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Dimensionamento de Vasos de Pressão

Verticais e Horizontais para Separação de


Fluidos Bifásicos e Trifásicos

Ennecyr Pilling Pinto


Proposta curso
• Fornecer critérios e método de projeto
geralmente aplicado a 4 tipos de vasos ou
tambores:
• Tambor de “surge” para líquido
• Vaso separador líquido-líquido
• Vaso separador Vapor-Líquido;
• Vaso separador Vapor-Líquido-Líquido.
• Internos e externos dos Vasos Separadores.
• Aspectos operacionais e construtivos
• Não está incluído: separação de 2 líquidos com densidades
muito próximas, separação de 2 fases de líquidos sendo um
finamente disperso e remoção de pequenas quantidade de
líquido em névoa de uma fase vapor.
Tampo torisférico conhecido
como falsa elipse: É o tampo
torisférico que tem a seção
toroidal com raio interno igual
a 0,17 D e a calota central
esférica com raio interno igual
a 0,90 D, sendo D o diâmetro
interno do vaso.
Projeto de processo de
vasos de pressão
Tambor para espera “surge time”
• Tambor de “surge” é um tipo de vaso ou
tambor usado para fornecer o tempo de
residência necessário para a sucção de
bombas ou escoamentos entre
estágios. Podem ser verticais ou
horizontais. É instalado conforme o
espaço disponível na planta, o custo da
estrutura de suporte, etc.
Vaso separador líquido-líquido
• É usado para separar dois líquidos
imiscíveis de densidades diferentes,
sem presença da fase vapor. Para uma
boa separação o tempo de decantação
deve ser suficiente para que gotas da
outra fase decante da primeira fase. Os
tanques horizontais possuem razão
residência/decantação maior que os
verticais.
Vaso separador líquido-líquido
Líquido leve
D CL
interface
Líquido pesado
L

Aplicações:
sistemas de lavagem cáustica para hidrocarbonetos;
sistemas de lavagem com água;
sistemas de extração com solvente
sistemas de drenagem de tanques ou líquidos contaminados.
Vaso separador vapor-líquido
• A principal função é separar misturas
de vapor e líquidos, deixando o vapor
livre de líquido.
• Pode ser:
• Vaso ou tambor separador construído na
posição vertical
• Vaso ou tambor separador construído na
horizontal.
Vaso ou tambor separador
construído na posição vertical
• São preferencialmente usados para
misturas cuja razão mássica
vapor/líquido é alta e usualmente só
tem uma fase líquida. A separação
vapor-líquido ocorre simultaneamente à
decantação do líquido. Se houver só
uma pequena quantidade de outra fase
líquida este ainda pode ser usado.
Vaso ou tambor separador
construído na posição vertical
CL Palha de aço
ou “demister”

Aplicações:
Tambores de refluxo;
Espaço
do vapor Vasos após os compressores;
L Vasos entrada dos sistemas de gás combustível;

Líquido leve
Vasos de purga e esgotamento;
Vasos de tochas de segurança.
Líquido
pesado
D
Vaso ou tambor separador
construído na horizontal
• São preferencialmente usados para :
• Misturas com baixa razão mássica de
vapor/líquido e só uma fase líquida;
• Misturas contendo vapor e duas fases líquidas
imscíveis.
• Podem ter instalados um pote ou bota para
capturar a fase pesada fora do vaso,
permitindo um melhor controle operacional e
reduzir o tamanho do equipamento.
Vaso ou tambor separador
construído na horizontal
Espaço para vapor
Líquido leve CL
D
interface
Líquido pesado
L

Aplicações:
Vaso de topo das colunas de destilação;
Vaso de extração de água dos fluidos;
Tambores de vapor d’água;
Vasos de purga e de tocha
Projeto para tambor de surge
• O “surge time” ou tempo de residência ou espera é
o tempo mínimo para fornecer razoável flexibilidade
operacional. Por exemplo na falha de uma bomba.
O tempo de espera depende do acesso do
operador ou da sofisticação da instrumentação
usada.
• Recomendação: “surge time” x fator
• Operador fator Instrumentação fator
• Experiente 1,0 Bem instrumentado 1,0
• Treinado 1,2 Instrumentação padrão 1,2
• Inexperiente 1,5 Instrumentação pobre 1,5
Projeto para tambor de surge
• Surge times para líquidos:
• Tambor de carga de uma unidade de processo
que recebe líquido de outra unidade com sala de
controles separadas:..................................20 min
• Tambor de carga de uma unidade de processo
que recebe líquido de outra unidade da mesma
sala de controle:.........................................15 min
• Tambor de carga de uma unidade de processo
que recebe líquido da área de
tanques:......................................................15 min
Projeto para tambor de surge
• Surge times para líquidos:
• Tambor de carga de uma torre da mesma sala
de controle:...................................................8 min
• Tambor de surge que recebe de um tanque por
gravidade:.....................................................3 min
• Tambor de surge que recebe de um tanque por
bomba:..........................................................5
min
• Tambor de surge que recebe de um tanque ou
tambor via fundo de um trocador de
calor:.............................................................5 min
Projeto para tambor de surge
• Surge times para líquidos:
• Tambor de carga de um forno:...................10 min
• Tambor de carga de uma caldeira:..............8 min
• Separador vapor-líquido entre unidade de alta ou
baixa pressão:..............................................4 min
• Tambor acumulador de destilado:................5 min
• Tambor somente para refluxo:....................4 min
• Tambor sucção de compressor:................10 min
• Tambor interestágio em emergência:........10 min
Projeto para tambor de surge
Jo
Bocal
entrada Vent hv e hb = 230 mm
Jo = d + 150 mm
hv d = bocal diâmetro
Nivel alto de líquido

hL D
Nivel baixo de líquido

hb

Bocal
saída
L
Projeto para tambor de surge
Vent
hb = 150 mm
Jo = d + 150 mm
Jo d = bocal diâmetro
hv Bocal
entrada hv = 150 mm + Jo
Nivel alto de líquido

