo 29.º v) Declaração de que dispõe de regras relativas ao
Deveres ético-profissionais
arquivo e organização de dados das instalações cuja manu-
tenção seja da sua responsabilidade e dos consumidores
As EEG, bem como o seu pessoal técnico, não podem que abastece.
exercer a atividade de inspetora de redes e ramais de dis-
tribuição de gás e de instalações de gás, quer diretamente 3 — Após a receção do pedido de autorização, a DGEG
quer por interposta pessoa. verifica a conformidade do mesmo e, se for caso disso,
896 Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015

solicita ao requerente a apresentação dos elementos em CAPÍTULO VI


falta ou complementares, fixando um prazo para o efeito,
Requisitos de acesso e exercício da atividade dos pro-
comunicando que a referida solicitação determina a sus-
fissionais que integram as entidades instaladoras de
pensão do prazo de decisão e alertando para o facto de que gás, inspetoras de gás, inspetoras de combustíveis e
a sua não satisfação, no prazo fixado, determina a rejeição exploradoras das armazenagens e das redes e ramais
liminar do pedido. de distribuição de gás da classe I e II.
4 — A DGEG profere decisão sobre o pedido de auto-
rização no prazo máximo de 30 dias úteis subsequentes à Artigo 32.º
completa instrução do procedimento e ao pagamento da
Projetista
taxa notificando o requerente da mesma.
5 — Na ausência de decisão expressa no termo do prazo 1 — O projetista é o profissional responsável pelo pro-
referido no número anterior, o pedido é tacitamente defe- jeto da instalação ou das redes e ramais de distribuição de
rido, podendo o requerente dar início imediato à atividade, gás e pela definição ou verificação da adequação e das
desde que tenha procedido ao pagamento da taxa. características dos aparelhos a instalar.
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o
Artigo 31.º projetista deve ser engenheiro ou engenheiro técnico, nas
especialidades de mecânica ou química, com inscrição
Revogação, suspensão ou cancelamento da autorização válida na respetiva associação pública profissional e por
esta considerado habilitado para o efeito, sem prejuízo do
1 — A DGEG pode determinar a revogação ou suspen-
disposto no n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de
são da autorização de uma EEG nos seguintes casos: março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto,
a) Suspensão ou anulação da certificação, no caso das e 25/2014, de 2 de maio.
EEG de classe I ou classe II certificadas nos termos do 3 — As associações públicas profissionais de engenhei-
artigo anterior; ros e engenheiros técnicos podem reconhecer a habilitação
b) Inexistência do quadro de pessoal ou contratação de de engenheiros ou engenheiros técnicos não inscritos na
técnicos que não cumpram o disposto no artigo 27.º; especialidade de mecânica ou química para os efeitos do
presente capítulo, tendo em conta a respetiva formação
c) Incumprimento da legislação ou regulamentação na área do projeto das instalações ou das redes e ramais
aplicável ao exercício da atividade; de distribuição.
d) Inexistência do seguro de responsabilidade civil, 4 — O projetista deve ter a sua atividade coberta por
garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou
do artigo 28.º; instrumento equivalente que cubra os riscos decorrentes do
e) Deficiente realização das ações previstas para garantir exercício da sua atividade, com o valor mínimo de € 250 000.
a qualidade e a segurança das armazenagens e das redes e 5 — O valor mínimo obrigatório do seguro pode ser
ramais de distribuição de gás que explora; atualizado anualmente até 31 de março, mediante a apli-
f) Dissolução, insolvência ou suspensão da atividade cação do índice de preços no consumidor, no continente,
da empresa. sem habitação, publicado pelo INE, I. P.
6 — A DGEG publicita o valor atualizado do seguro
2 — A revogação ou suspensão da autorização é obrigatório e a data da sua entrada em vigor através de
determinada pelo Diretor-Geral de Energia e Geolo- aviso no seu sítio na Internet e no balcão único eletrónico
gia, mediante decisão fundamentada após audição dos dos serviços.
7 — Pode ser tomador do seguro de responsabilidade
interessados nos termos do Código do Procedimento civil referido no número anterior a entidade na qual o
Administrativo. projetista exerça a sua atividade, desde que a apólice cubra
3 — A suspensão é aplicada por um prazo máximo de expressamente a responsabilidade profissional do projetista.
120 dias, devendo a EEG, no prazo concedido, corrigir 8 — Os projetistas em regime de livre prestação de
a situação que justificou o procedimento, sob pena de a serviços em Portugal que estejam obrigados, nos termos
autorização, após o decurso daquele prazo, ser automati- da legislação do Estado membro de origem, à contrata-
camente revogada. ção de instrumento financeiro para a cobertura dos riscos
4 — A revogação da autorização obriga a EEG a entre- referidos no n.º 4 em território nacional, estão isentos da
gar à entidade licenciadora, no prazo máximo de 60 dias obrigação aí referida.
após a notificação dessa decisão, todos os processos téc- 9 — Nos casos previstos no número anterior, as infor-
nicos relativos à sua atividade. mações referidas na alínea m) do n.º 1 do artigo 20.º do
5 — A revogação ou suspensão da autorização é publi- Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, referem-se ao ins-
citada pela DGEG no seu sítio na Internet e comunicada trumento financeiro contratado nos termos da legislação do
à entidade licenciadora. Estado membro de origem, devendo o projetista identificar
a autoridade competente daquele Estado que exerce poder
6 — O cancelamento da autorização pode ser solici- punitivo pela violação do requisito em causa em território
tado pela EEG, sendo o mesmo determinado pelo Diretor- nacional sempre que tal lhe seja solicitado pelo destinatário
-Geral de Energia e Geologia, aplicando-se o disposto do serviço ou por autoridade competente.
nos n.os 4 e 5.
7 — Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1, as Artigo 33.º
EEG devem apresentar, trianualmente, comprovativo da
Técnico de gás
respetiva certificação acreditada e comunicar de imediato
à DGEG sempre que ocorra a suspensão ou a anulação da 1 — O técnico de gás é o técnico qualificado apto a
sua certificação. programar, organizar e coordenar, com base nos proce-
Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015 897

dimentos e técnicas adequados, ou de acordo com um Artigo 36.º


projeto, a execução, reparação, alteração ou manutenção Soldador de aço por fusão na área do gás
das instalações de gás e das redes e ramais de distribuição
de gás, bem como a instalação, adaptação, reparação e 1 — O soldador de aço, por fusão, é o técnico qualifi-
manutenção dos aparelhos a gás, de acordo com as normas, cado para a soldadura de aço por fusão na área do gás.
os regulamentos de segurança e as regras de boa prática 2 — Para o acesso e exercício da profissão de soldador
aplicáveis. de aço, por fusão, deve possuir certificado de qualificação
2 — Para o acesso e exercício da profissão de técnico de soldador, válido, de acordo com as normas e legislação
de gás, é necessário: específica aplicáveis.

a) Possuir uma qualificação de dupla certificação, ob- Artigo 37.º


tida por via das modalidades de educação e formação do
Qualificação comum
Sistema Nacional de Qualificações, que integrem unidades
de formação de curta duração na área do gás e respeitem 1 — Devem existir matérias comuns na formação de
os conteúdos definidos no Catálogo Nacional de Qualifi- base de carácter global e transversal a todas as áreas das
cações; ou qualificações mencionadas nos artigos 33.º a 35.º cuja fre-
b) Possuir, no mínimo, o 12.º ano de escolaridade, e ter quência só é necessária na primeira ação de formação.
concluído, com aproveitamento, as unidades de formação 2 — As matérias mencionadas no número anterior
de curta duração na área do gás, integradas no Catálogo constam da portaria prevista na alínea b) do n.º 1 do
Nacional de Qualificações. artigo 40.º

Artigo 34.º Artigo 38.º


Formação
Instalador de instalações de gás e de redes
e ramais de distribuição de gás A formação referida no presente capítulo é ministrada
1 — O instalador de redes de gás é o técnico qualificado por EF certificadas pela DGEG nos termos do capítulo se-
para realizar todas as operações nas instalações de gás e guinte à exceção da prevista no n.º 3 do artigo 32.º
nas redes e ramais de distribuição de gás, sob supervisão
do técnico de gás responsável, exceto no que respeita à CAPÍTULO VII
soldadura de aço, operação que necessita de qualificação
nos termos do artigo 36.º Certificação das entidades formadoras
2 — Para o acesso e exercício da profissão de instalador
de instalações de gás e de redes e ramais de distribuição, Artigo 39.º
é necessário: Entidades formadoras
a) Possuir uma qualificação de dupla certificação, ob- As entidades que ministram a formação adequada para
tida por via das modalidades de educação e formação do técnico de gás, instalador de instalações de gás e de redes
Sistema Nacional de Qualificações, que integrem unidades e ramais de distribuição de gás e instalador de aparelhos
de formação de curta duração na área do gás e respeitem de gás, referidos no capítulo VI, conducentes à sua qua-
os conteúdos definidos no Catálogo Nacional de Qualifi- lificação, são entidades da rede do Sistema Nacional de
cações; ou Qualificações.
b) Ter concluído, com aproveitamento, as unidades de
formação de curta duração na área do gás, integradas no Artigo 40.º
Catálogo Nacional de Qualificações. Certificação

Artigo 35.º 1 — A certificação das EF referidas no artigo anterior


segue os termos do regime quadro para a certificação de
Instalador de aparelhos de gás entidades formadoras, aprovado pela Portaria n.º 851/2010,
1 — O instalador de aparelhos a gás é o técnico qua- de 6 de setembro, alterada pela Portaria n.º 208/2013, de
lificado para instalar, adaptar, reparar ou efetuar a manu- 26 de junho, com as seguintes adaptações:
tenção dos aparelhos a gás, sob supervisão do técnico de a) A entidade competente para a certificação é a DGEG,
gás responsável. que neste contexto emite cartões de identificação de técnico
2 — Para o acesso e exercício da profissão de instalador de gás, de instalador de instalações de gás e de redes e
de aparelhos de gás, é necessário: ramais de distribuição de gás e de instalador de aparelhos
de gás, mediante solicitação do interessado;
a) Possuir uma qualificação de dupla certificação, ob- b) Os demais requisitos específicos, em complemento
tida por via das modalidades de educação e formação do ou derrogação dos requisitos constantes da portaria que
Sistema Nacional de Qualificações, que integrem unidades regula a certificação de EF, são aprovados por portaria dos
de formação de curta duração na área do gás e respeitem membros do Governo responsáveis pelas áreas da energia
os conteúdos definidos no Catálogo Nacional de Qualifi- e da formação profissional e da educação.
cações; ou
b) Ter concluído, com aproveitamento, as unidades de 2 — A certificação das EF pela DGEG, seja expressa
formação de curta duração na área do gás, integradas no ou tácita, é comunicada por meio eletrónico aos serviços
Catálogo Nacional de Qualificações. centrais competentes dos ministérios responsáveis pela
898 Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015

área da formação profissional e da educação, no prazo âmbito da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas
máximo de 10 dias. Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio;
3 — A DGEG divulga a lista das EF certificadas no seu g) Manter, pelo período de cinco anos, o registo das
sítio na Internet. ações de formação realizadas, bem como os processos
4 — A DGEG pode disponibilizar às EF uma plata- individuais dos formandos, os quais podem ser desma-
forma informática de gestão do sistema relativo às ações terializados, com cópia de segurança, e devem estar
de formação e aos formandos, acessível através do balcão disponíveis, a todo o tempo, à DGEG, para consulta de
único dos serviços a que se refere o artigo 56.º e do sítio informações;
na Internet da DGEG. h) Emitir os certificados de qualificações dos formandos
5 — Enquanto não for disponibilizada a plataforma que obtenham aproveitamento;
referida no número anterior, as EF enviam semestralmente i) Disponibilizar à DGEG, pelos meios legalmente
à DGEG listagem dos cursos de formação ministrados, em admissíveis, os certificados de qualificações dos formandos
suporte informático. que obtenham aproveitamento para emissão do respetivo
6 — O procedimento de certificação pela DGEG tem cartão de identificação.
início após o pagamento da taxa, a definir nos termos
previstos no artigo 55.º Artigo 43.º
7 — A DGEG pode proceder a auditorias às EF por si Revogação e caducidade da certificação
certificadas, a fim de confirmar se os requisitos que pos-
sibilitaram a sua certificação se mantêm válidos. A revogação e caducidade da certificação das EF pela
DGEG segue os trâmites da Portaria n.º 851/2010, de 6
Artigo 41.º de setembro, alterada pela Portaria n.º 208/2013, de 26
de junho.
Comunicação dos cursos de formação
1 — As EF certificadas nos termos do artigo anterior
devem comunicar previamente à DGEG relativamente a CAPÍTULO VIII
cada formação, a indicação dos seguintes elementos: Requisitos de acesso e exercício da atividade dos profis-
a) Identificação da ação a ministrar, com data de início, sionais afetos ao projeto e à exploração de instalações
duração, horário de funcionamento e local; de armazenamento de produtos de petróleo e de
b) Cópia ou acesso eletrónico pela DGEG aos manuais postos de abastecimento de combustível.
de formação do curso;
c) Identificação dos formadores, com indicação das Artigo 44.º
matérias que vão ministrar, acompanhada de curriculum Responsável técnico pelo projeto ou pela exploração
vitae;
d) Identificação dos formandos. 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 46.º, o res-
ponsável técnico pelo projeto ou pela exploração das
2 — O disposto no número anterior aplica-se às EF instalações de armazenamento de produtos de petróleo
legalmente estabelecidas noutro Estado membro da União e de postos de abastecimento de combustível, deve ser
Europeia ou do Espaço Económico Europeu para ministrar engenheiro ou engenheiro técnico, com inscrição válida
cursos equivalentes aos referidos no n.º 1, que pretendam na respetiva associação pública profissional nas especia-
ministrar cursos de formação em território nacional, con- lidades de mecânica ou química e por esta considerado
formes à presente lei, de forma ocasional e esporádica. habilitado para o efeito.
2 — Compete ao responsável técnico pelo projeto assi-
Artigo 42.º nar as respetivas peças e garantir a sua conformidade com
as normas técnicas e regulamentares aplicáveis, mediante
Deveres declaração elaborada de acordo com o modelo constante
Para além do disposto no número anterior, são ainda do anexo n.º 2 da Portaria n.º 1188/2003, de 10 de outubro,
deveres das EF: alterada pela Portaria n.º 1515/2007, de 30 de novembro.
3 — Compete ao responsável técnico pela exploração
a) Organizar e desenvolver ações de formação de garantir a manutenção da conformidade da instalação com
atualização de conhecimentos e ações de formação em o projeto aprovado e as condições de licenciamento, bem
conformidade com o estabelecido no capítulo VI, no pre- como o seu funcionamento com obediência às regras de
sente capítulo e na portaria referida na alínea b) do n.º 1 segurança, devendo para o efeito assinar um termo de
do artigo 40.º; responsabilidade a ser apresentado à entidade licenciadora,
b) Observar princípios de independência e de igual- indicando a data de início de funções.
dade de tratamento de todos os candidatos à formação e 4 — É permitida a acumulação do exercício das ativi-
formandos; dades previstas nos n.os 2 e 3.
c) Colaborar nas auditorias previstas no n.º 7 do
artigo 40.º; Artigo 45.º
d) Propor a alteração dos conteúdos das matérias for-
Seguro de responsabilidade civil
mativas, sempre que as alterações e inovações legais ou
da natureza técnica o justifiquem; 1 — Os responsáveis técnicos pelo projeto e pela ex-
e) Fornecer à DGEG os elementos relativos ao exercício ploração das instalações de armazenamento de produtos
da atividade, sempre que tal lhes seja solicitado; de petróleo e de postos de abastecimento de combustível
f) Prestar informação e colaborar com a DGEG no domí- devem ter a sua atividade coberta por seguro de responsa-
nio do reconhecimento das qualificações profissionais no bilidade civil, garantia financeira ou instrumento equiva-
Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015 899

