Você está na página 1de 43

www.exsto.com.

br

COMO SER
O PROFISSIONAL
DA INDÚSTRIA 4.0
Como ser O Profissional da Indústria 4.0

DICAS PARA
LEITURA DO EBOOK
Olá! Este e-book é um PDF interativo.
Isso quer dizer que aqui, além do texto, você
também vai encontrar links, botões e um
índice clicável.

Os botões na lateral direita superior de todas as páginas servem para compartilhar o e-book em suas
redes sociais. Se você gostar do conteúdo, fique à vontade para compartilhar o material com seus
contatos. ;)

Na parte inferior esquerda, temos um botão que leva você, automaticamente, de volta ao Índice. No
Índice você pode clicar em cada capítulo e ir diretamente para a parte do livro que quer ler.

Outra dica importante: ao baixar o e-book pelo seu celular e ler em versão mobile, rotacione sua tela
para a leitura horizontal do conteúdo.

Esperamos que essas funções te ajudem na leitura do texto.

Boa leitura e até a próxima!


www.exsto.com.br
ÍNDICE 3

Grade Curricular 4.0


Currículo Vitae 4.0

Atitudes Habilitadoras na Indústria 4.0


14 Tecnologias 4.0 x Competências 4.0
Cybersegurança e Resiliência
Sistemas Integrados x Saberes Integrados
Internet of Things x Trabalho em Rede
Computação em nuvem x Ser um cidadão do mundo
Robôs autônomos x autonomia
Realidade aumentada e virtual x realidade e ilusão
Simulação x Capacidade de abstração
Manufatura aditiva x Processos ágeis e prototipagem
Big Data e analytics x Capacidade e análise analítica

Índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


4

O QUE É
INDÚSTRIA 4.0?
Nas áreas ligadas a indústria fala-se muito nesses tempos
em “Indústria 4.0”, mas expandindo esse conceito para
todas as áreas de negócios e das nossas vidas, podemos
adotar o termo mais amplo “transformação digital”. E, por
transformação digital, estamos entendendo o uso maciço de
TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) em todos os
aspectos de negócios nas mais diversas áreas além da
indústria, como serviços, agricultura, mercado financeiro,
gestão pública e educação.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


O QUE É INDÚSTRIA 4.0?
ESTAMOS FALANDO DO USO DE TECNOLOGIAS DE PONTA COMO:
5

5G IoT

Robótica
Simulação

Inteligência Artificial Aprendizado de Máquina

Big Data Manufatura Aditiva

AR e VR Drones

E por aí vai...

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


O QUE É INDÚSTRIA 4.0? 6

A Indústria 4.0 é a realidade na qual a tecnologia está cada vez mais


eficiente: mais inteligente, mais rápida e mais precisa.

E independente. É aí que a coisa fica complexa.

Se você busca se preparar para esse “futuro” que já chegou,


esse e-book é para você!

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


CURRÍCULO
4.0

Como ser O Profissional da Indústria 4.0


Voltar para o índice
CURRÍCULO 4.0
8

Nos negócios do futuro, não só industriais, mas todos que passam por um Não conseguimos relacionar os saberes de forma sintética (quando é
processo de transformação digital, são necessários uma formação que não necessário criar algo novo). Enquanto os problemas são simples, essa
só reconheça a complexidade dos problemas e das tecnologias, mas que abordagem tem sucesso garantido: quanto mais especializado numa área,
esteja impregnada deles. Isso impacta no currículo no sentido currículo vitae melhor eu resolvo os problemas daquela área. O problema é quando os
e no sentido de grade curricular. E não estamos preparados para isso. problemas se tornam complexos e as soluções simples já não resolvem mais.

A forma como o conhecimento se organizou no mundo moderno, a partir do Aqui é preciso diferenciar simples, complexo, complicado e simplista. Simples
Iluminismo, foi através da divisão dos saberes em áreas cada vez mais é tudo o que tem relação de causa e efeito claros, as coisas funcionam de
específicas. Dentro de cada área, primeiro o pesquisador e depois o forma linear (o resultados são proporcionais às causas), são invariantes no
profissional, focam em conhecer tudo o que se tem para saber “do seu tempo (ao longo do tempo, as coisas comportam-se mais ou menos da
quadrado”. Ao seguir essas regras a pesquisa científica teve um grande mesma forma); é o mundo “mecânico”, das máquinas e da engenharia em
avanço e resultou na especialização dos saberes. Como método analítico geral, das coisas simples como pontes, motores e computadores. Complexo
(uma ferramenta para compreender como algo funciona) é fantástico e (do latin complexus, “o que é tecido junto”), que não é complicado, é o
válido até hoje. O efeito colateral, no entanto, foi a fragmentação dos cenário onde as relações de causalidade são múltiplas (um efeito tem
saberes a tal ponto que não conseguimos mais, de forma espontânea, múltiplas causas ponderadas), existe realimentação, os resultados não são
relacioná-los. lineares (pequenos estímulos podem gerar resultados desproporcionais), é
volátil ou variante no tempo (o comportamento muda de um momento para
o outro); é o mundo dos sistemas, da economia, da biologia, da ecologia, das
coisas complexas como mercados globais, comportamento do consumidor e
a mente humana. Complicado, por sua vez, é algo confuso, pouco claro e de
difícil entendimento. Ser simplista é quando se olha para o cenário complexo
e tenta-se ingenuamente aplicar nele as regras de um cenário simples.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


