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17/05/2019 07 Principais exigências em acreditação para o setor de Engenharia Clínica - Equipacare

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07 Principais exigências em acreditação para o setor de


Engenharia Clínica
por Rodrigo Santos | 03/07/2015 | Gestão de qualidade e manutenção, Todas as categorias | 5 Comentários

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É muito bom ver que cada vez mais Hospitais têm aderido aos programas de acreditação como meio de elevar a qualidade real
e a qualidade percebida de seus serviços. Já está mais do que provado que hospitais certi cados são mais seguros e efetivos. –
Eu mesmo, se tiver a opção, pre ro ser tratado num que tenha a certi cação.

Outra coisa bem bacana é ver como os programas de acreditação valorizam o setor de engenharia clínica! As exigências que
visam a padronização da qualidade e maior segurança acabam por levar os hospitais a migrar do modelo de atuação, antes
restrito somente à manutenção, para um papel mais estratégico e de gestão.

Como essa transição requer tempo e esforço considerável, com alguma frequência somos procurados por hospitais que
querem capacitar sua equipe e implantar os processos padronizados. As exigências para acreditação realmente são muitas,
mas como temos nosso Manual de Qualidade Padronizado, em três meses de trabalho já é possível obter ótimos resultados.

Mas para aqueles que estão planejando começar ou já começaram a trilhar o caminho da acreditação (mas também atendendo
os pedidos dos colegas), preparei aqui neste post dicas sobre quais são as PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS EM ACREDITAÇÃO PARA O
SETOR DE ENGENHARIA CLÍNICA.

Na verdade, procurei selecionar aquelas que, ao meu ver e pela minha experiência de 10 anos com Qualidade, são as mais
frequentemente cobradas pelos auditores dos programas de acreditação. Portanto, devem ser o ponto de partida para o
trabalho de preparação do SEC (setor de engenharia clínica).

Boa leitura!

1. INVENTÁRIO DE EQUIPAMENTOS

A principal exigência dos auditores é quanto à existência de um inventário completo dos equipamentos. Neste quesito, será
melhor avaliado o SEC que tiver este controle de forma informatizada (software de gestão). Até porque, passa muito mais
segurança para o auditor de que o controle está organizado e atualizado.

Um bom sistema de inventário deve gerar um Código de Identi cação Individual para cada equipamento, e permitir registrar
dados como fabricante, modelo, número de série, setor a qual pertence, data de aquisição, dentre outros dados patrimoniais. O
ideal é que Código de Identi cação Individual seja etiquetado no equipamento inventariado para fácil identi cação.

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Aqui na EquipaCare, adotamos um Código de Identi cação Individual composto


por siglas e números que identi cam tanto o setor quanto a unidade
(instituição) a qual pertence o equipamento. Desta forma, temos melhor
controle caso o aparelho seja transferido ou emprestado entre as unidades.
Exempli cando:

Vamos supor um equipamento de tomogra a instalado na radiologia do


“Hospital Saúde e Alegria das Crianças” tenha como número de cadastro 1234. O
Código de Identi cação Individual do equipamento e consequentemente a
etiqueta caria assim:

2. METODOLOGIA PARA PRIORIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO

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A segurança dos pacientes e usuários, a qualidade no atendimento e a maior disponibilidade dos equipamentos de saúde são
importantes objetivos dos programas acreditação e, portanto, preocupação constante dos auditores.

Desta forma, o estabelecimento de planos de manutenção preventiva, planos de contingência e rotinas de inspeção são
necessários para alcançar estas metas, mas a inclusão indiscriminada de todos os equipamentos nestes planos seria inviável
para a instituição.

Portanto, é preciso desenvolver uma metodologia que estabeleça a prioridade para a inclusão dos equipamentos de saúde em
tais programas. Esta metodologia deve ser submetida à gerência médica e administrativa de forma a priorizar os equipamentos
considerados críticos para a segurança dos pacientes e de interesse estratégico da instituição.

Em nossas operações, os equipamentos são classi cados de acordo com os seguintes fatores: (A) Função; (B) Risco físico ao
paciente ou ao operador e; (C) Grau de Importância ABC.

