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2018
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
2018
RESUMO
O presente trabalho aborda o ensino da Arte segundo Ana Mae Barbosa, onde
muitas vezes não leva em conta o lado cultural e social dos educandos. O trabalho
também reflete sobre modalidades de ensino de artes para alunos com Transtorno de
primeiros anos de vida, quais seus indícios com o passar do tempo incluindo os graus
sentidos, utilizando materiais simples que temos em mãos no nosso dia a dia. Ao longo
do trabalho conclui-se que o aluno autista, necessita de uma atenção maior para seu
crescimento individual e social, pois ele precisa de interação visual e intelectual para
seu progresso diante das Artes Visuais, em meio ao seu processo de criação do
INTRODUÇÃO................................................................................................................. 1
CAPÍTULO I
BRASIL............................................................................................................................ 2
CAPÍTULO II
3. Projeto de curso......................................................................................................... 9
3.1. Ensinar é arte, aprender faz parte... Os desafios de ensino de arte para crianças
autistas............................................................................................................................ 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 17
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INTRODUÇÃO
para pessoas com deficiências, em especial para crianças com Transtorno do Espectro
uma abordagem histórica do ensino da arte no Brasil, para isso utilizamos o trabalho
professor graduado em Artes Visuais em sala de aula regular onde exista criança
produto final é uma peça teatral que pode ser apresentada também para outras turmas
da escola.
no ambiente escolar por meio da arte, mas sim uma abordagem onde todos possam se
CAPÍTULO I
BRASIL
aponta que o ensino de artes no Brasil tornou-se uma matéria obrigatória apenas no
ano de 1971, devido a uma criação ideológica americana e um acordo oficial que
visava uma educação tecnológica com o intuito de formar mão de obra barata para as
companhias multinacionais. Nesta época filosofia e história haviam sido banidas devido
à ditadura militar e artes era aparentemente a única matéria que poderia proporcionar
formação nesta modalidade, o que até então não existia. Portanto em 1973 criaram-se
cursos com um currículo básico a ser aplicado em todo o país. A ideia era formar
teatro, artes visuais, desenho, dança e geometria, tendo apenas 2 anos para seu
transformar um jovem estudante com um curso em apenas dois anos, num professor
que demonstra que evoluções não têm lugar nas salas de aula de escolas públicas.
Para ela apresentação artística e história da arte estão ausentes da escola, o professor
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segue os exercícios propostos nos livros didáticos e as visitas para exposições são
Até mesmo nas escolas particulares a imagem não é usada nas salas de arte,
lecionando-se artes sem a possibilidade de se apreciar arte, o que seria o mesmo que
Universidade de São Paulo que reuniu 2700 arte educadores de todo o Brasil. Alguns
para arte-educação, ação cultural do arte educador, entre outros, foram debatidos.
que têm sido vitoriosas na preparação política dos professores de arte, mas não tem
o meio-ambiente produzido pelo homem têm um resultado superior se forem feitas por
um livro de arte educação. Eles imaginam que dar aula de artes é dar folhas para
colorir em dias comemorativos. Tais profissionais nunca ouviram falar sobre auto
utilizam intuição e emoção, sabedores de que arte não é só o fazer, exige observação e
Barbosa (1989) salienta que sua ideia de leitura de imagem é muito mais que um
uma mudança política nos anos 80 que afastou por diferenças pessoais os melhores
mestres da entidade que tinham experiência e eram preparados para o ensino de arte.
do ensino de artes nas escolas do Brasil, o fato pode ter causa obscura na relação com
militar, porém sua razão explicitada é que a arte não tem conteúdo, o que ocorre
O futuro da arte educação no Brasil, segundo Barbosa (1989) está ligado a três
que pode ser perigoso pois não terão acesso ao código erudito que é o dominante na
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CAPÍTULO II
2. DESENVOLVIMENTO DO AUTISTA
fazendo com que seu cérebro funcione de forma acelerada e desorganizada. Pessoas
são mais voltadas para o sentido visual. É importante que o diagnóstico seja feito o
pessoas, atração por sequências, como por exemplo, calendários, cores, objetos,
formas, tamanhos e possuem interesse por objetos que giram. Estas pessoas
necessitam muito da rotina para concluir seu dia com desempenho e qualquer
mudança pode ocasionar um conflito interno até que se volte à regra habitual.