CURRÍCULO 4.0
9

Lá do século XIX, na primeira revolução industrial, com cadeias


produtivas fechadas dentro de países e regiões, mudança lenta,
comunicação lenta, pouco diversidade de produtos, pequena
concorrência em nível local, de uniformidade cultural numa data região e
pouca troca cultural com outras regiões, de modos de governos
autoritário centralizados, era um mundo de problemas e soluções
simples onde reinava o especialista. Nosso sistema educacional foi criado
nessa época.

Já hoje em dia, o cenário é outro: cadeias produtivas internacionais,


mudança acelerada, comunicação mundial instantânea, enorme
diversidade e oferta de produtos e soluções, alta concorrência em nível
global, pluralidade e choque de culturas, democracia em cheque. Um
Para esse desafiador cenário atual é que a transformação digital vem trazendo
mundo complexo e líquido. E nosso sistema educacional continua o
tecnologias que, ao mesmo tempo em que se propõem a solucionar os
mesmo.
problemas, criam novos desafios (uma relação de causalidade típica de um
sistema complexo). Para fazer frente a essa complexidade, as diversas tecnologias
devem trabalhar de forma conjunta e colaborativa. Isoladamente, robôs, redes
de comunicação, simulação e softwares de gestão não são novidades. Mas
quando eu uso redes para colher dados em tempo real do meu robô para
alimentar uma simulação que prediz o comportamento da linha, de forma que
meu sistema de gestão tenha inteligência para otimizar os processos ou prever
problemas, aí estou falando de indústria 4.0, de verdade.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


GRADE
CURRICULAR
4.0

Voltar para o índice


11

GRADE CURRICULAR 4.0

Os problemas atuais e as tecnologias para solucioná-los são multidisciplinares Sendo pragmático, é necessário adotar uma abordagem multidisciplinar, e para isso
por natureza. Portanto, qualquer educação que não seja multidisciplinar está metodologias como aprendizado baseado em problemas e aprendizado baseados
fadada a fracassar no processo de formar profissionais para o mercado de em projetos são ótimas ferramentas. Pois os problemas e projetos do mundo real
trabalho e cidadão para o mundo. Vemos o interesse crescente em temas de vêm com tudo junto e misturado mesmo. Também é preciso repensar a
indústria 4.0, mas as instituições muitas vezes estão prisioneiras de uma grade infraestrutura. Separar sala de aula de ambientes de experimentação, afastando
curricular (trocadilho inevitável) que divide e separa o que deveria ser tratado teoria da prática, já há muito tempo não faz sentido. Os recursos e equipamentos
junto. Assim, para formar o profissional do futuro, primeiro é preciso mudar o didáticos devem permitir aplicar a multidisciplinaridade, permitir a conectividade e
mindset de especialização em caixinhas e trabalhar um mindset multidisciplinar, a interação. Deve haver flexibilidade para que o aluno possa explorar as práticas
desde a primeira matéria, desde a primeira aula, na concepção do programa sobre diferentes enfoques e diferentes graus de conhecimento.
curricular. É preciso abandonar a meta do especialista que rode nos trilhos de
sistemas simples para criar um multiespecialista capaz a surfar nos sistemas
complexos.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


