Você está na página 1de 26

ASPERSÃO: PROJETOS

HIDRÁULICA DE ASPERSORES E DE
CANALIZAÇÕES PORTA EMISSORES
HIDRÁULICA DE ASPERSORES
ROTATIVOS
1) Vazão dos aspersores rotativos

q  Cd .S . 2. g.h
q é a vazão do bocal do aspersor (m3/s);
Cd é o coeficiente de descarga, que para os bocais
deve estar entre 0,95 e 0,96;
S é a área da seção transversal do bocal (m2);
g é a aceleração da gravidade (m/s2);
h é a pressão da água no interior do bocal (mH2O).
HIDRÁULICA DE ASPERSORES
ROTATIVOS

h
S

A altura h corresponde à pressão de trabalho


recomendada pelo fabricante, para operação adequada
do aspersor.
HIDRÁULICA DE ASPERSORES
ROTATIVOS
2) Alcance do jato em aspersores rotativos
quando o bocal faz um ângulo de 30° com o
plano horizontal:

r  1,35 dh
r é o raio de alcance do jato (m);
d é o diâmetro do bocal do aspersor (mm);
h é a pressão da água no interior do bocal
(mH2O).
HIDRÁULICA DE ASPERSORES
ROTATIVOS

O alcance do jato pode ser estimado se conhecermos


o diâmetro do bocal e a pressão de trabalho do aspersor.
HIDRÁULICA DE ASPERSORES
ROTATIVOS
3) Grau de pulverização do jato em aspersores
rotativos (Gp):
h
Gp 
d
O índice Gp é um indicativo do tamanho das
gotas formadas pelo aspersor.
h é a pressão da água no interior do bocal
(mH2O);
d é o diâmetro do bocal do aspersor (mm).
HIDRÁULICA DE ASPERSORES
ROTATIVOS

O grau de pulverização do jato deve estar adaptado à espécie


cultivada para não causar danos às folhas ou derrubada de flores.
HIDRÁULICA DE ASPERSORES
ROTATIVOS
Tipo de gota Gp

Grossa <3

Semi-grossa 3a4

Semi-fina 4a5

Fina 5a6

Muito fina >6


HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES
Canalizações porta emissores são aquelas onde
estão inseridos os aspersores, gotejadores ou
microaspersores.

h1, q1 h2, q2 h3, q3 h4, q4

Se a pressão da água nos pontos 1, 2, 3 e 4 da


canalização for diferente, as vazões nos aspersores também
serão diferentes.
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES

Para que a vazão seja


uniforme ao longo da tubulação, a
pressão entre aspersores não pode
variar além de um certo limite.
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES

q1 Cd .S . 2. g.h 1 Vazão do aspersor 1


 _________________
q 4 Cd .S . 2. g.h 4 Vazão do aspersor 4

Fazendo k  Cd .S . 2. g

q1 k h1 q1 h1
 . 
q4 k h 4 q4 h4
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES

Exemplo: Um fabricante informa que para a pressão


de trabalho de 30 mH2O, a vazão de um aspersor
será de 5 m3/h.
h1 = 30 mH2O e q1 = 5 m3/h
Para uma variação admissível de apenas 10%
na vazão q4 (último aspersor), de quanto poderá ser
a variação de pressão na canalização?

q4 = 4,5 m3/h   h4 = 24,3 mH2O


5 30
 24,65  5 h 4,93 5 h
4,5 h4
4,932  h
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES

30 – 24,3 = 5,7 mH2O


A variação de pressão foi de 20%.

CONCLUSÃO:
A variação de 20% na pressão de trabalho
entre aspersores situados no início e no final
de uma canalização, ocasionará uma variação
de vazão em torno de 10%.
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES

Problema: Como selecionar o 1,852


diâmetro correto de uma 10,64  Q 
canalização para que a perda de j  4,87 . 
energia entre o primeiro e o D C
último aspersor não ultrapasse
20% da pressão de trabalho j é a perda de energia, em mH2O
recomendada pelo fabricante? por m linear de canalização;
Na solução vamos utilizar D é o diâmetro da canalização. Em
a equação de Hazen Willians m;
para estimar a perda de energia
Q é a vazão escoada, em m3/s;
em canalizações.
C é o coeficiente de rugosidade
da canalização.
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES
h1, q1 h2, q2 h3, q3 h4, q4

