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Instalações sanitárias: dimensionamento


abril 22, 2019 Por Dandara Viana

Você também tem dúvidas de como deve ser feita o correto dimensionamento das tubulações
sanitárias de uma edificação?

Então você está no lugar certo!


Esse é o terceiro post da coletânea sobre Instalações Sanitárias que estamos preparando e, nele,
iremos lhe ensinar a fazer o dimensionamento das tubulações de esgoto sanitário predial pelo
método das Unidades de Hunter de Contribuição (UHC), de acordo com a ABNT NBR
8160/1999.

Se ainda não leu nossos posts anteriores sobre o subsistema de coleta e transporte de esgoto
predial e sobre ventilação, recomendamos que dê uma rápida olhada.

Agora, vamos lá?

Dimensionamento dos elementos de coleta e transporte


Desconector

Já sabemos um desconector é um dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a


passagem de gases mal cheiroso provenientes do esgoto para o ambiente.

Dessa forma, para que esses gases sejam bloqueados, algumas dimensões mínimas devem ser
respeitadas, vejamos.

Condições mínimas para todo desconector

Altura mínima do fecho hídrico: 5 cm;


Diâmetro do orifício de saída igual ou superior ao do ramal de descarga a ele conectado
(orifício de entrada).

Fecho hídrico (f), diâmetro do orifício de entrada (DN entrada) e diâmetro do orifício de saída (DN saída)

Condições mínimas para as caixas sifonadas


Já no caso das caixas sifonadas, que é um tipo específico de desconector, as seguintes condições
mínimas devem ser respeitadas:

Quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 6 UHC, o DN mínimo é


de 100 mm;
Quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 10 UHC, o DN mínimo é
de 125 mm;
Quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 15 UHC, o DN mínimo é
de 150 mm.

No caso do ramal de saída (ou de esgoto) da caixa sinfonada, deve ser dimensionado conforme
indicado na tabela 2.

Diâmetro nominal da caixa sifonada (DN) e diâmetro do ramal de esgoto (DN ramal de esgoto)

Ramais de descarga e de esgoto

Para os ramais de descarga, devem ser adotados no mínimo os diâmetros apresentados na tabela
1.

Tabela 1 – Unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal


mínimo dos ramais de descarga
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Para os aparelhos não relacionados na tabela 1, devem ser estimadas as UHC correspondentes e o
dimensionamento deve ser feito com os valores indicados na tabela 2 a seguir.
Pandora
Pandora

Tabela 2 – Unidades de Hunter de contribuição para aparelhos não relacionados na anterior

Poster Store | DE

Para os ramais de esgoto, deve ser utilizada a tabela 3 abaixo.

Tabela 3 – Dimensionamento de ramais de esgoto


Tubo de queda

Vamos agora aprender a dimensionar a tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores,
ramais de esgoto e ramais de descarga, o conhecido tudo de queda.

Esses tubos podem ser dimensionados conforme valores indicados na tabela 4 abaixo, tomado por
base o somatório de todas as unidades Hunter de contribuição da edificação.

Tabela 4  – Dimensionamento de tubos de queda

Condições para tubos de queda com desvios


Quando os tubos de queda apresentam desvios na vertical, devem ser dimensionados da seguinte
forma:

Quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 45° com a vertical, o tubo de queda é
dimensionado com os valores indicados na tabela 4 acima;

Tubo de queda com ângulo igual ou


inferior a 45° com a vertical

Já quando o desvio formar ângulo superior a 45° com a vertical, o tubo deve ser dimensionado em
partes, conforme o que se segue:

A parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente, com
base no número de unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos acima do desvio, de
acordo com os valores da tabela 4;
A parte horizontal do desvio de acordo com os valores da tabela 5 abaixo;
A parte do tubo de queda abaixo do desvio, com base no número de unidades de Hunter de
contribuição de todos os aparelhos que descarregam neste tubo de queda, de acordo com
os valores da tabela 4, não podendo o diâmetro nominal adotado, neste caso, ser menor do
que o da parte horizontal.
Tubo de queda com ângulo superior a 45° com a vertical

Subcoletores e coletor predial

O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC, conforme
os valores da tabela 5 abaixo.

Nesta situação, vale lembrar que, no caso exclusivo de prédios residenciais, deve ser considerado
apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número de unidades
de Hunter de contribuição. E também que o coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo de
100 mm.

Poster Store | DE

Tabela 5 – Dimensionamento de subcoletores e coletor predial


Dispositivos complementares

Caixa de gordura

Como já vimos no post anterior, as caixas de gordura são caixas destinada a reter, na sua parte
superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto.

Desse modo, para que as elas possam cumprir sua função, as caixas de gordura devem ser
dimensionadas da seguinte forma:

Para a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa de gordura pequena ou a caixa
de gordura simples;
Para a coleta de duas cozinhas, pode ser usada a caixa de gordura simples ou a caixa de
gordura dupla;
Para a coleta de três até 12 cozinhas, deve ser usada a caixa de gordura dupla;
Para a coleta de mais de 12 cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas,
hospitais, quartéis, etc., devem ser previstas caixas de gordura especiais.

Agora que sabemos qual tipo escolher para cada situação, veremos agora quais as características
de cada uma das caixas de gordura citadas anteriormente.

