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SEL0608 – Eletromagnetismo

Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação


E l de
Escola d Engenharia
E h i ded São
Sã Carlos
C l - USP

CAMPOS ELETROSTÁTICOS NO VÁCUO

Prof. Leonardo André Ambrosio


S l 26468
Sala
leo@sc.usp.br
www.sel.eesc.usp.br/leonardo
AULA 7
Carga elétrica é uma característica intrínseca das partículas fundamentais que constituem
os objetos.
j

Cada objeto contém uma vasta quantidade de carga elétrica que é camuflada devido à
existência, em geral, de quantidades iguais de dois tipos de cargas: positiva e negativa,
deixando-o neutro. Quando a quantidade dos dois tipos de cargas são distintas, o objeto
está carregado.

É possível detectar a existência de tais cargas através de experimentos simples:

3
Uma classificação simplória pode ser estabelecida baseada na habilidade das cargas em se
moverem através dos materiais:

 Condutores – materiais através dos quais cargas podem se mover com grande facilidade.
E
Exemplos:
l metais,
t i corpo humano.
h
 Isolantes ou dielétricos – materiais através dos quais as cargas têm grande dificuldade
em se moverem. Exemplos:
p borracha, pplástico, vidro.
 Semicondutores – propriedades intermediárias entre dielétricos. Exemplos: silício e
germânio.
 Supercondutores
S d t – condutores
d t perfeitos,
f it permitem
it o movimento
i t das
d cargas sem
quaisquer impedimentos.

4
Para compreender como uma das forças da natureza mais presentes em
nosso mundo
d clássico
lá atua, começemos considerando
d d o seguinte
experimento realizado por Charles Augustine de Coulomb em 1777:

a12

Charles
Ch l Augustin
A ti de
d
5 Coulomb (1738-1806)
Para compreender como uma das forças da natureza mais presentes em
nosso mundo
d clássico
lá atua, começemos considerando
d d o seguinte
experimento realizado por Charles Augustine de Coulomb em 1777:

Balança de Torção

 Esferas (cargas pontuais)


carregadas
d por atrito;
i

 As
A esferas
f suspensas por fio
fi e
fixas em uma haste podem girar
livremente;

 Forças de atração ou repulsão


medidos pela deflexão angular
(torção)
(torção).
6
Para compreender como uma das forças da natureza mais presentes em
nosso mundo
d clássico
lá atua, começemos considerando
d d o seguinte
experimento realizado por Charles Augustine de Coulomb em 1777:
Balança de Torção

 Força de atração ou repulsão


depende
p da natureza (positiva
p
ou negativa, por convenção) das
cargas;

 Linhas de atuação orientadas


no segmento de união entre as
cargas;

 Força dependente do meio


no quall as esferas
f estão
ã imersas.
i
7
Para compreender como uma das forças da natureza mais presentes em
nosso mundo
d clássico
lá atua, começemos considerando
d d o seguinte
experimento realizado por Charles Augustine de Coulomb em 1777:

Balança de Torção
1
F µ q1q2 F µ 2
r
q1q2
F µ 2
r
q1q2
F µ 2
8
r
Para compreender como uma das forças da natureza mais presentes em
nosso mundo
d clássico
lá atua, começemos considerando
d d o seguinte
experimento realizado por Charles Augustine de Coulomb em 1777:

Balança de Torção
Seja a12 o versor orientado de q1
à q2. Então,, a forçaç ((em N))
exercida pela carga 1 sobre a
carga
g 2 é:

q1q2
F12 = k 2
a12
r
1
k= = 8, 99 ´ 109 Nm2 /C2
4pe0
4pe
9
e0 = 8, 854 ´ 10-12 F/m
Para compreender como uma das forças da natureza mais presentes em
nosso mundo
d clássico
lá atua, começemos considerando
d d o seguinte
experimento realizado por Charles Augustine de Coulomb em 1777:
q1q2
F12 = k 2
a12
r
q1q2
F21 = k 2
a 21 = -F12
r
R12 R12 r2 - r1
a12 = º =
R12 R r2 - r1
R 21 R 21
a 21 = º = -a12
R21 R
t t 0 é a permissividade
A constante i i id d dod espaço livre
li ( á ) e vale
(vácuo) l
10 aproximadamente 8,854×10‒12 F/m.
Naturalmente, algumas condições são tacitamente assumidas:

1) A
As cargas sãoã pontuais;
t i
2) As cargas são estacionárias entre si;
3) O sinal
i l negativo
ti ou positivo
iti das d cargas deve d ser considerado
id d
explicitamente;
4) Para outros meios que não o vácuo, vácuo a constante de
proporcionalidade k ou, alternativamente, a permissividade ,
deverá ter outros valores ou se apresentar como grandezas não-
escalares.
5) Por ser uma grandeza vetorial,
vetorial a força deve obedecer ao princípio
da superposição linear. Assim, a força total exercida em uma carga 1
ppela ppresença
ç das cargas
g 2,, 3,, 4,, etc.,, é dada vetorialmente ppor

FT ,1 = F21 + F31 + F41 + ...


11
N
FT ,11 = F21 + F31 + F41 + ... = å Fi 1
i =2
q1q 2 q1q 3 q1q 4 æq
N ö÷
= k 2 a 21 + k 2 a 31 + k 2 a 41 + ... = kq1 å ççç i2 a i 1 ÷÷
R21 R31 R41 è Ri 1 ÷÷ø
i =2 ç
æ 1 N q ö÷
= q1 ççç å i
a ÷÷
çè 4pe0 i =2 Ri21 i 1 ÷÷ø

Observe que a carga de teste q1


fica em evidência.