L hL D

Nivel baixo de líquido

hb

Bocal
saída
Projeto para tambor de surge
Fatores que afetam a escolha do L/D:
• Custo do equipamento, área mínima de vapor e área disponível na
planta
• Tambor com Ø < 600 mm é difícil de construir e operar especialmente se
usando chicanas, colchão de palha de aço (demister), LIT ou LG ou
fazer manutenção.
• Ótimos L/D não significa o mais adequado mesmo se contiver internos.
• 1,5  L/D  5 são os mais usados exceto quando o tambor de surge
operar a 1 atmosfera absoluta quando o L/D é ainda menor.
• Para pressões entre 50 a 600 psi, o L/D mais usado está entre 3 a 4.
• Não esquecer a adequada posição da boca de visita de 24” (600 mm)
Projeto para tambor de surge
Exemplo de projeto:
Projetar um vaso horizontal para conter etileno a -110°F e 90 psia, com
vazão de 35000 lb/h e massa específica de 33,2 lb/ft3. O vaso é carga
para um reator, recebendo etileno líquido de tanque.
(1) Surge time TS = 12minutos
(2) Para P > 50 psig está fora dos padrões normais
(3) Selecionando L/D = 3
(4) Vazão volumétrica: QL = WL/(60.ρL) = 17,57 ft3/min
(5) Volume de surge requerido: Vh = QL.TS = 17,57.12,0 = 210,3ft3
(6) Volume do vaso: Vt = Vh/0,80 = 263,6 ft3
(7) Verificar no diagrama o diâmetro correspondente
Projeto para tambor de surge
Projeto para tambor de surge
Projeto para tambor de surge
(8) D = 5,0ft então L = (4.Vt)/( .D2) = 13,5ft
(9) Adotando hV = 9” e hb = 9” então hL = 42inches
(10) Selecionando tampo elíptico 2:1 para o D = 5ft
(11) Sendo hL + hb + hV = 9 + 42 + 9 = 60”
(12) Sendo hL + hb = 42 + 9 = 51” a % de volume no vaso é 51.100/60 = 85%
(12) Sendo hb = 9” a % de volume no vaso é 9.100/60 = 15%
(13) Volume nos 2 tampos para 85% = 231galões e 15% = 15galões
(14) Volume de surge nos 2 tampos = 231 - 15/7,48 = 28,9ft3
1 ft3 = 7,48 galões (fator de conversão)
(15) Volume de surge para o casco = 210,8 - 28,9 = 181,9ft3
(16) Da figura temos: capacidade D = 5ft a 85% = 135,7 gal/ft/ft de casco
(17) Da figura temos: capacidade D = 5ft a 15% = 13,8 gal/ft/ft de casco
Projeto para tambor de surge
(18) Volume de surge / ft de casco = (135,7 - 13,8)/7,48 = 16,3ft3/ft
(19) Comprimento do casco = 181,9 ft3/16,3ft3/ft = 11,2ft
(20) Final:
D = 5ft
L = 11,2ft
L/D = 2,3 (é baixo mas aceitável)
2 tampos elípticos de 5ft de Ø
Fundamentos para separação
por gravidade
Souders and Brown’s (1934) – trabalho com colunas de fracionamento;
Montross (1953) trabalho com gotas de líquido de 400-500 microns caindo
contra a sua própria fase vapor;
Miller (1971) desenvolveu recomendações para acumuladores de amônia;
Like Miller, Richards (1985) basea do em Souders and Brown definiram métodos
para prevenir mais que 1% de líquido (em massa) no carrying over.
As velocidades de separação de Miller (1971) e Richards (1985) não são
aplicáveis para separadores verticais e horizontais.
Wu (1984) desenvolveu métodos de projeto de separador que use o balanço de
forças e correlações de arraste para gotas esféricas. Wu recomenda que a
velocidade de projeto do vapor para um vaso vertical seja 75% a 90% da
velocidade terminal, entretanto não especifica a dimensão da gota.
Svrcek and Monnery (1993) dão suporte aos cálculos de Wu (1984), mas
calculam o K' como uma função do tamanho de gota desejado ou como uma
função da pressão do vapor. A variação com a pressão é independente da
substância segundo Svrcek and Monnery e recomendam projetar a velocidade
do vapor 75% da velocidade terminal calculada.
Equação do movimento:
As partículas de líquido ou vapor são submetidas a 3 forças: gravidade,
escoamento e arraste. O tamanho de um separador deve ser o necessário para
fazer sucumbir as forças de escoamento e arraste com a gravidade, causando o
caimento da partícula.
Da Lei de Newton:

Fi, and acceleration, a, functions of time, t, and md is the mass of the droplet.

Força da gravidade

Força do escoamento

Força de arraste
O número de Reynolds da partícula é definido como a razão entre as forças de
inércia e força viscosa e o diâmetro característico da gota.

onde ρv e μv são a densidade do vapor e a viscosidade absoluta e U é a


velocidade relativa do vapor em relação à velocidade da gota.
O coeficiente de arraste para uma esfera pode ser estimada
numericamente usando Bird (1960):

Gerhart (1985)
Velocidade terminal: a velocidade onde a forças de arrastes e a de escoamento
somadas são iguais a força da gravidade. Neste ponto a aceleração é zero e a
gota cai com velocidade uniforme.

A Velocidade
Terminal como
uma função do
tamanho da
partícula e
temperatura
para uma
separação
líquido - vapor
Determinação de K: Simplificando os cálculos, Souders and Brown (1934),
Gerunda (1981), and Svrcek and Monnery (1993) rearrangaram o balanço de
forças para obter a seguinte forma:

Onde Teoricamente!!

K' é uma função do tamanho de gota e dos coeficientes de arraste (que é função do
tamanho do vaso, propriedades do vapor, vazão do vapor, etc. e do diâmetro da gota)

K’ teórico para sistema


líquido – vapor para
amônia
Equações para determinar a trajetória das gotas: Substituindo as forças na
equação do balanço e integrando duas vezes teremos:

Sendo y0 a linha de centro no bocal de entrada

As condições de contorno para as trajetória


nos dois vasos são:
O arraste (carryover) depende do tamanho pequeno das gotas e do número
de gotas que tem tamanho pequeno.
Projeto de separador líquido-líquido
Na separação de duas fases líquidas de diferentes densidades, as gotas da fase
pesada caem e saem da fase leve devido a gravidade. Esta gotas da fase pesada
são aceleradas até que a força friccional (drag force) contrabalança com a
gravidade. Neste ponto, as gotas da fase pesada saem da fase leve em velocidade
constante, chamada de velocidade terminal ou velocidade de decantação livre. O
oposto ocorre para gotas da fase leve presentes na fase pesada.
A finalidade do decantador é separar eficientemente dois líquidos imiscíveis e não
ser um vaso de surge. Se quisermos também como vaso de surge podemos usar
até mesmo chicanas internamente no vaso.
Para Ø de gotas comumente encontradas em operações industriais de separação
líquido-líquido, a equação baseada na lei de Stoke é aplicada, para gotas escoando
para fora de uma fase líquida contínua:

(H  L )
vdecantação  kS Mas não excedendo a 10 in/min
C
Projeto de separador líquido-líquido
Onde : ρH = densidade da fase líquida pesada em lb/ft3
ρL = densidade da fase líquida pesada em lb/ft3
μC = viscosidade da fase contínua, cP
Se o Ø da gota dispersa é conhecido então kS = 1,331.(104).d2 onde d = inches
Exemplo:
Fase leve Fase pesada Ø in (μm) kS
Hidrocarb.@ 60°F<0,85 Água ou soda cáustica 0,005 (127) 0,333
Hidrocarb.@ 60°F>0,85 Água ou soda cáustica 0,0035 (89) 0,163
Água Furfural 0,0035 (89) 0,163
MEK Água 0,0035 (89) 0,163
Sec- butil álcool Água 0,0035 (89) 0,163
Metil isobutil cetona Água 0,0035 (89) 0,163
Nonil álcool Água 0,0035 (89) 0,163
Projeto de separador líquido-líquido
O projeto é realizado determinando o tempo de residência requerido para cada
fase, θ deve ser maior que o tempo de sedimentação t, necessário.

12hL
 L  tL  min Leve
vL hL
D interface
12hH
 H  tH  min hH Pesado
vH

Limitações:
Sistema onde uma fase está finamente dispersa em quantidade < 2% da vazão
Sistemas onde a diferença de densidade é < 10% da dens. da fase pesada
Sistemas com excessiva tendência de formação de espuma
Projeto de separador líquido-líquido
Jo

Bocal Bocal
entrada Jo = d + 150 mm
saída
LG = 150 mm da
geratriz superior ou
LG
inferior
hL = mínimo 30 cm
hb = mínimo 30 cm
D hL
interface

hb LG

Bocal
saída
L
Projeto de separador líquido-líquido
Bocais de entrada

Vista lateral Vista superior


Projeto de separador líquido-líquido
Exemplo de projeto: Projetar um separador onde uma corrente de 50000
lb/h contendo 80% de aromáticos e água a 108°F na pressão
atmosférica deve ser decantada.
as propriedades físicas nas condições de escoamento são:
Fase aromática: ρL = 53,0lb/ft3 e μL = 0,550cP
Água: ρH = 62,0lb/ft3 e μH = 0,682cP
(1) Estabelecendo os dados básicos de projeto:
WL = 0,80.50000 = 40000lb/h
WH = 50000 – 40000 = 10000lb/h
kS = 0,333
QL = 40000/(60.53,0) = 12,53ft3/min
QH = 10000/(60.62,0) = 2,69ft3/min
Projeto de separador líquido-líquido
(2) Achando as velocidades de decantação
fase leve: vL = 0,333.(62,0 – 53,0)/0,550 = 5,45inches/min
fase pesada: vH = 0,333.(62,0 – 53,0)/0,0,682 = 4,39 inches/min
ambas satisfazem a exigência da Vdecantação  10inches/min
(3) Estimar um diâmetro preliminar pela expressão abaixo:

QL2  QH2 Onde D em ft, Q em ft3/min e v


D  2,3 em inches/min
QL vL  QH vH

assumindo L/D = 3, obtemos


D = 3,30ft e L = 3.D = 3.3,30 = 9,90ft
arredondando: D = 3,5ft e L = 10,0ft ficando L/D = 2,86 ok!
Projeto de separador líquido-líquido
(4) Altura da interface:
hH = [(QH/(QL + QH)].D = [(2,69/(12,58 + 2,69)].3,5 = 0,62ft
hH = 1ft que é o mínimo recomendado (30cm)
hL = D – hH = 3,5 – 1,0 = 2,5ft = 30inches
(5) Verificando se o tempo de decantação é  tempo de residência
tL = 12 hL/vL = 12.2,5/5,45 = 5,5min
tH = 12.hH/vH = 12.1,0/4,39 = 2,73min
sendo hH/D = 12,0/42,0 = 0,286 calculando as áreas AH/A = 0,236
AH = 0,236.(/4).(2,5)2 = 2,27ft2
θH = AH.L/QH = 2,27.10/2,69 = 8,44min ou seja θH > tH, ok!
AL = A – AH = 9,62 – 2,27 = 7,35ft2
θL = AL.L/QL = 7,35.10/12,58 = 5,84min ou seja θL > tL, ok!
Projeto de separador líquido-líquido
(2) Final:
D = 3,5ft Líquido
hL = 2,5ft
L = 10,0ft Leve
L/D = 2,85
interface
hL = 30inches
hH = 1,0ft Líquido
hH = 12inches Pesado
Projeto de separador vapor-líquido
• Vasos ou tambores verticais e horizontais são
comumente usados para separar misturas líquido-vapor
• Quando envolve só uma fase líquida os fatores que
afetam o projeto são a velocidade do vapor e se
necessário o tempo de residência ou “surge time”
• Quando duas fases imiscíveis estão presentes o projeto
é mais complexo porque as características de
decantação dos dois líquidos devem ser consideradas e
até mesmo a inserção de uma bota para coletar a fase
pesada. Não é comum usar vaso vertical para este caso
pois o diâmetro pode vir a ser grande e o custo aumenta.
Projeto separador vapor-líquido vertical
vapor

carga
• Considerando óleo, água e gás:
• Se a quantidade de água for
Leve
pequena e uma pequena interface

quantidade de água pode sair com


o óleo usamos o esquema: Pesado
vapor

carga
• Se a quantidade de óleo é pequena
e é muito fácil a separação do óleo
da água (velocidade de ascensão Leve interface
do óleo é grande) usamos então o
esquema:
Pesado
Projeto separador vapor-líquido vertical

• Considerando óleo, água e gás:


vapor
• Quando o volume de óleo é muito
grande uma simples proteção não carga
pode ser usada, a mistura do óleo
+ água acaba saindo pelo bocal do Leve
óleo. Assim é necessário criar um interface

local para a separação efetiva do


óleo da água, usando uma chicana Pesado
horizontal, o que torna o projeto
caro e de manutenção difícil:
Projeto separador vapor-líquido vertical
• Para a separação líquido-vapor, é usada a equação de
Souders-Brow para calcular a velocidade do vapor
ρL = densidade de fase líquida lb/ft3
 L  V ρV = densidade de fase vapor lb/ft3
va  K em ft/s
V K = 0,20 sem demister
K = 0,35 com demister
• Para a separação líquido-líquido, a lei de Stoke dá a
velocidade de decantação
(H  L )
vdecantação  k S Mas não excedendo a 10 in/min
C
ρH = densidade da fase líquida pesada em lb/ft3
ρL = densidade da fase líquida pesada em lb/ft3
μC = viscosidade da fase contínua, cP
Projeto separador vapor-líquido vertical
• Para kS os valores são os mesmos usados para o caso
da separação líquido-líquido: 0,333 ou 0,163
• O projeto é realizado determinando o tempo de
residência requerido para cada fase. θ deve ser maior
que o tempo de sedimentação t, necessário.
vapor
12hL
 L  tL  min carga
vL hL
12hH L interface
 H  tH  min hH
vH
hH e hL em ft
D
Projeto separador vapor-líquido vertical
• hT = 0 sem demister;
Vapor
• hT = 1ft no mínimo com demister. É
desnecessário um
hT espaço ainda maior;
s
hV D • S = 10 a 15cm (4” a 6”) é suficiente;
Carga
hN • hV = 0,5.D + (0,5.diâmetro do bocal
vent Carga superior) mas não menor que 3ft sem
hBN nível máximo LG demister ou 2ft com demister. Este bocal
nível do líquido
hA deve conter a maior relação vapor/líquido;
L
hR • hN = (0,5.diâmetro do bocal superior) +
Leve chicanas
(0,5.diâmetro do bocal inferior). Podem
ho w
hL interface LG ser locados no mesmo plano mas a 90°;
hH • hBN = (0,5.diâmetro do bocal inferior)+(2ft
hB LG
ou hS);
• hS = altura equivalendo a um surge time
de 5 a 10 minutos;
Pesado
Projeto separador vapor-líquido vertical
• hR = 6” + (0,5.diâmetro do bocal);
Vapor
• hL = altura de decantação líquido leve;
• hH = altura de decantação líquido
hT pesado;
s
hV D • hB = 6” ou maior para instalação do LG
Carga
hN
vent Carga
hBN nível máximo LG
nível do líquido
L hA
hR
Leve chicanas
ho w w
hL interface LG D AL
hH AB
hB LG

Pesado
Projeto separador vapor-líquido vertical
Exemplo de projeto: Na unidade de etileno, gás craqueado contendo benzeno e
água é resfriado até 90°F e as fases devem ser recuperadas. A pressão de operação
é 165 psia. É necessário um tempo de surge de 25 minutos. Especificar um
separador com “demister”.
(1) Dados básicos para o projeto:
Vazão mássica lb/h massa específica lb/ft3 visc., cP
Gás WV = 415000 ρV = 0,6973 μV = ---
BenzenoWL = 16500 ρL = 53,95 μL = 0,630
Água WH = 1300 ρH = 62,11 μH = 0,764
TS = 25 minutos para a fase leve (benzeno)
kS = 0,163 e K = 0,35
Vapor: QV = WV/(60.ρV) = 415000/(60.0,6973) = 9919 ft3/min
Líquido leve: QL = WL/(60.ρL) = 16500/(60.53,95) = 5,10 ft3/min
Líquido pesado: QH = WH/(60.ρH) = 1300/(60.62,11) = 0,35 ft3/min
Projeto separador vapor-líquido vertical
(2) Calculando o diâmetro baseado na velocidade do vapor:
vA = K.[(ρL-ρV)/(ρV)]1/2 = 0,35.[(53,95 - 0,6973)/(0,6973)]1/2 = 3,06ft/s
D = 0,1457. (QV/vA)1/2 = 0,1457. (9919/3,05)1/2 = 8,30ft ou  8,50ft
A seção reta da área do vapor é: A = 0,7854.D2 = 0,7854.8,502 = 56,75ft2
(3) Velocidade de decantação do líquido pesado na fase leve:
vL = kS.(ρH - ρL)/μL = 0,163.(62,11 - 53,95)/0,630 = 2,11inches/min
(4) Velocidade de ascensão do líquido leve na fase pesada:
vH = kS.(ρH - ρL)/μH = 0,163.(62,11-53,95)/0,764 = 1,74 inches/min
(5) Dimensionamento da chicana:
A área AB é obtida do gráfico a seguir usando as coordenadas:
(ρL - ρV) = (53,95 – 0,6973) = 53,25 lb/ft3
(ho – hA) = assumido como 24inches
G = 9800 gpm/ft2
Projeto separador vapor-líquido vertical

