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Instalações Hidrossanitárias

Professor: Henrique Barreto

Aula 03

Abastecimento Predial
01. Abastecimento Predial

Partes que abastecem os pontos de utilização.

No caso de sistemas indiretos, compreende trechos


entre o reservatório e os pontos de utilização.

No caso de sistemas diretos, compreende trechos


após o cavalete.
01. Abastecimento Predial

Partes que abastecem os pontos de utilização.

Toda a instalação deve ser projetada de modo garantir que as pressões


estáticas e dinâmicas se situem dentro dos limites estabelecidos pelas
normas, regulamentações, características e necessidades dos equipamentos e
materiais das tubulações especificadas em projetos.
01. Abastecimento Predial

Partes que abastecem os pontos de utilização.

Em virtude do fato das tubulações serem dimensionadas como condutos


forçados é necessário que fiquem perfeitamente definidos no projeto.

Para cada trecho da canalização, os 4 parâmetros hidráulicos do escoamento:

Atenção com a compatibilidade dos projetos, em especial o estrutural.


01. Abastecimento Predial

Pressões mínimas e máximas.

Pressão estática

Pressão nos tubos com água parada

Pressão dinâmica

Pressão nos tubos com água em movimento


Pressão de serviço
01. Abastecimento Predial

Pressões mínimas e máximas.

Pressão máxima que se pode aplicar a um tubo, conexão, válvula ou outro


dispositivo, quando em uso normal.

Unidades:

Pa – Pascal
kgf/cm²
m.c.a. – metros de coluna d’água
1 kgf/cm² = 10 m.c.a.
01. Abastecimento Predial

Pressão Estática

NBR 5626 – “em uma instalação predial de água fria, quem qualquer ponto, a
pressão estática máxima não deve ultrapassar 40 m.c.a.”

Significa que a diferença entre a altura do reservatório superior e o ponto de


utilização mais baixo da instalação predial não deve ser maior que 40 metros
(13 pavimentos!)

Pressões acima de 40 m.c.a implicam em ruído, golpe de aríate e necessidade


de manutenção constante.
01. Abastecimento Predial

Pressão Dinâmica

NBR 5626 “em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão de


água em regime de escoamento não deve ser inferior a 0,50 m.c.a.

Visa impedir que o ponto crítico da rede (geralmente o ponto de encontro


entre o barrilete e a coluna de distribuição) possa obter pressão negativa.

A pressão de saída no chuveiro deve ser maior que 1,0 m.c.a.

RECOMENDÁVEL MAIOR QUE 2,0 m.c.a!


Outros aparelhos, ver com fabricante.
01. Abastecimento Predial

Recomendações do Fabricante
https://www.aecweb.com.br/cls/catalog
os/lorenzetti/lorenzetti_Ducha%20adva

01. Abastecimento Predial


nced%20turbo.pdf

https://www.fame.com.br/uploads/prod
utos/produtos/218/manual_produto_pa
Recomendações do Fabricante
th_pt.pdf
01. Abastecimento Predial
Pressões mínimas e máximas.
01. Abastecimento Predial
Pressões mínimas e máximas.
01. Abastecimento Predial
Pressões mínimas e máximas.
01. Abastecimento Predial
Pressões mínimas e máximas.
01. Abastecimento Predial
Dispositivos controladores de pressão

Pressurizador

Válvulas redutoras de pressão


01. Abastecimento Predial
Dispositivos controladores de pressão

Pressurizador

Válvulas redutoras de pressão


01. Abastecimento Predial
Dispositivos controladores de pressão

Pressurizador

Válvulas redutoras de pressão


01. Abastecimento Predial
Dispositivos controladores de pressão

Pressurizador

Válvulas redutoras de pressão


01. Abastecimento Predial

Velocidade Máxima

A NBR recomenda que as tubulações sejam dimensionadas de modo que a


velocidade da água, em qualquer trecho, não ultrapasse a 3m/s.

Acima deste valor ocorrem ruídos e possíveis golpes de aríate.

V = 14 √D
Onde:
V = Velocidade em m/s
D = diâmetro nominal, em metros.
01. Abastecimento Predial

Velocidade Máxima
01. Abastecimento Predial

BARRILETE

É o conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual derivam as


colunas de distribuição.

Tipo concentrado: tem vantagem de abrigar os registros de operação em uma


área restrita.