lente que cubra os riscos decorrentes do exercício da sua associações públicas profissionais e demais legislação
atividade, definido pela entidade licenciadora competente aplicável em vigor.
das instalações. 2 — Dentro da sua esfera de competências, os técnicos
2 — Pode ser tomador do seguro de responsabilidade referidos no número anterior respondem civil e crimi-
civil referido no número anterior a entidade na qual o nalmente por tudo o que se prenda com o desempenho
profissional exerça a sua atividade, desde que a apólice das suas funções, nomeadamente nos aspetos técnicos e
cubra expressamente a responsabilidade profissional do regulamentares do projeto e da exploração das instalações.
técnico. 3 — Quando a dimensão ou a complexidade das insta-
3 — Os responsáveis técnicos pelo projeto em regime lações o justificar ou em caso de ausência ou impedimento
de livre prestação de serviços em Portugal que estejam do responsável técnico, este pode fazer-se coadjuvar ou
obrigados, nos termos da legislação do Estado membro delegar as suas competências noutro engenheiro ou enge-
de origem, à contratação de instrumento financeiro para a nheiro técnico, qualificado nos termos do presente capítulo,
cobertura dos riscos referidos no n.º 1 em território nacio- sem prejuízo da sua responsabilidade de comitente.
nal, estão isentos da obrigação referida nesse número.
4 — Nos casos previstos no número anterior, as infor- Artigo 49.º
mações referidas na alínea m) do n.º 1 do artigo 20.º do
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, referem-se ao Cessação de funções
instrumento financeiro contratado nos termos da legisla- A cessação das funções de responsável técnico pela
ção do Estado membro de origem, devendo o responsá- exploração das instalações deve ser comunicada à entidade
vel técnico identificar a autoridade competente daquele licenciadora, nos seguintes termos:
Estado que exerce poder punitivo pela violação do requisito
em causa em território nacional sempre que tal lhe seja a) Caso a comunicação seja feita pela entidade patronal
solicitado pelo destinatário do serviço ou por autoridade ou detentora da instalação, a mesma deve ser feita no prazo
competente. máximo de 15 dias e ser acompanhada de declaração de
responsabilidade de novo responsável técnico e da data de
Artigo 46.º início das respetivas funções;
Associações públicas profissionais
b) Caso a comunicação seja da iniciativa do técnico
responsável, a mesma deve ser feita com a antecedência
As associações públicas profissionais de engenheiros mínima de 30 dias relativamente à data indicada para a
e engenheiros técnicos podem reconhecer a habilitação cessação das suas funções, e vir acompanhada de cópia de
de engenheiros ou engenheiros técnicos não inscritos na igual comunicação dirigida à entidade patronal ou deten-
especialidade de mecânica ou química para os efeitos do tora da instalação.
presente capítulo, tendo em conta a respetiva formação na
área do projeto e exploração das instalações de armazena-
mento de produtos de petróleo e de postos de abastecimento CAPÍTULO IX
de combustível.
Entidades legalmente estabelecidas noutro Estado
membro da União Europeia
Artigo 47.º ou do Espaço Económico Europeu
Grandes instalações de armazenamento de produtos de petróleo
Artigo 50.º
No caso de instalações classificadas como grandes ins-
talações de armazenamento de produtos de petróleo nos Livre prestação de serviços
termos do Decreto-Lei n.º 31/2006, de 15 de fevereiro:
1 — As entidades legalmente estabelecidas em outro Es-
a) A responsabilidade técnica pelo projeto é assumida tado membro da União Europeia ou do Espaço Económico
por engenheiro, com experiência profissional de cinco Europeu para a prática das atividades de EI, EIG,EIC e
anos, ou engenheiro técnico, com experiência profissional EEG de classe II, podem, nos termos do n.º 3 do artigo 4.º
de 10 anos, com inscrição válida na respetiva associação do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, exercer essas
pública profissional nas especialidades de mecânica ou mesmas atividades de forma ocasional e esporádica em
química; território nacional.
b) A responsabilidade técnica pela exploração é assu- 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, a enti-
mida por engenheiro ou engenheiro técnico com inscrição dade deve apresentar junto da DGEG:
válida na respetiva associação pública profissional nas
especialidades de mecânica ou química, ou outras espe- a) Em caso de exercício de uma atividade como EI, mera
cialidades reconhecidas pela respetiva associação pública comunicação prévia, indicando qual a classificação em que
profissional, com experiência profissional mínima de três pretendem atuar (A, B ou A+B), de acordo com previstos
ou cinco anos, consoante seja engenheiro ou engenheiro no n.º 2 do artigo 4.º, e acompanhada da documentação
técnico. referida nas alíneas a), c) e e) do n.º 1 do artigo 8.º;
b) Em caso de exercício de uma atividade como EIG,
Artigo 48.º mera comunicação prévia, acompanhada da documenta-
ção referida nas alíneas b), d), e), f), g) e h) do n.º 2 do
Deveres ético-profissionais
artigo 15.º;
1 — Os responsáveis técnicos pelo projeto e pela ex- c) Em caso de exercício de uma atividade como EIC,
ploração das instalações de armazenamento de produtos mera comunicação prévia, acompanhada da documenta-
de petróleo e de postos de abastecimento de combustível ção referida nas alíneas b), d), e), f), g) e h) do n.º 2 do
devem pautar a sua conduta pelos estatutos das respetivas artigo 23.º;
900 Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015

d) Em caso de exercício de uma atividade como EEG 2 — A DGEG pode definir a informação a inserir no
de classe II, mera comunicação prévia, acompanhada dos relatório, bem como determinar a apresentação de relató-
elementos referidos na alínea b) do n.º 2 do artigo 30.º, rios intercalares.
excetuada a sua subalínea ii). 3 — As EIG e as EIC ficam obrigadas a prestar qualquer
informação extraordinária que lhes seja solicitada pela
3 — Após a apresentação da mera comunicação prévia DGEG ou pelas entidades licenciadoras.
referida no número anterior, é automaticamente atribuído
um número de registo, podendo o requerente iniciar de CAPÍTULO XI
imediato o exercício da atividade correspondente.
4 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, no Disposições complementares, transitórias e finais
prazo máximo de 30 dias após a receção da mera comu-
nicação prévia, a DGEG verifica a regularidade dessa Artigo 53.º
comunicação, notificando o requerente, sempre que con- Contraordenações
sidere necessário, para regularizar ou completar a mera
comunicação prévia apresentada com deficiências, can- 1 — Constituem contraordenações, punidas com coima
celando provisoriamente o número de registo atribuído à de € 250 a € 3 500, caso se trate de pessoa singular, e de
regularização ou complemento da comunicação. € 2 500 a € 40 000, caso se trate de pessoa coletiva:
5 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a) O exercício da atividade de uma EI com violação
o registo pode igualmente ser suspenso, revogado ou can- do disposto nas alíneas c) a j) do artigo 5.º e, caso se es-
celado, nos termos previstos nos capítulos anteriores para tabeleça em território nacional, do disposto na alínea b)
as EI, EIG, EIC e EEG de classe II, consoante a atividade do mesmo artigo;
em causa. b) O exercício da atividade como EI sem autorização ou
6 — As entidades referidas no número anterior são sem atuar com o quadro de pessoal referido no artigo 6.º;
equiparadas, para todos os efeitos, a EI, EIG, EIC e EEG c) O exercício da atividade de uma EI com pessoal
de classe II, consoante o caso, ficando sujeitos ao cum- técnico não qualificado nos termos do artigo 6.º;
primento dos requisitos de atividade que lhe sejam apli- d) O exercício da atividade de uma EIG com violação
cáveis. do disposto nas alíneas c) a h) e j) do artigo 11.º e, caso se
7 — A comunicação prévia referida nas alíneas a) a d) estabeleça em território nacional, do disposto nas alíneas b)
do n.º 2 é realizada uma única vez, aquando da primeira e i) do mesmo artigo;
prestação de serviços em Portugal, não estando sujeita a e) O exercício da atividade como EIG sem autoriza-
prazo de caducidade nem ao pagamento de taxa. ção ou sem atuar com o quadro de pessoal referido no
artigo 12.º;
f) O exercício da atividade de uma EIG com pessoal
CAPÍTULO X técnico não qualificado nos termos do artigo 12.º;
Acompanhamento das atividades e deveres de infor- g) A violação, por parte de uma EIG ou do seu pessoal
mação das entidades instaladoras de gás, inspetoras técnico, do disposto nos artigos 14.º e 52.º;
de gás, inspetoras de combustíveis, exploradoras das h) O exercício da atividade de uma EIC com violação
armazenagens e das redes e ramais de distribuição do disposto nas alíneas c) a h) e j) do artigo 18.º e, caso se
de gás da classe I e II e formadoras. estabeleça em território nacional, do disposto nas alíneas b)
e i) do mesmo artigo;
Artigo 51.º i) O exercício da atividade como EIC sem autorização ou
sem atuar com o quadro de pessoal referido no artigo 20.º;
Acompanhamento das atividades j) O exercício da atividade de uma EIC com pessoal
1 — A DGEG é responsável pelo acompanhamento do técnico não qualificado nos termos do artigo 20.º;
k) A violação, por parte de uma EIC ou do seu pessoal
exercício da atividade das EI, EIG, EIC, EEG e EF, sem
técnico, do disposto nos artigos 22.º e 52.º;
prejuízo das competências próprias do IPAC enquanto l) O exercício da atividade de uma EEG com violação
organismo nacional de acreditação. do disposto nas alíneas b) a n) do n.º 1 do artigo 26.º;
2 — As avaliações realizadas pelo IPAC às EIG e EIC m) O exercício da atividade como EEG sem autorização
devem ser oportunamente notificadas à DGEG, a qual válida ou sem atuar com o quadro de pessoal referido no
pode nomear um representante que acompanha a equipa artigo 27.º;
avaliadora do IPAC. n) O exercício da atividade de uma EEG com pessoal
3 — As EIG, EIC e EEG devem prestar a colaboração não qualificado nos termos do artigo 27.º;
solicitada para a realização das ações de acompanhamento, o) A violação, por parte de uma EEG ou do seu pessoal
nomeadamente facultando à DGEG o acesso aos registos técnico, do disposto nos artigos 29.º e 52.º;
e demais documentos relacionados com o exercício da p) O exercício das atividades correspondentes às pro-
atividade. fissões previstas na presente lei por pessoa sem as quali-
ficações necessárias para o efeito;
Artigo 52.º q) O exercício da atividade de formação profissional
Relatório de atividade na área do gás por entidade sem certificação válida, nos
termos do capítulo VII;
1 — As EIG e as EIC estabelecidas em Portugal devem r) A violação por parte das EF dos deveres constantes
elaborar relatórios anuais das atividades desenvolvidas em do capítulo VII.
território nacional, a entregar na DGEG até ao final do mês s) A falta de seguro de responsabilidade civil, garantia
de março do ano seguinte àquele a que respeitam. financeira ou instrumento equivalente previsto no n.º 1
Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015 901