Nível de líquido acima da interface (ho-hA)

ρL – ρV em lb/ft3
Projeto separador vapor-líquido vertical
(6) Assumindo hL = 1ft o tempo de decantação da fase pesada é:
tL = 12.hL/vL = 12.1/2,11 = 5,7minutos
(6) Assumindo hH = 1ft o tempo de ascensão da fase leve é:
tH = 12.hH/vH = 12.1/1,74 = 6,9minutos
(7) O tempo de residência de cada fase baseado nos volumes ocupados fica:
vL = hL.AL = 1.56,0 = 56ft3 e θL = 56/5,1 = 11 minutos
vH = hH.AH = 1.56,75 = 56,75ft3 e θH = 56,75/0,35 = 162 minutos
então θL > tL e θH > tH não sendo necessário aumentar o diâmetro
(8) Sendo o “surge time” para o benzeno de 25 minutos:
hR = QL.TS/AL = 5,1.25/56 = 2,28ft = 27 inches
(9) Como temos grande vazão no vapor e pequena quantidade de líquido,
adotaremos 24” como bocal de entrada da mistura.
Projeto separador vapor-líquido vertical Vapor

(10) Final:
hT
hR = 1ft s
hV D
s = 0,5ft = 6” Ca
hN
hV = 0,5.D + 0,5.Øbocal = 0,5.8,5 +0,5.2 = 5,3ft vent Ca
hBN nível máximo LG
hN = 0 nível do líquido
L hA
hS = 0
hR
hBN = 0,5.Øbocal +2 = 1 + 2 = 3ft Leve chicanas
ho w
hL interface LG
hA = 0,5ft = 6”
hH
hT = 2,25ft hB LG

hL = 1ft
hB = 0,5ft = 6”
Pesado
L = 15ft
L/D = 1,8 (valores recomendados para vertical entre 1,5 a 5,0)
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
• Os vasos ou tambores horizontais são
geralmente menores que os verticais para o
mesmo serviço.
• A fase pesada pode ser retirada sempre na
direção do escoamento do líquido ou com bota.
• Quando o volume para o produto pesado é
grande e dispondo de LG de 12” ou acima,
podemos fazer a retirada do produto leve com
um bocal junto ao tampo do vaso, ou no fundo
do costado com uma chicana ou mesmo com
um “nippel” interno ao vaso.
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
• Para a separação líquido-vapor, é usada a equação de
Souders-Brow para calcular a velocidade do vapor
ρL = densidade de fase líquida lb/ft3
 L  V ρV = densidade de fase vapor lb/ft3
va  K
V K = 0,35 com ou sem o demister
• O lugar ocupado pela palha de aço (demister) não reduz
o espaço calculado para o vapor.
• Para a separação líquido-líquido, a lei de Stoke dá a
velocidade de decantação
(H  L )
vdecantação  k S Mas não excedendo a 10 in/min
C
ρH = densidade da fase líquida pesada em lb/ft3
ρL = densidade da fase líquida pesada em lb/ft3
μC = viscosidade da fase contínua, cP
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
• Para kS os valores são os mesmos usados para o caso
da separação líquido-líquido: 0,333 ou 0,163
• O projeto é realizado determinando o tempo de
residência requerido para cada fase contínua θ, deve ser
maior que o tempo de sedimentação t, necessário.
12hL
 L  tL  min
vL
vapor hV
12hH
 H  tH  min Líquido leve hL D
vH
Líquido pesado hB
hH e hL em ft

• O vaso pode ser projetado para ter um volume para


“surge” na fase leve, o que aumentará o seu diâmetro.
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
Carga L Vapor

hT
hV s
nível máximo
hW
D hR
nível mínimo
Leve
interface
hL
hH hB

Pesado

• Para os bocais do costado, a distância mínima da linha de tangência ao centro do


bocal é 6” + Ø do bocal em polegadas.
• hT = 0 sem demister;
• hT = 1ft no mínimo com demister. É desnecessário um espaço ainda maior;
• S = 10 a 15cm (4” a 6”) é suficiente;
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
• hW = distância do nível máximo do líquido ao fundo do demister é 2ft mínimo. Se
não for usado demister hW = 0;
• hV = 1ft no mínimo ou hT + s + hW ;
• hR = É o volume de “surge”; Geralmente é mais vantajoso construir um
compartimento para o “surge”, instalando uma chicana.

fase leve
interface
fase pesada

• hL e hH = são as alturas de decantação e ascensão respectivamente;


• hB = 9” ou 230 mm no mínimo, para locar bocais ou tomadas pata LG e LIT;
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
Carga L Vapor

hT
hV s
nível máximo
hW
D hR
nível mínimo
Leve

hL hB
hLP
• hL = mínimo 1,5ft; hP interface

• hB = mínimo 2ft, para bocais de LG/LIT; hN


hB
• hLP = da geratriz do vaso ao nível máximo
da interface para tomadas LG/LIT mínimo DP/2+6”
Pesado
0,5ft;
• hB = do fundo da bota ao nível mínimo da DP
interface para tomadas LG/LIT mínimo 0,5ft.
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
Exemplo de projeto: Numa unidade petroquímica, vapor, hidrocarboneto e água a
100°F e 25 psig, no topo de uma coluna de destilação, devem ser separados com
um separador vapor líquido horizontal com bota, requerendo um “surge time” para o
hidrocarboneto de 15 minutos. Não usar “demister”.
(1) Dados básicos para o projeto:
Vazão mássica lb/h massa específica lb/ft3 visc., cP
Gás WV = 235000 ρV = 0,190 μV = ---
Hidroc. WL = 45000 ρL = 40,5 μL = 0,240
Água WH = 7500 ρH = 62,0 μH = 0,682
TS = 15 minutos para a fase leve (hidrocarboneto)
kS = 0,333 (massa específica > 0,85) e K = 0,35
Vapor: QV = WV/(60.ρV) = 235000/(60.0,19) = 20614 ft3/min
Líquido leve: QL = WL/(60.ρL) = 45000/(60.40,5) = 18,52 ft3/min
Líquido pesado: QH = WH/(60.ρH) = 7500/(60.62,0) = 2,02 ft3/min
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
(2) Sendo hT = 0, s = 0 e hLP = 6” (mínimo 0,5ft)
(3) A velocidade do vapor será:
vA = K.[(ρL - ρV)/(ρV)]1/2 = 0,35.[(40,5 - 0,19)/(0,19)]1/2 = 5,10ft/s
(4) A área segmental mínima para o vapor é:
AV = QV/(60.vA) = 20,614/(60.5,10) = 67,4ft2
(5) Velocidade de decantação do líquido pesado na fase leve:
vL = kS.(ρH - ρL)/μL = 0,333.(62,0 - 40,5)/0,24 = 29,83 inches/min
para vL (máximo) = 10 in/min  adotaremos 10 in/min
(4) Velocidade de ascensão do líquido leve na fase pesada:
vH = kS.(ρH - ρL)/μH = 0,333.(62,0 - 40,5)/0,682 = 10,5 inches/min
para vH (máximo) = 10 in/min  adotaremos 10 in/min
(5) Estimando preliminarmente o diâmetro do vaso:
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
Diâmetros em ft

0,65.[QL((24/vL) + TS) + (12.QH)/vH]


