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Mapa de danos. ABSTRACT: The system of external cladding of the building acts as a protective layer
and contributes to the proper aspect. The facade is subject to the action of agents of
degradation as one of the most exposed areas of the building, with the presence of
KEYWORDS: pathology becoming responsible for high repair costs. Research suggests as a goal, a
survey on of buildings facades in the Federal University of Pará, to acquire grants to
Facades pathologies;
run future interventions in public facilities from the identification of the main
Damage identification problems present in the case studies. Started the development of evaluation
form; methods to identify the damage with a standardized manner from the document
Map damage. production that facilitate visual inspections with obtaining information from
damage. From the result of the identification of pathologies in facades with their
respective methods of analysis, was expected to contribute to the increase in
procedures that seek technical and economic performance of façades as a whole,
assisting in future maintenance of the buildings in question, as well as production of
reference source for other ventures.
* Contato com os autores:
1
e-mail : carvalho.bella@gmail.com ( I.C. Carvalho )
Mestre em Engenharia Civil, Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (ITEC/UFPa).
2
e-mail : marcelopicanco2004@yahoo.com.br ( M. S. Picanço )
Doutor em Geologia e Geoquímica, Professor da Faculdade de Engenharia Civil do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do
Pará, (FEC/ITEC/UFPa).
3
e-mail : anmacedo@ufpa.br ( A. N. Macedo )
Doutor em Engenharia de Estruturas, Professor da Faculdade de Engenharia Civil do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal
do Pará, (FEC/ITEC/UFPa).
ISSN: 2179-0612 DOI.: 10.5216/reec.V9i2.29559 © 2014 REEC - Todos os direitos reservados.
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39
1
Censos 2001: resultados definitivos: XIV recenseamento geral da população: IV recenseamento geral da habitação. INE, 1_
volume, Lisboa, Portugal; 2001-a.
2
Watt DS. Building pathology–principles & practice. London: Blackwell Science; 1999.
3
Qualité, progressons ensemble. Bilan 1995–2005. Agence Qualité Construction. Observatoire de la Qualité de la Construction;
2006.
4
Período estimado para o qual um sistema é projetado para atender requisitos de desempenho, considerando conhecimento do projeto
e supondo cumprimento da dos processos de manutenção (NBR 15575-1, 2013).
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projetos mais recentes (Barros e Sabbatini, 2001), patologias em fachadas, utilizando-se edificações
utilizando aspectos patológicos já ocorridos como da UFPa como exemplos, fez-se uso de
forma de planejamento para projetos futuros. metodologia de análise baseada em observações
Para manter prédios públicos de ensino, visuais (visitas técnicas exploratórias em
como os existentes na Universidade Federal do edificações definidas com idades recentes,
Pará (UFPa), em condições ideais de intermediárias e antigas) para detectar seus
funcionamento é preciso desembolso de recursos mecanismos de degradação (fissuras, perda de
financeiros, o que nem sempre é facilmente viável aderência, descolamento, eflorescência, umidade,
quando se trata de obras coletivas de uso público. mancha e corrosão em estrutura de concreto
Isso justifica a necessidade do conhecimento dos armado).
danos presentes no local, para que em um Apesar das observações visuais
segundo momento se proponha métodos para apresentarem facilidade de execução de operação
evitá-los; principalmente para edificações na UFPa, local, apenas este tipo de avaliação apontaria
as quais estão constantemente sujeitas à como desvantagem possíveis subjetividades nas
ambientes extremamente agressivos em virtude análises, podendo ser superado com uma
de sua localização caracterizar-se por um clima metodologia de investigação centrada na
quente e úmido, com chuvas associadas a elevadas impessoalidade e em dados consistentes. Para tal,
temperaturas locais. visando direcionar as inspeções, foram aplicados
Dentro deste contexto, é relevante ter-se instrumentos para a busca de dados de um grupo
como objetivo geral do artigo o levantamento das de edificações, baseando-se em modelos de
patologias existentes em fachadas de edificações
pesquisas anteriores e que foram adaptados para
da Universidade Federal do Pará (campus Guamá -
os objetivos do estudo.