CURRICULO
VITAE 4.0

Voltar para o índice


13

CURRÍCULO VITAE 4.0

E como ficam nossos currículos vitae? No mundo do especialista, um técnico de Um bom currículo profissional para a indústria 4.0 e para o mercado do futuro
uma área qualquer, faria engenharia nessa área, depois uma pós nesse mesmo mostra multidisciplinaridade na busca de formação. Mostra familiaridade com as
tema, vários cursos na sua área, focando num seguimento cada vez mais tecnologias mais atuais, sem precisar se especializar em todos. Especialização em
específico. Para um mundo complexo esse profissional não é mais solução, é uma área não é ruim, desde que haja dedicação em manter uma visão abrangente
problema. Sua superespecialização o deixa míope, senão cego, para problemas e com formações em área diversas. E vale lembrar que a velocidade da mudança
soluções que não estejam na sua área de especialidade. Quem quiser montar um coloca um prazo de validade em toda especialização. A pergunta não é “qual é a
cenário de catástrofe certa, é só agrupar esse especialista junto com outros da sua área”, é “qual a sua área hoje”. Quando se coloca esse profissional (com forte
mesma área em um departamento e colocar para trabalhar com outros formação em algumas áreas, mas com visão abrangente de várias outras) junto
departamentos igualmente especializados através de um sistema burocrático e com outros parecidos, dificilmente teremos currículos iguais, porque as trajetórias
hierarquias rígidas. Graça aos deuses, isso quase nunca acontece, não é? se tornam únicas. Assim temos times verdadeiramente multidisciplinares onde as
diversas visões de quem trabalham junto são complementares na compreensão
dos cenários complexos. Com menos burocracia (muito da qual pode ser otimizado
com uso de tecnologia), comunicação e tomada de decisão facilitada por uma
hierarquia mais plana, aumentam as chances de sucesso nesse cenário de
incertezas.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


ATITUDES
HABILITADORAS
NA INDÚSTRIA 4.0

Como ser O Profissional da Indústria 4.0


Voltar para o índice
EXPECTATIVAS
DO MERCADO
Qual perfil profissional da indústria do futuro? Um paralelo
entre as nove tecnologias habilitadoras da indústria 4.0 e as
nove atitudes habilitadoras que compõem o mindset da
empresa digital.

Voltar para o índice


16

ATITUDES HABILITADORAS
NA INDÚSTRIA 4.0
Fala-se muito da indústria 4.0 e das tecnologias que permitem tais avanços nos
processos produtivos, as chamadas “tecnologias habilitadoras”. Quanto aos
profissionais que vão trabalhar nessa nova indústria, em um primeiro momento,
pode parecer que a necessidade de capacitação e desenvolvimento de
competência limita-se a dominar essas tecnologias. Ou seja, basta desenvolver as
competências técnicas nas novas ferramentas e sistemas e está resolvido. A
história mostra que não é bem assim.

A digitalização dos processos leva a mudanças nas regras de negócio, nas


relações de poder, na demanda e características dos recursos humanos. Por trás
destas mudanças existe também mudanças de mindset que vão muito além de
dominar um novo software. A contribuição que esperamos com esse artigo é
fazer um paralelo entre as tecnológicas 4.0 e as competências 4.0 do profissional
do futuro.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


TECNOLOGIAS
4.0
x
COMPETÊNCIAS
4.0

Voltar para o índice


18

tecnologias 4.0 x competências 4.0

TECNOLOGIAS 4.0 COMPETÊNCIAS 4.0

Cybersegurança Resiliência
Sistemas integrados Saberes integrados
Internet das Coisas Trabalho em rede
Computação em nuvem Cidadão do Mundo
Robôs autônomos Autonomia
Realidade aumentada e virtual Realidade e ilusão
Simulação Capacidade de abstração
Manufatura Aditiva Processos ágeis, prototipagem
Big Data e Analytics Capacidade de Análise crítica

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


19

Vamos refletir
um pouco?
A sociedade se organiza conforme os meios de produção. Essa é uma afirmação de
Marx que é difícil refutar, entretanto é possível aprimorá-la dizendo que os meios
também se organizam conforme a sociedade, num sistema circular. Todo negócio é
também uma organização social, daí ter uma cultura organizacional, composta de
papeis, artefatos e ritos. Toda vez que o processo produtivo sofre uma grande
mudança, há também uma grande mudança no perfil dos recursos humanos.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


20

Senta que lá vem história...


É atribuída à Ford a expressão “Por que toda vez que contrato um par de Do ponto de vista do trabalhador, deveria ser um trabalho miserável seguir
braços um cérebro tem de vir junto?”. Sem mimimi, essa expressão do Ford, um processo definido por outro, anos a fio, sem questionar. Mas esse
antes de ser vista como a de um explorador sem coração, deve ser colocada processo reduziu enormemente os custos produtivos, aumentou o acesso a
no seu contexto: na fábrica de Ford, gente pensando seria uma catástrofe. produtos que vão de carros a remédios e alimentos, permitiu o
Ford pode ser situado na segunda revolução industrial, que se caracteriza desenvolvimento de economias fortes até hoje. E absorveu um grande
pelo início do emprego da eletricidade e motor à combustão (tecnologias) e contingente de trabalhadores não qualificados. Isto só se fez possível porque
da linha de produção (processo produtivo). A linha de produção, da qual o a linha de produção permitia, literalmente, empregar qualquer um. Quando
senhor F. foi um dos idealizadores, era baseada no conceito de dividir o Ford fundou sua companhia, apenas 11% das pessoas frequentavam ensino
trabalho em atividades mínimas, alocar um funcionário focado em cada médio, ou seja, não havia a menor chance de trabalhadores especializados e
atividade, o funcionário não se desloca, o produto se desloca e vai sendo qualificados na quantidade necessária para dar impulso à indústria nascente.
agregado, até o produto final. Variedade de produtos baixa, escala como A linha de produção não era só uma solução de eficiência produtiva, era
nunca se viu. Especialização brutal, onde você poderia passar anos apertando também uma solução de gestão de (falta) de conhecimento.
o mesmo parafuso.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