Tipo ramificado: mais econômico, possibilita quantidade menor de tubulações


junto ao reservatório, os registros são mais espaçados e colocados antes das
colunas de distribuição.
01. Abastecimento Predial

BARRILETE

.
01. Abastecimento Predial

BARRILETE

.
01. Abastecimento Predial

COLUNAS, RAMAIS E SUB-RAMAIS

As colunas de distribuição derivam do barrilete,


descem na posição vertical e alimentam os ramais
nos pavimentos, que, por sua vez, alimentam os
sub-ramais das peças de utilização.
01. Abastecimento Predial

COLUNAS, RAMAIS E SUB-RAMAIS

Cada coluna deve conter um registro de gaveta


posicionado à montante do primeiro ramal.

Recomenda-se ventilar a coluna, de modo evitar


bolhas de ar (geralmente após esvaziamento da
rede), que causam perda de vazão nos pontos de
utilização e evitando a retrossifonagem.
01. Abastecimento Predial

Peças de utilização e aparelhos sanitários

Componentes destinados ao uso da água ou ao recebimento de dejetos


líquidos e sólidos.

São dispositivos ligados aos sub-ramais.

Devem atender ao usuário quanto conforto, ergonomia, segurança e ao padrão


da edificação.
01. Abastecimento Predial

Peças de utilização e aparelhos sanitários

Recomenda-se que as vazões nos pontos de utilização seja adequada ao


funcionamento eficiente do uso da água, reduzindo o consumo de água potável
e ao atendimento dos requisitos do usuário.

A definição e a localização destes aparelhos devem contar obrigatoriamente no


projeto arquitetônico – COMPATIBILIDADE DE PROJETOS.

Consultar o Código de Obras Municipal para verificar as exigências quanto à


quantidade mínima de aparelhos sanitários. – VER TABELAS NOS PRÓXIMOS
SLIDES.
01. Abastecimento Predial

Peças de utilização e
aparelhos sanitários
01. Abastecimento Predial

Peças de utilização e
aparelhos sanitários
01. Abastecimento Predial

Vazões

A NBR 5626 “a instalação predial de AF deve ser dimensionada de modo que a


vazão estabelecida na tabela 1.10 seja disponível no ponto de utilização, se
apenas tal ponto estiver em uso.
01. Abastecimento Predial

Vazões
01. Abastecimento Predial

Diâmetros

Cada peça de utilização necessita de uma determinada vazão para um perfeito


funcionamento.

Essas vazões estão relacionadas empiricamente com um número


convencionado de “peso” das peças. TABELA 1.10.

Esses pesos, tem relação direta com os diâmetros mínimos necessários para o
funcionamento das peças.
01. Abastecimento Predial

Diâmetros

Os diâmetros utilizados são os comerciais

Não é recomendada a diminuição (redução) do diâmetro no sentido inverso ao


seu fluxo.

PVC Rígido soldável – de DN 20mm à 110mm;


PVC Rígido roscável – 1,2” à 6”.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das tubulações

Cada peça de utilização necessita de uma determinada vazão para um perfeito


funcionamento.

Essas vazões estão relacionadas empiricamente com um número


convencionado de peso das peças. Esses pesos, por sua vez, tem relação direta
com os diâmetros mínimos necessários para o funcionamento das peças.

Para garantir a suficiência do abastecimento de água, deve-se determinar a


vazão em cada trecho da tubulação corretamente, podendo ser realizado por 2
critérios.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das tubulações

Método consumo máximo possível

Método consumo máximo provável


01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das tubulações

A vazão de cada trecho é dado estabelecido em função dos consumos dos


diversos pontos de utilização e a velocidade, fixada no valor máximo de
3,0m/s, visando minimizar os ruídos nas tubulações e golpes de aríate.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das tubulações

Tendo em vista a conveniência sob o aspecto econômico, toda instalação de


água fria deve ser dimensionada TRECHO A TRECHO, atendendo os
parâmetros: vazão, velocidade, perda de carga e pressão.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das tubulações

Depois de calculados esses parâmetros, verifica-se a pressão dinâmica mínima


nos diversos pontos, em especial no ponto mais desfavorável; bem como a
pressão máxima nas referidas peças e na própria tubulação.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento das tubulações

No caso de residências pequenas, não há grandes diferenças de somatória de


pesos nos trechos das tubulações, que possam gerar economia no cálculo dos
diâmetros.