O termo entre parênteses depende apenas das


demais cargas e das propriedades elétricas do meio
(vácuo). Não é uma propriedade ou não inclui
nenhuma
h informação
i f ã fí
física
i d da carga d
de tteste.
t

12
Seja F a força total atuando sobre uma carga de teste q. Definimos como
campo elétrico
lé i a força
f F por unidade
F, d d de
d carga, exercida
d sobre
b q:

æ F ÷ö
E = lim ççç ÷÷
q 0 è q ÷ø

(i) Como as cargas estão estacionárias entre si, temos um campo


eletrostático.

(ii) E é um campo vetorial que permeia todo o espaço,


p
independentemente da existência ou não de uma carga
g de teste capaz
p de
senti-lo.

(iii) Como o princípio da superposição é válido para F, ele também o é


para E.
13
Campo eletrostático gerado por uma carga pontual

(a) Para cada ponto no espaço, posiciona-se uma carga de teste positiva
com qteste → 0 e calcula-se a força por unidade de carga sobre qteste;
(b) Elimina-se a carga teste, obtendo um mapa de atuação da força
eletrostática,
l á ou campo elétrico
lé para a carga pontuall original;
l

qtesteq R rq - rq
F=k aqq aqq = = teste
2 teste
R rq - rq
R teste
t t
teste

F q
E = lim = k 2 aqq
qteste 0 qteste R teste

14
Campo eletrostático gerado por uma carga pontual

(a) Para cada ponto no espaço, posiciona-se uma carga de teste positiva
com qteste → 0 e calcula-se a força por unidade de carga sobre qteste;
(b) Elimina-se a carga teste, obtendo um mapa de atuação da força
eletrostática,
l á ou campo elétrico
lé para a carga pontuall original;
l
(c) As linhas de atuação de campo (ou de força) se formam à medida em
que unimos
i os vetores
t d campo entre
de t os pontos.
t

15
q
E = k 2 aR
R
16
q
E = k 2 aR
R
17
q
E = k 2 aR
R
18
19
20
21
22
TESTE I

23
AULA 8
Distribuições contínuas de cargas

(a) A superposição linear nos permite, no limite, transformar a soma dos


campos elétricos individuais de cargas infinitesimais em integrais, para
distribuições contínuas de carga;
(b) Para
P uma carga Q, Q temos a integrall volumétrica
l é d uma densidade
de d dd
volumétrica de cargas, V;
( ) Para
(c) P uma distribuição
di t ib i ã linear
li ou superficial,
fi i l teremos
t uma integral
i t l de
d
linha ou superfície associada a uma densidade linear ou superficial de
carga, L ou S, respectivamente.
ti t

25
Distribuições contínuas de cargas

dQ = rLdl  Q= òL
rLdl

dQ = rSdS  Q= ò S
rSdS

dQ = rvdv  Q= ò r dv
v v

26
Distribuições contínuas de cargas
rLdl
Q= ò L
rLdl E= ò
L 4pe0R 2
aR

rSdS
Q= òS
rSdS E= ò
S 4pe0R 2
aR

rvdv
Q= ò r dv
v v E= ò v 4pe0R 2
aR

27
Distribuições contínuas de cargas
rLdl
Q= ò L
rLdl E= ò L 4pe0R 2
aR

rSdS
Q= ò S
rSdS E= ò S 4pe0R 2
aR

rvdv
Q= ò r dv
v v E= ò v 4pe0R 2
aR

Observe que R é a distância


Ob d â d um elemento
de l infinitesimal
f l (de
d linha,
l h superfície

ou volume) da distribuição contínua até o ponto de observação.
Também, para um determinado ponto de observação, o versor aR varia para
cada elemento infinitesimal da fonte ou distribuição contínua de cargas.
28
Densidade de fluxo elétrico

rLdl rSdS rvdv


E= ò L 4pe0R 2
aR E= òS 4pe0R 2
aR E= ò
v 4pe0R 2
aR

Olhando para as expressões acima para o campo elétrico de uma distribuição


contínua de cargas elétricas,
elétricas vemos que E depende do meio (no caso, caso o
vácuo).

Vamos definir um campo vetorial D independente do meio. Chamaremos D


de densidade de fluxo elétrico, por razões que serão elucidadas mais
adiante. Assim, para o vácuo:

D = e0 E
29
Densidade de fluxo elétrico
q
Para uma carga pontual na origem: D = e E = a
0 2 r
4pr

Seja uma superfície fechada esférica S que envolve a carga q,


q suposta centrada
na origem. Assim, temos um elemento infinitesimal de área dS =
(rsendd)ar.

q
P
Portanto: D ⋅ ar =
4pr 2
 ( )
D ⋅ 4pr 2 a r = q

Sendo a superfície esférica e o vetor densidade de fluxo elétrico apontando na


direção radial,

( ) ò D ⋅ dS = q = ò r dv
D ⋅ 4pr 2 a r =
v v
30 S
Densidade de fluxo elétrico

ò D ⋅ dS = q = ò r dv v v
S

A integral à esquerda é, por definição, um fluxo através da superfície


(fechada) S, independente de a distribuição de carga estar ou não centrada em
g
uma origem. Definindo este fluxo elétrico como e, vemos qque o fluxo
elétrico através de uma superfície fechada S nos dá a medida da
g elétrica total no interior de S ((no volume limitado p
carga por S).
)
Ye = ò D ⋅ dS Ye = q
S

Mas, do teorema de Gauss ou da divergência:

Ye = ò D ⋅ dS = ò ( ⋅ D)dv
S v
31
Densidade de fluxo elétrico

Ye = ò D ⋅ dS = q = ò r dv
v v
S

32
Densidade de fluxo elétrico

Ye = ò D ⋅ dS = q = ò r dv
v v
S

33
Densidade de fluxo elétrico

Ye = ò D ⋅ dS = q  ò ( ⋅ D)dv = ò r dv
v v
S v

Sendo o volume v arbitrário temos, na forma diferencial,

rv
 ⋅ D = rv ⋅E =
e0
A equação diferencial acima é conhecida como a Lei de Gauss elétrica.