Projeto sep. vapor-líquido horizontal
(5) Estimando preliminarmente o diâmetro do vaso:
1,3.AV = 1,3.67,4 = 87,5
0,65.[QL((24/vL) + TS) + (12.QH)/vH] = 211  diâmetro preliminar 10,5ft
(6) Com este diâmetro determinamos outras dimensões:
A = (/4).D2 = (/4).10,52 = 86,6ft2
AV/A = 67,4/86,6 = 0,778  hV/D = 0,727
hV = 0,727.10,5 = 7,63ft = 91,6” arredondando para 92”
D – hV = hR + hL – hLP = 10,5.12 – 92
adotando hL = 1,5ft mínimo = 18”
adotando hLP = 0,5ft mínimo = 6”
hR = (126 – 92 – 18 + 6) = 22”
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
(7) Determinamos agora o comprimento do vaso para um tempo de espera (surge
time) de 15 minutos para a fase leve acima do bocal de saída do produto leve:
(AL)TOTAL = A – AV = 86,6 – 67,4 = 19,2ft2
Esta área calculada é maior que a área contida no espaço hL – hLP = 12”
(hL – hLP)/D = (18 - 6)/126 = 0,0952
AL-LP/A = 0,0484
AL-LP = 0,0484.85,6 = 4,2ft2
A área acima do bocal de saída do leve fica: AR = 19,2 – 4,2 = 15,0ft2
O comprimento do vaso fica sendo então:
L = QL.TS/AR = 18,52.15/15,0 = 18,52ft arredondando, L = 19ft
L/D = 19/10,5 = 1,81
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
(8) Verificando se o tempo de residência total para a fase leve, hidrocarboneto, é
maior que o tempo de decantação da mesma fase:
Altura total da fase leve: hR + hL = 22” + 18” = 40”
tempo de decantação tL = (hR + hL)/vL = 40inches/(10inches/min) tL =
4minutos
Tempo de retenção da fase leve:
θL = AL.L/QL = 19,2.19,0/18,52 = 19,7 minutos  θL >> tL, ok!
(9) Dimensionando a bota:
velocidade de descida da fase pesada na bota: vB = 0,75.vH=0,75.10=7,5 inches/min
Diâmetro da bota: DB = 3,91.(QH/vB)1/2 = 3,91.(2,02/7,5)0,5 = 2,03 arredon.  2,5ft
Volume da fase pesada: sendo hH = 2,0ft obtemos VH = (/4).DB2.hH = 9,82ft3
Tempo de residência da fase pesada: θH = VH/QH = 9,82/2,02 = 4,86 minutos
Tempo de decantação da fase pesada: tH = 12. hH/vH = 12.2/10 = 2,4min θH > tH ok!
Projeto sep. vapor-líquido horizontal
(10)Final:
D = 10ft e 6”
L = 19ft
L/D = 1,81
DB = 2ft e 6”
hV = 7 ft e 8”
hR = 1ft e 10”
hL = 1ft e 6”
hLP = 6”
hH = 2ft
Internos dos
vasos de pressão
Peças internas dos vasos são todas as peças internas
soldadas ou fixadas permanentemente ao vaso, tais como:
defletores, vertedores, quebra-vórtices, chicanas,
serpentinas e feixes tubulares, cantoneiras, orelhas, anéis e
outras peças de sustentação de bandejas , grades, telas,
distribuidores e revestimentos internos.
As peças que normalmente fazem parte do projeto do vaso é
de responsabilidade do projetista são: grades, telas
desnebulisadoras (“demister”), distribuidores, chicanas
desmontáveis, potes de selagem, vigas de sustentação de
bandejas e de grades.
As peças e materiais que normalmente não fazem parte do
projeto do vaso é são de responsabilidade do projetista:
catalisadores, recheios, bandejas (valvuladas ou de
borbulhadores) e pratos perfurados.
Quebra-vórtice de fundo
“D” - diâmetro

“C”
“C” 6 “C”

x x “A” “C”

“B”

 INT = -2

SEÇÃO X - X

 INT

Diâmetro Nominal da Saída Dimensões mm


A B C D

2” 51 25 9,5 76
6” 76 25 9,5 229

A sobrespessura de corrosão deverá ser adicionada à dimensão “C” ;


Soldas: Mínimo 3 mm além da sobrespessura de corrosão
Quebra-vórtice de fundo
Quebra-vórtice de fundo
Quebra-vórtice lateral

x
“C”

 INT
 INT = -2
“C”

x
Bocal de entrada
B
Não realizar
solda em frente à
saída do fluxo
230 mm

230 mm
SEÇÃO B - B
CL
200
230 230

Espessura de
3/8” (9,5 mm)

B
Chapa de Desgaste
Bocal de entrada
Bocal de entrada
Bocal de entrada
Bocal
lateral
de
entrada
Bocal de entrada

12 furos de  = 18 mm
Tubo de 3” sch 40

210 mm
1120 mm
Tubo de 3” sch 40 279,3 mm

48 mm 53 mm 48 mm

Furos voltados
CL
para o centro
do vaso

Furo de  = 6 mm

680 mm
Bocal de saída no fundo
Bocal de saída no fundo
Furos igualmente
espaçados e
arranjados em
hélice

Chapa de
36
aço carbono
m
espessura
m
4 mm

20 furos com =12 mm


Tubo de aço
331 carbono de 2”
mm
Furo de ½” para
a drenagem

furos de ½” para
drenagem

CL 189,5 mm
Escada interna

O diâmetro dos degraus deve ser de 19 mm, acrescidos de duas vezes a sobre-
espessura de corrosão da parte do vaso onde os degraus estiverem fixados;
A dimensão da solda de filete deve ser de 6 mm. Dimensões em milímetros
Pratos
Desnebulizador

Uma espessura de 4 a 6 polegadas é o suficiente para o serviço.


Obs.: Vaso de flash não tem desnebulizador
Tampa de retenção de recheio
Bocais laterais
Externos dos
vasos de pressão
Transmissor de nínel
capacitivo ou de Medidor de nível por radar
admitância

Transmissor de nível Medidor de nível por


hidrostático resistência química

Transmissor de nível
ultrassônico
Manômetro
bourdon
Transmissor de
nível
radiométrico ou
nucleônico
Transmissor de
pressão
Transmissor de nível piezoelétrico
por microondas guiadas
Visor de nível magnético

Visor Visor Visor


de nível de nível de nível
espelhado comum com bóia
Medidor de temperatura

Chave de nível
condutiva

Chaves de nível
de outros tipos

Chave de nível
mecânica
PSV
Válvula de segurança
Olhal de içamento

Suporte da escada
Suporte de turco

Suporte de isolante

Olhal de aterramento
Fixadores para isolante ou refratário
Proteção contra fogo - sprinklers
Softwares comerciais para projeto de vasos de
pressão:

• Advanced Pressure Vessel – Computer Engineering Inc.


– P.O. Box 1657, Blue Spring, Missouri, 64103. E-mail:
sales@computereng.com

• Pressure Vessel Design & Analysis Software: COADE,


Inc. 12777 Jones Road, Suite 480, Houston, Texas
77070 USA, E-mail: sales@coade.com e Web:
www.coade.com
• PVEliteTM capabilities and structural evaluation required for
larger vessels
• CodeCalcTM pressure design and individual component Analysis
l
• Fórmulas matemáticas:
• Setor circular
 h
w  2rsen  2 h( 2r  h) w
2
α
w2 r
hr r  2

4
1 2  lr  ( r  h) w
S r (  sen ) 
2 180 2
a b
• Elipsóide

c
4
V   .a.b.c
3

• Tampo elipsoidal

  h   d V = galões
V  0,0034.h . d  
2
 
  1,5   h h e d =inches
Tempo requerido para esvaziar um vaso de pressão:

 .D 2 . h Onde:
t An = área do orifício de
h 8.Cd . An .g drenagem em ft2;
g = 32,2 ft/s2;
t = segundos
Cd = 0,61 para orifício
D
de bordo quadrado
Cd = 0,80 para tubo
2 . . tan 2  . h 5 Cd = 0,98 para orifício
t de bordo redondo
h 5.Cd . An . g

