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Mecanismos de produção de

petróleo e Equação de Balanço


de Materiais
Composição de cada reservatório:
Combinação única da forma geométrica;
Propriedades geológicas das rochas;
Caracteristicas dos fluidos;
Mecanismos primários de produção.
Não existe dois reservatórios idénticos em todos aspectos.
Os reservatórios podem ser agrupados segundo os mecanismos primários de
condução pelos quais produzem.
Cada mecanismo de condução tem uma típica caracteristica de
performance em termos de:

• Factor de recuperação final


• Taxa do declínio da pressão
• Razão Gas-óleo
• Produção de água

Recuperação primária: Produção de óleo por qualquer dos


mecanismos de condução natural. (sem o uso de algum processo(como o
caso de injecção de fluido)para suplementar a energia natural do reservatório.
MECANISMOS PRIMÁRIOS DE CONDUÇÃO
Que importancia tem o conhecimento de Mecanismos primários que controlam o comportamento
dos fluidos no reservatório?
• Melhor compreensão do comportamento do reservatório e a predição da performance futura.
• O desempenho geral dos reservatórios de petróleo é determinado com base a natureza de
energia, neste caso os mecanismos de condução diponiveis para para remover o petróleo para o
poço.
Basicamente existem seis mecanismos de condução:
1. • Condução via Expansão de líquido e de Rocha
2. • Condução através da Depleção
3. • Condução através da Capa de gás
4. • Condução através da Água
5. • Condução através da Drenagem por gravidade
6. • Condução combinada
CONDUÇÃO ATRAVÉS DA EXPANSÃO DE LÍQUIDO E DE ROCHA
Quando o reservatório inicialmente mantem-se a pressão maior que a de ponto de
bolhas, o mesmo é chamado reservatório sobresaturado.
A esta pressão acima do ponto de bolhas, o crude, a água e arocha são os únicos
materiais existentes.
Na medida que a pressão do reservatório declina, a rocha e o fluido expandem
devido a sua compressibilidade.
A compressibilidade da rocha é o resultado de dois factores:
• Expansão dos graõs individuais da rocha
• Compactação da formação
Ambos acontrecem devido a diminuição da pressão do fluido nos espaços porosos,
reduzindo deste modo o volume dos poros através da redução da porosidade.
Na medida que esta expansão do fluido e a redução no volume de poros oucorre
com redução da pressão, o crude e a água serão forçados a sairem dos poros.
• Neste caso o reservatótio é caracterizado com uma razão de gás e
óleo constante igual a solubilidade de gás na pressão de bolhas.
• Este mecanismo de condução é considerado o menos eficiente e
resulta em baixa taxa de recuperação do petróleo.
Mecanismo de condução através da depleção
Principais características deste mecanismo de condução:
• Condução por gás de solução
• Condução po gás dissolvido
• Condução por Gás interno
Neste tipo de reservatórios a principal fonte de energia é a libertação do crude e a expansão subsequente do gás de solução na medida
que a pressão do reservatório reduz.
A pressão reduz a baixo a pressão de bolhas, as bolhas de gás sºao libertadas dos espaços porosos. As bolhas expandem e forçam a saída
do crude dos poros.
• Pressão do Reservatório: Esta pressão declina rápido e continuamente.
• Produção de água: Por não existir condução através da água significa a existência de pouca ou quase nenhuma produção de água
durante a fase toda de produção deste reservatório.
• Razão Gás-óleo: A É caracterizado por um aumento rápido da GOR de todos poços, independentemente da sua posição estrutural.
Com a redução da pressão do reservatório abaixo da pressão de bolhas, o gás é libertado da solução em todo reservatório.
Quando a saturação de gás excede a saturação crítica de gás, inicia o fluxo de gás livre no poço e isto aumenta a GOR.
Gas-Cap-drive reservoir
MECANISMO DE PRODUÇÃO DO INFLUXO DA ÁGUA

Muitos reservatórios estão conectados através de uma porção ou na


sua totalidade com rochas portadoras de água chamadas aquíferos .
A água presente neste tipo de reservatório age através da expansão e
invasão na zona de óleo.
Esta acumulação de água, chamada de aquífero, pode ser realimentada
ou com um grande volume em relação ao volume de óleo, e assim tem
condições de, através do diferencial de pressão originado da produção
do óleo, (provocar o influxo natural de água).
O aquífero mantém a pressão do reservatório em queda lentamente,
dependentemente do tamanho do aquífero, uma redução na produção
pode causar a repressurização do reservatório.

Mas também uma alta produção de fluído pode diminuir a pressão se a


invasão da água não acompanhar o volume produzido.

