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Escalas de aproximação 4
Conclusão 54
A seguinte publicação se insere dentro de
uma pesquisa mais ampla realizada pela
Plataforma PLUS São Paulo. O projeto teve
início em Paris, onde os arquitetos Fréderic
Druot, Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal
se propuseram a encontrar soluções que
resolvessem questões de carência de moradia.
A Plataforma PLUS, portanto, procura entender
o espaço de análise, de forma a encontrar
potenciais transformações, adensamentos
e possíveis projetos futuros, que levem em
conta o tecido urbano existente.O perímetro foi
escolhido de forma que a pesquisa se voltasse
para um local consolidado,já que a intervenção
deverá levar em conta as pré-existências.
Além disso é uma área onde a intervenção do
Minhocão fica muito clara na conformação do
espaço. O PLUS analisa física e espacialmente
a região delimitada através da coleta de dados
sintetizados em fotos, mapas, gráficos e textos.
Além disso, visando como objetivo do projeto
a definição de territórios capazes, a Plataforma
PLUS procura compreender a vida local, o dia-
a-dia da região.
A pesquisa atua em duas escalas diferentes A pesquisa teve como intuito se aproximar das pessoas e a partir dessa aproximação
e complementares, uma “de dentro pra reunir informações de uso aproveitamento da região da Vila Buarque, dentro do perímetro
fora” e outra “de fora pra dentro”. A primeira delimitado pela Plataforma PLUS. Os mapas elaborados a partir das falas dos moradores
escala faz referência à primeira aproximação encontrados nos espaços públicos tem a intenção de servir como material para a localização
das pessoas, momento no qual as falas são de um espaço ótimo que venha à acolher uma intervenção. O uso de pessoas como fonte de
usadas como meio de compreender o espaço informação permitiu que usos teóricos e usos práticos fossem comparados. As abordagens
do perímetro. Através do mapeamento de permitiram analisar as situações em que era mais fácil se aproximar e as situações em que
locais ativados pelas pessoas com as quais se isso gerou maiores problemas, e porque. Levando em conta o pré-existente, sua importância,
conversou, torna-se mais fácil localizar fluxos sua praticidade e sua qualidade como espaço para que se possa pensar em transformações
de moradores da região e consequentemente que se adotem a esse tecido existente e concretizado.
áreas propensas a in-tervenções. É o momento
no qual se utiliza das falas dentro pra praça
para entender o seu lado de fora, o entorno, o
recorte. A segunda escala “de fora pra dentro”
procura, após o momento das primeiras
aproximações, utilizar das falas das pessoas
para também entender o espaço de conversa.
É nesta escala que se analisa fisicamente
o espaço complementando as informações
obtidas nos diálogos e possibilitando
entender de forma mais completa como
se deu essa aproximação, de que forma o
entorno, a iluminação, a vegetação, os fluxos
e as aglomerações auxiliaram ou dificultaram a
abordagem das pessoas.
De acordo com Dani, a Vila Buarque constitui um Aleph de Borges por abrigar dentro de
um mesmo espaço uma variedade infinita de pessoas, que simultaneamente existem e
conseqüentemente coexistem. Para ela, o Largo do Arouche é um ponto no espaço de onde
é possível ver de tudo: senhores e senhoras que construíram sua vida inteira na região, jovens
LGBTs, imigrantes, pessoas das mais vastas classes e condições sociais. Essa variedade
pode ser justificada por uma série de fatores apresentados sobre o Largo do Arouche: seu
entorno, sua história, seus fatores físicos e as transformações que o moldam.
E
RQU
BUA
VILA
A abordagem deste capítulo procura mostrar, através de dados obtidos nas conversas com as
pessoas, a escala “de dentro para fora” da pesquisa. Neste primeiro momento de aproximação
os diálogos ocorreram sem roteiro ou questionário previamente estabelecido. A intenção foi
permitir a liberdade da fala, ao passo que as perguntas eram feitas em cima das respostas
obtidas. Dentre as perguntas realizadas para que fosse possível entender o espaço através
das pessoas, o questionamento do uso da região da Vila Buarque foi uma das ferramentas
mais importantes. No decorrer da conversa, a pessoa era levada à comentar os locais que usa
e frequenta no bairro, o que tem de se deslocar mais pra encontrar e seus percursos diários.
Com essas informações foi possível compreender, na escala da área de recorte da Plataforma
PLUS, espaços mais ou menos ativados, de maior ou menor aglomeração. Pensando em
cheios e vazios, os mapas revelam áreas mais frequentadas e mais úteis as pessoas em
contraste com as áreas não pintadas, os vazios, os locais de menor uso e pouco ativados.
Ao passo que as visitas aos espaços públicos ocorriam surgiu a necessidade de definir uma
forma de apresentar as informações escolhidas. Entre as produções cartográficas imaginadas,
a foi o “mapa de ativações”. Por meio de uma localização indicada dos espaços analisados
e da identificação de espaços frequentados que foram mencionados nas conversas o mapa
procura situar espaços de fluxo e uso que se mostram úteis para a cidade e para a pessoa.
Quando vistos juntos, os lotes demarcados apontam para lotes do entorno que alimentam a
praça e que criam aglomerações. É possível ainda, compreender quais são os locais de maior,
e consequentemente também de menor, presença de pessoas que auxiliam à vislumbrar
MAPEAMENTO FLUXOS espaços ótimos no perímetro da Plataforma PLUS São Paulo.
Roberto não perde o sotaque alagoano
por nada. É orgulho, raiz. Mora em São
Paulo desde os 17 anos e volta todo
ano, pelo menos uma vez, pra sua terra.
Sente saudades de casa, São Paulo não
foi uma escolha. “O jeito do nordeste todo
mundo conhece. Se você nasce com
dinheiro da pra se manter lá se não, tem JOVENS
SKATE
que se mudar.” Aqui constituiu família, TEATRO/BAR
LGBT
com quem mora no centro há 9 anos. WIFI
CACHORRO
“Mora na Avenida Duque de Caxias e MORADORES DE RUA
USUÁRIOS DE DROGA/PROSTITUIÇÃO
trabalha aonde?”. Ele ri. Roberto é ator TRABALHO
CRIANÇAS
e a profissão é difícil, o trabalho nunca IDOSOS
MAPEAMENTO DE SOMBRAS
O administrador do Teatro Cultura
Artística Paulo Claux de 68 anos mora
no largo do Arouche e trabalha nos
arredores da praça Roosevelt. Passeia
COPAS DAS ÁRVORES pelo parque com frequência, apesar de
não gostar de como as coisas andam
ultimamente. Todo dia de manhã, ele se
encontra com os amigos no largo e toma
cerveja, comprada na banca de revistas
da praça. “As mudanças vieram com a
decadência desse lugar”. Segundo ele
a praça precisa de cuidado e incentivo.
Existe muito descaso com o Arouche. “O
que a gente não tem que tem nos Estados
Unidos é um voluntariado muito forte. Você
se voluntaria e ganha um kit da prefeitura
pra tomar conta de um pedaço da praça.”
“E ao mesmo tempo que tem uma coisa "Tem uma coisa na Vila Buarque
cosmopolita no centro,tem uma relação entre que me atrai que são os velhos
as pessoas e tem uma diversidade que não tem sentados na calçada. Eu queria
nos bairros. Porque os bairros são muito mais me aposentar pra me juntar
segmentados e normalmente mais conservadores. à eles. Aqui é um lugar muito
E aqui tem de tudo. As pessoas tem que coexistir da comunicação.O Arouche é
porque o outro não ta longe, ele ta aqui. Quem é centro mas tem essa estrutura
mais mente fechada tem que se adaptar. Aqui tem comunicativa de bairro.”
um restaurante chique super caro com um ponto
de prostituição do lado.”Jair, companheiro de
Dani.