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Tipos de caixas de gordura e suas características

Dimensões de uma caixa de gordura: altura (A),


diâmetro interno (d3), diâmetro da tubulação de
entrada (D2) e diâmetro da tubulação de saída (D1)

Condições mínimas para a caixa de gordura pequena

Diâmetro interno mínimo: 0,30 m;


Parte submersa do septo: 0,20 m;
Capacidade de retenção mínima: 18 L;
Diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 75;

Condições mínimas para a caixas de gordura simples

Diâmetro interno mínimo: 0,40 m;


Parte submersa do septo: 0,20 m;
Capacidade de retenção mínima: 31 L;
Diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 75;

Condições mínimas para a caixa de gordura dupla

Diâmetro interno mínimo: 0,60 m;


Parte submersa do septo: 0,35 m
Capacidade de retenção mínima: 120 L;
Diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100;

Condições mínimas para a caixa de gordura especial

Distância mínima entre o septo e a saída: 0,20 m;


Altura molhada: 0,60 m;
Parte submersa do septo: 0,40 m;
Diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100.
Volume da câmara de retenção de gordura:

V = 2 N + 20

Onde:

– N é o número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura no turno
em que existe maior afluxo;

– V é o volume (L);

Caixa de passagem

Sabendo que as caixas de passagem são dispositivos destinados apenas a realizar a junção de
tubulações do subsistema de esgoto sanitário, temos abaixo algumas recomendações para seu
dimensionamento.

Características recomendadas para as caixas de passagem

Quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 15 cm e, quando prismáticas de base


poligonal, permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual a 15 cm;
Ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações de esgoto primário;
Ter altura mínima igual a 10 cm;
Ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais de esgoto,
sendo o diâmetro mínimo igual a DN 50.

Dispositivos de inspeção

Os dispositivos de inspeção são peças ou recipientes que possui em diversas funções, entre elas:
permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade ou de direção das
tubulações.

Dentre os dispositivo de inspeção mais comuns temos: as caixas de inspeção e os poços de visita.
Com isso, veremos abaixo algumas recomendações para assegurar o correto funcionamento
desses dispositivos.

Características recomendadas para as caixas de inspeção

Profundidade máxima de 1,00 m;


Forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60 m, ou
cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
Tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
Fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos.

Características recomendadas para os poços de visita

Profundidade maior que 1,00 m;


Forma prismática de base quadrada ou retangular, com dimensão mínima de 1,10 m, ou
cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m;
Degraus que permitam o acesso ao seu interior;
Tampa removível que garanta perfeita vedação;
Fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de
sedimentos;
Duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte
inferior formada pela câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 1,50 m, e a parte
superior formada pela câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno
mínimo de 0,60 m.

Dimensionamentos das tubulações de ventilação


Para o dimensionamento do sistema de ventilação secundária, devem ser adotados os seguintes
critérios:

Ramal de ventilação

O diâmetro nominal do ramal de ventilação não deve ser inferior aos limites determinados na
tabela 6 abaixo.

Tabela 6 –Dimensionamento de ramais de ventilação

Tubo ventilador de circuito

O diâmetro nominal do tubo ventilador de circuito não deve ser inferior aos limites determinados
na tabela 7 abaixo.

Tabela 7 –  Dimensionamento de colunas de ventilação em função da contribuição


Tubo ventilador complementar
O diâmetro nominal do tubo ventilador complementar não deve ser inferior à metade do diâmetro
do ramal de esgoto a que estiver ligado.

Ou seja:

DNRE
DNVC ≥

2
​ ​

Coluna de ventilação

O diâmetro nominal da coluna de ventilação deve estar de acordo com as indicações da tabela 7.

Barrilete de ventilação

O diâmetro nominal de cada trecho deve estar de acordo com a tabela 7, sendo que o número de
UHC nesses trechos deve ser é a soma das unidades de todos os tubos de queda servidos pelo
trecho.

Tubo ventilador de alívio

O diâmetro nominal do tubo ventilador de alívio deve ser igual ao diâmetro nominal da coluna de
ventilação a que estiver ligado.

Pandora
Pandora

Pois bem, essas foram algumas recomendações para o correto dimensionamento das tubulações
de esgoto predial. Se gostou, não deixe de seguir nosso blog e nosso canal no YouTube para
receber mais posts como este!

Agora, para exercitar, clique aqui e acesse nosso exemplo prático de dimensionamento de
Instalações Sanitárias.

E se ainda ficou com alguma dúvida, comente aqui embaixo. Até o próximo post!

Dandara Viana
Engenheira Civil pela Universidade Federal do Piauí, engenheira de obra, perita judicial e pós-
graduanda em Avaliação, Auditoria e Perícias de Engenharia.

 Construção Civil
 coleta, Dimensionamento, esgoto sanitário, instalações hidrossanitárias
 Dimensionamento de muro de gravidade: exemplo prático
 Estádios do concreto: aprenda na prática

3 comentários em “Instalações sanitárias: dimensionamento”

Guilherme Grazziotin Ruffato


janeiro 10, 2020 às 8:17 pm

Excelente conteúdo! Realmente MUITO bom.

Não consegui acessar o exemplo. Sabe pq?

Responder

Dandara Viana
janeiro 13, 2020 às 1:39 pm

Oi Guilherme, peço desculpas, estou revisando o exemplo, mas em breve estará no ar


novamente!

Responder
DENNER CRISTIAN BARROS
agosto 6, 2020 às 4:12 pm

Oi Dandara, como vai? Estou com uma dúvida em relação à caixa de gordura especial. A
altura molhada deve ser fixada em 60 cm, ou esses 60 cm seria a altura molhada mínima
que ela deve ter? Pois se fixarmos a altura em 60 cm, as dimensões de largura
normalmente ficam muito elevadas. Poderia me explicar por gentileza?

Responder

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