Deve-se também observar a RGO, pois a mesma deve ser mantida


igual na superfície como no reservatório, se a pressão for mantida
acima do ponto de bolha.
Pressão do reservatório

• O declínio da pressão do reservatório normalmente é muito gradual.


Figura 11-9 mostra o histórico da produção de pressão de um
reservatório a produção de água.
• Não é menos comum que muitos milhares de barris de petróleo
sejam produzidos para cada libra por polegada quadrada queda na
pressão do reservatório.
• A razão deste declínio da pressão do reservatório é pelo facto de que
as retiradas de petróleo e gás do reservatório são substituídas volume
por volume pela invasão da água na zona de óleo.
Produção de Água
• O excesso inicial da produção da água ocorre em poços
estruturalmente baixos.
• Isto é característico de um reservatório de água, e, desde que a água
esteja invadindo de maneira uniforme, nada pode ou deve ser feito
para restringir essa invasão, já que a água provavelmente fornecerá o
mecanismo de deslocamento mais eficiente possível.
Se o reservatório tiver uma ou mais lentes de permeabilidade muito
alta, então a água pode estar se movendo através desta zona mais
permeável.

Neste caso, pode ser economicamente viável realizar operações


corretivas para desligar esta zona permeável que produz água.

Deve-se perceber que na maioria dos casos o óleo que está sendo
produzido num poço estruturalmente baixo será recuperado de poços
localizados na estrutura mais alta e quaisquer despesas envolvidas no
trabalho de remediação para reduzir a relação água-óleo de poços
estruturalmente baixos é desnecessárias.
Recuperação final de óleo

Recuperação final nos reservatórios de água:


• Muito maior que a recuperação de qualquer outro mecanismo de
produção.
• A recuperação depende da eficiência da acção de descarga da água, na
medida que esta movimenta o óleo.
• Em geral, à medida que a heterogeneidade do reservatório aumenta, a
recuperação diminuirá, devido ao avanço desigual da água de
deslocamento.
• A taxa de avanço da água é normalmente mais rápida nas zonas de alta
permeabilidade.
• Isso resulta em altas taxas de óleo e água e consequentes limitações
económicas antecipadas.
As tendências habituais de reservatórios de águas podem ser
analisadas na tabela a seguir:
Produção através da Drenagem por gravidade

• O mecanismo de drenagem por gravidade ocorre em reservatórios de


petróleo como resultado de diferenças nas densidades dos fluidos do
reservatório.
• Os efeitos das forças gravitacionais podem ser simplesmente ilustrados
colocando uma quantidade de óleo cru e uma quantidade de água em um
frasco e agitando o conteúdo.
• Após a agitação, o frasco é colocado em repouso e o fluido mais denso
(normalmente a água) assentará no fundo do frasco, enquanto o fluido
menos denso (normalmente óleo) passará no topo do fluido mais denso.
• Os fluidos se separaram como resultado das forças gravitacionais que
actuam sobre eles.
A recuperação final dos reservatórios de drenagem de gravidade irá variar amplamente, devido principalmente à extensão da depleção apenas por drenagem por gravidade. Onde a drenagem por gra

Recuperação final do óleo

A recuperação final dos reservatórios de drenagem por gravidade irá


variar amplamente, devido principalmente à extensão da depleção de
drenagem por gravidade. Lá onde a drenagem por gravidade é boa, ou
onde as taxas de produção são restritas para aproveitar ao máximo as
forças gravitacionais, a recuperação será alta.

Existe casos relatados em que a recuperação de reservatórios de


drenagem por gravidade excedeu 80% do óleo inicial no reservatório. Em
outros reservatórios, onde a depleção também desempenha um papel
importante no processo de recuperação de petróleo, a recuperação final
será menor.
Factores que influencias a recuperação final de reservatórios por
drenagem

• Permeabilidade em direcção do mergulho


• Mergulho do resrevatório
• Taxa de produção do resrevatório
• Viscosidade do óleo
• Caracteristicas da Permeabilidade relativa
Mecanismo combinado

Na realidade, muitos reservatórios apresentam mais de um dos


mecanismos de produção como já foi dito anteriormente.
A combinação mais comum é a de capa de gás e influxo natural de água
(aquífero).
Observa-se que para estes reservatórios com mecanismos combinados
um dos mecanismos é predominante e os demais apresentam
contribuições menores.
• Devem ser feitas estimativas para a contribuição de cada um destes
mecanismos.
• Os mecanismos de deslocamento (capa de gás e influxo de água) são
normalmente mais eficientes que os de depleção (gás dissolvido e
expansão de líquidos), mais cedo ou tarde todo acúmulo de óleo se
não manter sempre a pressão acima da pressão de bolha, poderão
causar o aparecimento de gás livre na zona de óleo.
• Abaixo a Figura 4.10 mostra um reservatório com mecanismo
combinado.
Identificação de mecanismo de produção