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“Função” de ne a nalidade ou aplicação da tecnologia para assistência médica. Assim, teríamos equipamentos de Diagnóstico,
Suporte a vida, Terapia, dentro outros. Já “Risco Físico” de ne qual o possível dano causado em caso de falha do equipamento,
que pode ser de “nenhum risco” até “risco de morte”. Por m, “Grau de Importância ABC” vem da clássica metodologia de
Pareto para classi cações de informações, e nos permite considerar o quanto aquele item é estratégico operacional ou
nanceiramente para a instituição.

Para cada fator é associada uma pontuação que é somada para chegar ao valor “C” de CRITICIDADE, sendo:

C = F + RF + ABC

Criticidade = Função + Risco Físico + Grau de Importância ABC

A partir do valor de criticidade de nimos uma “nota de corte” para os equipamentos de forma que aqueles que tiverem valor
igual ou acima desta nota serão incluídos ou não nos programas de manutenção programada, e serão priorizados nos
atendimentos corretivos. A criticidade também é considerada para o estabelecimento da periodicidade das preventivas.

Vale comentar que, independente da classi cação de criticidade, devem ser respeitadas as determinações legais para itens cujo
controle metrológico ou validação seja obrigatório, por exemplo, itens scalizados pelo IPEM como es gmomanômetros e
balanças.

3. PLANO DE MANUTENÇÕES PROGRAMADAS

A partir da de nição dos equipamentos mais críticos, um Programa de


Manutenção Programada poderá ser criado. Nós aqui tratamos este programa
como quatro grandes processos dentro da Engenharia Clínica que são: (A) a
Manutenção Preventiva, (B) as Rotinas de Inspeção, (C) a Segurança Elétrica e
(D) a Calibração.

Ainda na fase de planejamento do programa, deverão ser de nidas para cada equipamento e processo quais serão as
periocidades (frequência de realização) e responsabilidades de execução, ou seja, se será realizada pela equipe interna, por
força de contrato contínuo ou ainda contratada de forma avulsa.

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Segue abaixo um exemplo de macroplanejamento das manutenções programadas envolvendo as manutenções preventivas e
calibrações.

4. HISTÓRICO DAS MANUTENÇÕES DOS EQUIPAMENTOS

Todas os eventos associados à vida útil dos equipamentos, desde a instalação até o descarte por obsolescência, devem ser
documentados de forma organizada, formando assim um histórico. Isto é algo que com certeza o auditor irá lhe questionar e
querer ver.

Naturalmente que a melhor forma de fazer isto é utilizar um software de gestão especializado – o mesmo utilizado para
cadastro do inventário – onde todos os eventos ocorridos são registrados na forma de Ordens e Serviço: instalação,
treinamento, corretivas, preventivas, trocas de peças, atualizações, etc, são exemplos de eventos que devem ser associados ao
equipamento em questão.
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Com uso de ltros de seleção, o gestor poderá buscar qualquer informação


gerencial associada ao parque e, quando em visita de acreditação, apresentar
rapidamente ao Auditor.

Saiba mais: Equipe de Engenharia clínica interna ou terceirizada?

5. PLANO DE CONTINGÊNCIA

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Outro ponto bastante observado pelos auditores é quanto ao planejamento para contornar situações imprevistas, ou seja, o
Plano de Contingência.

Já ouviu a expressão “Se der errado tenho um Plano B”? Pois então, estabelecer o Plano de Contingência nada mais é do que já
deixar organizado o que fazer para contornar da forma mais rápida possível eventos inesperados ou circunstâncias remotas
indesejáveis. São exemplos de circunstâncias remotas indesejáveis:

Equipamento crítico quebrar e todos os outros estarem em uso;


Mais de um, ou alguns equipamentos do mesmo tipo estarem quebrados ao mesmo tempo;
Ocorrência de catástrofe ou epidemia tendo o hospital que lidar com inesperado e excessivo número de pacientes faltando
equipamentos para o atendimento.

Por isto é muito importante que a Engenharia Clínica estabeleça com o supervisor de cada setor clínico qual será o plano de
ação em caso de imprevistos como acima.

O que fazemos aqui na Equipacare é localizar – para cada setor – quais os principais equipamentos utilizando para isto a
metodologia de priorização (ver tópico 2). Logo após, mapear para cada item quais são as Alternativas Internas – como backups e
outros setores que possam emprestar – e quais são as Alternativas Externas  – como hospitais parceiros e contatos de empresas
fornecedoras – que possam alugar ou até mesmo emprestar equipamentos sobressalentes.