Ela estabelece que, em cada ponto do espaço, a divergência das linhas de


densidade de fluxo elétrico é igual à densidade (volumétrica) de cargas
ali existente.
34
Lei de Gauss elétrica para o vácuo (forma diferencial)

rv
 ⋅ D = rv ⋅E =
e0

Lei de Gauss elétrica p


para o vácuo (forma
( integral)
g )

q
ò D ⋅ dS = q
ò E ⋅ dS =
e0
S S

35
Lei de Gauss Elétrica

 ⋅ D = rv ò D ⋅ dS = q
S

rv q
⋅E =
e0
ò E ⋅ dS =
e0
S

 É uma forma alternativa da lei de Coulomb;


 Embora derivadas originalmente para uma carga pontual, as equações
diferenciais e integrais acima são genéricas e válidas para quaisquer
distribuições volumétricas de cargas nos pontos do espaço, ou de quaisquer
cargas
ca gas tota
totaiss eem uumaa dada
a a região
eg ão eenvolvida
vo v a pe
pelaa supe
superfície
c e fechada
ec a a S;
 Na forma integral, é interessante para distribuições simétricas de carga;

36
Potencial elétrico ou eletrostático
Qual o trabalho W realizado por um agente externo para deslocar uma carga
de teste Q positiva de um ponto A até um ponto B em uma região onde existe
um campo elétrico E?

dW = -F ⋅ dl = -QE ⋅ dl

W = -Q ò E ⋅ dl
A

37
Potencial elétrico ou eletrostático
Vamos definir um campo escalar VAB como o trabalho por unidade de
carga realizado por um agente EXTERNO para deslocar uma carga
positiva através de um campo elétrico, de A até B. Chamaremos VAB de
diferença de potencial, ou potencial eletrotático.

B
W
VAB = = VB -VA = -ò E ⋅ dl
Q A

38
Potencial elétrico ou eletrostático
Para VAB > 0, o potencial aumenta de A até B, e interpretamos como um
trabalho efetivamente realizado pelo agente externo,
externo já que W > 0.
0
Para VAB < 0, o potencial diminui de A até B, e há trabalho realizado pelo
campo elétrico,
elétrico já que W < 0.
0

B
W
VAB = = VB -VA = -ò E ⋅ dl
Q A

39
Potencial elétrico ou eletrostático – Carga pontual
Suponhamos uma carga q centrada na origem. Qual o potencial eletrostático
associado a esta carga,
carga entre dois pontos A e B?
B B
q
VAB = -ò E ⋅ dl = -ò k 2 ar ⋅ (dr
d ar )
q r
E = k 2 ar A A
r B
1 æ1 1 ö÷
= -kq ò 2 dr = kq ççç - ÷÷
r è ç r r ø÷
A B A

Vamos assumir que o ponto A é nossa referência, e tomamos rA → ∞. Assim,


VA = 0 (referencial
f l de
d potenciall nulo
l no infinito),
f e o potenciall em qualquer
l
ponto rB → r vale, portanto,

q q (referencial de potencial
V =k = nulo no infinito)
40
r 4pe0r
Potencial elétrico ou eletrostático – Carga pontual
Vemos que o potencial independe do caminho de A a B, apenas dos pontos
inicial e final. Este resultado é válido ppara qqualquer
q campo
p eletrostático.

B A

Logo, VAB + VBA = - ò E ⋅ dl - ò E ⋅ dl = -ò E ⋅ dl = 0


A B

VAB = -VBA ò E ⋅ dl = 0
Mas do Teorema de Stokes,
Mas, Stokes ò E ⋅ dl = ò ( ´ E) ⋅ dS = 0
S

Campos eletrostáticos
\ ´E = 0 são irrotacionais ou
41
conservativos
Potencial elétrico ou eletrostático – Carga pontual
O potencial em qualquer ponto é a diferença de potencial entre aquele ponto
e um ponto de referência para o qual o potencial é nulo.
nulo

Para potencial nulo (referência) no infinito,


infinito

r
q q
V = -ò E ⋅ dl V =k =
¥
r 4pe0r

Se a carga
g q não está originalmente
g na origem,
g mas em um pponto cujo
j vetor
posição é r’,
q q
V =k =
r - r´ 4pe0 r - r´
42
Potencial elétrico ou eletrostático
n
qi
O potencial para um conjunto de n cargas será V =å
i =1 4pe0 r - ri¢

Como toda distribuição de cargas pode sempre ser interpretada como


g ppontuais,, é fácil estender a expressão
consistindo de cargas p acima ppara
distribuições contínuas:

1 rL (r ¢)dl ¢ 1 rS (r ¢)dS ¢
V (r) = ò V (r) = ò
4pe0
4pe L r - r¢ 4pe0
4pe S r - r¢

1 rv (r ¢)dv ¢
V (r) = ò
4pe0 v r - r¢
43
Relação entre E e V
Podemos inverter a relação entre V e E da seguinte forma:

V = -ò E ⋅ dl  dV = -E ⋅ dl

¶V ¶V ¶V
dV º dx + dy + dz = (V ) ⋅ dl
¶x ¶y ¶z
= -Exdx
d - Eyd
dy - Ezd
dz

P comparação,
Por ã concluímos
l í que

E(r) = -V (r)


44
Relação entre E e V
Observem as linhas (superfícies) equipotenciais:

45
Energia em Campos Eletrostáticos
Suponhamos que, no vácuo, desejemos conhecer a energia presente em um
conjunto de cargas.
cargas Para tanto,
tanto faz-se necessário considerar como as mesmas
são agrupadas.

Ao trazermos a primeira carga do infinito, não há a realização de trabalho pois


não
ão háá aaindaa ca
campo
po eelétrico
ét co ppresente.
ese te.

A segunda
g carga,
g , pporém,, ao se deslocar do infinito,, sentirá a ppresença
ç do
campo elétrico da primeira. Há a realização de trabalho.

Uma terceira carga, agora, será deslocada sob a ação do campo total geral pela
primeira e segunda
g cargas.
g E assim por diante.

Vamos quantificar essas informações.


46
Energia em Campos Eletrostáticos
Se Wi é o trabalho realizado pelo agente externo para trazer a carga i-ésima
carga qi do infinito,
infinito é fácil perceber que definindo Vij como o potencial no
ponto da carga qi devido à presença de qj, temos

W1 = 0 W2 = q2V21 W3 = q 3V31 + q 3V32

W = W1 + W2 + W3 = q2V21 + q 3 (V31 + V32 )


Se as cargas
g tivessem sido agrupadas
g em ordem reversa, o mesmo valor final
para W deveria ser obtido. Porém, vemos que agora

W = W3 + W2 + W1 = q2V23 + q1 (V12 + V13 )

47
Energia em Campos Eletrostáticos
W = W1 + W2 + W3 = q2V21 + q 3 (V31 + V32 )

W = W3 + W2 + W1 = q2V23 + q1 (V12 + V13 )

Somando e dividindo por 2:



W = êq1 (V12 + V13 ) + q2 (V21 + V23 ) + q 3 (V31 + V32 )ùú
2ë û


W = êëq1V1 + q2V2 + q 3V3 ùúû
2
onde V1, V2 e V3 são os potenciais totais nos pontos P1, P2 e P3 onde as cargas
q1, q2 e q3 se localizam.
48
Energia em Campos Eletrostáticos
Assim, o trabalho total W realizado para posicionar um conjunto de N cargas
seráá
1 N
W = å qV V
i i
2 i =1
Para distribuições contínuas:

1
W = ò rLVdl (carga linear)
2
1
W = ò rSVdS (carga superficial)
2
1
W = ò rvVdv (carga volumétrica)
2
49
Energia em Campos Eletrostáticos
Para cargas volumétricas,

1 1 1 é
W = ò rvVdv = ò ( ⋅ D)Vdv = ò êë ⋅ (VD) - D ⋅ V ùúû dv
2 2 2
1 1 1 1
= ò (VD) ⋅ dS - ò (D ⋅ V )dv = ò (VD) ⋅ dS + ò (D ⋅ E)dv
2 2 2 2
Para S larga e supondo que os campos decaem suficientemente rápido,

V 1 r (mínimo) D  1 r2 (mínimo)
1 1 1
2 2
2

2
(
W = ò (D ⋅ E)dv = ò e0E dv = ò wEdv )
wE é a densidade de
50 energia eletrostática
RESUMO - ELETROSTÁTICA
Lei de Gauss elétrica para o Lei de Faraday eletrostática
vácuo ((forma diferencial)) ((forma diferencial))

 ⋅ D(r) = rv (r)

 ⋅ E(r) =
rv (r) ò E(r) ⋅ dl = 0
e0
Lei de Gauss elétrica para o Lei de Faraday eletrostática
vácuo (forma integral) (forma integral)

ò D(r) ⋅ dS = q(r) ´ E(r) = 0


S
q(r)
ò E(r) ⋅ dS =
e0
51
S E(r) = -V (r)
EQUAÇÕES DE MAXWELL
Lei de Gauss elétrica para o Lei de Faraday eletrostática
vácuo ((forma diferencial)) ((forma diferencial))

 ⋅ D(r) = rv (r)

 ⋅ E(r) =
rv (r) ò E(r) ⋅ dl = 0
e0
Lei de Gauss elétrica para o Lei de Faraday eletrostática
vácuo (forma integral) (forma integral)

ò D(r) ⋅ dS = q(r) ´ E(r) = 0


S
q(r)
ò E(r) ⋅ dS =
e0
S
52
AULAS 9 e 10
(E í i )
(Exercícios)
EXERCÍCIOS

CAPÍTULO 4

54
Exercícios

55
Exercícios

56
Exercícios

57
Exercícios

58
Exercícios

59
Exercícios

60
Exercícios

61
Exercícios
Calcular o campo elétrico no ponto P devido a uma linha de cargas de
densidade linear de carga uniforme.
uniforme
rLdl
E= ò L 4pe0R 2
aR

62
Exercícios
Calcular o campo elétrico no ponto P devido a uma linha de cargas de
densidade linear de carga uniforme.
uniforme
rLdl
E= ò L 4pe0R 2
aR

63
Exercícios
Calcular o campo elétrico no ponto P devido a uma linha de cargas de
densidade linear de carga uniforme.
uniforme
rLdl
E= ò
L 4pe0R 2
aR

Para uma linha infinita:

64
Exercícios
Calcular o campo elétrico no ponto P devido a uma lâmina infinita de cargas.

rSdS
E= ò S 4pe0R 2
aR

65
Exercícios
Calcular o campo elétrico no ponto P devido a uma lâmina infinita de cargas.

rSdS
E= ò S 4pe0R 2
aR

66
Exercícios
Em função do resultado anterior e desprezando efeitos de borda, determine o
campo elétrico entre as placas (paralelas) de um capacitor cujo dielétrico é o
vácuo.

rS (-rS )
ET = an + (-a n )
2e0 2e0

67
Exercícios
Calcular o campo elétrico no ponto P devido a uma carga volumétrica de
densidade uniforme.
uniforme
rvdv
E= ò v 4pe0R 2
ar

68
Exercícios
Calcular o campo elétrico no ponto P devido a uma carga volumétrica de
densidade uniforme.
uniforme

Q
 E= a
2 r
4pe0r
69
Exercícios

rLdl
70
E= ò
L 4pe0R 2
aR
Exercícios

71
Exercícios

72
Exercícios

Q
E= a
2 r
73 4pe0r
Exercícios

74
Exercícios

75
Exercícios
Aplicações de Lei de Gauss. Carga pontual.

Lei de Gauss Elétrica na forma integral:


ò D ⋅ dS = Q
S
Para uma carga pontual, temos uma simetria esférica, sendo preferível uma superfície gaussiana
também esférica

76
Exercícios
Aplicações de Lei de Gauss. Linha infinita de carga.

Lei de Gauss Elétrica na forma integral:


ò D ⋅ dS = Q
S
Para uma linha infinita, a superfície gaussiana mais recomendada é a cilíndrica.

77
Exercícios
Aplicações de Lei de Gauss. Lâmina infinita de carga em z = 0.

Lei de Gauss Elétrica na forma integral:


ò D ⋅ dS = Q
S
Para uma lâmina infinita, a superfície gaussiana mais recomendada é a retangular ou cilíndrica.

78
Exercícios
Aplicações de Lei de Gauss. Esfera uniformemente carregada.

Lei de Gauss Elétrica na forma integral:


ò D ⋅ dS = Q
S

79
Exercícios
Aplicações de Lei de Gauss. Esfera uniformemente carregada.

Lei de Gauss Elétrica na forma integral:


ò D ⋅ dS = Q
S

80
Exercícios
Aplicações de Lei de Gauss. Esfera uniformemente carregada.

Lei de Gauss Elétrica na forma integral:


ò D ⋅ dS = Q
S

81
Exercícios
Aplicações de Lei de Gauss. Esfera uniformemente carregada.

Lei de Gauss Elétrica na forma integral:


ò D ⋅ dS = Q
S

82
Exercícios

Para potencial nulo (referência) no infinito,


r
q q
V = -ò E ⋅ dl V =k =
¥
r 4pe0r

83
Exercícios

Para potencial nulo (referência) no infinito,


r
q q
V = -ò E ⋅ dl V =k =
¥
r 4pe0r

84
Exercícios

85
Exercícios

86
Exercícios
Vamos estudar o campo elétrico gerado por um dipolo elétrico, duas cargas
de iguais magnitudes porém de sinais opostos,
opostos separados por pequena distância.
distância
r >> d
d
r1 » r - cos q
2
d
r2 » r + cos q
2
-1 d
r1 » r + cos q
2
-1 d
r2 » r - cos q
2
1 1 d cos q
- » 2
87 r1 r2 r
Exercícios
Vamos estudar o campo elétrico gerado por um dipolo elétrico, duas cargas
de iguais magnitudes porém de sinais opostos,
opostos separados por pequena distância.
distância

Q d cos q
V =
4pe0 r 2

p = Qd (momento de dipolo elétrico)

d cos q = d ⋅ ar d = da z

p ⋅ ar
V = 2
4pe0r

88
Exercícios
Vamos estudar o campo elétrico gerado por um dipolo elétrico, duas cargas
de iguais magnitudes porém de sinais opostos,
opostos separados por pequena distância.
distância

p ⋅ ar
V =
4pe0r 2

Dipolo localizado em rr' e não na origem:

89
Exercícios
Vamos estudar o campo elétrico gerado por um dipolo elétrico, duas cargas
de iguais magnitudes porém de sinais opostos,
opostos separados por pequena distância.
distância

Q d cos q
V =
4pe0 r 2

90
Exercícios
Vamos estudar o campo elétrico gerado por um dipolo elétrico, duas cargas
de iguais magnitudes porém de sinais opostos,
opostos separados por pequena distância.
distância

91
Exercícios

92
Exercícios

93
Exercícios

94
Exercícios

95
Exercícios

96
Exercícios

97
SEL0608 – Eletromagnetismo

Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação


E l de
Escola d Engenharia
E h i ded São
Sã Carlos
C l - USP

CAMPOS ELETROSTÁTICOS NA MATÉRIA

Prof. Leonardo André Ambrosio


S l 26468
Sala
leo@sc.usp.br
www.sel.eesc.usp.br/leonardo
AULA 11
Campos Eletrostáticos na Matéria (Cap. 5)

 Campos
C elétricos
lé i podem
d existir
i i também
bé na matéria;
éi

 Em
E termos
t d suas propriedades
de i d d elétricas,
lét i os materiais
t i i podem
d ser
classificados como: isolantes (dielétricos), semicondutores e condutores;

 O estudo das propriedades elétricas dos materiais é importante para se


entender conceitos de condução,
condução corrente elétrica e polarização.
polarização

 Definiremos,
Definiremos no estudo das propriedades elétricas em isolantes,
isolantes
propriedades tais como susceptibilidade, permissividade, linearidade,
isotropia,
p , homogeneidade,
g , tempo
p de relaxação
ç e intensidade dielétrica..

