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INSTALAÇÕES

HIDRÁULICAS PREDIAIS
AULA 05
Prof. Guilherme Nanni
prof.guilherme@feitep.edu.br

7º Semestre
Engenharia civil
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

ALIMENTADOR PREDIAL

SISTEMA DIRETO
Cálculos conforme o das canalizações de água fria

SISTEMA INDIRETO E MISTO


Abastecimento contínuo do reservatório por uma
vazão suficiente para suprir o consumo diário ÷24h.

𝐶𝑑 Qmin: vazão mínima (L/s)


𝑄𝑚𝑖𝑛 =
86.400 Cd: consumo diário (L)
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

ALIMENTADOR PREDIAL
• Adota-se, na prática, a velocidade entre 0,60 e
1,0 m/s;
• Utilizar os ábacos de Fair-Whipple-Hsiao para
determinar o diâmetro em tubulações lisas ou
rugosas.
• O alimentador predial tem o mesmo diâmetro
do ramal predial;
• As concessionárias adotam, geralmente, o
diâmetro de 25 mm (3/4”) para o ramal predial.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

TUBULAÇÃO DE LIMPEZA
• Função do tempo requerido para o
esvaziamento da câmara ou reservatório.
𝐴
𝑆= ∙ ℎ
4.850 ∙ 𝑡
S: seção do conduto de descarga (m²)
A: área em planta de um compartimento (m²)
t: tempo de esvaziamento (≤ 2 horas)
h: altura inicial de água (m)
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

TUBULAÇÃO DE LIMPEZA
• Deve se evitar diâmetros menores que 32 mm,
pois o lodo acumulado no fundo do reservatório
pode, eventualmente, entupir a tubulação.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

EXTRAVASOR
• Adota-se um diâmetro comercial imediatamente
superior ao do diâmetro do alimentador predial
ou da tubulação de recalque.

Por exemplo:
Alimentador predial: D = 25 mm
Extravasor: D = 32 mm
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SISTEMA ELEVATÓRIO
• Tubulação de recalque: Equação de Forchheimer

𝐷𝑟 = 1,3 ∙ 𝑄𝑟 ∙ 𝑋
4
𝑋=
24
Dr: diâmetro nominal (m)
Qr: vazão da bomba (m³/s)
X : nº de horas do funcionamento da bomba por dia
h: horas de funcionamento da bomba no período de 24
horas
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

SISTEMA ELEVATÓRIO
• Tubulação de recalque: Equação de Forchheimer
𝐶𝑅𝑠
𝑄𝑟 =

Qr: vazão da bomba (m³/s)
CRs: capacidade do reservatório superior
h: horas de funcionamento da bomba
<1h para pequenos reservatórios
<6h para grandes reservatórios
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

SISTEMA ELEVATÓRIO
• Tubulação de sucção:

Adota-se um diâmetro comercial imediatamente


superior ao diâmetro da tubulação de recalque.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

BOMBAS CENTRÍFUGAS
• É necessário conhecer a vazão e a altura
manométrica.
𝐻𝑚𝑎𝑛 (𝑠𝑢𝑐) = 𝐻𝑒𝑠𝑡.(𝑠𝑢𝑐) + ∆ℎ(𝑠𝑢𝑐)
𝐻𝑚𝑎𝑛 (𝑟𝑒𝑐) = 𝐻𝑒𝑠𝑡.(𝑟𝑒𝑐) + ∆ℎ(𝑟𝑒𝑐)
𝐻𝑚𝑎𝑛 (𝑡𝑜𝑡) = 𝐻𝑚𝑎𝑛 (𝑠𝑢𝑐) + 𝐻𝑚𝑎𝑛 (𝑟𝑒𝑐)
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA
• Consultar tabelas para seleção de bombas,
fornecida nos catálogos de fabricantes.
• Exemplo:
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

SUB-RAMAIS
• Adotar diâmetros mínimos sugeridos pelos
fabricantes das peças.
Diâmetros
Peças de utilização
DN (mm) Ref. (pol)
Aquecedor de alta pressão 20 1/2
Aquecedor de baixa pressão 25 3/4
Banheira 20 1/2
Bebedouro 20 1/2
Bidê 20 1/2
Caixa de descarga 20 1/2
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA
Diâmetros
Peças de utilização
DN (mm) Ref. (pol)
Chuveiro 20 1/2
Filtro de pressão 20 1/2
Lavatório 20 1/2
Máquina de lavar pratos ou roupas 25 3/4
Mictório autoaspirante 32 1
Mictório não aspirante 20 1/2
Pia de cozinha 20 1/2
Tanque de despejo ou de lavar roupas 25 3/4
Válvula de descarga 40 1 1/4
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

RAMAIS
• Feito trecho a trecho;
• Obtém-se os pesos na tabela de pesos relativos
dos pontos de utilização;
• Somam-se os pesos das peças e obtém-se o
peso dos trechos correspondentes;
• Utiliza-se o ábaco simplificado (somatórios de 0
a 100) no caso de pequenas instalações ou o
Normograma de pesos, vazões e diâmetros, no
caso de construções verticais.
RAMAIS

Normograma de
pesos, vazões e
diâmetros.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

MÉTODO DO CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL


• Considera o uso de todas as peças de utilização
atendidas por um mesmo ramal, ao mesmo
tempo.