Stephano de 46 anos é jornalista de uma
editora francesa e trabalha em casa, na
rua Rego Freitas. Voluntário de uma ONG "Fora a programação
de cães na Rua General Jardim e passeia cultural que a gente
com os cachorros todos os dias na praça não da conta.
Buenos Aires ou praça Rotary, ambas As opções são
com parques cercados onde é possível incríveis e a gente
soltar os cães. Ele também passeia com aproveita muito.
os cachorros no Largo do Arouche, mas lá Aqui no Arouche
não é possível solta-los. “Gosto de lá, é um sempre tem coisa
lugar agradável, com árvores. O problema mais voltada pro
é que é sujo”. Gosta do centro e da sua clube LGBT e pros
energia, principalmente o viaduto do chá e jovens. Na virada
o Anhangabaú, que segundo ele mostram aqui tem o palco
o “espirito de São Paulo”. Reclama da Vila brega, que toca
Mariana, onde morou de 2002 até 2005. Sidney Magal. A
“ë um bairro da classe alta. O centro é virada aqui é incrível
mais diverso, mais popular”. Além disso tudo fica aberto, até
o centro é cheio de opções e tudo é o mercado de flores,
perto, e para ele que não se desloca de que eu amo.” Victor,
carro isso é essencial. Compras, cinema, sobrinho de Dani.
restaurantes, ele encontra tudo próximo à
sua casa. “Não posso dirigir em São Paulo
se não fico louco”.
“Eu to nesse apartamento faz pouco tempo, um ano e meio, mas hà 17 anos eu morei ali
na Rua Marquês de Itú, na frente da santa casa, porque eu fiz a Escola de Sociologia e
Politica(…) Meu primeira estágio foi na Ação Educativa, na Rua General Jardim. E ai todos os
outros estágios que eu fiz foram na Rua Doutor Vila Nova, onde tem o SESC Consolação. Isso
foi me ligando à essa região sobremaneira.”
"O meu marido tinha pavor de mora aqui "Eu sempre vim do bairro e a visão que eu
no centro.Quando a gente precisou se tinha do centro era bastante outra, por sempre
mudar e começou a ver apartamento falarem que o centro é cheio, agitado. E tem
eu comentei sobre a Vila Buarque. E ai uma diversidade que apesar de muito bacana
a gente foi ver apartamento e quando eu não imaginei que pudesse ser tão legal
a gente passou no Largo do Arouche de morar. Quando a gente mudou teve um
eu percebi que ele tinha uma relação processo de adaptação e hoje meu acostumei.
afetiva com o Arouche. Ai eu falei: é ai O centro tem uma diversidade que eu aprendi
que eu vou fisgar esse homem para vir a gostar. O centro tem essa fixidez do pessoal
para o centro.” que mora e tem todo esse contingente de
pessoas que passam. Eu nunca tinha pensado
no centro como um lugar onde as pessoas Luciane tem 38 anos e trabalha no SENAC.
estavam. Mas na verdade também tem Morava no Jardim São Nicolau, na Zona
algumas coisas de bairro.” Leste, mas mudou-se recentemente
para perto do Largo do Arouche. Ela já
trabalhou 5 anos na Rua Marquês de
Itú. Diz que gosta da Praça Rotary e seu
entorno. “Pro lado de cá é melhor. Aqui é
"Fora a programação
mais gostoso do que lá no centro onde eu
cultural que a gente
trabalhava. A praça parece ser tranquila.
não da conta. As
O bairro parece ser bem tranquilo”.
opções são incríveis
Desde que começou a trabalhar no
e a gente aproveita
SENAC frequenta a praça todos os dias
muito. Aqui no Arouche
por volta as 18 horas. Comenta que nunca
sempre tem coisa mais
viu usuários de drogas na praça e que o
voltada pro clube
bairro é bem familiar. Acha o entorno da
LGBT e pros jovens.
