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Universidade Federal

Centro de Tecnologia e Geociências


Departamento de Engenharia Mecânica

Trabalho de Soldagem
Processo de Soldagem por Fricção

2019
Primeiro Trabalho de Soldagem
Processo de Soldagem por Fricção

Relatório do trabalho, referente


a pesquisa e análise do
processo de soldagem por
fricção, sob orientação do
Professor.

2019
SUMÁRIO

1. Introdução .......................................................................................................................….01
2. Desenvolvimento .................................................................................................................04
3. História da Soldagem por fricção ........................................................................................04
4. Processo de Soldagem por Fricção ......................................................................................06
5. Parâmetros Relevantes do Processo ....................................................................................06
6. Etapas da soldagem por fricção convencional .....................................................................07
7. Vantagem …….....................................................................................................................07
8. Desvantagens........................................................................................................................08
9. Referências Bibliográficas ..................................................................................................14
​Introdução

A soldagem tem evoluindo de forma significativa ao longo dos anos


para atender as necessidades do mercado, que cada vez mais exigem e
competitivo. Entre os tipos de soldagem que sofrerão grande evolução são
os processos de união no estado solido, tais como: fricção, difusão,
explosão, ultrassom e outros. Esse processo tem como característica
ocorrem em temperaturas mais baixas sem que haja fusão dos metais de
base envolvidos.
O Processo de soldagem por Fricção convencional é um método de união
de materiais no estado sólido, este tipo de processo tende a remover
películas contaminantes através da rebarba que é formada. O calor
fundamental para realizar a união é gerado como resultado da fricção de
duas superfícies em atrito sofrendo aplicação de carga axial controlada.
Este tipo de Soldagem é marcado pela presença de uma estreita zona
termicamente afetada (ZTA).
Desenvolvimento

1.1 História da Soldagem por fricção:

Um do primeiro registro de patente foi ocorreu na Alemanha em 1929 na


Rússia teve seu desenvolvimento a partir de 1956. Esse processo vem
sendo amplamente empregado no Estados Unidos, Rússia, Alemanha,
Japão, França, Inglaterra e Índia, nos componentes para indústria dos
setores aeroespacial, aeronáutico, nuclear, bélico, automobilístico e na
mineração de petróleo.
No Brasil as pesquisas sobre soldagem por fricção convencional ainda são
muito pouco explorada as mais atuais são a do INPE (instituto de
pesquisa Espaciais) e vêm sendo desenvolvido estudos pelo
Laboratório de Robótica, Soldagem e Simulação da Universidade
Federal de Minas Gerais.
1.2 Processo de Soldagem por Fricção:

Na soldagem por Fricção o calor requerido é produzido pelo movimento


relativo de duas superfícies em contato. Este método de processo de
união no estado sólido baseia-se na conversão direta de energia
mecânica em energia térmica para formar a solda, sem que haja
aplicação de qualquer outra forma de calor. É um processo que em
condições normais, não ocorre fusão na interface de liga.
É um processo que permite unir uma série de materiais muito maior do que
as técnicas de soldagem por fusão. Método normalmente empregado
em materiais de difícil soldagem pro fusão, como aço de médio e alto
teor de carbono( SAE 1045, 1095 e 4140). Pode ser utilizado para
combinar materiais similares, além de ser possível unir materiais
considerados incompatível, ligas de níquel com aço, titânio com cobre,
dentre outros, entretanto, materiais que têm baixo coeficiente de atrito
como ferro fundido, bronze e latão com mais 0,3% de chumbo não são
sodáveis por fricção.

1.3 Parâmetros Relevantes do Processo:


De acordo com AWS (1993), Spindler (1994) e Grewe (1997), os
parâmetros mais importantes na soldagem por fricção são:
​·​ Velocidade relativa das superfícies:
De acordo com Vill (1962), existem velocidades apropriadas para cada
combinação de materiais e aplicações. Quanto maior a velocidade de
rotação, menor é a taxa de resfriamento, consequentemente, maior a
largura da ZTA e menor a dureza no contorno da superfície da solda.
Por outro lado, baixas velocidades podem exigir maiores forças axiais e
um maior torque do sistema, além disso, baixas velocidades de rotação
promovem maiores taxas de resfriamento, que apesar de reduzir o
tamanho da ZTA, eleva a dureza e diminui a tenacidade dessa região
​·​ Pressão normal ou pressão axial:
A força ou a pressão axial é um dos parâmetros de maior influência na
qualidade da solda, ela controla o gradiente de temperatura na interface
de ligação, a potência requerida e a redução axial (BASHER, 2013).
A força também afeta a largura e a característica da zona termicamente
afetada. Maiores forças promovem um estreitamento da ZTA e menor
valor de dureza na região de estreitamento em comparação ao metal de
base (ELLIS, 1972). Caso a força aplicada seja muito baixa, o
aquecimento na interface será ineficiente, gerando soldas incompletas e
com falhas. Mas se a força axial for muito elevada, ocorrerá excesso de
calor na interface, fragilizando a ZTA e formando soldas com defeitos.