Belém), de modo a adquirir subsídios para futuras
A partir de metodologia de análise
intervenções em equipamento público a partir
pautada na padronização de etapas, apresenta-se
desta identificação dos principais problemas
as fases que são necessárias para identificação de
encontrados nos estudos de caso.
patologias:
Para tal, conforme explicitado em item
Ficha de Identificação de Danos (FID):
posterior, partiu-se do desenvolvimento de
levantamento das características físicas e
métodos avaliativos com o intuito de identificar de
identificação de alterações existentes;
forma padronizada (recomendação da NBR
Mapas de danos: mapeamento dos danos
5674/99) os danos de significativa incidência, a
de edificações específicas de interesse para
partir da produção de documentos e diretrizes que
estudo, permitindo cruzamento de suas
facilitem processos de inspeções visuais com
informações com as presentes nas fichas;
obtenção de informações dos danos.
Estudo comparativo da frequência de
Como resultados da identificação de
ocorrência dos danos: estabelece os danos
patologias em fachadas com sua respectiva
metodologia de análise, esperou-se contribuir para mais recorrentes dentro da amostragem
o incremento de procedimentos que visem o estipulada;
desempenho técnico-econômico de fachadas Outros métodos: ensaios de caracterização
como um todo, auxiliando nas futuras de amostras e processos de intervenção
manutenções das edificações estudadas, assim
2.1 ÁREA DE ESTUDO
como na produção de fonte de consulta para
outros empreendimentos.
A área de estudo compreende 30
edificações, distribuídas nos três setores da UFPa,
2. MATERIAIS E MÉTODOS conforme observado no mapa de urbanização do
Para o processo de identificação de campus, na Figura 1 abaixo.
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2.2 CRITÉRIOS DE ESCOLHA DAS EDIFICAÇÕES 2000). Conforme Chew, Tan e Kang (2005), a idade
da edificação dita a frequência e extensão do dano
Com a finalidade de levantar dados de
ocorrido; e os materiais são parâmetros
patologias que afetem fachadas de prédios da
significativos de análise, visto que a resistência do
UFPa, utilizou-se a amostragem de 30 edificações,
sistema afeta a envolvente.
buscando-se quantificar um maior número de
casos patológicos possíveis. Este número de
2.3 DEFINIÇÃO DE MÉTODOS PARA
amostras equivale a aproximadamente 35% do LEVANTAMENTO DE DADOS
total das edificações, considerando que a
Universidade encontra-se com obras em 2.3.1 Ficha de Identificação de Danos (FIDs)
andamento, em que algumas edificações podem
A NBR 5674 (ABNT, 1999) recomenda
não ter sido contabilizadas.
que as inspeções sejam orientadas por listas
Segundo Paladini (1995), uma amostra,
padronizadas, considerando um roteiro lógico que
que não é uma parte integrante de qualquer todo,
descreva a degradação de cada componente da
é um conjunto de “peças” de um lote determinado
edificação e avalie a perda do seu desempenho.
segundo critérios pré-estabelecidos. Assim, define-
Segundo Costa e Silva (2008), este procedimento é
se uma amostragem de padrão homogêneo, com
a etapa inicial de avaliação do problema,
suas partes podendo ser comparadas entre si com
buscando-se maior número de informações para
garantia da representatividade.
elucidar o dano.
Baseado nisso, e objetivando
Para se obter dados que quantifiquem a
uniformidade de projetos tornando-os
pesquisa, as visitas técnicas foram realizadas com
comparáveis entre si, a seleção dos estudos de
auxílio de registro fotográfico e produção,
caso obedeceu a critérios de escolha ―
individual para cada edificação, de Fichas de
classificação quanto ao material a ser analisado e
Identificação de Danos, de modo a detectar quais
quanto à idade da edificação.
patologias estão presentes.
Foram selecionadas edificações (com
Esta FID funciona como um método
auxílio do mapa do campus e visitas in loco) que
sistemático e impessoal de inspeção visual,
apresentassem fachadas com revestimento
considerada, segundo Falorca e Mendes
cerâmico e/ou em argamassa e estrutura
Silva (2009), como a caracterização do estado da
em concreto aparente, distinguidas em
edificação em que, para cada fachada, deve
edificações antigas (década de 70), intermediárias
haver precisão de dados coletados. A partir da
(década de 80/90) e recentes (a partir dos anos
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5
Considera-se, para a referente pesquisa, como lesão grave, aquele defeito que impede a utilização do produto para o fim a que se
destina, ou diminui sua vida útil afetando sua eficiência.
6
Considera-se, para a referente pesquisa, como dano superficial, aqueles defeitos menores que não atingem o desempenho do
produto na sua função essencial.
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Estes pontos foram discutidos baseando- inspeções de vistoria local, permitindo o registro
se em uma pesquisa quantitativa, já que os dados da situação física das fachadas dos estudos de
estão traduzidos em números e informações que caso.
os classificam, evitando a subjetividade e Por meio das FIDs desenvolveu-se uma
uniformizando uma abordagem capaz de obter análise global em como se encontram as
dados comparáveis. Deste modo, as amostras, fachadas pesquisadas quanto às patologias nelas
somadas a este estudo comparativo, permitem a presentes. Vale ressaltar que, para esta pesquisa,
obtenção de um panorama geral dos problemas o conceito dado à patologias trata-se de tudo
patológicos mais decorrentes e as edificações com
aquilo que depõe contra a imagem física da
maior diversidade de danos. A partir disso, pode-
instituição, seja provocado pelo tempo ou por
se aprofundar os estudos em edificações
ações provenientes de causa humana. A
específicas sobre possíveis causas de danos
representação gráfica da ficha pode ser
patológicos por meio de análise e interpretação
observada por meio da Figura 2, com campos
dos dados previamente levantados.
distribuídos da seguinte forma:
2.3.4 Outros Métodos título, apontando a edificação em análise
com registro da data de vistoria;
Ao final, se o interesse da pesquisa
estiver além da identificação de dados, é levantamento fotográfico, separado por
interessante que se apliquem métodos fachadas, com indicação dos danos
complementares que funcionam como pré- presentes. Onde houve necessidade, fez-
requisito para diagnósticos mais técnicos, como os se fotos mais detalhadas de cada ponto;
apresentados a seguir: legenda com numeração individual das
Ensaios de caracterização de amostras: patologias encontradas;
ensaios de complementação da pesquisa, com características da edificação, com
análise de pequenas amostras de materiais ou classificação da idade (recente,
análises feitas in loco; intermediária ou antiga) e do material
Processos de intervenção: a partir dos (revestimento cerâmico, argamassa e
dados obtidos, adquire-se subsídios para
estrutura de concreto aparente) em
propor alternativas de recuperação para as
análise;
edificações específicas.
implantação da edificação dentro do
campus, conforme setor onde se encontra
3. RESULTADOS (básico, profissional ou saúde), apontando
a situação física do edifício quanto a
Com base na produção de metodologia
localização e contextualização urbana
padronizada de análise, buscou-se apontar
aqueles caminhos que deveriam ser seguidos em atual;
futuros laudos técnicos com a finalidade de planta baixa, com indicação de áreas,
recuperar fachadas deterioradas, utilizando-se cotas e fachadas analisadas;
como exemplo edificações presentes na UFPa. orientação solar da edificação, conforme
mapa da cidade de Belém.
3.1 IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS
3.1.1 Caracterização das Edificações
A partir da elaboração individual de 30
fichas de identificação de danos para as A partir dos dados obtidos com as FIDs,
edificações em análise, produziu-se um caracterizou-as as edificações em categorizações
documento que funcionou de base para do tipo Bom, Regular e Ruim.
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FIGURA 2: Exemplo de Ficha de Identificação de Danos para um dos prédios analisados – Hospital
Universitário Bettina de Ferro e Souza.
Notou-se que 60% (Regular) das 30 conservação, todas são enquadradas como
edificações apresentam-se com princípio de Recentes (Figura 4); dos 60% das edificações
alguma lesão mais grave, concentrando-se em classificadas como regulares, metade são prédios
situação intermediária perante as demais. Já 23% Antigos, seguidos dos intermediários com 28%
delas classificam-se em Ruim, ou seja, prédios em (Figura 5); e 23% das edificações ditas como ruins,
péssimo estado de conservação com grandes 72% estão destinados às edificações Intermediária,
extensões de patologias em sua envolvente, as e o restante distribuído igualmente entre Antigas e
quais afetam o material de forma definitiva e Recentes (Figura 6).
deterioram esteticamente o sistema de
revestimento. E por fim, representando cerca de
17% dos casos, estão as edificações consideradas
em Bom estado, apresentando danos superficiais e
ausência de lesões mais graves, sem risco a
integridade. A atribuição dada para este último
FIGURA 3: Estado de Conservação das edificações
caso, não significa dizer que os prédios estejam
isentos de qualquer tipo de patologias, apenas
apresentam um nível mínimo aceitável de
desempenho (Figura 3).
Cada categorização citada foi relacionada
com a idade dos estudos de caso. Dentro dos 17%
das edificações consideradas em bom estado de FIGURA 4: Classificação da Categoria Bom.
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degradação, relacionando-os com seus estudo também podem existir outros tipos não
respectivos agentes causadores, fornece citados. A partir da Tabela 1 a seguir, estabeleceu-
subsídios para posteriores reparos, se os principais mecanismos de degradação, com
apresentando principais anomalias e suas suas respectivas causas, para os estudos de caso
causas, ressaltando que dentro deste campo de da UFPa.
FIGURA 7: Exemplo de um Mapa de Danos de uma das fachadas do Instituto de Ciências Biológicas.
X
TABELA 1: Principais mecanismos de degradação.
7
Principais mecanismos de degradação Agentes de degradação
(patologias) Causas atmosféricas Causas biológicas Causas Adquiridas
Fissuras e trincas ● ●
Perda de aderência/descolamento ● ●
Eflorescência ● ●
Umidade ● ●
Manchas (colonização
●
biológica/sujidade)
Corrosão (concreto armado) ● ●
Vegetação ● ●
Intervenção indevida ●
Fissuras e trincas ●
Macro-organismos ●
Manchas
Perda de coloração
Corrosão (concreto armado) Umidade
Eflorescência
Descolamento
7
Classificação baseada em ASTM E632, 1998; MÜLLER, 2010; LERSCH, 2003 e MORAES, 2007. Também são usadas outras
nomenclaturas para classificar os agentes de degradação, subdividindo-os, por exemplo, em agentes físicos, químicos e biológicos,
como nas pesquisas de Torraca (1981).
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TABELA 2: Exemplos de danos presentes nos estudos de caso conforme tipo de revestimento externo.
Umidade/sujidade/ Umidade
fissuras
Biblioteca de
Geociências
Fissuras/descolamento/ Corrosão/desplacamento
sujidade
Edificações antigas
(Década de 70)
Ginásio
Coloniz.biológ. Coloniz.biológ./umidade/
/descolamento/umidade vegetação
Reitoria
Sujidade Umidade/sujidade/
descolamento
Bloco B
x
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TABELA 2: Exemplos de danos presentes nos estudos de caso conforme tipo de revestimento externo.
(Continuação).
Patologias conforme material presente nas fachadas
Idade Prédio
Argamassa Cerâmica Estrutura
Descolamento Perda de aderência Coloniz.biológ./umidade/
descolamento
Bloco D
Sujidade/descolamento Corrosão
Tecnológico
Instituto
Vegetação Desplacamento
Laboratório Eng.
Civil
Computação
Elétrica e
interv.indevida /corrosão
Instituto de
Edificações Intermediárias
x
(Década de 80/90)
empolamento
x
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TABELA 2: Exemplos de danos presentes nos estudos de caso conforme tipo de revestimento externo.
(Continuação).
Patologias conforme material presente nas fachadas
Idade Prédio
Argamassa Cerâmica Estrutura
Sujidade/fissura/ Fissura/sujidade
Pós-graduação em
vegetação
Geofísica
Interv.indevida/fissura/
perda de coloração
Prefeitura
Fissura/perda de Fissura/desplacamento/
coloração/sujidade corrosão
Artes
x
Edificações Intermediárias
(Década de 80/90)
Umidade/descolamento Desplacamento/corrosão
Incubadora de
Empresas
empolamento
Laboratório de
Alimentos
Interv.indevida/fissura/ Corrosão
Instituto de Ciências e
sujidade
Educação
x
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TABELA 2: Exemplos de danos presentes nos estudos de caso conforme tipo de revestimento externo.
(Continuação).
Patologias conforme material presente nas fachadas
Idade Prédio
Argamassa Cerâmica Estrutura
Descolamento Fissura/perda de
Hospital Bettina de
coloração/eflorescência
Souza e Ferro
Edificações Intermediárias
x
(Década de 80/90)
Umidade/sujidade/ Desplacamento/fissura
Engenharia Elétrica e
Computação - Anexo
intervenção indevida
Laboratório
x
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TABELA 2: Exemplos de danos presentes nos estudos de caso conforme tipo de revestimento externo.
(Continuação).
Patologias conforme material presente nas fachadas
Idade Prédio
Argamassa Cerâmica Estrutura
Macro-organismo Fissura/sujidade
Instituto Ciências
Jurídicas
Sujidade/fissura/umidade Sujidade/perda de
aderência
Mestrado de Química
Umidade/coloniz.biológ. Fissura/corrosão
Universitário
Restaurante
(A partir dos anos 2000)
Perda de coloração/fissura
Faculdade de
Nutrição
Umidade/fissura
Laboratório de
Biotecnologia
corrosão/sujidade
Aula
que se identificam as causas prováveis de suas Pode-se produzir Mapas de Danos para
anomalias; e propostas de intervenção, em aqueles prédios de maior interesse, originando
que se propõe alternativas de recuperação, registro com precisão das áreas afetadas, o que
consideradas como medidas aplicáveis facilita apontar suas causas. Baseando-se nas
também em projetos futuros, observando a afirmações de Tinoco (2009), por meio deste
especificidade de cada caso. método é possível caracterizar o estado físico da
Anexos e/ou apêndices: normas técnicas e edificação através de sua representação
referências bibliográficas utilizadas; sugestão gráfica/fotográfica, abrangendo levantamento dos
de especificações de materiais; possíveis danos identificados, ilustrando-se e discriminando-
ensaios laboratoriais ou in loco, sempre que se os agentes que originaram as patologias. Para
houver necessidade de experimentos que auxiliar na tomada de decisões quanto à
ofereçam ao relatório conclusões mais intervenção, também sugere-se que sejam
técnicas; levantamento fotográfico, com efetuadas investigações por meio de ensaios
inserção de imagens digitalizadas ao longo do laboratoriais ou in loco, os quais testemunham a
documento (ou em seguida dele). Se garantia da qualidade do serviço.
necessário, anexar pareceres de outros Concluiu-se que os casos da UFPA
profissionais, que, por exemplo, ofereçam precisam ser conduzidos à recuperação de seus
relatórios que comprovem se a estrutura está componentes externos, considerando seu
condenada ou documentação de planilha desempenho insatisfatório frente à capacidade de
orçamentária com quantitativo de custos e promover a estanqueidade e proteção de agentes
materiais para executar os reparos agressivos. Portanto, de modo a evitar o
necessários. aparecimento precoce de patologias em fachadas,
elevando seu tempo de vida útil e reduzindo
custos extras, sugere-se, além da execução
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
rigorosa baseada em normas técnicas, a
Visando produzir um padrão de programação de vistorias periódicas para que
metodologia avaliativa de levantamento de danos medidas preventivas de reparo sejam tomadas.
em fachadas, de modo a adquirir subsídios em Assim, percebe-se que com esta
futuras intervenções corretivas, partiu-se de organização de levantamento dos dados,
exemplos de patologias presentes no envelope consegue-se subsídios para o objetivo maior da
externo de 30 edificações da UFPa. Baseando-se a produção dos documentos: ter base consistente
priori em levantamento visual e quantificação dos para apontar hipóteses de diagnóstico e e afirmar
danos por meio do registro de anomalias (Fichas a necessidade de propostas de intervenção.
de Identificação de Danos), gerou-se uma série de Percebeu-se que não existe um único rumo
documentos capazes de permitir futuros avaliativo, cabendo à presente pesquisa apontar
gerenciamentos de manutenção e programações os caminhos básicos para tal, em que resultados
de reparos. obtidos não devem ser tomados como verdade
A presença das patologias, discursadas absoluta, mas sim está aberto à inserção de novas
ao longo da pesquisa e presentes na amostra, sugestões para incrementar todas as etapas.
acarretou consequências para a edificação como
um todo. A partir de registro da frequência de 5. AGRADECIMENTOS
ocorrência de danos, observou-se que vários
danos acontecem simultaneamente dando origem À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
a outros, com sua ocorrência relacionada a uma ou Superior – CAPES, pelo apoio financeiro.
várias causas e com situações de fácil identificação
e outras não.
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BARROS, Mercia Maria Semensato Bottura de; LERSCH, Inês Martina. Contribuição para a
SABBATINI, Fernando Henrique. Produção de identificação dos principais fatores e mecanismos de
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I.C. Carvalho, M.S. Picanço, A.N. Macedo - REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 9 - nº 2 ( 2014)
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