21
Dando um passo atrás, a primeira revolução industrial, alavancada pelo uso das
máquinas a vapor, permitiu potencializar o trabalho humano. Em vez do processo
artesanal, onde conhecimento e execução estão estritamente ligados à figura do
artesão, a produção industrial permitiu separar o conhecimento especializado,
científico e sistematizado do engenheiro, da força de trabalho e capacidade de
execução do operário. Só isso já deu um ganho produtivo relevante, e demorou 100

Tá, e daí?
anos para pensarem em otimizar a produção com processos e gestão. Esses
eventos, na segunda revolução, introduziram as técnicas de administração e a
burocracia. Se o trabalhador de 1800 precisava saber pouco e, se pensasse, era
bônus, para o trabalhador de 1900 melhor que não pensasse. O produto e o
processo já haviam sido pensados, por especialistas, melhor não questionar.
Obediência, padronização, homogeneidade definiam o mindset. Não precisamos E nos nossos tempos? Bem, fica fácil observar que a cada revolução o número de
lembrar quando o sistema educacional atual foi criado… pessoas empregadas na produção se reduz, pelos ganhos de eficiência. Além disso,
o nível de qualificação sobe: na primeira revolução, qualquer um vindo do campo
poderia ser empregado no processo desde que não arranjasse muita encrenca. Na
segunda, obediência, padronização e docilidade exigiam um mínimo de educação
A terceira revolução foi mais silenciosa. Na técnica, a introdução da eletrônica e
formal, pois qualquer desvio faz a linha de produção parar; mas não se exigia muito
informática na fábrica deu impulso à automação. Por outro lado, métodos mais
mais que saber ler. A terceira revolução demandou pessoal com mais senso crítico,
flexíveis e eficientes de gestão (sistema Toyota de produção e toda a onda lean)
comprometimento com seu empregador, bagagem técnica e capacidade de
passaram a ser usados, não só porque a tecnologia permitia, mas porque o perfil do
acompanhar os avanços da tecnologia. O que se espera do profissional para a
trabalhador também mudou. Quase um século de investimento em melhoria na
quarta revolução? É o que pretendemos discutir nos próximos artigos!
educação permitiu compartilhar a gestão, ao menos em parte, com os operários.
Desculpem desfazer algumas fantasias, mas processos de melhoria contínua, a
organização advinda do 5s, qualidade total, rotatividade de funções e autonomia
nas células produtivas exigem um trabalhador com nível de educação e civilidade,
aplicar isso na fábrica do Ford em 1900 não funcionaria nunca. Mas funcionou a
partir dos anos 60, nos países desenvolvidos e, dos anos 80, no resto do mundo
como um todo.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


CYBERSEGURANÇA
E
RESILIÊNCIA

Voltar para o índice


cybersegurança e resiliência 23

Uma forma de definir cybersegurança (cybersecurity) é como a capacidade ou Diferente de fingir que um problema não existe é desenvolver a resiliência de não
propriedade de um sistema resistir a ataques externos, ataques estes com se deixar afetar por esse problema, seja ele “pessoal” ou “profissional” (para
interesse de roubar dados ou causar danos a dados ou serviços de um sistema. insistir uma última vez nessa separação ilusória). Essa habilidade é desenvolvida
quando entendemos que tudo, de bom ou ruim, uma hora passa, e paramos de
Buscando reflexo dessa propriedade nas atitudes pessoais, podemos identificar
levar as coisas tão a sério. Essa prática vai levar também a perceber que o que há
a resiliência como sua contraparte. “Resiliência” já é um termo emprestado da
de bom (o sucesso de um projeto, um aumento, um novo amor, passar um tempo
física, a propriedade de um material de retornar à forma original após sofrer a
agradável com a família ou o que trouxer felicidade para você) também uma hora
ação de uma força. Assim, no contexto das características pessoais, resiliência é
passa. A constatação dessa impermanência também aumenta a resiliência, pois
a capacidade de “resistir à pressão sem entortar”.
parte do sofrimento vem do apego as coisas transitórias que nos trazem
Mas mais que “resistir à pressão”, profissional do futuro deve desenvolver a felicidade.
capacidade de não se abalar ou perturbar com os “ataques externos”. Por
E por que a resiliência é uma competência importante? Porque a velocidade da
ataques pode-se considerar os baques que a vida dá, seja um colega de trabalho
mudança é cada vez maior e o grau de certeza é cada vez menor. A
desleal, um chefe opressor, o fracasso de um projeto, assim como questões de
transitoriedade das coisas é sentida mais forte do que foi outrora. As
ordem pessoal, como o fim de um relacionamento, doença em família, bullying,
oportunidades de sucesso e de fracasso se sucedem a cada dia, as razões para se
solidão, etc. É balela essa história de separar o profissional do pessoal: o ser
alegrar e entristecer também. Então a capacidade de resistir aos ventos que te
humano é um só e, conscientemente ou não, um aspecto de sua vida influencia
jogam de um lado para outro, é um ponto positivo para os profissionais do futuro.
os demais. Acreditar no contrário é armar uma bomba relógios que uma hora
A inovação exige capacidade de assumir risco e lidar com fracasso, que fazem
ou outra vai explodir.
parte do processo de aprendizado. Não existe inovação numa zona de conforto e
segurança. Assim, inovadores tem que ser necessariamente possuir resiliência.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


SISTEMAS
INTEGRADOS
x
SABERES
INTEGRADOS

Voltar para o índice


sistemas integrados x 25

saberes integrados

Aqui, vamos discutir como o conhecimento se constrói no


sistema de ensino usual através da especialização enquanto a
demandada profissional no mundo digitalizado é por um
profissional de base conhecimentos gerais amplos e que saiba
construir conexões entre diferentes saberes.

Assim como deve haver uma integração dos sistemas no processo


produtivo, tanto no horizontal (entre processos e setores) como na
vertical (do chão de fábrica a direção), assim também o
profissional deve buscar a integração dos saberes e experiências
desenvolvidos ao longa da carreira na busca de soluções criativas e
inovadoras.

“o profissional deve buscar a integração dos saberes e


experiências ao longo da carreira.”

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


INTERNET
OF THINGS
x
TRABALHO
EM REDE

Voltar para o índice


internet of things x 27

trabalho em rede

A internet das coisas (IoT – Internet of Thinks) pode ser definida como a rede formadas por sensores e atuadores que se
comunicam entre si através da internet. É preciso entender que IoT não é apenas um sistema de comunicação máquina com
máquina, de forma centralizada, com um nó ou controlador central. Trata-se de um sistema em rede, uma grande troca de
informação em diferentes contextos e diferentes aplicações.

Trazendo para o contexto das competências profissionais, o foco é nas relações e formas de trabalho. Ainda existe um
esforço para desenvolver um bom trabalho em equipe dentro das empresas, mas deve ser também pensar no trabalho em
rede.
Por trabalho em rede devemos entender que as relações de trabalhos se darão de forma fluida, horizontalizadas. Em vez de
hierarquias e relações de trabalhos de longo prazo, cada vez mais existirá contratos por demanda, relações que duram o
tempo de projeto. Nesse ponto, deve existir um esforço de adaptação do estilo de trabalho a um modelo com menor grau
de segurança e previsibilidade (vide Resiliência). Não parece improvável pensar um futuro onde a maioria da força de
trabalho seja o que hoje se classifica como freelancer.

O trabalho em rede exige além da excelência técnica, capacidade de gestão de tempo, gestão financeira, marketing, em
resumo, empreendedorismo. Essas competências nem sempre são desenvolvidas nos cursos superiores, ou são
isoladamente quando estão no currículo de cada curso.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


COMPUTAÇÃO
EM NUVEM
x
SER UM CIDADÃO
DO MUNDO

Voltar para o índice


computação em nuvem x 29

ser um cidadão do mundo


Computação em nuvem (ou se preferir em inglês, cloud computing) nada mais é que utilizar recursos computacionais (processamento,
memória, armazenamento, backup, etc.) de servidores compartilhados em vez de utilizar os recursos de hardware próprio local. A vantagem da
computação em nuvem é que, por serem compartilhados, esses recursos são mais baratos e podem ser facilmente alocados conforme as
demandas do momento. Além disso, por estarem “na nuvem” as aplicações podem ser acessadas de qualquer lugar com acesso à Internet. Em
resumo, seus dados e aplicações podem estar em qualquer lugar do mundo, e onde estão não tem importância.

Fazendo um paralelo com as competências profissionais, enquanto as aplicações devem ser em nuvem, os profissionais devem ser “cidadão do
mundo”. Isso implica em duas coisas: primeira que as oportunidades de trabalho e desenvolvimento de carreira estão no mundo todo, não
importa muito o país onde se nasce. No mercado global de trabalho importam muito mais as competências e habilidades do que a seleção para
qual se torce na copa; isso também implica que a concorrência pelo emprego que se tem hoje também é global, não só porque um estrangeiro
pode assumi-lo como também porque a empresa ou divisão pode mudar de país em busca de melhor competitividade ou perder mercado para
uma empresa de outro lugar.

A segunda coisa, e mais importante, é que para jogar esse jogo em escala mundial, é preciso uma mende globalizada. Isso significa estar aberto ás
diferença culturais, ser capaz de se adequar a diferentes culturas organizacionais, respeitando seus valores de origem. Também implica em ser
capaz de se comunicar e colaborar em times distribuídos pelo mundo tudo, estar atualizado com as discussões e notícias internacionais. Num país
grande como o Brasil essa competência as vezes é difícil desenvolver por falta de oportunidade de conviver com profissionais de outras culturas
ou países, o que as vezes nos deixa presos a nossa forma nacional e as vezes até regional de fazer (até mesmo um cafezinho, como é explorado
comicamente nesse vídeo.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


ROBÔS
AUTÔNOMOS
x
AUTONOMIA

Voltar para o índice


31

robôs autônomos x autonomia

Esse ponto é fundamental, pois a disseminação do uso de robôs nas mais Em um mundo que busca cada vez mais eficiência, não há mais espaço para
diversas funções vai acabar com milhares de empregos. A solução? gestores que micro gerenciam cada atividade do seu time, e menos ainda para
Desenvolver a autonomia para não ser substituído por um robô autônomo. aqueles cujo trabalho é só delegar e cobrar cada tarefa. Para obter os níveis de
Robôs fazem trabalhos repetitivos e pré-programados, basicamente recebem eficiência que se espera cabe ao gestor montar e treinar um time que consiga da
ordens e seguem processos que alguém pensou por eles, de forma eficiente, é conta do recado sozinho, dar ao time uma direção, isto é, um rumo e um motivo,
verdade, mas não são capazes de resolver problemas por si só. e trabalhar como um facilitador da execução das atividades desse time.

A autonomia passa a ser uma competência cada vez mais importante, portanto. Autonomia muitas vezes é entendido como sinônimo de liberdade. E é! E como a
Aquele profissional que não é capaz ou prefere não dar um passo sem ordem liberdade implica numa grande dose de responsabilidade e risco, que muita gente
de um superior ou chefe está com os dias contados. O futuro é dos profissionais não está disposta a assumir, e prefere se esconder atrás de regras bem definidas e
capazes de se organizarem sozinhos, resolver problemas sem que alguém lhes organogramas que possam ser usados como guia para quem passar a culpa. Esse
diga o que fazer, se responsabilizar por riscos, erros e acertos. Isso também ponto também é pouco trabalhado nas escolas que, de forma geral, não treinam
muda significativamente as estratégicas de gestão. responsabilidade e autonomia, mas sim obediência.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


REALIDADE
AUMENTADA E
VIRTUAL
x
REALIDADE
E ILUSÃO

Voltar para o índice


realidade aumentada e virtual 33

x realidade e ilusão

Realizada virtual (VR) é quando se é introduzido em Do ponto de vista das competências, a questão é:
um mundo todo (ou quase todo) criado, perdendo somos realmente capazes de perceber a realidade
conexão com o local onde se está; na prática isso como ela é? Para a filosofia, a física e a neurociência
hoje implica em usar algum tipo de óculos e fone de a resposta é muito clara: certamente não! Nos
ouvido, de forma a isolar do ambiente ao redor e termos de Schopenhauer, não podemos conhecer
inserir no ambiente simulado. Realidade verdadeiramente a realidade, apenas uma
aumentada (AR), pelo contrário, é inserir no representação da realidade. Fisicamente nossos
ambiente ao redor elementos criados que sentidos só percebem uma pequena parte das
acrescentam uma “camada de realidade” a mais; na propriedades de um objeto ou acontecimento, e
prática isso é feito adicionando esses elementos nosso cérebro, com bases nesses estímulos, tenta
simulados a filmagem de uma câmera que se assiste montar uma representação minimamente coerente,
em tempo real (como feito com celulares) ou juntando experiências e memórias; além disso,
projetando algo na frente do seu campo de visão Realidade aumentada para teste com servomotor. nunca podemos saber realmente o que se passa na
(como nos óculos de realidade aumentada). mente de outra pessoa, seu humor, etc.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