Rotary mais seguro que o resto do centro,
Na virada aqui tem o
mas comenta mesmo assim que onde
palco brega, que toca
morava a segurança é pior. Segundo ela,
Sidney Magal. A virada
por falta de tempo trouxe os filhos para
aqui é incrível tudo fica
a praça mas tem vontade. ”Eu trabalho
aberto, até o mercado
de sabado, e um dia desses eu tava até
de flores, que eu amo.”
pensando em pedir pro meu marido vir
me buscar e trazer as minhas crianças pra
ficar me esperando”.
mais que à ligava a região, comentava.
Ela falou sobre sua trajetória pelo centro: estudou na Escola de Sociologia e Politica e logo
quis se mudar pra perto. Foi para a Rua Marquês de Itu e lá ficou até sair da faculdade. Depois
passou a morar em bairros, se casou e com o marido Jair foi morar no Tatuapé. Ela conta que
sempre quis voltar para o centro, mas o marido tinha muito receio de morar na região. Quando
precisaram se mudar ela o convenceu de morar no Arouche, onde estão à um ano e meio. Ela
faz tudo a pé, por questões ecológicas e políticas ela e o marido não dirigem, um estilo de vida
que o centro não só permite como incentiva. Em seus passeios conta que sempre observa o
que abre e fecha no centro. Comenta que o centro é cheio de bancos e telemarketings, e por
O casal Andre, de 32, e Paula de 33 moram causa do publico que trabalha nesses locais, tem muitas lojas de doces também. Mas sente
proximos da Praça Rotary. Ela trabalha na falta de mercados, que segundo ela, são muito melhores nos bairros.
Rua Angélica e ele, na Zona Sul. Todos os
dias utilizam a praça pra dar uma volta com Conta ainda que sempre gostou do centro pela sua pluralidade. Segundo Dani os centros
o cachorro, mas não usam muito o espaço são os locais que atraem todo tipo de gente, principalmente os excluídos, que não se
para permanecer. Não usam como lazer, encaixaram nos bairros. O Largo do Arouche, pra ela, é um lugar muito diverso, por onde as
dão preferencia para programas culturais, vidas atravessam. Comenta que “Arouche” era um militar, e que a praça era utilizada para
shoppings e cinemas. Reclamam da falta exercícios militares, e hoje é uma praça de público LGBT, o que ela acha incrível. Cita Jorge
de iluminação da Rotary e da quantidade Luis Borges e diz que em um de seus contos chamado “O Aleph”o autor descreve um ponto
de lixo no chão. Fazem tudo pelo bairro e circular de três centímetros de diâmetro de onde é possível ver toda a humanidade, todo
a pé, apesar de terem carro, já que é tudo o universo ao mesmo tempo. Para ela o Largo do Arouche constitui um ‘“Aleph”, onde tem
muito próximo. É essa proximidade que horários de predominância masculina ou de feminina, maior numero de aposentados, e maior
os atraiu. “A gente já pensou em morar numero de jovens etc. Para ela a praça constitui esse espaço onde se vê de tudo, onde os
em condomínio fechado mas você pega diferentes estão ao mesmo tempo no mesmo lugar e assim coexistem. Após 45 minutos de
a conveniência de ter tudo perto aqui e lá entrevista, seu sobrinho Vitor se junta na conversa e conta que para ele cada rua do centro
não vale a pena. Você pega um busão e constitui um universo próprio.
já ta perto de um museu. Aqui tem tudo.”
Ao final da entrevista, Jair, o marido de Dani se senta à nossa frente, à pedido da esposa,
para contar um pouco sobre seu medo de morar no centro. Ele diz que a questão principal
que sempre o deixou receoso foi a segurança, e a da agitação. Segundo ele os centros e a
periferia são as regiões com maiores problemas de segurança. Mas com o passar do tempo
ele foi se acostumando e o carinho pelo Largo do Arouche foi crescendo.