Tempo requerido para esvaziar um vaso de pressão:
Para vaso com tampo reto
L 3 3
8.L.( D  ( D  h) )
2 2
t
3.Cd . An . g
Para vaso com tampo elíptico
h

D 8   3 3
 b 23
3h 
t  L D  ( D  h)   h ( D  )
2 2
3.Cd . An . g    D 5 

3
2 . .h .( D  0,6.h)
2 b
h D t
3.Cd . An . g
Estimativa dos custos dos
vasos de pressão
Estimativa de custos de Janeiro de 2002, (National Energy Technology
Center, USA): precisão +50% a -30%
Inclui internos, casocos, bocais, bocas de visita, acessórios, etc.,
engenharia, desenhos, testes, certificação, fabricação e montagem,
manuais, embalagem para transporte naval e venda FOB.
Vaso Vertical L/D = 3/1; Material: A515; Temperatura: 340°C; Pressão: 1 -
10 kgf/cm2g; Diametro: 760 – 2440 mm, Comprimento: 820 – 4050 mm
Vaso horizontal; Material A515; Temperatura: 340°C; Pressão: 1 kgf/cm2g;
Diâmetro: 610 – 4270 mm; Comprimento: 1310 – 24690 mm
Coluna de Pratos Valvulados: 1 kgf/cm2g – Pressão/vácuo, Material: A515
Temperatura: 340°C; Altura: 5180 – 40540 mm; espaçamento entre
pratos:24”; Material: A285C; Espessura dos pratos: 0,19”.
Coluna de Pratos Valvulados: 10 kgf/cm2g – Pressão/vácuo, Material:
A515 Temperatura: 340°C; Altura: 5180 – 40540 mm; espaçamento entre
pratos:24”; Material: A285C; Espessura dos pratos: 0,19”.
Coluna de Pratos Perfurados: 1 kgf/cm2g – Pressão/vácuo, Material: A515
Temperatura: 340°C; Altura: 5180 – 40540 mm; espaçamento entre
pratos:24”; Material: A285C; Espessura dos pratos: 0,19”.
Coluna de Pratos Perfurados: 10 kgf/cm2g – Pressão/vácuo, Material:
A515 Temperatura: 340°C; Altura: 5180 – 40540 mm; espaçamento entre
pratos:24”; Material: A285C; Espessura dos pratos: 0,19”.
Coluna recheada – 1 kgf/cm2g Pressuão/vácuo; Material: A515;
Temperature: 340°C; para Absorção
Coluna recheada – 1 kgf/cm2g Pressuão/vácuo; Material: A515;
Temperature: 340°C; para Absorção
Custos em
US$/ft3
Detalhes para observar em
projetos de vasos
Códigos para o dimensionamento dos
Vasos de Pressão
Nos USA: American Society of Mechanical Engineering
ASME – Section VIII – Division 1 (de 15 a 3000 psi); Division 2 (projetos
alternativos – esp. > 50 mm); API Publication 941 - Steels for Hydrogen
Service at Elevated Temperatures
Na Inglaterra: United Kindon Code PD5500; BS EN ISO 9001:2000
Na Alemanha: AD MERKBLÄTTER; BS-5500
No Brasil: Associação Brasileira de Normas Técnicas: NB-109 (publicada
em 1962 e cancelada em 1986); NR-13

Outras normas: código ASME Section II (materiais); ASME Section IX (qualificação


de soldadores e de procedimentos de soldagem); ABNT NBR 6123, para o cálculo
dos carregamentos devidos ao vento; cálculo das tensões provenientes de cargas
concentradas pode ser feito de acordo com a normas BS-5500 e WRC Bulletins
107 e 297, quando aplicáveis.
ASME Sec VIII Div 1 = 1/4 da Tensão ruptura ou 5/8 da Tensão de escoamento
ASME Sec VIII Div 2 = 1/3 da Tensão ruptura ou 2/3 da Tensão de escoamento
Outros limitantes:

Cloretos

Hidróxido de sódio
Hidrogênio
A espessura dos revestimentos cladeados não deve ser inferior aos
seguintes valores:
a) chapas cladeadas com revestimento de aços inoxidáveis: a espessura do
revestimento deve ser no mínimo 1,0 mm para prevenção de contaminação
do produto, e no mínimo 2,0 mm no caso de proteção anticorrosiva;
b) chapas cladeadas com revestimento de níquel ou ligas de níquel: a
espessura do revestimento deve ser no mínimo 2,0 mm;
c) revestimento com tiras soldadas: a espessura deve ser suficiente para
obter uma solda de qualidade satisfatória, devendo ser no mínimo 1,9 mm;
d) camisas de revestimento de bocais: a espessura deve ser no mínimo 2,0
mm;
e) revestimentos por deposição de solda: a espessura deve ser no mínimo
3,0 mm.
Posição dos bocais revestidos
As sobre-espessuras para corrosão devem ser baseadas no tempo de vida útil.
Como regra geral, quando a taxa de corrosão prevista for superior a 0,3 mm/ano ou
quando a sobre-espessura para corrosão resultar maior do que 6 mm, recomenda-
se que seja considerado o emprego de outros materiais mais resistentes à
corrosão. (teflon, epoxi, poliéster, buna-N, borracha nitrílica, EPDM, etc.)
Para as partes de aço-carbono ou de aços de baixa liga deve ser adotada uma
sobre-espessura mínima de 1,5 mm, quando houver necessidade de algum valor
por razões de corrosão.
Exceto quando especificado de outra forma devem ser adotados os seguintes
valores mínimos para a sobre-espessura para corrosão para as partes construídas
em, aço-carbono ou em aços de baixa liga:
a) torres, vasos em geral para serviços com hidrocarbonetos: 3 mm;
b) potes de acumulação (botas) para os vasos acima: 6 mm;
c) vasos em geral para vapor e ar: 1,5 mm;
d) vasos de armazenamento de gases liquefeitos de petróleo: 1,5 mm.
Em vasos verticais com uma única boca de visita, esta deve estar situada no corpo
cilíndrico do vaso, na posição mais baixa possível. Quando o vaso vertical tiver 2
bocas de visita, a segunda boca deve ficar acima da bandeja superior ou na
posição mais alta possível. Em vasos verticais com 3 ou mais bocas de visita, as
bocas adicionais devem estar, tanto quanto possível, igualmente espaçadas ao
longo do comprimento do vaso e, preferencialmente, junto a bocais de entrada e
tubulações internas.

No caso dos vasos horizontais, a boca de visita deve de preferência estar situada
em um dos tampos; a segunda boca de visita, quando existente, deve ficar na parte
superior do casco, próximo à extremidade oposta. Os vasos horizontais com mais
de 10 m de comprimento devem ter 2 bocas de visita.
Os bocais de entrada de produto devem estar suficientemente afastados do
instrumento de medição de nível, para evitar perturbações no nível que afetem a
leitura do instrumento.
As bocas de visita devem ficar na mesma linha vertical, ou em 2 linhas verticais
diametralmente opostas.
Os bocais devem ser orientados de forma que as tubulações verticais fiquem
concentradas em um ou 2 setores restritos da circunferência do vaso.
Todos os bocais de 2” de diâmetro nominal, ou maiores, devem ser flangeados,
exceto quando especificado para solda de topo na tubulação.
O diâmetro nominal mínimo dos bocais, para qualquer finalidade, deve ser de 1”.
Admite-se excepcionalmente bocais rosqueados de 1/2”, apenas para poços de
termômetros ou outros instrumentos. Não devem ser empregados bocais com
diâmetros nominais de 1 1/4”, 2 1/2”, 3 1/2” e 5”.
Os pescoços de bocais, quando construídos de tubos em aço-carbono ou baixa
liga, devem ter as seguintes espessuras mínimas: diâmetro até 2”: sch 80;
diâmetro de 3” a 10”: sch 40.
Os bocais fechados com flange cego cujo peso seja maior do que 350 N (36 kgf),
devem ser providos de turco ou dobradiça para remoção do flange cego
Turco para boca de visita lateral
Turco para boca de visita no topo do vaso
Turco para boca de visita no fundo do vaso