Nesse caso pode ser tornar antieconômico usar vários tipos de diâmetro,
causados pelas sobras e pelo maior uso das conexões.
01. Abastecimento Predial

1 – Método do consumo máximo possível

Considera o uso de todas as peças de utilização atendidas por um mesmo


ramal, ao mesmo tempo.

O consumo simultâneo (máximo possível) ocorre em locais onde a utilização de


peças é simultânea, em razão dos horários específicos como nos quartéis,
escolas, academias, estabelecimentos industriais, onde os pontos são
utilizados ao mesmo tempo, especialmente lavatórios e chuveiros.
01. Abastecimento Predial

1 – Método do consumo máximo possível

Utiliza-se como referência a tubulação de 20mm (1,2”), a partir da qual todos


os demais diâmetros são referidos, apresentando-se com seções equivalentes.

Adota-se os diâmetros mínimos dos sub-ramais a partir da tabela de diâmetros


mínimos dos sub-ramais (1.11).

Somam-se as seções equivalentes ao longo dos trechos considerados,


obtendo-se as seções equivalentes (1.12).

Determinam-se os diâmetros dos sub-ramais a partir da tabela (1.12).


01. Abastecimento Predial

1 – Método do consumo máximo possível


01. Abastecimento Predial

Exemplo – consumo máximo possível

Dimensionar os ramais de água de um banheiro coletivo representado na


figura.
01. Abastecimento Predial

Exemplo – consumo máximo possível - resolução

3 lavatórios + 3 chuveiros = possibilidade de uso simultâneo.

Inicia-se dos trechos mais distantes da coluna de alimentação.

Usando tabela 1.11, determina-se o diâmetro mínimo de cada sub-ramal, no


caso de 20mm para os lavatórios e 20mm para os chuveiros.

Na segunda coluna, usando a tabela utiliza-se a tabela 1.12, e anota-se a


seção equivalente.
01. Abastecimento Predial

Exemplo – consumo máximo possível - resolução


01. Abastecimento Predial

Exemplo – consumo máximo possível


Resolução

MÉTODO DO CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL

SEÇÃO SEÇÃO
SEÇÃO MÍNIMA
TRECHO EQUIVALENTE EQUIVALENTE DN (1.12)
(1.11)
(1.12) ACUMULADA *

F-G 20 1 1 20
E-F 20 1 2 20
D-E 20 1 3 25
C-D 20 1 4 25
B-C 20 1 5 25
A-B 20 1 6 32

* Trechos de seção de
20mm.
01. Abastecimento Predial

2 – Método do consumo máximo provável

Baseado na hipótese de que o uso simultâneo dos aparelhos de um mesmo


ramal é pouco provável e na possibilidade do uso simultâneo diminuir com o
aumento do número de aparelhos.

Conduz a diâmetros menores que o método do consumo máximo possível.


01. Abastecimento Predial

2 – Método do consumo máximo provável

Existem vários métodos para este dimensionamento. A NBR 5626 recomenda o


método da SOMA DOS PESOS.

Vazão máxima provável:

Q = C x √ΣP
Onde:

Q = vazão estimada na seção considerada (litros/segundo)


C = coeficiente de descarga utilizado em litros por segundo para ter a vazão
nessa unidade.
ΣP = soma dos pesos relativo de todas as peças de utilização alimentadas pela
tubulação considerada.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento ramal e sub-ramal

SUB-RAMAL – Nas instalações prediais cada peça de utilização é alimentada


por um sub-ramal com diâmetro mínimo, predeterminado em função de
ensaios laboratoriais, conforme tabela 1.11.

Em instalações especiais (hospitais, indústrias, lavanderias, etc.), o fabricante


deve ser fornecido pelo fabricante.
01. Abastecimento Predial

Dimensionamento ramal e sub-ramal

RAMAL – O dimensionamento dos ramais que atendem aos pontos de


utilização, por razões econômicas, deve ser feito trecho a trecho pelo método
da SOMA DOS PESOS.

Obtém-se os “PESOS” nos pontos de utilização (TAB 1.10)

Somam-se os pesos das peças e obtém-se os pesos dos trechos


correspondentes.

Utiliza-se o ábaco 1.47 ou a TAB 1.13


01. Abastecimento Predial

Dimensionamento ramal e sub-ramal

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