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Instalações Hidrossanitárias

Professor: Henrique Barreto

Aula 04

Abastecimento Predial
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento ramal e sub-ramal


01. Abastecimento Predial

Dimensionamento ramal e sub-ramal


01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das colunas

É efetuado da mesma maneira como o dimensionamento dos ramais, trecho a


trecho, pelo somatório dos pesos.

Desenha-se esquematicamente as colunas de distribuição, colocam-se as


cotas e os ramais que derivam das colunas.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das colunas

Os diâmetros são determinados em função das vazões nos trechos e dos


limites de velocidade. Uma mesma coluna pode ter 2 ou mais trechos com
diâmetros diferentes.

Também se deve levar em conta o critério de economia.


01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das colunas

A figura mostra o esquema vertical de duas


colunas de água fria em um edifício
residencial de 10 pavimentos.

A coluna AF-1 alimenta 1 lavatório, 1 bacia


sanitária com caixa de descarga, 1 ducha
higiênica e 1 chuveiro.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das colunas

A coluna AF-2 alimenta 1 torneira de pia e 1


lavadora de louças.

Determinar os diâmetros dos trechos das


colunas.
01. Abastecimento Predial

Solução (Pré-dimensionamento)

1. Elabora-se uma tabela e se efetua o somatório dos pesos, por pavimento,


de baixo para cima, obtendo-se os pesos acumulados em cada trecho,
correspondente a cada pavimento.
01. Abastecimento Predial

Solução (Pré-dimensionamento)
01. Abastecimento Predial

Verificação do dimensionamento Ramais / Subramais / Colunas / Barriletes

Pode ser dimensionado por 2 métodos:

Método do máximo consumo provável – Baseado na probabilidade de uso


simultâneo dos aparelhos sanitários alimentados por uma mesma canalização.
Associa a cada aparelho sanitário um PESO, sendo a vazão máxima provável
em função da somatória de pesos de todos os aparelhos alimentados pela
canalização..
01. Abastecimento Predial

Verificação do dimensionamento Ramais / Subramais / Colunas / Barriletes

Pode ser dimensionado por 2 métodos:

Método de Hunter – Fixa-se a perda de carga em 8% e calcula-se a vazão como


se a metade da caixa atendesse à metade das colunas. Conhecendo a perda de
carga (J), e a vazão (Q), usa-se o ábaco de Fair-Whipple-Hsiao, calculando-se
o diâmetro.
01. Abastecimento Predial

Verificação da pressão

Após a estimativa dos diâmetros do é necessário verificar a pressão no início


do trecho mais desfavorável, ou seja, aquela que se encontra mais distante do
reservatório.

A pressão disponível é calculada a partir da altura geométrica do reservatório


no projeto arquitetônico.
01. Abastecimento Predial

Verificação da pressão

A pressão a jusante em um trecho qualquer é obtida por meio da seguinte


expressão:

Pjusante = Pmontante ± Desnível – Perda de carga

Onde:

Pjusante: pressão dinâmica disponível a jusante do trecho considerado.

Pmontante: pressão dinâmica disponível a montante do trecho considerado.

Desnível: diferença de cotas geométricas dos pontos que definem o trecho.


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Verificação da pressão

Se a pressão no trecho for insuficiente, ou seja, abaixo da mínima admissível


pela NBR 5626, ocasionará um mau funcionamento das peças de utilização
como chuveiro, que não propiciará o conforto esperado, pois não apresentará
a vazão mínima.
01. Abastecimento Predial

Verificação da pressão

No caso de pressão acima da permitida, ocasionará perdas e desperdícios de


água no sistema, e frequentes rupturas nas tubulações e conexões, golpe de
aríate ou fornecimento de água em quantidade superior a necessária,
chegando a comprometer o funcionamento.
01. Abastecimento Predial

Pontos críticos – Em residências

A pressão estática geralmente não gera problemas, pois as pressões nos


pontos de utilização não atingem os valores máximos estabelecidos pela
norma (40 m.c.a.).

.
01. Abastecimento Predial

Pontos críticos – Em residências

Portanto, a preocupação é por conta da pressão dinâmica no ponto mais


desfavorável geometricamente, particularmente o chuveiro.

A altura do reservatório sempre é definida no projeto arquitetônico e depois


compatibilizada com a altura definida no projeto hidráulico para atendimento
da pressão no ponto mais desfavorável
01. Abastecimento Predial

Cálculo da perda de carga

Para calcular a pressão dinâmica em qualquer ponto da instalação se faz


necessário calcular as perdas de carga do sistema (distribuídas e localizadas).

As perdas distribuídas (ao longo de um tubo) dependem do seu comprimento


e diâmetro interno, da rugosidade da sua superfície interna e da sua vazão.
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Cálculo da perda de carga

De acordo com a NBR 5626, “para calcular o valor da perda de carga nos
tubos, recomenda- se utilizar a equação universal, obtendo-se os valores das
rugosidades junto aos fabricantes dos tubos”.

Na falta dessas informações podem ser utilizadas as expressões de Fair-


Whipple-Hsiao indicadas a seguir:
01. Abastecimento Predial

Cálculo da perda de carga

As perdas localizadas (perdas pontuais), ocorridas nas conexões, registros etc.


pela elevação da turbulência da água nesses locais são obtidas através da
Tabela de Perda de Carga Localizada, que fornece as perdas localizadas,
diretamente em “comprimento equivalente de canalização”.

Portanto, a perda de carga total do sistema será a somatória das perdas


distribuídas e localizadas.
01. Abastecimento Predial

Cálculo da perda de carga


01. Abastecimento Predial

Pontos críticos – em edificações de múltiplos pavimentos

Em edificações de vários pavimentos:

Além dos pontos de pressão mínima, há os pontos de pressão máxima.

Caso a pressão estática seja maior que 40 m.c.a., deve-se prever reservatórios
intermediários ou redutores de pressão.

Com relação a pressão dinâmica, os pontos críticos são entre o barrilete e a


coluna de distribuição mais distante, e o chuveiro do último pavimento.
01. Abastecimento Predial

Pontos críticos – em edificações de múltiplos pavimentos

Em edificações de vários pavimentos:

A pressão em regime de escoamento não deve ser menos a 0,5 m.c.a.

Uma pressão acima deste valor visa impedir que o ponto crítico (entre o
barrilete e a coluna mais distante) possa obter pressão negativa.
01. Abastecimento Predial

Pontos críticos – em edificações de múltiplos pavimentos

Em edificações de vários pavimentos:

A pressão mínima recomendada para o chuveiro seja de 1,0 m.c.a.

Então é de praxe calcular a pressão no início das colunas que alimentam


chuveiros e a pressão no ponto do chuveiro do último pavimento.

Se o valor calculado no início da coluna mais desfavorável for maior que 2


m.c.a., consequentemente, as demais colunas também terão o valor satisfatório
para atendimento da pressão mínima no ponto do chuveiro.
01. Abastecimento Predial

Pontos críticos – em edificações de múltiplos pavimentos


01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

INSTALAÇÃO DE APARELHOS SANITÁRIOS

Relembrando as exigências:

Impedir a contaminação da água potável

Possibilitar acesso e manutenção adequados

Oferecer ao usuário conforto adequado à finalidade de utilização


01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Pontos no projeto arquitetônico

O posicionamento dos pontos de entrada de água e a posição de registros e


outros elementos pode variar em função de determinados modelos de
aparelhos.

Porém, as alturas mais utilizadas para diversos tipos de aparelhos são:

BS – bacia sanitária c/ válvula h = 33 cm


BCA – bacia sanitária c/ caixa acoplada h = 20 cm
DC – ducha higiênica h = 50 cm
BI – bidê h = 20 cm
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Pontos no projeto arquitetônico

O posicionamento dos pontos de entrada de água e a posição de registros e


outros elementos pode variar em função de determinados modelos de
aparelhos.

Porém, as alturas mais utilizadas para diversos tipos de aparelhos são:

BH – banheira de hidromassagem h = 30 cm
CH – chuveiro ou ducha h = 220 cm
LV – lavatório h = 60 cm
MIC – mictório h = 105 cm
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Pontos no projeto arquitetônico

O posicionamento dos pontos de entrada de água e a posição de registros e


outros elementos pode variar em função de determinados modelos de
aparelhos.

Porém, as alturas mais utilizadas para diversos tipos de aparelhos são:

MLR – máquina de lavar roupa h = 90 cm


MLL – máquina de lavar louça h = 60 cm
PIA – pia h = 110 cm
TQ – tanque h = 115 cm
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Pontos no projeto arquitetônico

O posicionamento dos pontos de entrada de água e a posição de registros e


outros elementos pode variar em função de determinados modelos de
aparelhos.

Porém, as alturas mais utilizadas para diversos tipos de aparelhos são:

TL – torneira de limpeza h = 60 cm
TJ – torneira de jardim h = 60 cm RP – registro de pressão h = 110 cm
RG – registro de gaveta h = 180 cm
VD – válvula de descarga h = 110 cm
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Pontos no projeto arquitetônico


01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Projeto de arquitetura

Ver livro: Instalações hidráulicas e projeto de arquitetura – Roberto de Carvalho


Jr.

Isométricos – detalhes
Reservatórios
Esquema colunas de distribuição
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Projeto de arquitetura
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Projeto de arquitetura
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Projeto de arquitetura
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Exemplo

Calcular os diâmetros das tubulações de uma instalação que abastece as


seguintes peças de utilização: uma bacia sanitária com válvula de descarga,
uma ducha higiênica, um lavatório, um chuveiro elétrico com registro de
pressão, uma pia, um tanque e uma torneira de jardim.
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

Solução

Cada ramal terá o peso e o diâmetro correspondente, em função dos aparelhos


que o alimentam TAB 1.10.

Nesse caso, por se tratar de uma instalação pequena, utiliza-se o ábaco


simplificado TAB 1.13.

Quanto aos sub-ramais,, verifica- se o peso de cada peça e seu diâmetro


correspondente.
01. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA PROJETO

TRECHOS BARRILETE / COLUNA / RAMAIS PESOS DIÂMETROS


(mm)

A - B (BARRILETE): BACIA SANITÁRIA COM 32 40


VÁLVULA

B -C (COLUNA): BACIA SANITÁRIA COM VÁLVULA 32 40

D - E (BARRILETE): DC, LV, CH, PIA, TQ, TJ 2 25


E - F (COLUNA): DC, LV, CH, PIA, TQ, TJ 2 25
F - G (RAMAL): DC, LV, CH, PIA, TQ, TJ 2 25
01. Rede de distribuição de AF Vazões de Projeto (NBR
5626)
Rede de distribuição de AF
Pré-dimensionamento
01. Tubos de PVC rígido - linha soldável Tubos de Cobre - Classe E
Tubos de Aço Carbono - Classe
Média

D REF DN DE Di e D REF DN DE Di e D REF DN DE Di e


(pol) (mm) (mm) (mm) (mm) (pol) (mm) (mm) (mm) (mm) (pol) (mm) (mm) (mm) (mm)
1/2" 15 20 17,0 1,5 1/2" 15 15 14,0 0,5 1/2" 15 21 15,7 2,65
3/4" 20 25 21,4 1,8 3/4" 22 22 20,8 0,6 3/4" 20 26,5 21,2 2,65
1" 25 32 27,8 2,1 1" 28 28 26,8 0,6 1" 25 33,3 26,6 3,35
1.1/4" 32 40 35,2 2,4 1.1/4" 35 35 33,6 0,7 1.1/4" 32 42,0 35,3 3,35
1.1/2" 40 50 44,0 3,0 1.1/2" 42 42 40,4 0,8 1.1/2" 40 47,9 41,2 3,35
2" 50 60 53,0 3,5 2" 54 54 52,2 0,9 2" 50 59,7 52,2 3,35
2.1/2" 60 75 66,6 4,2 2.1/2" 66 66,7 64,3 1,2 2.1/2" 65 75,3 67,8 3,35
3" 75 85 75,6 4,7 3" 79 79,4 77,0 1,2 3" 80 88,0 79,5 4,25
4" 85 110 97,8 6,1 4" 104 104,8 102,4 1,2 4" 90 113,1 104,1 4,5
5" 100 138,5 128,5 5,0

❑Pressão dinâmica mínima na rede de distribuição


de Água Fria = 0,5 mca = 5 kPa;
❑ Pressão dinâmica mínima nos pontos de consumo:
❑ Vaso sanitário com CD = 0,5 mca = 5 kPa;
❑ Vaso sanitário com VD = 1,5 mca = 15 kPa;
❑ Demais aparelhos = 1,0 mca = 10 kPa.
Rede de distribuição de AF
Divisão em trechos
01.
 Ao longo da tubulação, deve-se separar os trechos onde vazão é
dividida, ou seja, basicamente deve- se identificar as derivações (tês e
cruzetas) e pontos de consumo.
Rede de distribuição de AF
Tabulando o dimensionamento
01.
 É recomendável que se comece pelo trecho mais próximo a caixa
d’água e com Pressão Disponível de 1kPa (0,1mca).
Rede de distribuição de AF
Tabulando o dimensionamento
01.

Calcular o sistema acima considerando consumo


máximo possível, consumo máximo provável, e tubos
de PVC e de AÇO.

Adotar comprimento equivalente (4 cotovelos).

Para consumo máximo possível com tubo de PVC:

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