realidade aumentada e virtual 34

x realidade e ilusão

Sendo menos filosófico e mais prático: a questão é como fazer uma leitura
mais correta da realidade nas situações profissionais, mesmo sabendo que não
existe uma verdade absoluta. O que pode causar uma percepção falsa da
realidade? Indicadores, por exemplo, se não bem desenhados e avaliados
podem causar grandes enganos (é conhecida a história de certa operadora de
telefonia que comemorou a queda no número de reclamações quando na
verdade seus clientes estavam desistindo e cancelando antes mesmo de
reclamar). A publicidade, mesmo em ambiente corporativos, muitas vezes é
capaz de embrulhar como palavras bonitas e promessas produtos e serviços
que não agregam nada aos negócios. Nossos preconceitos (sem mimimi, todo
mundo tem algum tipo de preconceito, fomos criados em uma sociedade
preconceituosa, quem acha que não tem preconceito nenhum é porque ainda
não está consciente dos seus), nossas experiências (sempre fizemos assim e
sempre deu certo), nossos egos, todos são criadores de engano. Como reduzir
isso? Questione tudo. Questione cada promessa do seu fornecedor, peça
provas. Questione os dados e conclusões de seus colaboradores e seus
subordinados. Peça uma explicação mais detalhada quando um argumento do
seu chefe não fizer sentido.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


35

realidade aumentada e virtual


x realidade e ilusão
Outra forma de se aproximar mais da realidade é ser científico, isto é, se basear em
dados e fatos, e não em opiniões. Muitas vezes a visão que as pessoas têm sobre
acontecimentos ou processos está carregada de carga emocional e distorce a realidade
(aquele cliente que foi mal-educado ao reclamar do produto vai ser lembrado mais
facilmente que os cinco que elogiaram e os quinze que gostaram, mas não deram
feedback). Além disso, faça experiência, teste suas ideias (veja sobre prototipagem no
próximo artigo), explore alternativas. É assustador ver que muitos negócios são geridos
na base do achismo e do peso da autoridade em vez de fatos concretos.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


SIMULAÇÃO
x
CAPACIDADE
DE ABSTRAÇÃO

Voltar para o índice


37

simulação x capacidade de abstração

Simular significa imitar a realidade, através de modelos matemáticos e outros Um bloqueio à abstração é evitar pensar nos cenários negativos. Devido a um
recursos computacionais, afim de avaliar os resultados que seriam obtidos sem otimismo exagerado, ou ao “pensamento positivo”, muitas vezes cenário negativo
ter necessariamente que criar algo real ou quanto não é possível criar algo real são propositalmente desconsiderados e, quando acontecem, não há nenhuma
por limitações de custo, tempo ou outros recursos. A simulação permite testar prevenção ou plano B. Como diz o velho ditado: “espere o melhor, prepare-se
hipóteses, verificar resultados, estimar interações em situações complexas onde para o pior”.
uma simples equação não poderia expressar toas as interações existentes.
Outra forma de definir a capacidade de abstração é pela imaginação e
Também permite repetir de forma aceleradas processos e interações, levando a
criatividade. Conseguir lidar com situações e produtos enquanto ainda é apenas
avaliação de uma grande quantidade de opções antes de identificar a mais
imaginação, combinar diferentes conceitos e experiências para gerar algo novo ou
adequada para realização no mundo físico.
antever as possíveis consequências de uma ação. Num mundo cada vez mais
A competência equivalente da simulação é capacidade de abstração, que é a complexo, ser imaginativo e lidar com conceitos abstratos é fundamental.
habilidade de imaginar cenários diferentes da realidade, visualizando-os e
vivenciando suas possibilidades. Talvez pela facilidade de os meios tecnológicos
entregarem um resultado visível ou mesmo palpável, essa competência tem
andando em abaixa. Tem sido cada vez mais difícil (na experiência do autor)
encontrar profissionais que consigam entender e discutir conceitos um pouco
mais abstratos, ou lidar com situações que não vão além das coisas concretas
que se tem a mão.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