100
Campos Eletrostáticos na Matéria

 Genericamente,
G i materiais
i i podem
d ser classificados
l ifi d de d acordo
d com sua
condutividade  (Siemens/m ou mhos/m):

 Metais ou condutores:  >> 1


 Dielétricos ou isolantes:  << 1
 Semicondutores: valores intermediários
 Supercondutores:  → ∞ para T → 0°

101
Condutividade

102
Condutividade

103
Corrente Elétrica
A corrente através de uma dada área é a carga elétrica atravessando a área por
unidade de tempo.
tempo

dQ
I =
dt

Corrente Elétrons

104
Corrente Elétrica
 Por vezes, estamos interessados na corrente em um condutor particular.

 Outras vezes, queremos estudar o fluxo de corrente através de uma


seção reta do condutor. Para estes, podemos usar a densidade de
corrente elétrica J,

I = ò S
J ⋅ dS

 A expressão
p acima é válida ppara qqualquer
q tipo
p de corrente ((densidade de
corrente de condução, de convecção ou de deslocamento);

 Correntes de deslocamento só são consideradas em Ondas


Eletromagnéticas!
g
105
Corrente Elétrica (Convecção)

 Não depende da
r v

existência de um condutor u = uy a y
DS
(não satisfaz a lei de Ohm);

D
DQ D
 Ocorre em meios dielétricos I = = rv DS = rv DSuy
(gás rarefeito, líquido, vácuo…); Dt Dt
I
Jy = = rvuy
DS
 Ex.: Feixe de elétrons em um
tubo de vácuo;; J = rv u
106
Corrente Elétrica (Condução)
 Corrente de condução requer um material com grande quantidade de
elétrons livres disponíveis.
p Um condutor pprovê tal corrente a ppartir de um
campo elétrico impresso;

 A força em cada elétron é F = -eE

 Por conta de colisões com a rede cristalina, os elétrons são arrastados na


direção do campo elétrico (sentido oposto), com velocidade média u
constante;

 Sendo  o tempo médio entre colisões,

mu
mu et
et
= F = -eE u=- E
t m
107
Corrente Elétrica (Condução)

Elétrons em movimento Quando se aplica um campo


térmico: eventos elétrico, os eventos
aleatórios de aleatórios prosseguem, mas
espalhamento há uma direção preferencial
(deriva)
Entre colisões e na presença de um campo elétrico externo, os elétrons
aceleram na direção do campo eletrostático. Supondo que não há, na média
(ou seja, para um grande número de partículas), direção preferencial para o
elétron após o choque (suposto em t = 0):
F eE
v  v0  a  t  t0   at  t   t
108 m m
Corrente Elétrica (Condução)

Elétrons em movimento Quando se aplica um campo


térmico: eventos elétrico, os eventos
aleatórios de aleatórios prosseguem, mas
espalhamento há uma direção preferencial
(deriva)
média existe uma colisão a cada  segundos.
Na média, segundos Assim
Assim, a velocidade média
de deriva para o elétron é:
eE e  e 
v u t  E u   E
m m m
109
Corrente Elétrica (Condução)
Havendo n elétrons por unidade de volume, a densidade de carga eletrônica
v valerá

rv = -ne
E, portanto, a densidade de corrente de condução é

æ ne 2 t ö÷
J = rv u = ççç ÷÷E
çè m ÷ø

2
ne t 1
J = sE s= =
m r
onde  é a condutividade e seu inverso, , a resistividade do material.
110
Corrente Elétrica (Condução)

 Na ausência de corrente elétrica, as cargas livres em movimento


aleatório no condutor possuem velocidades de ~ 106 m/s.

 Entretanto,
Entretanto na presença de corrente através do condutor,
condutor além desse
movimento aleatório existe ainda a tendência das cargas de serem arrastadas
com uma velocidade de arraste (ou velocidade média de deriva) u
devido à presença do campo elétrico, que passa a exercer uma força sobre as
ppartículas.. Essa velocidade é da ordem de 10–4, 10–5 m/s.
/.

111
112
TESTE II

113
AULA 12
Campo Elétrico em Condutores
 Como não há corrente de condução perpétua em um condutor
i l d perfeito,
isolado f it o campo elétrico
lét i neste
t condutor
d t deve
d ser nulo;
l

Todo excesso de carga deve, portanto, ser observado na superfície;

 O campo elétrico sendo nulo,


nulo segue
segue-se
se que o condutor isolado é um
corpo equipotencial;

 Em conclusão,, um condutor p perfeito não consegue


g manter um
campo eletrostático em seu interior.

115
Campo Elétrico em Condutores
Campo elétrico gerado por carga pontual e três condutores perfeitos

E0

E0

E0

116
Campo Elétrico em Condutores
Consideremos, agora, um condutor de seção reta uniforme S alimentado por
bateria externa de ppotencial constante V.