6m 12 m 12 m 12 m
Comprimento total = 42 m

Vamos escolher o diâmetro da canalização que vai


atender os quatro aspersores mostrados acima, de modo
que se o primeiro estiver sob pressão h = 30 mH2O, no
último atue pressão h  24,3 mH2O. Ou seja, a variação de
pressão não pode ultrapassar 5,7 mH2O.
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES
Os dados para uso da equação de Hazen Willians
são os seguintes:

 Vazão Q = 5 m3/h x 4 aspersores = 20 m3/h


= 5,55 x 10-3 m3/s;
 Coeficiente de rugosidade C = 140 (p.v.c.)
 Diâmetros comerciais testados = 0,05 e 0,075m;
 Comprimento da canalização = 42m.

1,852
10,64  Q 
j  4,87 . 
D C
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES

3 1,852
10,64  5,55 x10  Hf  0,163.42  6,84mH 2O
j .
4 ,87 
  0,163
0,05  140 
3 1,852
10,64  5,55 x10 
j .
4 ,87 
  0,023 Hf  0,023.42  0,95mH 2O
0,075  140 

OBS.: Esta perda de energia calculada ocorreria somente se a


vazão fosse constante nos 42 metros da canalização. No
caso de canalizações porta-emissores, a vazão vai sendo
reduzida em cada emissor. A perda de energia real vai ser
menor que os valores encontrados.
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES
Para encontrar os valores reais de perda
de energia, há dois procedimentos possíveis:
 Calcular a perda de energia em cada
segmento de canalização, computando a vazão
que realmente escoa ali;
 Usar um coeficiente de correção que considera
a redução na perda de energia decorrente da
redução na vazão.
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES
Número de Fator de Número de Fator de Número de Fator de
emissores correção emissores correção emissores correção
1 1 7 0,425 13 0,391

2 0,639 8 0,415 14 0,387

3 0,535 9 0,409 15 0,384

4 0,486 10 0,402 16 0,382

5 0,457 11 0,397 18 0,379

6 0,435 12 0,394 20 0,376

1000,345
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES
Então, a perda de energia real, para quatro
aspersores, considerando o coeficiente de
correção F = 0,486, serão:

Hf  0,163.42  6,84mH 2O 6,84 x 0,486 = 3,32 mH2O


Hf  0,023.42  0,95mH 2O 0,95 x 0,486 = 0,46 mH2O

RECORDANDO: PERDA ADMISSÍVEL = 5,7 mH2O


O DIÂMETRO ESCOLHIDO É 0,05m (50mm)
HIDRÁULICA DE CANALIZAÇÕES
PORTA EMISSORES
Observação:
Para que a variação máxima de pressão ao
longo da linha porta-emissores não ultrapasse 20%
da pressão de trabalho recomendada pelo
fabricante, além de escolher corretamente o
diâmetro da canalização, devemos instalar a
canalização em nível.
Se houver aclive ou declive no terreno, a
pressão será afetada e portanto a diferença de nível
deve ser medida e computada no cálculo.
RECOMENDAÇÕES PARA
PROJETOS
 Aspersores com raio de molhamento curto
exigem espaçamento pequeno e portanto são
apropriados para pequenas áreas de plantio e
para espécies com folhas sensíveis, por
produzirem gotas de tamanho menor.
 Tem a vantagem de requerem pressões
baixas.
RECOMENDAÇÕES PARA
PROJETOS
 Aspersores tipo canhão facilitam a irrigação
em grandes áreas pela possibilidade de uso de
poucas unidades (grande raio de alcance), mas
exigem pressão elevada e podem produzir
gotas pesadas se a pressão não estiver
adequada;
 As linhas laterais devem ser posicionadas
paralelas às curvas de nível do terreno, para
evita que a diferença de nível produza
diferenças de pressão entre aspersores;
RECOMENDAÇÕES PARA
PROJETOS
100

99

98

97

Rio
Bomba
RECOMENDAÇÕES PARA
PROJETOS
No caso de
equipamentos
portáteis, colocar a
linha de derivação no
meio do campo para
possibilitar movimento
rotacionado das
linhas laterais;
RECOMENDAÇÕES PARA
PROJETOS
 Cuidar para que o os aspersores situados
nas beiradas do campo, se não forem setoriais,
fiquem a uma distância aproximada do limite da
área irrigada igual á metade do espaçamento
recomendado.
Assim esta zona poderá receber
quantidade adequada de água, já que nas
margens do campo não haverá sobreposição.

Você também pode gostar