devem ser evitadas sempre que possível; quando forem inevitáveis, deve ser
previsto um dispositivo seguro para a remoção e manobra da tampa.
Os flanges de diâmetros nominais de 2” a 12”, inclusive, devem ser do tipo “de
pescoço” (“welding neck”) de aço-forjado. Pode-se usar o flange tipo sobreposto para
diâmetros nominais de 2” a 12” e classe de pressão 150 #.
Para todos os flanges externos dos vasos, os parafusos devem ser tipo estojo,
totalmente rosqueados, com rosca série UNC para diâmetros até 1” e série 8N para
diâmetros maiores com 2 porcas hexagonais, série pesada, conforme normas ANSI B
1.1 e B 18.2, com classe de ajuste 2A para o estojo e 2B para as porcas.
a) temperaturas entre 15 °C e 480 °C: estojos de aço-liga ASTM A 193 Gr. B7, porcas
de aço-liga e ASTM A 194 classe 2H;
b) temperatura entre 480 °C e 600 °C: estojos de aço-liga ASTM A 193 Gr. B5, porcas
de aço-liga ASTM A 194 classe 3.
Os flanges de classes de pressão 150 e 300, com temperatura de projeto entre 0 °C e
250 °C, usam junta de papelão hidráulico, espessura de 1,5 mm (1/16”), de acordo
com a norma ANSI B 16.5.
Os flanges de classes de pressão 150 e 300, com temperatura inferior a 0 °C, ou
flanges de classes de pressão 400 e 600, para qualquer temperatura de projeto e de
classes de pressão 150 e 300, para temperaturas de projeto acima de 250 °C (todos
com face de ressalto), usam junta espiralada (“spiral wound”), de aço inoxidável
austenítico com enchimento de amianto, de acordo com a norma ANSI B 16.20.
Suportes
típicos para
os vasos
verticais

Cada vaso deve,


obrigatoriamente, ter suporte
próprio, não se admitindo,
mesmo para vasos pequenos,
que sejam suportados pelas
tubulações.
Os vasos verticais podem ser
suportados por meio de saias
cilíndricas ou cônicas, colunas
ou sapatas (“lugs”). Sempre
que possível, os vasos
verticais devem ser suportados
por meio de colunas.
Suportes típicos para os vasos verticais
Sempre que houver
possibilidade de
vibração, em vasos
verticais, deve ser
usado suporte tipo
saia, como no caso
de vasos verticais
conectados à sucção
de compressores.

Os furos para passagem de tubulações através da


saia devem ser devidamente reforçados.
A espessura mínima das saias de suporte é 6.3 mm.
Suportes típicos para os vasos horizontais

Os berços dos vasos devem ser metálicos, abrangendo, no mínimo, 120° de


circunferência do vaso.
Um dos berços deve ter sempre os furos para chumbadores alongados, para
acomodar a dilatação própria do vaso. (usar teflon)
Fazem parte do vaso as seguintes peças externas, que se aplicarem em cada caso:
a) chapas de reforço de bocais e de bocas de visita;
b) anéis de reforço para vasos de paredes finas ou sujeitas à pressão externa;
c) saia de suporte para torres e vasos verticais;
d) colunas ou orelhas de sustentação para vasos verticais;
e) berços e selas de sustentação para vasos horizontais;
f) cantoneiras, barras, estojos, porcas ou outras ferragens para suporte e fixação
do isolamento térmico externo;
g) chapas de ligação, orelhas ou cantoneiras para suporte de tubulação,
plataformas, escadas ou outras estruturas;
h) estojos, porcas ou outras ferragens para fixação de revestimento contra fogo;
i) suportes para turcos de elevação da carga;
j) olhais de suspensão, orelhas, chapas ou outras peças necessárias à
movimentação do vaso ou de suas partes, durante a montagem ou manutenção;
k) turcos para as tampas de bocas de visita e outros flanges cegos;
l) flanges cegos com juntas e parafusos, para bocas de visita, bocas de inspeção e
bocais flangeados fechados;
Exceto quando especificado em contrário, as seguintes peças externas não fazem
normalmente parte do projeto e fabricação dos vasos de pressão: válvulas e
instrumentos de qualquer tipo; flanges companheiros; parafusos chumbadores;
material de isolamento térmico; material de proteção contra fogo; plataformas,
escadas ou outras estruturas.
Em todos os vasos deve ser previsto um meio de acesso permanente aos seguintes
pontos: bocas de visita cuja linha de centro esteja a mais de 3 000 mm do solo;
válvula de segurança ou de alívio; instrumento de medição de nível;
Instrumento ou equipamentos que devem ter leitura ou operação local ou inspeção
freqüente. Todos os vasos devem ter um meio próprio e independente de acesso,
por meio de escada vertical ou inclinada.
O teor máximo de cloretos permitido na água deve ser definido pelo projetista. Para
equipamento de aço inoxidável austenítico o teor máximo de cloretos permitido é 50
ppm. Se o teor de cloretos na água, nesse caso, for superior a 50 ppm, antes do
teste hidrostático deve ser aplicado, internamente, verniz de secagem rápida a base
de poliéster, em quantidade suficiente para formar uma película contínua ao toque.
Devido ao grave risco que representa, o teste pneumático só é admitido
excepcionalmente.
Folha de dados
Especificação para os vasos de pressão
B
C
A
994,4 mm

190,3 mm LT E
600
440
mm 700
mm
mm C
D 1000 G
HLL
mm B

E
3000 CL
1100 mm mm F A

F
560
mm LLL
LT D
150 mm 260 mm
153 mm

CL
Especificação para os vasos de pressão
4250 mm

664,5 mm 930 mm 796,5 mm 1293,5 mm 300 mm

A D E F B Demister
Malha(volume de vazios: 97 – 98%)
constituída de arames de = 0,28 mm
e espessura de 10 mm. Aço Inox 316

C N L M
VER DETALHE A
76,2 HLL 1400 mm
50
mm mm
250
mm

NLL 975 mm
16
00 CL
600 mm
1536,8 mm m
m

294,1 mm 500 mm LLL 300 mm


1300 mm 560 mm
300 mm
G
1300 mm 50
L mm 60 796,5 mm 283,3
LT M
9,6 mm
m
H m LT
I
2593,5 mm

O N

J
Exemplos de desenho
Exemplos de desenho
Exemplos de vasos
Detalhes sobre a NR-13
A NR-13 aplica-se a vasos de pressão instalados em unidades industriais, e outros
estabelecimentos públicos ou privados, tais como: hotéis, hospitais, restaurantes
etc. Essa norma também é aplicável a equipamentos instalados em navios,
plataformas de exploração e produção de petróleo, etc., desde que não exista
regulamentação oficial específica.

Deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:

a) qualquer vaso cujo produto “P.V” seja superior a 8 (oito) onde “P” é a máxima
pressão de operação em kPa e “V” o seu volume geométrico interno em m3.
b) vasos que contenham fluido da classe “A” (fluidos inflamáveis; combustível com
temperatura superior ou igual a 200ºC; fluidos tóxicos com limite de tolerância
igual ou inferior a 20 ppm; hidrogênio; acetileno), independente das dimensões e
do produto “P.V”.
Detalhes sobre a NR-13
Constitui risco grave iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em
valor igual ou inferior a PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema que o
inclui;
b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando esta
não estiver instalada diretamente no vaso;
c) instrumento que indique a pressão de operação.
Entende-se por “outro dispositivo” de segurança, discos de ruptura, válvulas
quebra-vácuo, plugues fusíveis etc.

