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1. PROGRAMA
Eleitorais e Processo Penal Eleitoral. Nesta aula, o tema o qual o professor versará é acerca
dos Sistemais Eleitorais e Número de Representantes.
financiamento eleitoral.
2. SISTEMAS ELEITORAIS
Seria uma noção simplista afirmar que esta não é apenas votação de maioria. Há
critérios distintos, a depender do cargo executivo e legislativo que está sendo disputado. Isto
essencialíssima no sistema político. Caso não atraiam estes (que perderam a disputa
organizada pelo poder), viver-se-á uma revolução, uma guerra atrás de outra.
Logo, o sistema político, ao mesmo tempo que prestigia a maioria, precisa acolher as
minorias políticas. A maneira como ocorre tal acolhimento – onde e em que termos – é a
discussão acerca dos sistemas eleitorais – como estudar-se-á a seguir – e o professor pontuará
essas características.
2.1. MAJORITÁRIO
2.1.1 ABSOLUTO
absoluto), o qual consiste em que será presidente o candidato mais votado, desde que a
É o voto o qual será computado, o qual será possível trazer consequências para o
pleito.
A partir desta afirmativa, portanto, voto branco ou nulo não será considerado
juridicamente válido. São apenas manifestação de vontade do eleitor – que adimple sua
contudo não interfere na escolha do eleito. Enquanto no voto branco, não é votado em
Antigamente, afirmava-se que o voto branco era de quem confia no sistema, todavia
Voto nulo não anula eleição! Atentem a essa mitologia, por vezes replicada pelas
mídias sociais. Não existe relação alguma entre anular voto com anulação de eleição. Ainda
que haja 98% de votos nulos a eleição é anulada. Os votos válidos são os que indicam quem é
fora cassado poderá levar à novas eleições. Portanto, voto nulo e branco são desprezados.
dar governabilidade a ele, chance de serem escolhidos candidatos menos piores, de acordo
com o ponto de vista, há necessidade de segundo turno. Este somente não ocorrerá caso
um candidato obtenha mais do que 50% dos votos válidos. É necessário, ao menos, 50% +
Em caso de nenhum candidato alcançar tal marca, será realizado o segundo turno com
os dois mais votados. Este é o tipo de eleição presidencial vigente no Brasil. No primeiro turno,
visão de mundo de cada eleitor, no qual confia-se mais. A noção do segundo turno é a de
escolha dentre as opções, ainda o candidato de sua preferência não tenha esteja nele. O
propósito é dar força aos candidatos, visto que qualquer um que esteja nele recebe maioria
Corresponde às eleições nas cidades as quais não possuem 200.000 eleitores, valerá o
pulverizada, com diversos candidatos: um obtém 15% de votos, é o mais votado e é eleito
Prefeito.
candidato que obtiver 15% dos votos válidos em relação ao seu adversário será eleito o
prefeito.
utilidade do primeiro. No relativo, o candidato obtém 15% de votos e está eleito se obtiver a
maior número de votos em face dos demais. Enquanto no absoluto não. Como há a disputa
DF e o Prefeito de cidades com mais de 200.000 eleitores será sufragado somente com a
Nestas eleições, o professor observou algo que lhe pareceu artificioso: as afirmativas
que um candidato foi eleito, contudo, somadas as abstenções, votos nulos e brancos,
não obteve maioria, portanto não deveria se eleger. Entretanto, não é este o norte.
Contudo, não via princípio majoritário absoluto. Um candidato a Senador não necessita
conquistar maioria dos votos válidos, apenas conseguir mais votos do que seus concorrentes.
2.2. PROPORCIONAL
Vereadores não são eleitos de acordo com as regras do sistema majoritário, será de acordo
que foram votados e, portanto, aproveitar estes votos. A ideia é trazê-los para a disputa
Muitos propõem isto. Imagine se a eleição para a Assembleia Legislativa ocorresse pelo
sistema majoritário. Poder-se-ia deduzir que o partido o qual obtiver mais votos ocupará todas
as vagas. Haveria Legislativo sem oposição e esta não seria convocada, visto que apenas
seriam eleitos candidatos do partido mais votado (os demais não). Logo, não haveria controle,
fiscalização, oposição.
para o território comum de disputa. Logo, o sistema proporcional é lembrado para as Casas
O Senado adota o sistema majoritário relativo, como o professor falou. É possível – não
é comum, contudo pode ocorrer – que todos os senadores sejam do mesmo partido. Elegem-
se três por Estado (§ 1º do art. 46 da CF/88). Em tese, é possível haver todos do grupo político,
não havendo oposição (no Senado). O mesmo para o caso contrário. Caso se elege um partido
segundo plano será considerado o voto em candidato específico. Por fim, decide-se quem
Quais são esses conceitos de grande importância atrelados aos artigos 106
Considera-se o total dos votos válidos – despreza-se votos brancos e nulos – e divide-se
pelas vagas em disputa. Não importa em qual partido nem em qual candidato foi votado
(desde que realizada essa escolha). Caso o total de votos válidos seja de 100.000 e é
uma Câmara de Vereadores com 10 vagas, divide-se 100.000 por 10, e alcançamos o
O que significa?