do artigo 45.º, bem como a falta de comunicação prevista dades competentes são realizados, preferencialmente, por
no artigo 49.º meios eletrónicos, através do balcão único eletrónico dos
serviços, referido no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010,
2 — A negligência e a tentativa são puníveis. de 26 de julho, acessível através do Portal da Empresa ou
3 — Em função da gravidade da infração e da culpa do sítio na Internet da DGEG.
do infrator, podem ser aplicadas as sanções acessórias 2 — Quando, por motivos de indisponibilidade das pla-
previstas na alínea b) do n.º 1 do artigo 21.º e no n.º 1 do taformas eletrónicas, não for possível o cumprimento do
artigo 22.º do regime geral das contraordenações, aprovado disposto no número anterior, pode ser utilizado qualquer
pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado outro meio legalmente admissível.
pelos Decretos-Leis n.os 356/89, de 17 de outubro, 244/95,
de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Artigo 57.º
Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro.
Listagem de entidades
4 — Qualquer pessoa tem legitimidade para comunicar
à DGEG ou a outras entidades competentes a violação das A DGEG deve publicitar, designadamente através do
normas da presente lei, não sendo admitidas denúncias balcão eletrónico dos serviços referido no artigo 6.º do
anónimas. Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do seu sítio
5 — Às infrações previstas na presente lei é aplicável, na Internet, listagens das EI, EIG, EIC, EEG e EF com
em tudo quanto não se encontre especialmente regulado, autorização válida, com distinção expressa entre as estabe-
o regime geral das contraordenações. lecidas em território nacional e as que operam em território
nacional em regime de livre prestação de serviços.
Artigo 54.º
Fiscalização, instrução de processos de contraordenação, Artigo 58.º
aplicação de coimas e sanções acessórias Cooperação administrativa
1 — Sem prejuízo da competência de outras entidades, As autoridades administrativas competentes nos ter-
a DGEG é a entidade competente para fiscalizar o cum- mos da presente lei prestam e solicitam, às autoridades
primento do disposto na presente lei. competentes dos outros Estados membros e à Comissão
2 — Os processos de contraordenação são instruídos Europeia, assistência mútua e tomam as medidas neces-
pela DGEG, cabendo ao Diretor-Geral de Energia e Geo- sárias para cooperar eficazmente, nomeadamente através
logia a aplicação das coimas e sanções acessórias. do Sistema de Informação do Mercado Interno, no âmbito
3 — O produto das coimas aplicadas reverte a favor das dos procedimentos relativos a prestadores de serviços já
seguintes entidades: estabelecidos ou a profissionais provenientes de outro
a) 60 % para o Estado; Estado membro, nos termos do capítulo VI do Decreto-Lei
b) 40 % para a DGEG. n.º 92/2010, de 26 de julho.

4 — As sanções aplicadas aos profissionais são co- Artigo 59.º


municadas à respetiva ordem ou associação profissional, Associações públicas profissionais
quando exista.
As associações públicas profissionais devem manter
Artigo 55.º registo dos técnicos cujas qualificações reconhecem nos
termos da presente lei e facultar às autoridades com com-
Taxas petência para licenciamento e fiscalização das instalações
1 — São devidas taxas à DGEG pela autorização das EI, e das redes e ramais de distribuição de gás, os elementos
EIG, EIC e EEG, pela certificação das EF e pela realização que, com motivo justificado, as mesmas lhes solicitem.
de auditorias, as quais são consignadas à satisfação dos
custos incorridos. Artigo 60.º
2 — O valor e o modo de cobrança das taxas a que res- Alteração ao Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro
peitam os números anteriores são fixados por portaria do
membro do Governo responsável pela área da energia. O artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de
3 — Nos termos do n.º 4 do artigo 6.º do Decreto-Lei novembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 389/2007, de
n.º 92/2010, de 26 de julho, a DGEG disponibilizará meca- 30 de novembro, 31/2008, de 25 de fevereiro, 195/2008,
nismos que permitam o pagamento das taxas através de de 6 de outubro, e 217/2012, de 9 de outubro, passa a ter
terminal multibanco, de homebanking ou de meio equi- a seguinte redação:
valente.
4 — Pelos serviços prestados pelas EIG no âmbito do «Artigo 18.º
exercício das suas competências são devidas taxas cujos [...]
montantes, bem como o respetivo mecanismo de atuali-
zação, são fixados em portaria do membro do Governo 1 — O regime de acesso e exercício da atividade
responsável pela área da energia. dos técnicos habilitados para a assinatura dos projetos
apresentados a licenciamento, bem como para assumir
Artigo 56.º a responsabilidade técnica pela exploração das instala-
ções, consta de lei.
Balcão único
2 — (Revogado.)
1 — Todos os pedidos, comunicações e notificações 3— ....................................
previstos na presente lei entre os interessados e as autori- 4 — (Revogado.)»
902 Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015

Artigo 61.º -Lei n.º 263/89, de 17 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei


Disposições transitórias
n.º 232/90, de 16 de julho, são automaticamente converti-
dos em certificação ao abrigo e nos termos do capítulo VII
1 — Mantêm-se, até ao termo do respetivo período de da presente lei, sem necessidade de qualquer formalismo
validade, as licenças concedidas pela DGEG aos proje- administrativo.
tistas ao abrigo do anexo I do Decreto-Lei n.º 263/89, de 10 — Mantêm-se, até ao termo do respetivo período de
17 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 232/90, de 16 validade, as licenças concedidas pela DGEG ou pelas EF
de julho. por esta reconhecidos, aos técnicos de gás, aos instaladores
2 — Podem exercer a atividade de EI as entidades insta- de redes de gás, aos mecânicos de aparelhos de gás e aos
ladoras e montadoras reconhecidas pela DGEG ao abrigo soldadores, ao abrigo do anexo I do Decreto-Lei n.º 263/89,
do anexo I do Decreto-Lei n.º 263/89, de 17 de agosto, de 17 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 232/90, de
alterado pelo Decreto-Lei n.º 232/90, de 16 de julho, até 16 de julho, devendo, no termo desse prazo, para a conti-
ao fim do prazo de validade da sua credencial, devendo, no nuação do exercício das respetivas atividades, frequentar
termo desse prazo, obter a respetiva autorização ao abrigo uma ação de formação de atualização de conhecimentos,
e nos termos do capítulo II da presente lei. a definir nos termos da portaria prevista na alínea b) do
3 — Podem exercer a atividade como EIG as entidades n.º 1 do artigo 40.º, numa EF devidamente certificada pela
inspetoras das redes e ramais de distribuição de gás e DGEG nos termos do capítulo VII da presente lei.
instalações de gás reconhecidas pela DGEG ao abrigo do 11 — O disposto no número anterior não impede que
anexo II da Portaria n.º 362/2000, de 20 de junho, alterada os profissionais mencionados no número anterior possam,
pelas Portarias n.os 690/2001, de 10 de julho, e 1358/2003, por sua iniciativa e antes de expirar o prazo de validade da
de 13 de dezembro, até ao fim do prazo de validade do seu respetiva licença, frequentar uma ação de atualização de
reconhecimento, devendo, no termo desse prazo, obter a conhecimentos que os habilite com todas as competências
respetiva autorização ao abrigo e nos termos do capítulo III agora atribuídas ao instalador de instalações de gás e de
da presente lei. redes e ramais de distribuição de gás.
4 — Podem exercer a atividade como EIC as entidades
inspetoras de instalações de combustíveis derivados do Artigo 62.º
petróleo reconhecidas pela DGEG ao abrigo do anexo à Regiões autónomas
Portaria n.º 1211/2003, de 16 de outubro, alterada pela
Portaria n.º 419/2009, de 17 de abril, até ao fim do prazo 1 — Os atos e os procedimentos necessários à execução
de validade do seu reconhecimento, devendo, no termo da presente lei nas Regiões Autónomas dos Açores e da
desse prazo, obter a respetiva autorização ao abrigo e nos Madeira competem às entidades e órgãos das respetivas
termos do capítulo IV da presente lei. administrações regionais com atribuições e competências
5 — Excetuam-se do disposto nos n.os 3 e 4 as EIG ou nas matérias em causa.
EIC que tenham feito prova de possuir acreditação de 2 — Nos termos do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei
acordo com a NP EN ISO/IEC 17020, concedida pelo n.º 92/2010, de 26 de julho, os controlos exercidos, quer
IPAC, I. P., ou, no caso das entidades legalmente estabe- pelos organismos da administração central do Estado, quer
lecidas em outro Estado membro da União Europeia ou pelas entidades e órgãos competentes das administrações
do Espaço Económico Europeu, por entidade homóloga das regiões autónomas, no âmbito da presente lei, são
signatária do acordo multilateral relevante da EA, cujos válidos para todo o território nacional.
reconhecimentos são automaticamente convertidos em 3 — O produto das coimas resultantes das contraor-
autorizações ao abrigo e nos termos, respetivamente, do denações previstas na presente lei aplicadas nas regiões
capítulo III e IV da presente lei, sem necessidade de qual- autónomas constitui receita própria destas.
quer formalismo administrativo.
6 — Podem exercer a atividade como EEG da classe I, Artigo 63.º
as entidades exploradoras das armazenagens e das redes e Norma revogatória
ramais de distribuição de gás inscritas na DGEG ao abrigo
do anexo da Portaria n.º 82/2001, de 8 de fevereiro, até São revogados:
ao fim do prazo de validade da sua inscrição, devendo, no a) O artigo 5.º do Anexo I do Decreto-Lei n.º 263/89,
termo desse prazo, obter a respetiva autorização ao abrigo de 17 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 232/90, de
e nos termos do capítulo V da presente lei. 21 de julho;
7 — Excetuam-se do disposto no número anterior as b) Os artigos 10.º e 17.º do Decreto-Lei n.º 125/97, de
EEG da classe I que tenham feito prova de possuir certifi- 23 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 389/2007, de
cação de acordo com a ISO 9001, concedida por entidade 30 de novembro;
acreditada pelo IPAC, I. P., ou por entidade homóloga sig- c) O n.º 7 do artigo 13.º e os n.os 2 e 4 do artigo 18.º do
natária do acordo multilateral da EA, cujas inscrições são Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado
automaticamente convertidas em autorizações ao abrigo e pelos Decretos-Leis n.os 389/2007, de 30 de novembro,
nos termos do capítulo V da presente lei, sem necessidade 31/2008, de 25 de fevereiro, 195/2008, de 6 de outubro, e
de qualquer formalismo administrativo. 217/2012, de 9 de outubro;
8 — As inscrições das EEG da classe II realizadas ao d) A Portaria n.º 162/90, de 28 de fevereiro;
abrigo do anexo da Portaria n.º 82/2001, de 8 de feve- e) O artigo 6.º do Anexo II da Portaria n.º 362/2000,
reiro, são automaticamente convertidas em autorizações de 20 de junho, alterada pela Portaria n.º 1358/2003, de
ao abrigo e nos termos do capítulo V da presente lei, sem 13 de dezembro;
necessidade de qualquer formalismo administrativo. f) A Portaria n.º 82/2001, de 8 de fevereiro;
9 — Os reconhecimentos das EF concedidos pela g) A Portaria n.º 1211/2003, de 16 de outubro, alterada
DGEG ao abrigo do artigo 11.º do anexo I do Decreto- pela Portaria n.º 419/2009, de 17 de abril;
Diário da República, 1.ª série — N.º 32 — 16 de fevereiro de 2015 903