Quando o vaso de pressão


possuir apenas uma válvula
de segurança não deverá
existir bloqueio entre esta e
o vaso.
Detalhes sobre a NR-13
Quando o vaso
de pressão
possuir apenas
uma válvula de
segurança não
deverá existir
bloqueio entre
esta e o vaso.

Quando o vaso de pressão possuir


apenas uma válvula de segurança não
deverá existir bloqueio entre esta e o
vaso.
Detalhes sobre a NR-13

Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso e
bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes
informações:

a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) código de projeto e ano de edição

Além da placa de identificação, deverão constar em local visível, a categoria do


vaso, conforme Anexo IV, e seu número ou código de identificação. As
informações referentes à identificação do vaso e sua respectiva categoria deverão
ser pintadas em local de fácil visualização com dimensões tais que possam ser
facilmente percebidas a distância.
Placa de
Identificação
Detalhes sobre a NR-13
Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a
seguinte documentação devidamente atualizada:

a) “Prontuário do Vaso de Pressão”, a ser fornecido pelo fabricante, contendo as


seguintes informações: código de projeto e ano de edição; especificação dos
materiais; procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final e
determinação da PMTA; conjunto de desenhos e demais dados necessários para
o monitoramento da sua vida útil; características funcionais; dados dos
dispositivos de segurança; ano de fabricação; categoria do vaso.
b) “Registro de Segurança”;
c) “Projeto de Instalação”;
d) “Projetos de Alteração ou Reparo”;
e) “Relatórios de Inspeção”.

Entende-se por vida útil do vaso o período de tempo entre a data de fabricação e
a data na qual o vaso tenha sido considerado inadequado para uso.

A documentação deve ser mantida durante toda a vida útil do vaso de pressão.
Detalhes sobre a NR-13

O proprietário de vaso de pressão deverá apresentar, quando exigido pela


autoridade competente do Órgão Regional do Ministério do Trabalho, a
documentação mencionada na NR-13.

O “Registro de Segurança” deve ser constituído por livro de páginas numeradas,


pastas ou sistema informatizado ou não, com confiabilidade equivalente, onde
serão registradas:

a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de


segurança dos vasos;
b) as ocorrências de inspeção de segurança.

A documentação deve estar sempre á disposição para consulta dos operadores,


do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores
e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA,
devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação, inclusive à
representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento,
quando formalmente solicitado.
Detalhes sobre a NR-13

Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros,
bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes,
sejam facilmente acessíveis.

Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes confinados, a


instalação deve satisfazer os seguintes requisitos:

a) dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e


dispostas em direções distintas;
b) dispor de fácil acesso e seguro para as atividades de manutenção, operação e
inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões
que impeçam a queda de pessoas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser
bloqueadas;
d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
e) possuir sistema de iluminação de emergência.
Detalhes sobre a NR-13
A autoria do “Projeto de Instalação” de vasos de pressão enquadrados nas
categorias “I”, “II” e “III”, conforme Anexo IV, no que concerne ao atendimento
desta NR, é de responsabilidade de “Profissional Habilitado”, conforme citado no
subitem 13.1.2, e deve obedecer os aspectos de segurança, saúde e meio
ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições
legais aplicáveis.

Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias “I” ou “II” deve possuir manual
de operação próprio ou instruções de operação contidas no manual de operação
da unidade onde estiver instalado, em língua portuguesa e de fácil acesso aos
operadores, contendo no mínimo:
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais e rotina;
c) procedimentos para situações de emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio
ambiente.
Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidos
calibrados e em boas condições operacionais.
Detalhes sobre a NR-13
A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias “I” ou “II”
deve ser efetuada por profissional com “Treinamento de Segurança na Operação
de Unidades de Processo”, sendo que o não atendimento a esta exigência
caracteriza condição de risco grave e iminente.

Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer vaso de


pressão em condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
a) seja reprojetado levando em consideração todas as variáveis envolvidas na
nova condição de operação;
b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de sua nova
classificação no que se refere a instalação, operação, manutenção e inspeção.
Deve ser considerado como reparo qualquer intervenção que vise corrigir não
conformidades com relação ao projeto original. Deve ser considerado como
alteração qualquer intervenção que resulte em alterações no projeto original
inclusive nos parâmetros operacionais do vaso. Por exemplo: alterações nas
especificações dos materiais, mudanças de internos ou conexões, mudanças de
geometria etc.
Detalhes sobre a NR-13
O “Projeto de Alteração ou Reparo” deve:
a) ser concebido ou aprovado por “Profissional Habilitado”;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e
qualificação de pessoal;
c) ser divulgado para funcionários do estabelecimento que possam estar
envolvidos com o equipamento.
Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial,
periódica e extraordinária. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos
novos, antes de sua entrada em funcionamento, no local definitivo de instalação,
devendo compreender exame externo, interno e teste hidrostático, considerando
as limitações. Para estabelecimentos que não possuam “Serviço Próprio de
Inspeção de Equipamentos”, conforme a seguir:
Detalhes sobre a NR-13
O responsável pela definição das técnicas de inspeção que
proporcionem segurança equivalente ao teste hidrostático é
o “Profissional Habilitado” conforme esta NR-13.
São exemplos destas técnicas:
ensaio ultra-sônico;
ensaio radiográfico;
ensaio com líquido penetrante;
ensaio com partículas magnéticas;
ensaio de estanqueidade;

O Engenheiro Químico (ou químico) é responsável pela definição do


serviço e meio ambiente no qual o vaso irá operar. Isto envolve: fluido
(inflamável ou tóxico) e local de instalação do vaso no processo e
próximidade a equipamentos. Os documentos base que são fornecidos
pelo químico são:
Documentos para o projeto mecânico
Função do vaso ou serviço (serviço cíclico??)
Produto e características físicas do mesmo (pH, aeração, reatividade,
cloretos, H2S, quelantes e limpeza do vaso por exemplo com soda);
Pressão de operação e de projeto
Temperatura de operação e de projeto
Material para construção
Dimensões e Orientação do vaso
Dimensões e funções das aberturas e bocais do vaso;
Tipo de jaqueta para aquecimento ou resfriamento
Serpentina de aquecimento ou resfriamento interno
Tipo de agitador ou misturador
Tipo de tampo do vaso
Critérios para projeto
Para temperaturas entre -5°C e 340°C a temperatura de projeto deve ser 10°C
acima da máxima temperatura operacional do vaso;
A pressão de projeto deve ser 10% ou 1.5 kgf/cm2g acima da pressão máxima
operacional do vaso
A pressão de projeto de um vaso operando entre 0,0 a 0,7 kgf/cm2g e
temperatura entre 350 e 540°C é de 2,8 kgf/cm2g
Para vasos que operam com vácuo, a pressão de projeto é de 1,0 kgf/cm2g e
vácuo total (-760 mmHg);
As espessuras mínimas para rigidez são:
0,25” para diâmetros de 42” ou inferiores
0,32” para diâmetros de 42” a 60”
0,38” para diâmetros acima de 60”
A sobre-espessura de corrosão é 0,35” para as condições de corrosão
conhecidas; 0,15” para correntes não corrosivas e 0,06” para vasos que usam
vapor ou ar.
Critérios para projeto

Velocidades de escoamento:
Fundo de vasos e torres: 4 a 6 ft/s (1,21 a 1,8 m/s)
Escoamento por gravidade: 3 a 8 ft/s (0,9 a 2,4 m/s)
Sucção de bombas - líquido saturado: 1 a 5 ft/s (0,3 a 1,5 m/s)
Sucção de bomba – líquido subresfriado: 4 a 8 ft/s (1,21 a 2,4 m/s)
Saída de vapor ou gás dos vasos para pressão ~ atm: 60 a 100 ft/s
(12,8 a 30,4 m/s)
Saída de vapor ou gás dos vasos para pressão > 3,5 kgf/cm2g: 40 a 50
ft/s (12,1 a 15,2 m/s)
Obrigado a todos
e
Felicidades

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