• A identificação do mecanismo de produção requer um histórico longo de


produção e pressão do campo. No caso da falta dos dados de pressão do
reservatório que são obtidos com teste de formação, pode-se utilizar os
dados de produção de óleo, água e gás. De uma forma geral a produção de
gás nem sempre é medida de forma confiável.
• Caso o primeiro poço perfurado atravesse a capa de gás, os perfis
densidade e neutrão poderão identificar esta capa, caso contrário só com o
desenvolvimento do campo de petróleo é que se terá esta definição.
Considerando o aquífero poderemos perfurar o primeiro poço e
determinarmos o contacto óleo/água com o perfil de resistividade, no caso
de o poço atravessar o aquífero, caso contrário só iremos identificá-lo com
o desenvolvimento do campo, isto é perfurando poços.
Equação e Balanço de Materiais

• A equação de balanço de materiais (MBE) é reconhecida há muito


tempo como uma das ferramentas básicas dos engenheiros de
reservatórios para interpretar e prever o desempenho do
reservatório. A MBE, quando aplicada corretamente, pode ser usada
para:
• Estimar os volumes iniciais de hidrocarbonetos no local
• Prever o desempenho futuro do reservatório
• Prever a recuperação final de hidrocarbonetos sob vários tipos de
mecanismos de condução.
• A equação foi estruturada para manter simplesmente o inventário de
todos os materiais de entrada, saída e acumulada no reservatório. O
conceito equação de balanço materiais foi apresentada por Schilthuis
em 1941. Em sua forma mais simples, a equação pode ser escrita em
bases volumétricas como:
• Volume inicial = volume restante + volume removido
• Como o petróleo, gás e água estão sempre presentes em
reservatórios de petróleo, a equação de balanço de material pode ser
expressa para o total de fluidos ou para qualquer um dos fluidos
presentes.
• Antes da derivação do balanço materiais, precisamos
denotar os símbolos a seguir esclarecendo vários termos.
• Os símbolos aqui usados estão em conformidade, com a
nomenclatura padrão adoptada pela Society of Petroleum
Engineers.
pi Initial reservoir pressure, psi
p Volumetric average reservoir pressure
∆p Change in reservoir pressure = pi − p, psi
pb Bubble point pressure, psi
N Initial (original) oil in place, STB
Np Cumulative oil produced, STB
Gp Cumulative gas produced, scf
Wp Cumulative water produced, bbl
Rp Cumulative gas-oil ratio, scf/STB
GOR Instantaneous gas-oil ratio, scf/STB
Rsi Initial gas solubility, scf/STB
Rs Gas solubility, scf/STB
Boi Initial oil formation volume factor, bbl/STB
Bo Oil formation volume factor, bbl/STB
Bgi Initial gas formation volume factor, bbl/scf
Bg Gas formation volume factor, bbl/scf
Winj Cumulative water injected, STB
Ginj Cumulative gas injected, scf
We Cumulative water influx, bbl
m Ratio of initial gas-cap-gas reservoir volume to initial reservoir oil volume,
bbl/bbl
G Initial gas-cap gas, scf
P.V Pore volume, bbl
cw Water compressibility, psi−1
cf Formation (rock) compressibility, psi−1
Vários cálculos de balanço de materiais requerem o volume total de
poros (P.V) expresso em termos de volume inicial de óleo (N) e o
volume da capa de gás.

A expressão para o volume total de poros pode ser derivada


introduzindo convenientemente o parâmetro m na relação da seguinte
forma:

Definindo a razão m:
m=(Volume inicial da capa de gás)/(Volume inicial do óleo no local)
GBgi/NBoi
A Resolução do volume da capa de gás dá-se em:
Volume inicial da capa de gás = GBgi = mNBoi
O volume total do sistema de hidrocarbonetos é então dado por:
Volume inicial de óleo + volume inicial da capa de gás = (P.V) (1 - Swi)

NBoi + m NBoi = (P.V) (1 - Swi)


Ou
NBoi (1 + m)
𝑃. 𝑉 =
1 − Swi

Onde,
wi = saturação inicial de água
N = óleo inicial no lugar, STB
P.V = volume total de poros, bbl
m = relação entre o volume inicial de gás da capa de gás do reservatório e
o volume de óleo do reservatório, bbl/bb.
Conceito do modelo de tanque
A MBE pode ser escrito de forma generalizada da seguinte forma:

Volume de poros ocupado pelo óleo inicialmente no local pi


+
Volume de poros ocupado pelo gás da capa de gás pi
=
Volume de poros ocupado pelo óleo restante em p

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