Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SEMINÁRIO 2013-06-22 Joel Pereira - A Acção Executiva No NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL PDF
SEMINÁRIO 2013-06-22 Joel Pereira - A Acção Executiva No NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL PDF
1. Introdução
Enquadramento geral
a) Em decisão arbitral ou judicial nos casos em que esta não deva ser
executada no próprio processo;
2.2. Mesmo assim, ainda que fosse aplicável a forma de processo sumário, esta não será
aplicável — sendo aplicável a forma ordinária — nos seguintes casos (art.º 550.º, n.º 3)
e) Nas execuções movidas apenas contra o devedor subsidiário que não haja
renunciado ao benefício da excussão prévia.
De acordo com o art.º 703.º, do NCPC passam a ser títulos executivos apenas:
a) As sentenças condenatórias;
Actual art.º 46.º, n.º 1, al. c) — Os documentos particulares, assinados pelo devedor,
que importem constituição ou reconhecimento de obrigações pecuniárias, cujo
montante seja determinado ou determinável por simples cálculo aritmético de acordo
com as cláusulas dele constantes, ou de obrigação de entrega de coisa ou de prestação
de facto.
3.2.1. Alargamento dos casos de desempenho das funções por oficial de justiça
Cfr. art.º 722.º:
Incumbe ao oficial de justiça, a realização das diligências próprias da competência
do agente de execução:
Artigo 719
1 - Cabe ao agente de execução efetuar todas as diligências do processo
executivo que não estejam atribuídas à secretaria ou sejam da competência do
juiz, incluindo, nomeadamente, citações, notificações, publicações, consultas
de bases de dados, penhoras e seus registos, liquidações e pagamentos.
2 - Mesmo após a extinção da instância, o agente de execução deve
assegurar a realização dos atos emergentes do processo que careçam da sua
intervenção.
Título executivo:
E em particular quando sendo o título sentença não deva a execução correr como
incidente da acção declarativa por:
e) Nas acções apenas contra o devedor subsidiário que não haja renunciado ao
benefício
Observação: A norma do art.º 724.º, n.º 6 deve ser conjugada com o disposto
no n.º 3 do art.º 721.º: a instância extingue-se logo que decorrido o prazo
de 30 dias após a notificação do exequente para pagamento das quantias em
dívida, sem que este o tenha efetuado.
Isto significa que tendo a execução sido instaurada, o primeiro acto a ser
praticado é do agente de execução, notificando o exequente para proceder a
tal pagamento.
4.4.1. Ocorrência
Apesar do trabalho acrescido que esta alteração implica para o Juiz, acrescenta
segurança na verificação liminar do preenchimento dos requisitos e da inexistência
de excepções ou nulidades que só mais tarde, em fase avançada do processo,
poderiam ser objecto de apreciação, com prejuízo para as partes.
4.4.2. Âmbito
Nos termos do art.º 734.º, O juiz pode conhecer oficiosamente, até ao primeiro ato de
transmissão dos bens penhorados, das questões que poderiam ter determinado, se
apreciadas nos termos do artigo 726.º, o indeferimento liminar ou o aperfeiçoamento
do requerimento executivo
• Ou até ao início das diligências para venda ou adjudicação, devendo, neste caso,
constar de requerimento autónomo, o qual é autuado por apenso (art.º 741.º, n.º 1).
• O art.º 741.º, n.º 2, prevê que (qualquer que seja o momento da dedução), o cônjuge
do executado é citado-.
E. Consequências
4. Citação do cônjuge
EMBARGOS
1. FUNDAMENTOS:
Inovação no n.º 5 do art.º 732.º: Para além dos efeitos sobre a instância executiva, a
decisão de mérito proferida nos embargos à execução constitui, nos termos gerais, caso
julgado quanto à existência, validade e exigibilidade da obrigação exequenda.
Desta forma o legislador regula a força de caso julgado da decisão, que tem merecido
controvérsia e jurisprudência discordante, na medida em que o que se visa com a
oposição à execução pode não corresponder necessariamente à aferição da existência,
validade e exigibilidade da obrigação exequenda.
No art.º 744.º é introduzida uma precisão, ficando esclarecido que a decisão sobre o
levantamento da penhora cabe ao Juiz e não ao AE. A alegação e prova faz-se “perante o
Juiz” (é este o segmento novo):
Artigo 744.º
Bens a penhorar na execução contra o herdeiro
1 - Na execução movida contra o herdeiro só podem penhorar-se os bens que ele tenha
recebido do autor da herança.
2 - Quando a penhora recaia sobre outros bens, o executado, indicando os bens da herança
que tem em seu poder, pode requerer ao agente de execução o levantamento daquela, sendo o
pedido atendido se, ouvido o exequente, este não se opuser.
3 - Opondo-se o exequente ao levantamento da penhora, o executado só pode obtê-lo,
tendo a herança sido aceite pura e simplesmente, desde que alegue e prove perante o juiz:
a) Que os bens penhorados não provieram da herança;
b) Que não recebeu da herança mais bens do que aqueles que indicou ou, se recebeu mais,
que os outros foram todos aplicados em solver encargos dela.
1) No art.º 755.º, n.º 4 atribui-se novamente uma competência ao Juiz que actualmente
incumbe ao AE. «O registo provisório da penhora não obsta a que a execução
prossiga, não se fazendo a adjudicação dos bens penhorados, a consignação judicial
dos seus rendimentos ou a respectiva venda sem que o registo se haja convertido
em definitivo, podendo o juiz da execução, ponderados os motivos da
provisoriedade, decidir que a execução não prossiga, se perante ele a questão for
suscitada»
2) Por outro lado, no âmbito da divisão de prédio penhorado, o art.º 759.º, n.º 2 volta
a consignar ser da competência do Juiz (e não do AE) a decisão de autorização
«que se proceda ao fraccionamento do imóvel e ao levantamento da penhora sobre
algum dos imóveis resultantes da divisão, quando se verifique manifesta suficiência
do valor dos restantes para a satisfação do crédito do exequente e dos credores
reclamantes e das custas da execução».