Segue abaixo um modelo simples de Plano de Contingência, mostrando como se mapeia alternativas internas e externas para
um dado equipamento crítico.

Para saber mais sobre plano de contingência, con ra mais o post que zemos sobre o tema CLICANDO AQUI.

6. PROCESSO PARA INCORPORAÇÃO TECNOLÓGICA

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O auditor do programa de acreditação também perguntará qual é o papel da Engenharia Clínica nos processos de incorporação
tecnológica. Vale esclarecer que o termo “incorporação”, não se refere somente à aquisição/compra, mas também às
modalidades de comodato, aluguel ou leasing.

O que o auditor está realmente querendo saber, é se há no hospital uma uxo


padronizado, que permite manter a qualidade do que se é incorporado, pela
avaliação de critérios técnicos (o que garante a segurança) e nanceiros (o que
garante a sustentabilidade).

O papel da Engenharia Clínica dentro do uxo de aquisição pode ser


evidenciado para o auditor através dos seguintes documentos:

Fluxo mapeado, apresentando o papel de cada parte envolvida: setor solicitante, gestor que aprova, setor de compras,
engenharia clínica, nanceiro, patrimônio ou almoxarifado, etc. Este uxo deve ser homologado com o Setor de Qualidade em
um POP – Procedimento Operacional Padrão;
Relatórios de comparação técnica e nanceira entre equipamentos, comprovando para o auditor que são feitos estudos para
seleção da melhor opção para instituição;
Outras evidências (como e-mails, orçamentos) da participação da engenharia clínica nos processos de incorporação.

7. INDICADORES DE GESTÃO

O levantamento de indicadores é de fundamental importância para a monitoração do desempenho do serviço de engenharia


clínica. Com esses dados será possível detectar e mitigar problemas operacionais ou processuais e estabelecer metas para que
exista a cultura de melhoria contínua.

É algo tão importante para gestão, que certamente será veri cado pelos auditores. Como exemplos de indicares imprescindíveis
podemos citar:

Tempo de atendimento aos chamados para manutenção corretiva;


Percentual de cumprimento das manutenções programadas;

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Número de ordens de serviços solicitadas e nalizadas no período;


Percentual de uptime dos equipamentos de imagem, dentre outros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os 07 tópicos acima são apenas parte do que é exigido em programas de


acreditação. Mas conforme já esclareci na introdução deste artigo, minha
intenção era apresentar quais são as exigências que pela minha experiência
mais são cobradas pelos auditores.

Existem ainda outros requisitos importantes, como evidenciar as ações de educação continuada (treinamento), apresentar
método de quali cação e avaliação de fornecedores, bem como estabelecer uxo para descarte e alienação de equipamentos,
etc.

O conjunto completo de normas que rege um Setor de Engenharia Clínica de excelência – tal qual exigido pelas organizações
acreditadoras e pela ANVISA – forma o PGEQS – Programa de Gerenciamento de Equipamentos de Saúde.

Não que por fora! Receba por e-mail as nossas novidades e informações
sobre a área de Engenharia Clínica e Hospitalar CLIQUE AQUI.

Rodrigo Santos

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5 Comentários
Marcos Acioli no setembro 26, 2015 a partir do 8:25 pm
Responder
Rodrigo, Parabéns pela iniciativa, material de ótima qualidade!

Camila Rodrigues no setembro 28, 2015 a partir do 2:43 pm


Responder
Obrigada Marcos pelo seu comentário!

Logo logo publicaremos outros posts bem interessantes!

Matheus Mendes no setembro 6, 2017 a partir do 5:47 pm


Responder
Texto excelente. Sou estudante de Engenharia Biomédica e estou fazendo Trabalho de
Conclusão de Curso em Acreditação Hospitalar. Cada vez mais me apaixono por essa área!

Guilherme Xavier no fevereiro 24, 2018 a partir do 9:49 pm


Responder
Obrigado Matheus !!! Estamos a disposição

Att
Guilherme

Oração no março 27, 2019 a partir do 2:05 pm


Responder

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Eu realmente aprendi muito.

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