• Considerado em locais onde a utilização de


peças é simultânea, por exemplo, quartéis,
escolas, estabelecimentos industriais.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

MÉTODO DO CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL


a) Utiliza-se como referência a tubulação de 20
mm (1/2”), a partir da qual todos os demais
diâmetros são referidos, apresentando-se com
seções equivalentes.

b) Adota-se os diâmetros mínimos dos sub-ramais


a partir da tabela de diâmetros mínimos dos sub-
ramais.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

MÉTODO DO CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL


c) Somam-se as seções equivalentes ao longo dos
trechos considerados, obtendo-se as seções
equivalentes de cada trecho, com uso da tabela de
seções equivalentes.

d) Determinam-se os diâmetros dos sub-ramais a


partir da tabela de seções equivalentes.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA
Seções equivalentes
Diâmetros Diâmetros Nº de tubos de 20 mm com a
(pol) DN (mm) mesma capacidade
1/2 20 1
3/4 25 2,9
1 32 6,2
1 1/4 40 10,9
1 1/2 50 17,4
2 60 37,8
2 1/2 75 65,5
3 85 110,5
4 110 189
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Dimensionar os ramais do detalhe isométrico
representado a seguir pelo método do consumo
máximo possível.
CH
AF

CH
CH

G
D F
E
A

C
B
LV
LV
LV
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
D mín. para lavatórios e chuveiros = 20 mm
Seção equivalente = 1

Trechos Seção equivalente Seção acumulada DN (mm)


F-G 1 1 20
E–F 1 2 25
D–E 1 3 32
C–D 1 4 32
B–C 1 5 32
A-B 1 6 32
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

MÉTODO DO CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL

• Utilizado em construções verticais (residenciais e


comerciais, hotéis, hospitais etc.).

• Por razões de economia é usual estabelecer


como provável uma demanda simultânea de
água menor do que a máxima possível: teoria
das probabilidades ou experiência acumulada na
observação de instalações similares.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

MÉTODO DO CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL

• TEORIA DAS PROBABILIDADES (pesos): A vazão


máxima provável poderá ser determinada com a
aplicação da seguinte fórmula:

𝑄 = 0,3 ∙ ∑𝑃
Q: vazão estimada na seção considerada (L/s)
∑P: soma dos pesos relativos de todas as peças de
utilização alimentadas pela tubulação considerada
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

MÉTODO DO CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL


Normograma de
pesos, vazões e
diâmetros.
DIMENSIONAMENTO SISTEMA ÁGUA FRIA

DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS

• Realizado trecho a trecho, pelo somatório dos


pesos.

• As colunas podem ter dois ou mais trechos com


diâmetros diferentes, pois a vazão de
distribuição reduz à medida que atinge os
pavimentos inferiores.
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS
• Calcular os diâmetros dos trechos das colunas
AF-1 e AF-2 de um edifício de dez pavimentos,
sabendo-se que as colunas AF-1 e AF-2
alimentam dez banheiros e dez cozinhas,
respectivamente.
• Sabe-se que cada banheiro possui: um lavatório,
uma bacia sanitária com caixa de descarga, uma
ducha higiênica e um chuveiro. Cada cozinha
possui uma torneira de pia e uma lavadora de
pratos.
Banheiro Pesos
1 lavatório 0,3
1 BS c/ caixa de descarga 0,3
1 ducha higiênica 0,4
1 chuveiro 0,4
TOTAL 1,4
Cozinha Pesos
1 torneira de pia 0,7
1 lavadora de pratos 1,0
TOTAL 1,7
COLUNA AF-1 (banheiros)
Trechos Pesos D (mm)
A–C 14 40
C–D 12,6 32
D–E 11,2 32
E–F 9,8 32
F–G 8,4 32
G–H 7,0 32
H–I 5,6 32
I–J 4,2 32
J–K 2,8 25
K–L 1,4 25
COLUNA AF-2 (cozinhas)
Trechos Pesos D (mm)
B–M 17 40
M–N 15,3 40
N–O 13,6 32
O–P 11,9 32
P–Q 10,2 32
Q–R 8,5 32
R–S 6,8 32
S–T 5,1 32
T–U 3,4 25
U-V 1,7 25
DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE

• Dimensionado trecho a trecho


• Deve ser verificada a pressão em pontos críticos

PONTOS CRÍTICOS EM RESIDÊNCIAS

• Pressão estática não gera problemas.

• É necessário verificar a Pressão Dinâmica no


ponto mais desfavorável geometricamente:
CHUVEIRO (PD ≥ 1 m.c.a. = 10 kPa).
VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO

PONTOS CRÍTICOS EM EDIFÍCIOS COM VÁRIOS


PAVIMENTOS

Pontos de pressão mínima:


• encontro do barrilete e a coluna mais distante
(PD≥ 0,5 m.c.a.)
• Chuveiro do último pavimento (PD ≥ 1 m.c.a.)

• Pontos de pressão máxima nos pavimentos mais


baixos ( PE ≤ 40 m.c.a.)

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