Depois de assegurado o pagamento das quantias que lhe sejam devidas a título
de honorários e despesas:
a) Entrega ao exequente as quantias já depositadas que não garantam crédito
reclamado;
b) ADJUDICA as quantias vincendas, notificando a entidade pagadora
para as entregar diretamente ao exequente, extinguindo-se a execução.
Mais uma vez, o legislador estabelece (art.º 782.º) que cabem ao juiz, e não ao agente
de execução:
A nova redacção do art.º 794.º estatui que a sustação integral da execução equivale à
extinção da execução, sem prejuízo de o exequente poder requerer a renovação da
execução, indicando outros bens à penhora.
2 - Na execução renovada, a penhora inicia-se pelos bens sobre os quais tenha sido
constituída hipoteca ou penhor, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 807.º, só podendo
recair noutros quando se reconheça a insuficiência deles para conseguir o fim da execução.
2) O n.º 2 é novo -
No art.º 814.º volta a reconhecer-se que a competência para autorizar a venda antecipada
de bens é do Juiz e não do AE.
Artigo 814.º
Venda antecipada de bens
1 - Pode o juiz autorizar a venda antecipada de bens, quando estes não possam ou não
devam conservar-se, por estarem sujeitos a deterioração ou depreciação, ou quando haja
manifesta vantagem na antecipação da venda.
2 - A autorização pode ser requerida, tanto pelo exequente ou executado, como pelo
depositário; sobre o requerimento são ouvidas ambas as partes ou aquela que não for o
requerente, exceto se a urgência da venda impuser uma decisão imediata.
3 - Salvo o disposto nos artigos 830.º e 831.º, a venda é efetuada pelo depositário, nos
termos da venda por negociação particular, ou pelo agente de execução, nos casos em que o
executado tenha assumido as funções de depositário.
Além de todos os demais casos já actualmente previstos, é aditada mais uma circunstância
em que a venda é feita por negociação particular - Quando o bem em causa tenha um valor
inferior a 4 UC (€ 408) – art.º 832.º, al. g).
De notar: O BEM e não o CONJUNTO dos bens a vender. O que significa poder passar a
ser possível a venda individualizada de bens por negociação particular desde que cada um deles
não ultrapasse o valor de 4 UC.
ESPECIALIDADES:
Artigo 857.º
2 - Verificando-se justo impedimento à dedução de oposição ao requerimento
de injunção, tempestivamente declarado perante a secretaria de injunção, nos
termos previstos no artigo 140.º, podem ainda ser alegados os fundamentos
previstos no artigo 731.º; nesse caso, o juiz receberá os embargos, se julgar
verificado o impedimento e tempestiva a sua declaração.
3 - Independentemente de justo impedimento, o executado é ainda admitido
a deduzir oposição à execução com fundamento:
a) Em questão de conhecimento oficioso que determine a improcedência, total
ou parcial, do requerimento de injunção;
b) Na ocorrência, de forma evidente, no procedimento de injunção de exceções
dilatórias de conhecimento oficioso.
d) Extinção: Quando contra o executado tiver sido movida execução, terminada nos
últimos três anos, sem integral pagamento e o exequente não haja indicado bens
penhoráveis no requerimento executivo, o agente de execução deve iniciar
imediatamente as diligências tendentes a identificar bens penhoráveis nos termos do
artigo seguinte; caso aquelas se frustrem, é o seu resultado comunicado ao exequente,
extinguindo-se a execução se este não indicar, em 10 dias, quais os concretos bens
que pretende ver penhorados – 748.º, n.º 3. Também se aplica a todas as execuções
a partir de Reforma 2003.
e) Extinção por diligências subsequentes: art.º 750.º e 797.º (3meses após pagamento
parcial): IDEM.
f) Novas regras não são aplicáveis às execuções antes da reforma de 2003. Essas
acções devem ser julgadas extintas quando, não existindo bens penhorados, o
processo estiver parado mais de 15 dias, por falta de indicação do exequente de
concretos bens a penhorar. Nesse caso extinção da execução não implica o pagamento
de custas pelo exequente, não havendo lugar à devolução das quantias pagas e à
elaboração da conta final salvo quando esta última for indispensável.
O novo n.º 272.º, n.º 4 (correspondente em parte ao actual 279.º, n.º 4) prevê que «as partes
podem acordar na suspensão da instância por períodos que, na sua totalidade, não excedam
três meses, desde que dela não resulte o adiamento da audiência final»
A norma não é contudo clara, pois se a intenção do legislador é que não possa ser
desmarcada ou alterada a data anteriormente designada para audiência de julgamento,
deveria dizê-lo expressamente.
o É certo que o art.º 445.º, n.º 3 prevê que “a produção de prova oferecida depois
de designado dia para a audiência final não suspende as diligências para ela
nem determina o seu adiamento; se não houver tempo para notificar as
testemunhas oferecidas, ficam as partes obrigadas a apresentá-las”;
o Mas o art.º 509.º prevê a possibilidade de por acordo das partes haver segundo
adiamento da inquirição de testemunha faltosa.
b) Por outro lado, nos casos de transferência ou mesmo promoção o juiz que tiver
concluído a sentença, fica também obrigado a elaborar a sentença (art.º 605.º, n.º 4).
___________________________