MANUFATURA
ADITIVA
X
PROCESSOS
ÁGEIS E
PROTOTIPAGEM

Voltar para o índice


manufatura aditiva x 39

processos ágeis e prototipagem

A técnica de manufatura aditiva mais conhecida é Os profissionais da indústria do futuro devem então Outra competência associada a impressão 3D é a
certamente a impressão 3D. Essa tecnologia permite se acostumar com essa inconstância e uma das capacidade de prototipação. Prototipação em
construir um produto depositando camadas e ferramentas para ajudar nisso são as metodologias engenharia de produto é construir um modelo
criando-o sem necessidade de moldes, ferramentas ágeis. Sem querer entrar em detalhe, uma das suficientemente fiel ao produto final de maneira
ou máquinas dedicadas exclusivamente para aquele características das metodologias ágeis é entregar que seja possível testá-lo nas condições de uso
produto. Dessa forma dois objetivos são alcançados: sempre algum valor, mesmo implementando o pretendidas e validar seu desempenho. Não só
a fabricação customizada em escala (customização mínimo de características e funcionalidades produtos, mas tudo mais pode ser prototipado: uma
em massa) e a prototipagem rápida. possíveis. E ir testando a medida que o usuário e o campanha de marketing, um processo novo, uma
desenvolvedor entendem melhor o produto. Ou prática de RH, uma ideia de negócio.
Impressão 3D permite agilidade e flexibilidade.
seja, não dá mais para esperar ter um processo com
Assim com os produtos devem poder ser adaptar às Prototipar implica em gerar a versão com as
tudo certinho, testado e definido. É como fazer um
demandas diferenciadas de cada cliente, sem características mínimas/básicas do que se deseja
molde de injeção, preparar a máquina, homologar
comprometer a velocidade e o custo da produção testar (o famoso MVP) e colocar a coisa para rodar e
lote piloto para enfim fazer 100 peças. Com
em massa. Isso implica que não há (muito) espaço verificar os resultados. Antes de gastar meses e
impressão 3D e métodos ágeis sai mais rápido.
para melhoria contínua de processos, uma vez que milhões, antes de envolver muitas pessoas, antes de
essa continuidade não existe: o produto é sempre fazer planos e cronogramas baseados no achismo.
beta. Estamos numa época em que a velocidade da Por isso, prototipagem e metodologias ágeis têm
inovação é tamanha que não dá tempo de haver tanto em comum e são fundamentais para o
maturação, tudo está sempre em teste e se torna profissional do futuro.
obsoleto antes de amadurecer.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


BIG DATA E
ANALYTICS
x
CAPACIDADE E
ANÁLISE CRÍTICA

Voltar para o índice


big data e analytics x 41

capacidade e análise crítica

A quantidade de dados gerados pelos clientes e Essa competência, assim como a capacidade de
usuários das empresas em si já é uma grande abstração, tem sido deixada de lado (novamente, na
riqueza para quem conseguir extrair conhecimento experiência do autor) na formação profissional
útil dessas informações. Fala-se muito de ciência especialmente de nível superior. De um profissional
dos dados com profissão do futuro, uma vez que com graduação, cuja ocupação é descrita muitas
saber analisar e criar estratégicas para análise vezes como “analista” deve ser capaz de olhar para
desses dados é fundamental e não surge de forma as informações à sua frente e tirar conclusões e
sozinha ou automática. tomar decisões, e analisar processos e buscar sua
melhoria e correção. Simplesmente seguir o
De forma similar a competência de criar sistemas de
procedimento sem senso crítico não é função de
análise do grande volume de dados, é necessária
“nível superior”, vale lembrar que na Taxonomia de
desenvolver um senso crítico ou capacidade de
Bloom a competência de “avaliar” está abaixo
avalição. Analisar criticamente é conseguir extrais
somente da de “criar” e acima de “analisar” e
conhecimento útil dos fatos que permita tomada de
constituem “capacidade de nível superior”, Assim, desenvolver uma capacidade de análise crítica tem
ação. É enxergar o que importa de fato, qual a
enquanto habilidades associadas a seguir processos a ver com questionar os dados a sua frente, se eles estão
tendência que está se desenhando, o que não foi
estabelecidos como “recordar”, “compreender” e coerentes com suas causas, quais suas consequências.
dito explicitamente, que conclusão pode-se tirar dos
“aplicar” são apenas capacidades básicas. Analisar criticamente um processo é determinar se ele
acontecimentos.
está atingindo seu objetivo com eficácia ou tem sido
cumprido mecanicamente. É muitas vezes apontar no
trabalho dos outros e no nosso o que não ficou bom, com
indicação do que e porquê pode ser melhorado.

Voltar para o índice Como ser O Profissional da Indústria 4.0


CONCLUSÃO

O objetivo desse e-book é despertar um olhar mais amplo


para o desenvolvimento das competências que vão além das
habilidades técnicas. Essas competências não são tão simples
de treinar, daí a necessidade de uma busca constante de
aperfeiçoamento que vai além de fazer alguns cursos
rápidos. Exige, além de dedicação, modificações nas
instituições e cursos que preparam profissionais para o
mercado.
Voltar para o índice
CONCLUSÃO 43

EXSTO, A INDÚSTRIA NA ESCOLA


Desenvolvemos soluções didáticas para o ensino profissional tecnológico.

Nossas soluções são reconhecidas no mercado da educação, por permitirem o ensino completo das tecnologias
presentes na Indústria. Nossa missão é auxiliar as instituições na formação dos Profissionais do Futuro. Acompanhe nossas
redes sociais

Você também pode gostar