Vb  Va  V    E  dl
C

V
V  E  E

I V V  
 E  dl
J  E  R    ou R  C

S  I S S   E  ds
S

onde  é a resistividade do material.


material
117
Campo Elétrico em Dielétricos

118
Campo Elétrico em Dielétricos (Apolares)
Q

Q p  Qd (momento de dipolo elétrico)

Para N dipolos em um volume v, temos a


polarização P como o momento de dipolo
por unidade de volume:


N
Q Q Q d
P  lim k 1 k k
v o v

119
Campo Elétrico em Dielétricos (Polares)
É possível mostrar que, para dielétricos polares, uma densidade volumétrica
de cargas equivalente pv se forma no interior do dielétrico,
dielétrico enquanto que
uma densidade superficial de cargas equivalente ps se forma sobre a
superfície Elas não ligadas e,
superfície. e logo,
logo não se movem livremente no material!

 ps é a densidade superficial de cargas ligadas ou de polarização;

 pv é a densidade volumétrica de cargas


g ligadas
g ou de ppolarização.
ç

120
Campo Elétrico em Dielétricos (Polares)
É possível mostrar que, para dielétricos polares, uma densidade volumétrica
de cargas equivalente pv se forma no interior do dielétrico,
dielétrico enquanto que
uma densidade superficial de cargas equivalente ps se forma sobre a
superfície Elas não ligadas e,
superfície. e logo,
logo não se movem livremente no material!

 ps é a densidade superficial de cargas ligadas ou de polarização;

 pv é a densidade volumétrica de cargas


g ligadas
g ou de ppolarização.
ç

 ps  P  a n
 pv  
P

121
Campo Elétrico em Dielétricos (Polares)
 ps é a densidade superficial de cargas ligadas ou de polarização;

 pv é a densidade volumétrica de cargas ligadas ou de polarização.

 ps  P  a n
 pv  
P
A carga total deve ser neutra.
neutra Assim,
Assim se há uma carga positiva líquida Qb na
superfície do dielétrico, no interior a carga líquida é –Qb:

Qb    ps ds   P  ds
S S

Qb    pv dv       P  dv
122 V V
Campo Elétrico em Dielétricos (Polares)
Suponhamos, agora, que dentro do material existam densidades volumétricas
de cargas livres e ligadas.
ligadas A densidade (volumétrica) total será

t   pv  v      0 E 
Logo:
ogo:
  P  v      0 E      0E     P  v
    0E  P   v

  D  v D   0E  P

Devido à aplicação de E no material dielétrico, a densidade de fluxo


é maior do que seria se esse campo fosse aplicado no espaço livre.
123
Campo Elétrico em Dielétricos (Polares)
Para certos dielétricos e dentro de certos limites, a polarização P é
proporcional ao campo elétrico E,
E tal que
P   e 0 E

D   0 E  P  1   e   0 E

D  E    r 0

 e é a susceptibilidade elétrica do material (suposta um escalar);


  é a permissividade do material (suposta um escalar);
 0 é a permissividade do vácuo (espaço livre), sempre um escalar;
 r = /0 é a permissividade relativa (ao vácuo), suposta um escalar.

124
Nesse curso,
curso fixaremos nossa atenção nos chamados meios
simples.

Meios simples
p

Lineares Homogêneos Isotrópicos

 Linear –  independe
p de E;
 Homogêneo –  não varia ponto a ponto;
 Isotrópico –  independe da direção.
direção
125
Equação da continuidade
Podemos expressar matematicamente a conservação da carga elétrica em
nosso espaço-tempo em 3+1 dimensões: a corrente líquida através de uma
superfície fechada arbitrária S se dá às custas de uma taxa de variação
temporal da carga elétrica no seu interior.
interior
dQin d  v 
I     v dv      dv   S J  ds
dt dt V V
 t 

 J  ds      J  dv
S V

v Para correntes estacionárias, a derivada é zero


J   e a carga total que sai do volume é a mesma que
t entra (lei de Kirchhoff das correntes)
126
Condições de contorno ou de fronteira

127
Condições de contorno ou de fronteira

E1t  E2t
D1t D2t

128 1 2
Condições de contorno ou de fronteira

D1n  D2 n   S 1 E1n   2 E2 n   S

D1n  D2 n 1 E1n   2 E2 n

129
Condições de contorno: interface dielétrico-condutor
D1t D2t D1n  D2 n   S
E1t  E2t 
1 2  E  E  
1 1n 2 2n S

130
Condições de contorno: interface dielétrico-condutor
D1n   S
E1t  0 D1t1t  0
1 E1n   S

131
AULA 13
(E í i )
(Exercícios)
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
Exercícios

149
SEL0608 – Eletromagnetismo

Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação


E l de
Escola d Engenharia
E h i ded São
Sã Carlos
C l - USP

SOLUÇÕES
Ç NUMÉRICAS

Prof. Leonardo André Ambrosio


S l 26468
Sala
leo@sc.usp.br
www.sel.eesc.usp.br/leonardo
AULA 14
Soluções de Problema em Eletrostática (Até o Momento)

Problema

Lei de
Lei de Gauss Potencial V
C l b
Coulomb

Distribuição
ç de (densidade
( Distribuição
ç de
de) cargas é conhecida potencial é conhecida

E r 
152
Soluções de Problema em Eletrostática (Até o Momento)

Problema

Lei de
Lei de Gauss Potencial V
C l b
Coulomb

X X
Distribuição
ç de (densidade
( Distribuição
ç de
de) cargas é conhecida potencial é conhecida
E geral,
Em l porém,
é nem a di distribuição
t ib i ã dde cargas nem a
distribuição de potencial são conhecidas...

