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17/05/2019 07 Principais exigências em acreditação para o setor de Engenharia Clínica - Equipacare
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É muito bom ver que cada vez mais Hospitais têm aderido aos programas de acreditação como meio de elevar a qualidade real
e a qualidade percebida de seus serviços. Já está mais do que provado que hospitais certi cados são mais seguros e efetivos. –
Eu mesmo, se tiver a opção, pre ro ser tratado num que tenha a certi cação.
Outra coisa bem bacana é ver como os programas de acreditação valorizam o setor de engenharia clínica! As exigências que
visam a padronização da qualidade e maior segurança acabam por levar os hospitais a migrar do modelo de atuação, antes
restrito somente à manutenção, para um papel mais estratégico e de gestão.
Como essa transição requer tempo e esforço considerável, com alguma frequência somos procurados por hospitais que
querem capacitar sua equipe e implantar os processos padronizados. As exigências para acreditação realmente são muitas,
mas como temos nosso Manual de Qualidade Padronizado, em três meses de trabalho já é possível obter ótimos resultados.
Mas para aqueles que estão planejando começar ou já começaram a trilhar o caminho da acreditação (mas também atendendo
os pedidos dos colegas), preparei aqui neste post dicas sobre quais são as PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS EM ACREDITAÇÃO PARA O
SETOR DE ENGENHARIA CLÍNICA.
Na verdade, procurei selecionar aquelas que, ao meu ver e pela minha experiência de 10 anos com Qualidade, são as mais
frequentemente cobradas pelos auditores dos programas de acreditação. Portanto, devem ser o ponto de partida para o
trabalho de preparação do SEC (setor de engenharia clínica).
Boa leitura!
1. INVENTÁRIO DE EQUIPAMENTOS
A principal exigência dos auditores é quanto à existência de um inventário completo dos equipamentos. Neste quesito, será
melhor avaliado o SEC que tiver este controle de forma informatizada (software de gestão). Até porque, passa muito mais
segurança para o auditor de que o controle está organizado e atualizado.
Um bom sistema de inventário deve gerar um Código de Identi cação Individual para cada equipamento, e permitir registrar
dados como fabricante, modelo, número de série, setor a qual pertence, data de aquisição, dentre outros dados patrimoniais. O
ideal é que Código de Identi cação Individual seja etiquetado no equipamento inventariado para fácil identi cação.
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A segurança dos pacientes e usuários, a qualidade no atendimento e a maior disponibilidade dos equipamentos de saúde são
importantes objetivos dos programas acreditação e, portanto, preocupação constante dos auditores.
Desta forma, o estabelecimento de planos de manutenção preventiva, planos de contingência e rotinas de inspeção são
necessários para alcançar estas metas, mas a inclusão indiscriminada de todos os equipamentos nestes planos seria inviável
para a instituição.
Portanto, é preciso desenvolver uma metodologia que estabeleça a prioridade para a inclusão dos equipamentos de saúde em
tais programas. Esta metodologia deve ser submetida à gerência médica e administrativa de forma a priorizar os equipamentos
considerados críticos para a segurança dos pacientes e de interesse estratégico da instituição.
Em nossas operações, os equipamentos são classi cados de acordo com os seguintes fatores: (A) Função; (B) Risco físico ao
paciente ou ao operador e; (C) Grau de Importância ABC.
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“Função” de ne a nalidade ou aplicação da tecnologia para assistência médica. Assim, teríamos equipamentos de Diagnóstico,
Suporte a vida, Terapia, dentro outros. Já “Risco Físico” de ne qual o possível dano causado em caso de falha do equipamento,
que pode ser de “nenhum risco” até “risco de morte”. Por m, “Grau de Importância ABC” vem da clássica metodologia de
Pareto para classi cações de informações, e nos permite considerar o quanto aquele item é estratégico operacional ou
nanceiramente para a instituição.
Para cada fator é associada uma pontuação que é somada para chegar ao valor “C” de CRITICIDADE, sendo:
C = F + RF + ABC
A partir do valor de criticidade de nimos uma “nota de corte” para os equipamentos de forma que aqueles que tiverem valor
igual ou acima desta nota serão incluídos ou não nos programas de manutenção programada, e serão priorizados nos
atendimentos corretivos. A criticidade também é considerada para o estabelecimento da periodicidade das preventivas.
Vale comentar que, independente da classi cação de criticidade, devem ser respeitadas as determinações legais para itens cujo
controle metrológico ou validação seja obrigatório, por exemplo, itens scalizados pelo IPEM como es gmomanômetros e
balanças.