Em uma das primeiras visitas ao Largo do Arouche conhecemos um grupo de amigos que
se encontrava na praça todos os dias, as 10 horas da manhã, e se sentavam para conversar.
O grupo nos chamou a atenção e resolvemos nos aproximar. Conhecemos Aziz Bijur, Paulo
Sperandio, Paulo Claux, Soelly Jimenes, e Daniele Kowalewski. Dani, foi uma das mais
entusiasmadas com a pesquisa. Declarou seu amor pelo centro e pelo Largo do Arouche
e disse que morava no Edifício Arouche, muito próximo à praça .Após quase uma hora de
conversa começávamos a nos despedir de todos. Foi então que Dani passou seu e-mail e
se ofereceu para ajudar como pudesse. Logo entramos em contato, perguntando se seria
possível que ela concedesse uma visita até a sua casa, onde pudéssemos conversar e filma-
la. As amigas Milena, Yasmin e Sinfira tem
respectivamente 13, 14 e 13 anos. Usam
A experiência de realizar uma segunda conversa com Dani em seu espaço privado se mostrou a praça nas quartas e sextas. “Não tem
muito diferente da aproximação até então feita. Construiu-se além de um complemento, uma nada pra fazer de tarde então a gente
continuidade: a primeira conversa ocorre no espaço publico, e procura entender como a vem aqui pra conversar.”. Elas estudam
pessoa se relaciona com a região onde esse espaço publico se encontra e o espaço em si, na Escola Estadual Marina Cintra, na
enquanto a segunda ocorro no espaço privado, mostrando não só a relação casa e perímetro Bela Vista, mas todas moram próximas
do recorte mas também a relação casa e espaço publico. Como este tarefa na vivência do ao Minhocão. Sempre que procuram lazer
espaço privado das pessoas. O aprofundamento da pesquisa, portanto, foi possível pelo uso é pelo bairro. Fazem tudo a pé e é raro
de uma nova escala de informações obtidas através desse contato ainda mais pessoal. A usarem ônibus.
pesquisa pretendia que essa segunda aproximação ocorresse em cada praça pesquisada,
de forma que as informações se completassem, porém o tempo de pesquisa não se mostrou
viável para tal aprofundamento.
No dia da visita, que aconteceu em um sábado, fomos recebidos por Dani e seu sobrinho
Vitor, que mora com os tios para ficar mais perto da faculdade onde estuda, o Mackenzie. Ela
nos mostrou a casa e a janela do quarto do sobrinho que tem visão para o minhocão. Contou
que fora a janela da sala, que tem vista para o outro bloco do Edificio Arouche, a janela de
Vitor era a única da casa, e comentou que seu único ressentimento com o lugar era a falta de
luz. Logo nos sentamos, montamos a câmera e começamos a conversar. Essa aproximação
se deu da mesma maneira, sem entrevista previamente escrita e permitindo que o dialogo
fosse sendo construído. Logo percebemos a diferença na fala de Dani em comparação a
conversa que tivemos na praça. Em sua casa ela estava visivelmente mais a vontade, se
permitia ficar pensando no centro antes de expor suas ideias, e sempre que lembrava de algo
Luís tem 33 anos, é publicitário e mora
sozinho no Copan. Ele explica que morava
na Vila Mariana, mas sempre quis morar
no centro, “onde as coisas acontecem.”
Além disso, ele acrescenta “Nunca
gostei muito de carro. Agora gosto ainda
menos”. A bicicleta é o principal meio de
transporte para Luís.
Joana tem 24 anos, estuda direito no
Mackenzie e mora próxima à Praça
Roosevelt. “Desde cedo queria sair da
casa dos meus pais. Hoje eles ainda
ajudam com uma parte do preço da
faculdade, mas trabalhando consegui
dividir um apê com umas amigas”. Joana
explica que o centro é ótimo pra jovens
atraídos pela facilidade de acesso e
infraestrutura proporcionados pela região
central e por preços relativamente baixos
oferecidos no mercado imobiliário.