sociedade. Ela necessita de ajuda continua para se socializar. Neste nível a criança
enorme. Ao preparar-se uma atividade voltada à esta criança deve-se tomar cuidado
mais escasso tanto verbal quanto não verbal. Ela se comporta com isolamento dando
respostas curtas e incomuns quando as pessoas tentam se socializar com elas. Como
contínuo.
socialização com as pessoas, quase não havendo a fala, não há iniciativa de prolongar
É importante lembrar que uma criança autista não deve ser tratada com
indiferença, pois quanto mais cedo for dado o diagnóstico, melhor será o seu
seu período escolar pois neste ambiente ela pode ser adequadamente estimulada a se
socializar com outras crianças nos diversos momentos, nas brincadeiras, atividades em
O uso de artes visuais é uma excelente forma de se atingir uma criança com
autismo já que, a pessoa autista aprende de forma visual. Dentre as várias atividades
possíveis de serem realizadas em sala de aula citaremos algumas que são muito
- A rotina da sala: placas ilustradas com as atividades que serão realizadas durante o
dia, disciplinas, brinquedos, parque, refeições, leitura, higiene pessoal, entre outras.
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suas ideias.
cabeça, bingo ,jogos de memória, labirinto com bolas, identificação de nome e imagem,
jogos de tabuleiro, placas de emoções, trabalhos com pintura e tintas, lego, alinhavos,
capacidade de concentração.
Barbosa.
-Atividades de arte como colagem, pintura com diversos tipos de tintas, desenhos,
diferentes papéis.
-Educação Musical.
Estas são somente algumas das estratégias que podem ser utilizadas para que o
importante lembrar que o aluno com este transtorno deve contar com uma educação
que promova a inclusão de forma a propiciar além das aulas regulares um segundo
momento no outro período em que possa utilizar sala de recursos e uma professora
3. PROJETO DE CURSO
3.1. Projeto de Curso – Ensinar é arte, aprender faz parte... Os desafios de ensino de
JUSTIFICATIVA:
visa atender suas necessidades específicas, porém não excluindo os demais, de forma
a possibilitar uma real inclusão, beneficiando não só este aluno como também os
demais.
específico. Segundo Bereohff (1991), para educar uma criança autista, é preciso levar
em conta a sua falta de interação com o grupo, sua comunicação precária, as suas
disciplinas.
O objetivo com este projeto é fazer com que o aluno se sinta incluído e
artísticas, bem como compreenda como se deu a origem das artes em nossa história.
OBJETIVOS GERAIS:
as demais crianças;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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ABORDAGEM TRIANGULAR
artístico de forma igualitária aos demais a partir das exposições de conteúdos em sala
contextualização com a história da arte. Após este primeiro momento de interação com
crianças serão convidadas a dar suas opiniões sobre o que compreenderam do que
destas obras e por meio de diversos materiais fornecidos materializem tudo o que foi
internalizado. Como produto final será proposta a apresentação de uma peça teatral
pinturas, gravuras e esculturas na fase de nossa pré-história. Para isso todas elas, em
Pincéis
Cartolinas
Lápis
Borracha
Régua
Materiais reciclados
Caixa de som;
Microfones;
Notebook;
Data-show
Pen drive;
Cenário e figurino.
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Desenvolvimento:
1ª etapa:
2ª etapa:
das pinturas rupestres, as técnicas que eram utilizadas, o contexto onde foram criadas,
fazendo paralelos com as mudanças que ocorreram desde seu surgimento até os dias
de hoje.
3ª etapa:
Desenvolver uma releitura que deverá ser uma produção artística, onde os
4ª etapa:
5ª etapa:
6ª etapa:
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Culminação do projeto realizado em sala com uma peça teatral que poderá ser
trabalhos realizados.
AVALIAÇÃO
momento o educador perceberá onde o aluno se sobressai e onde ele tem maior
inclusão dos diferentes e como isso foi e ainda é necessário para nosso progresso e
evolução.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
visual com maior clareza e interação, principalmente em ambiente escolar por meio da
com TEA uma vez que busca oferecer experimentações livres e espontâneas, levando
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS