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Instalações

Prediais de
Esgoto –
Dimensionamento
de rede
Professora: Andréa Rodrigues
andrea.carla@professor.ufcg.edu.br
Sistema Predial de esgoto
– Este pode ser dividido em dois subsistemas integrados, que são:

Subsistema de coleta e transporte Responsável por captar o


esgoto sanitário e conduzi-lo a um destino adequado.

Subsistema de ventilação  Com as funções de prover ar


atmosférico em regiões com depressões, de permitir o alívio de
sobrepressões e de encaminhar para a atmosfera gases formados
no interior das tubulações
Dimensionamento
 Para o dimensionamento das tubulações de esgoto sanitário, a NBR 8160/1999 prevê dois
métodos distintos:

• Consiste em um método baseado na teoria das


probabilidades e que leva em consideração as perdas
Método hidráulico de carga, as variações de pressão e perdas de altura de
fechos hídricos de desconectores.

Método das Unidades • É um método empírico proposto por Roy B. Hunter e


que fornece diretamente os diâmetros nominais das
Hunter de tubulações a partir de tabelas práticas e de fácil
Contribuição – UHC utilização. Neste curso, será abordado este método.
Dimensionamento
O dimensionamento das tubulações de esgoto segundo este método
Método é feito atribuindo-se inicialmente aos diversos aparelhos uma Unidade
Hunter Hunter de Contribuição (UHC).

UHC é o fator probabilístico numérico que representa a frequência


habitual de utilização associada à vazão típica de cada uma das peças
de um conjunto de aparelhos heterogêneos em funcionamento
simultâneo, em horas de contribuição máxima no hidrograma diário.

Os “pesos” dos aparelhos sanitários representam indiretamente sua


significância numa instalação, em termos de sua vazão de
contribuição e a probabilidade de uso.
Dimensionamento: Método Hunter

Ramal de descarga

O dimensionamento
é feito para cada Ramal de esgoto
trecho
separadamente. Tubo de queda
Assim, deve-se
identificar e separar
os seguintes trechos: Subcoletor e coletor predial

Ventilação
Ramal de descarga
Tabela 9.1: Número de UHC para ramais de descarga

Dimensionamento
• Para dimensionar os
ramais de descarga deve-
se consultar a Tabela 9.1
que apresenta o número de
Unidades Hunter de
Contribuição
correspondente a cada
aparelho e o diâmetro
nominal do ramal de
descarga do aparelho
correspondente.
Exercitando dimensionamento de ramal de
descarga
Exemplo 1: Dimensionar os
ramais de descarga do
banheiro ao lado.

1º PASSO:
Posicionar desconectores, tubulação
primária, tubulação secundária,
ventilação, tubo de queda, coluna de
ventilação.
Exercitando dimensionamento de ramal de descarga
2º PASSO: Dimensionar tubulação de descarga (TABELA 9.1):
Bs = DN 100 mm; Lv = DN 40 mm; Bd = DN 40 mm; Ba = DN 40 mm; Ch = DN 40 mm.

TQ TQ

CV Ø100 CV

Ø
40
Ø40

40
Ø
Ø40

Ø40
Ø
40
Ramal de esgoto
Dimensionamento Tabela 9.2: Número de UHC para ramais de esgoto

• No dimensionamento do
ramal de esgoto, deve-se
acumular as UHC’s de
todos os aparelhos
sanitários que deságuam
no trecho considerado.
• Com o número de UHC’s
obtido, pode-se consultar a
Tabela 9.2 e obter
diretamente o diâmetro
para o ramal de esgoto
Exercitando ramal de esgoto
Exemplo 2: Dimensionar os ramais TQ
de esgoto do exemplo anterior.
CV
Da tabela 9.1, tem-se os valores unitário Ø100

50
Ø
dos aparelhos:
Bs = DN 100 mm; 6UHC
Lv = DN 40 mm; 1HUC
Bd = DN 40 mm; 1HUC
Ba = DN 40 mm; 2UHC
Ch = DN 40 mm; 2UHC
Ramal de esgoto a jusante da caixa
sifonada:
Tab. 9.3
UHC = 6 DN 50 mm (i = 2 %)
Exercitando ramal de esgoto

Ramal de esgoto após a junção com o ramal de descarga da bacia sanitária:

Tab. 9.3
UHC = 12 DN 75 mm (i = 2 %)

Como o ramal de descarga da bacia possui DN 100 com i = 1%, devemos adotar
este mesmo diâmetro para o ramal de esgoto que recebe despejos deste. Assim,
devemos adotar para este trecho:

DN 100 mm (i = 1%)
Tubo de queda
Tabela 9.3: Número de UHC para tubos de queda

Dimensionamento
• Devem ser o mais vertical
possível, empregando-se quando
necessário, curvas de raio longo
nas mudanças de direção.
• Seu diâmetro será sempre igual
ou superior a qualquer
canalização a ele ligada.
• Os tubos de queda podem ser
dimensionados pela somatória
das UHC, conforme valores na
Tabela 9.3.
Tubos de queda
Quando apresentarem desvios na vertical, os tubos de queda

Tab. 9.3
devem ser dimensionados da seguinte forma:
1) Quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 45° Tab. 9.4
com a vertical, o tubo de queda é dimensionado com valores

Tab. 9.3
indicados na Tabela 9.3.
2) Quando o desvio formar ângulo superior a 45° com a
vertical, deve-se dimensionar:
A parte do tubo de queda acima do desvio Tabela 9.3

A parte horizontal do desvio Tabela 9.4

A parte do tubo de queda abaixo do desvio Tabela 9.3 não podendo o diâmetro nominal
adotado, neste caso, ser menor que o da parte
horizontal.
Exercitando dimensionamento de TQ
EXEMPLO 3: Dimensionar um tubo de queda sem desvios, que coleta
15 pavimentos do um edifício residencial. O tubo de queda é o do
banheiro do exemplo anterior:

-Tem-se da tabela anterior:


UHC = 12 para cada banheiro

Para todo o tubo de queda:


UHC = 12 x 15 = 180 DN 100 mm
Tab. 9.3
Tubos de queda
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

a) Nenhum vaso sanitário deve descarregar em TQ de diâmetro


nominal inferior a DN 100 mm.
b) Nenhum TQ deve ter diâmetro inferior ao da maior tubulação
a ele ligada
c) Nenhum TQ que receba descarga de pias de copas, de cozinha,
ou de pias de despejo deve ter diâmetro nominal inferior a DN
75 mm, exetuando-se o caso TQ que receba até 6 UHC em
prédios de até 2 pavimentos, podendo ser usado DN 50 mm.
Coletores e subcoletores
Tabela 9.4: Número de UHC para coletores e subcoletores
Dimensionamento
• O coletor predial e os
subcoletores devem ser
construídos, sempre que
possível, na parte não edificada
do terreno.
• O coletor predial e os
subcoletores podem ser
dimensionados pela somatória
das UHC conforme os valores da
Tabela 9.4. Estes devem possuir
diâmetro mínimo de 100 mm.
Coletores e subcoletores

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

a) Em prédios residenciais, considera-se apenas o aparelho de


maior descarga de cada banheiro para a somatória do número
de unidades de Hunter de contribuição.
b) Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos
contribuintes para o cálculo do número de UHC
Exercitando dimensionamento de Coletores e subcoletores
EXEMPLO 4: Dimensionar o subcoletor subsequente ao tubo de queda do trecho
anterior, em que UHC = 180:

Como o edifício em questão é residencial, deve-se considerar apenas o aparelho


sanitário de maior contribuição de cada banheiro, ou seja, a bacia sanitária, assim
tem-se:
UHC = 6 por banheiro
Total:
UHC = 6 x 15 = 90 UHC DN 100 mm (i = 1%)
Tab. 9.4
Exercitando dimensionamento de Coletores e subcoletores
EXEMPLO 5: Dimensionar os subcoletores indicados na figura abaixo:

Coletor Predial
Dados:
CI1 CI2 CI3 CI4 Tubo de UHC
queda
TQ1 77
TQ1 TQ2 CI5 TQ2 144

Coletor Público
TQ3 TQ3 56
CI8 TQ4 72
TQ5 70
TQ4 TQ5

CI6 CI7
Ramal de Ventilação
Tabela 9.6: Número de UHC para ramal de ventilação

Dimensionamento
• O diâmetro dos ramais de
ventilação são obtidos
diretamente na Tabela 9.6.
Coluna de Ventilação
Tabela 9.7: Número de UHC para colunas de ventilação
Dimensionamento
• O diâmetro da coluna de
ventilação é obtido
diretamente na Tabela 9.7.
• É necessário o
conhecimento do diâmetro
do TQ e do comprimento da
coluna de ventilação.
Exercitando dimensionamento de ramal e coluna de
ventilação
EXEMPLO 5: Dimensionar o ramal EXEMPLO 6: Qual deve ser o diâmetro
de ventilação do banheiro dado de uma coluna de ventilação secundária
anteriormente : associada a um tubo de queda de DN 100
mm, com UHC = 180, cuja extensão
efetiva é de 48 m?
UHC = 12 DN 50 mm
Entrando na Tabela 9.7 com DN 100 mm e
Tab. 9.6
UHC = 180, e L = 48 m, obtém-se para a
coluna de ventilação secundária o
diâmetro DN 75 mm.
Dimensionamento de Elementos Acessórios
Caixa de inspeção
Dimensionamento
1. 0,6 x 0,6 m ou DN = 0,6 m
2. Últimas caixas 0,8 x 0,8 m ou até 1,0 x 1,0 m

Caixa de gordura
Deve ter dimensões mínimas para que o líquido esfrie e com isso a
gordura se solidifique e fique retida na caixa
a.Simples  1 ou 2 pias
b.Dupla  acima de 2 e <12 pias
c.Especial  > 12
Dimensionamento de Elementos Acessórios
Caixa de gordura
Dimensionamento:
O tipo especial precisa ser calculado de acordo com a fórmula:
V=(2 x N)+20

Onde: V = volume da caixa em litros e


N = número de pessoas servidas pela cozinha

Exemplo 7: Dimensionar uma caixa de gordura para uma cozinha


de um restaurante que atende a 200 pessoas por dia.
V = (2 x 200) + 20 = 420 litros
Dimensionamento de Elementos Acessórios
Caixa de passagem
Dimensionamento
 Cilíndrica: Diâmetro mínimo interno 15 cm
 Prismática: Deve permitir a inscrição de um círculo de 15 cm de
diâmetro;
 Altura: 10 cm
 A tubulação de saída deve ser dimensionada como ramal de
esgoto.

Caixa sifonada
 Efluentes de até 6 UHC  DN 100 mm
 Efluentes de até 10 UHC  DN 125 mm
 Efluentes de até 15 UHC  DN 150 mm
Inspeção

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

a) A distância entre o coletor público e a primeira inspeção deve


ser menor que 10 m.
b) A distância entre o vaso sanitário e a primeira inspeção deve
ser menor que 10 m.
c) A distância entre duas inspeções deve ser menor que 12 m.

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