Ainda na fase de planejamento do programa, deverão ser de nidas para cada equipamento e processo quais serão as
periocidades (frequência de realização) e responsabilidades de execução, ou seja, se será realizada pela equipe interna, por
força de contrato contínuo ou ainda contratada de forma avulsa.
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Segue abaixo um exemplo de macroplanejamento das manutenções programadas envolvendo as manutenções preventivas e
calibrações.
Todas os eventos associados à vida útil dos equipamentos, desde a instalação até o descarte por obsolescência, devem ser
documentados de forma organizada, formando assim um histórico. Isto é algo que com certeza o auditor irá lhe questionar e
querer ver.
Naturalmente que a melhor forma de fazer isto é utilizar um software de gestão especializado – o mesmo utilizado para
cadastro do inventário – onde todos os eventos ocorridos são registrados na forma de Ordens e Serviço: instalação,
treinamento, corretivas, preventivas, trocas de peças, atualizações, etc, são exemplos de eventos que devem ser associados ao
equipamento em questão.
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5. PLANO DE CONTINGÊNCIA
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Outro ponto bastante observado pelos auditores é quanto ao planejamento para contornar situações imprevistas, ou seja, o
Plano de Contingência.
Já ouviu a expressão “Se der errado tenho um Plano B”? Pois então, estabelecer o Plano de Contingência nada mais é do que já
deixar organizado o que fazer para contornar da forma mais rápida possível eventos inesperados ou circunstâncias remotas
indesejáveis. São exemplos de circunstâncias remotas indesejáveis:
Por isto é muito importante que a Engenharia Clínica estabeleça com o supervisor de cada setor clínico qual será o plano de
ação em caso de imprevistos como acima.
O que fazemos aqui na Equipacare é localizar – para cada setor – quais os principais equipamentos utilizando para isto a
metodologia de priorização (ver tópico 2). Logo após, mapear para cada item quais são as Alternativas Internas – como backups e
outros setores que possam emprestar – e quais são as Alternativas Externas – como hospitais parceiros e contatos de empresas
fornecedoras – que possam alugar ou até mesmo emprestar equipamentos sobressalentes.
Segue abaixo um modelo simples de Plano de Contingência, mostrando como se mapeia alternativas internas e externas para
um dado equipamento crítico.
Para saber mais sobre plano de contingência, con ra mais o post que zemos sobre o tema CLICANDO AQUI.
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O auditor do programa de acreditação também perguntará qual é o papel da Engenharia Clínica nos processos de incorporação
tecnológica. Vale esclarecer que o termo “incorporação”, não se refere somente à aquisição/compra, mas também às
modalidades de comodato, aluguel ou leasing.
Fluxo mapeado, apresentando o papel de cada parte envolvida: setor solicitante, gestor que aprova, setor de compras,
engenharia clínica, nanceiro, patrimônio ou almoxarifado, etc. Este uxo deve ser homologado com o Setor de Qualidade em
um POP – Procedimento Operacional Padrão;
Relatórios de comparação técnica e nanceira entre equipamentos, comprovando para o auditor que são feitos estudos para
seleção da melhor opção para instituição;
Outras evidências (como e-mails, orçamentos) da participação da engenharia clínica nos processos de incorporação.
7. INDICADORES DE GESTÃO
É algo tão importante para gestão, que certamente será veri cado pelos auditores. Como exemplos de indicares imprescindíveis
podemos citar:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existem ainda outros requisitos importantes, como evidenciar as ações de educação continuada (treinamento), apresentar
método de quali cação e avaliação de fornecedores, bem como estabelecer uxo para descarte e alienação de equipamentos,
etc.
O conjunto completo de normas que rege um Setor de Engenharia Clínica de excelência – tal qual exigido pelas organizações
acreditadoras e pela ANVISA – forma o PGEQS – Programa de Gerenciamento de Equipamentos de Saúde.
Não que por fora! Receba por e-mail as nossas novidades e informações
sobre a área de Engenharia Clínica e Hospitalar CLIQUE AQUI.
Rodrigo Santos
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17/05/2019 07 Principais exigências em acreditação para o setor de Engenharia Clínica - Equipacare
5 Comentários
Marcos Acioli no setembro 26, 2015 a partir do 8:25 pm
Responder
Rodrigo, Parabéns pela iniciativa, material de ótima qualidade!
Att
Guilherme
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