Tem o significado de, cada vez que um partido alcançar 10.000 votos, terá direito a
ocupar uma vaga. Com 50.000 votos, será 5 vezes o quociente eleitoral e ocupa 5 vagas.
(quantas vezes o partido alcança aquele quociente). Poder-se-ia até citar coeficiente partidário
Considerando o exemplo acima, essas 5 vagas são ocupadas pelos 5 candidatos mais
bem votados do partido, pouco importando a quantidade de votos que cada qual conseguiu.
Há possibilidade de um obter 45.000 votos e ser eleito. Outro obter 2.000 votos e conseguir
também ser eleito. O terceiro mais bem votado do partido obteve 800 votos e será eleito.
Pode ser que o quinto mais bem votado tenha conseguido apenas 1 voto, caso o seu partido
tenha conseguido cadeiras, mesmo com números escassos, a vaga será dele.
São Paulo, na eleição de 2002, houve o fenômeno Dr. Enéas, médico cardiologista com pouco
tempo de propaganda eleitoral na TV. Somente entoava o próprio – “Meu nome é Enéas” – e
teve votação estrondosa. Com esta, o coeficiente partidário foi enorme – ocupou diversas
Dr. Éneas obteve 1.573.642 de votos, foi eleito e agregou a ele mais 5 Deputados
de Souza, conseguiu pouco mais de 200 votos. Com estes, foi eleito Deputado Federal do
Estado de São Paulo, visto que, no sistema proporcional, não importa a votação individual, sim
do partido, responsável pelas cadeiras as quais serão ocupadas pelos que tiveram votação
individual. Logo, esse sistema permite o fenômeno do “puxador de votos”: dos que só são
parlamentares os quais obtiveram votação pessoal, suficiente para estar lá, “por
esforço próprio” – o voto alcançou o quociente eleitoral – não alcança 15%: a maioria (85%) foi
eleita devido aos votos obtidos pelos candidatos do respectivo partido (votos obtidos pelo
listas preordenadas.
Neste sistema, o responsável por essa ordenação é o partido. Ele apresenta a lista de
dos votos que esta obtém e é nessa ordem, dependendo, o partido elege um, dois, três,
quatro ou cinco.
A vantagem é de se ter conhecimento de quem é candidato (p. ex.: não votarei neste
previsibilidade para o eleitor. Por outro lado, tem menos possibilidade de escolher candidato
do seu agrado.
Esse é um bom debate. O professor afirma ser favorável a esse sistema, visto que
levaria a eleições mais barateadas. Atualmente, é espécie de guerra de todos contra todos: a
eleição é cara juntamente por essa razão. Ele é favorável a esse sistema, embora reconheça
que somente daria certo caso houvesse democracia partidária, isto é, se quem resolvesse a
democráticas, haja vista que, senão, lideranças partidárias apenas colocarão candidatos da
conta que o professor elaborou para demonstrar o quociente é fácil: 100.000 votos : 10 vagas
= (quociente eleitoral é) 10.000. Todavia, ninguém obtém 100.000 votos. O quociente eleitoral
não é 100.000, mas 102.235. Um partido não obtém 10.000 nem 50.000 votos, obtém 57.492.
Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários
e em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108
serão distribuídos de acordo com as seguintes regras: (Redação dada pela Lei
13.165/15)
que, por exemplo, um partido obteve 57.000 votos: com 50.000, já ocupa 5 vagas.
Aplica-se o critério da maior média: divide-se o total de votos obtidos pelo partido
pelas vagas que ele já ocupa, mais a vaga que resta para distribuir. Faz-se este processo com
Como é feito?
terceiro tem 1. Enbtretanto, há votos os quais necessitam distribuir e vagas que precisa-se
preencher. O total de votos do partido é dividido pelas vagas as quais ele já ocupa mais a
pretendida.
EXEMPLO: 57.342 : (5 + 1); 33.900 : (3 + 1); 16.000 : (1 + 1). O partido que obtém
na conta. Por exemplo, diga que o partido com 57.342 votos tenha obtido maior média: ele já
ocupa 5 + 1 (6) vagas. Na próxima conta, os mesmos 57.342, porém inclui-se a vaga que já
ocupada. Não será 5 (5 + 1), no entanto 6 (6 + 1) e divide-se. Faz-se isso até serem