153 MÉTODOS NUMÉRICOS!!


Equações de Laplace e de Poisson

  D      E   v

E  V

v
V 
2
(Equação de Poisson, meios simples)

 V 0
2 (Equação de Laplace, meios simples)

154
Equações de Laplace e de Poisson

 V 0
2 (Equação de Laplace,
Laplace meios simples)

155
Equações de Laplace e de Poisson

 V 0
2 (Equação de Laplace,
Laplace meios simples)

V  V i  V  V  i, j  ou V  i, j , k 
 i  x, y , z   i , j , k  x, y , z 
Integração direta Método de Separação de Variáveis

Condições de Contorno ou Iniciais


 S  Dn
Condutores Q    S ds
E  
V D  E S

Q
C
156 V
157
 0  2  0 d V0 
V  z    z   2  d  z  V0
158  2   
 0  2  0 d V0 
V  z    z   2  d  z  V0
 2   

159
160
161
162
Para  = 0, é possível mostrar que só há a solução trivial, que não nos
interessa (demonstrem!)
( )

Vamos, então, considerar  ≠ 0.


163
X  x   Ae  x  Be   x
Y  y   Ce y
 De  y
 
V  x, y   Ae  x  Be   x Ce y  De  y 
Substituindo X(x) e Y(y) nas equações
diferenciais de segunda ordem respectivas,
encontramos que

   2   2

164

V  x, y   Ae
A  x  Be 
B   x Ce
C j  y  De
D  j y 
X  x   Ae  x  Be   x
 
V  x, y   Ae  x  Be   x Ce j  y  De  j  y 
Y  y   Ce y
 De  y


V  0, y    A  B  Ce j  y  De  j  y  0 
B  A

V  x, y   A  e  x  e   x  Ce j  y  De  j  y 

165
X  x   Ae x  Be   x
V  x, y   A  e  x  e   x  Ce j  y  De  j  y 
Y  y   Ce y  De   y

 
V  x, 0   A e  x  e   x  C  D   0

D  C

 
V  x, y   AC e  x  e   x e j  y  e  j  y 
166
X  x   Ae x  Be   x
Y Y   Ce  De
y  y
 
V  x, y   AC e  x  e   x e j  y  e  j  y 

  
V  b, y   AC e  b  e   b e j  y  e  j  y  0

e b
 e  b 0
Como seno hiperbólico não é periódico, a
única forma de satisfazer a condição
ç acima é
167 se  =j for imaginário ( real):
X  x   Ae x  Be   x
Y Y   Ce  De
y  y
 
V  x, y   AC e  x  e   x e j  y  e  j  y 
V  b, y   AC  e  b  e   b  e j  y  e  j  y   0

 
e b  e  b  0

n
sen   b   0  , n  1, 2,3,...
b
168
X  x   Ae x  Be   x  n   y  y
Y Y   Ce  De
y  y
V  x, y   2 jACsen 
 b 

x e e 
 n   n 
V  x, y   4 jACsen  x  senh  y
 b   b 

 n   n 
V  x, y   cnsen  x  senh  y
 b   b 

169
 n  1, 2,3,...
 n   n 
V  x, y   cnsen  x  senh  y  n  1, 2,3,...
 b   b 


 n   n 
V  x, y    cnsen  x  senh  y
n 1  b   b 

170

 n   n 
V  x, y    cnsen  x  senh  y
n 1  b   b 

171
172
173

 n   n 
V  x, y    cnsen  x  senh  y
n 1  b   b 

 n   n 

sen  x  senh  y
4V0  b   b 
V  x, y  


n 1,3,5...  n a 
n senh  
 b 
174
175
nmax  3

176
nmax  11

177
nmax  101

178
AULA 15
Resistores com Seção Reta Não-Uniforme

180
Capacitores e Capacitância

181
Capacitores e Capacitância

Q S  S
S  D  a x   a x    S a x
S 2 2

S Q
E   ax   ax
 S
1 d  Q 
V    E  dl     a x   dxa x
2 0
 S 
Qd

S
Q S
C 
V d
182
Capacitores e Capacitância

Q
Q    E  dS   E 2 L E a
2
L
 Q 
a    d a 
1 a
V    E  dl    
2 b
 2 L 
Q a1 Q b
 
2 L b 
d  ln
2 L a

Q 2 L
C 
V ln  b a 
183
Capacitores e Capacitância

Q
Q    E  dS   Er 4 r 2
E ar
4 r 2

1  Q 
  dra r 
a
V    E  dl     a 
 4 r
2 r
2 b

Q a 1 Q 1 1

4 r b 2
dr    
4  a b 

Q 4
C 
V 11
a b
184
Capacitores e Capacitância

Q
Q    E  dS   Er 4 r 2
E ar
4 r 2

1  Q 
  dra r 
a
V    E  dl     a 
 4 r
2 r
2 b

Q a 1 Q 1 1

4 r b 2
dr    
4  a b 

C  b     4 a (Esfera Isolada)


185
Capacitores e Capacitância


RC 

Q S  d d
C  R  
V d  C  S  S

186
Capacitores e Capacitância


RC 

Q 2 L   ln  b a  ln  b a 
C  R  
V ln  b a  C 2 L 2 L

187
Capacitores e Capacitância


RC 

1 1
Q 4   
C  R  a b
V 11  C  4 1  1 4
a b a b

188
Capacitores e Capacitância


RC 

  1
C  b     4 a R  
 C  4 a 4 a
(Esfera Isolada)
189
TESTE III

190
AULAS 16 e 17
(E í i )
(Exercícios)
Exercícios

192

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