·​ Tempo de aquecimento na interface:


O tempo de aquecimento é definido como o período entre o contato inicial
das superfícies em atrito até o final da fase de frenagem. Esse
parâmetro é muito importante, pois define a microestrutura da interface
de ligação, além de controlar a profundidade de aquecimento na peça e,
por consequência, a largura da ZTA (ELLIS, 1972)
​·​ Comprimento de queima:
O comprimento de queima, também chamado de Burn off, descreve a
quantidade de material plastificado e é usualmente medido como o
deslocamento axial ou encurtamento da peça de trabalho em rotação
(MEYER, 2003). Além de controlar o ciclo de soldagem, este
parâmetro tem grande influência nas propriedades da junta.
·​ Temperatura das superfícies de fricção;
​·​ Natureza do material;
·​ Duração do tempo de forjamento.
Obs.: Os quatro primeiros que forram detalhado são considerados os mais
importantes entres eles.
1.4 Etapas da soldagem por fricção convencional

​ ão basicamente quatro fases no processo de soldagem por fricção


S
Como demostrado na Figura 1:
● a peça que está em rotação se aproxima da outra peça que é mantida fixa
● é iniciado o atrito entre as superfícies.
● As superfícies aquecem e se deformam devido ao atrito e a pressão.
● a rotação é interrompida e a força axial pode ou não ser mantida por um dado
intervalo de tempo, caracterizando a fase de forjamento.

FIGURA 1- Etapas da soldagem por fricção.


FINTE:MATTEI,2011,p.38.

Os defeitos inerentes ao processo são zona afetada pelo calor e defeitos


centrais, como falta de união e trincas, causadas por pequenos orifícios
no centro de uma das peças.
1.5 Etapas da soldagem por fricção convencional

No processo de soldagem por fricção inercial, uma peça é fixada ao


volante com grande momento de inércia e a outra peça é posicionada e
alinhada com essa peça por meio de um pistão hidráulico.

O atrito entre as peças faz com que o material atinja a temperatura de


forjamento do material e possibilite a junção dos materiais.

Etapas da soldagem por fricção inercial:


1) Período de aproximação
2) Desligamento da unidade motora e aplicação da pressão “P”
3) Redução da Velocidade (RPM) através da aplicação da pressão “P”
4) Término da soldagem (RPM=0, P=0)
1.6 Linhas de fluxo
Caso existam impurezas, inclusões ou defeitos no material, estes
serão arrastados pelas linhas de fluxo originadas pela pressão que é
aplicada. As linhas de fluxo têm influência direta na resistência da solda.
Na convencional, elas são radiais pois, quando é aplicada a pressão
final sobre a junta, ela está praticamente imóvel. Na solda Inercial, há um
maior entrelaçamento das linhas de fluxo e elas são espiraladas, pois a
pressão é aplicada com a peça ainda em movimento radial.

1.7 Vantagem

● Atenção Especial com a limpeza da superfície não é necessária,


uma vez que a soldagem por fricção tem de rompê-la, deslocar, e
finalmente remover os filmes de superfície no flash ("colar") da
solda.
● Metal de enchimento, fluxo, e gás protetor não são requeridos.
● Defeitos associados a fenômenos de solidificação, como
porosidade e segregação, não estão presentes!
● É possível de se fazer juntas de metais dissimilares que são
difíceis ou até impossíveis de serem soldadas por outros
processos
● Baixos custos, simplicidade de operação, instalações simples,
baixo consumo de energia, e um curto ciclo de soldagem.
● O processo é facilmente automatizado para reproduzir soldas de
alta qualidade
● O equipamento atual pode ser operado a até 4 quilômetros, sendo
adequado para aplicações distante sem ambientes perigosos.
● Estreita zona termicamente afetada associada ao processo.
1.8 Desvantagens
● A área de pelo menos uma peça deve ser simétrica, deforma que
a parte poça girar sobre o eixo do plano de rotação.
● As geometrias típicas que podem soldadas por fricção são: barra
com barra, barra com tubo, barra com chapa, tubo com tubo e
tubo com chapa.
● O processo é normalmente limitado a fazer juntas de topo planas
e angulares (ou cônicas)
● O material de pelo menos um componente deve ser
plasticamente deformável sob as dadas condições de soldagem
● Preparação e alinhamento das peças podem ser críticas para o
desenvolvimento uniforme do atrito e aquecimento
● Capital de equipamento e custos com ferramentas são altos
● Ligas usinadas são difíceis de serem soldadas

Bibliografia:
http://secitec.luzerna.ifc.edu.br/wp-content/uploads/sites/30/2017/03/Lucas-Serena-66-75.p
df

http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-ASFG3Q/disserta_
_o__soldagem_por_fric__o_convencional_entre_a_liga_de_alum_nio__6351_t6_e_o_a_o_sae
_1020.pdf?sequence=1

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