h) A Portaria n.º 314/2009, de 30 de março; de 2014, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
i) A Portaria n.º 422/2009, de 21 de abril; Mar, o seguinte:
j) A Portaria n.º 190/2012, de 15 de junho; Artigo 1.º
k) A Portaria n.º 191/2012, de 18 de junho. Alteração ao Regulamento do Regime de Apoio
à Cessação Temporária das Atividades
Artigo 64.º de Pesca da Sardinha com Recurso a Artes de Cerco
Entrada em vigor Os artigos 9.º e 10.º do Regulamento do Regime de
A presente lei entra em vigor no prazo de 30 dias após Apoio à Cessação Temporária das Atividades de Pesca da
Sardinha com Recurso a Artes de Cerco, aprovado pela
a sua publicação.
Portaria n.º 198-A/2014, de 2 de outubro, passam a ter a
Aprovada em 12 de dezembro de 2014. seguinte redação:
«Artigo 9.º
A Presidente da Assembleia da República, Maria da
Assunção A. Esteves. [...]
Promulgada em 4 de fevereiro de 2015. 1 — [...]:
Publique-se. a) [...];
b) Uma segunda prestação, correspondente aos res-
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. tantes 25 % da compensação financeira prevista na alí-
Referendada em 5 de fevereiro de 2015. nea a) do n.º 1 do artigo 6.º, após a apresentação pelo
armador de comprovativo de pagamento aos tripulantes
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. das respetivas compensações salariais por:
i. Transferência bancária;
ii. Cheque não endossável, emitido em nome do tri-
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO MAR pulante, depositado na respetiva conta bancária;
iii. Cheque não endossável, emitido em nome do
Portaria n.º 34/2015 tripulante, levantado pelo mesmo junto do banco sacado.
de 16 de fevereiro 2 — [...].
No âmbito do eixo prioritário n.º 1 do Programa Ope- 3 — [...].
racional Pesca 2007-2013 (PROMAR), foi aprovado, pela Artigo 10.º
Portaria n.º 198-A/2014, de 2 de outubro, o Regulamento
[...]
do Regime de Apoio à Cessação Temporária das Atividades
de Pesca da Sardinha com Recurso a Artes de Cerco. 1 — [...].
Dispõe o artigo 9.º do mencionado regulamento, sob a a) [...]:
alínea b) do n.º 1, que o pagamento da segunda prestação
dos apoios fica dependente da apresentação pelo armador i. A declaração da Capitania referida no n.º 2 do
de documento comprovativo do pagamento aos tripulantes, artigo 5.º, comprovativa dos dias efetivos de paragem,
por transferência bancária, das respetivas compensações com indicação das datas de início e fim da mesma;
salariais. ii. [...].
A experiência na aplicação daquele regime de apoio
b) [...];
veio, entretanto, revelar que a imposição daquela única c) [...].
forma de comprovação do pagamento aos tripulantes cria
constrangimentos vários que, em face do objetivo subja- 2 — [...].
cente à norma, não se justificarão. 3 — [...].»
Na verdade, a norma em causa visa assegurar uma
adequada pista de auditoria da despesa, conforme pre- Artigo 2.º
conizado pela alínea f) do artigo 59.º do Regulamento Entrada em vigor e produção de efeitos
(CE) n.º 1198/2006 do Conselho, de 27 de julho de 2006.
Assim sendo, nada obsta à previsão de outras formas de 1 — O presente diploma entra em vigor no dia seguinte
comprovação do pagamento aos tripulantes que assegurem ao da sua publicação.
de igual modo aquela pista de auditoria. 2 — As alterações introduzidas pelo presente diploma
retroagem à data da entrada em vigor da Portaria
Por outro lado, verificou-se igualmente que a subalí- n.º 198-A/2014, de 2 de outubro.
nea i) da alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do regulamento
aprovado pela Portaria n.º 198-A/2014 enferma de um erro O Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu,
de remissão que importa corrigir. em 10 de fevereiro de 2015.
Assim, ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 2 do ar-
tigo 3.º do Decreto-Lei n.º 81/2008, de 16 de maio, alterado Portaria n.º 35/2015
pelos Decretos-Leis n.os 128/2009, de 28 de maio, 37/2010,
de 16 de fevereiro
de 20 de abril, e 16/2013, de 28 de janeiro, e no uso das
competências delegadas pela Ministra da Agricultura e do No âmbito do eixo prioritário n.º 1 do Programa Ope-
Mar no Despacho n.º 12256-A/2014, de 3 de outubro, pu- racional Pesca 2007-2013 (PROMAR), foi aprovado, pela
blicado no Diário da República, 2.ª série, de 3 de outubro Portaria n.º 217/2014, de 20 de outubro, o Regulamento do

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