MEDITAÇÃO DO LABIRINTO

Meditação do Labirinto

Petróglifos

Mogor, Galícia, Espanha

Rocky Valley, Cornualha, Inglaterra

Chan da Lagoa, Galícia, Espanha

 Introdução

- É numa ilha a oeste que ela habita, uma ilha circular que se assemelha a uma alta
montanha emergindo dentre as ondas. Um caminho em espiral dentro da montanha leva
ao seu palácio e a entrada deste fica no centro da espiral.
- Tenho um barco preparado e homens para remar. Desejo partir o quanto antes.
- O teu pai não gostará disso.
- Por que pensas assim?
- Aprendeste que três são os deveres dos filhos dos homens: honrar os Deuses imortais,
evitar o mal e praticar a bravura. Honrar os Deuses cabe aos discípulos da divina
Belisamā; evitar o mal compete essencialmente aos protegidos da generosa Rosmertā,
enquanto praticar a bravura é o fado e a honra dos alunos da Katuboduā sombria, que a
tua família serve desde a época em que nossos ancestrais ainda habitavam às margens
do mar setentrional. Uma vez que tenhas sido tocado por Belisamā e chamado ao
serviço dos Imortais, como o fui na minha juventude, os gritos da batalha e o choque de
espada com escudo parecer-te-ão fúteis como a birra de uma criança mimada. O amor à
glória terrena morrerá em ti e isso desagradará o teu pai.
- Rio-me do teu receio. Não valho tanto quanto imaginas. Não sou o primogênito e
meus irmãos já têm filhos. Quando os bens do meu pai forem partilhados - que longe
esteja essa data -, serei apenas um estorvo a ser posto de lado.
- Por Belenos, jovem! Tens a amargura de um velho que viu todo o seu povo ser
dizimado.
- Sei em que lugar me encontro, nada mais. E desagrada-me a minha posição. Farei todo
o possível para melhorá-la.
- Vejo em teus olhos e percebo em tua voz que estás decidido. Que seja, então. Chama
os teus homens e preparai o corcel marinho. Encantarei o vento para que vos leve ao
destino que buscas.

.............................................

Alcançaram a ilha depois de cortar a estrada das baleias por um dia, uma noite, um dia,
uma noite e um dia. Viram-na à distância na terceira noite e isto contemplaram:

A ilha circular, a montanha, o portal do caminho

Sēdodūnon, “Fortaleza do Monte Encantado”, é o nome do lugar a que chegaram.

 Parte 1

Desenhando o Labirinto

 Use uma folha de papel ou cartolina.

 Desenhe com lápis, caneta, pincel e tinta. Sangue do seu dedo também serviria.
Uma escolha bastante dramática essa, mas desnecessária.
 Ou faça as linhas com pedrinhas, sementes, contas, lantejoulas e cola.
 Seja criativo!

Passo 1

1. Desenhe uma cruz e quatro pontos.

Passo 2

2. Desenhe uma linha do topo da cruz, ao redor do ponto superior direito até o ponto
superior esquerdo.

Passo 3

3. Desenhe uma linha do ponto superior direito, entre as outras linhas, ao redor do ponto
superior esquerdo e então voltando para a direita por cima do topo da cruz.

Passo 4
4. Desenhe uma linha saindo do braço esquerdo da cruz e indo ao redor de tudo o que
foi até o momento desenhado, circundando o ponto inferior direito e depois subindo
pela direita e circundando tudo pela esquerda até chegar ao ponto inferior esquerdo.

Passo 5

5. Desenhe uma linha partindo do ponto inferior direito, indo entre as linhas já
desenhadas até atingir o ponto inferior esquerdo; então retorne, circundando o topo e
fazendo toda a volta até chegar ao braço inferior da cruz central.

Com o labirinto desenhado, é o momento de percorrê-lo. Este tipo de labirinto é

unicursal, isto é, possui um só caminho. Assim, não é possível perder-se nele. O
objetivo, na verdade, é atravessá-lo e retornar.

Este exercício pede concentração e quietude. Relaxe a sua mente e respire como faria
em outra meditação a que esteja acostumado.

Faça o percurso lentamente, caminhando com a ponta dos seus dedos, a caneta ou
apenas os seus olhos e mente. Enquanto avança, deixe para trás as suas preocupações
mundanas.

No centro do Labirinto, a Porta dos Planos Interiores espera por você. Conheça cada
detalhe dela.
 A Porta dos Planos Interiores. A Porta de Entrada do Palácio.

A seguir, um auxílio àqueles com pouco talento ou disposição para o desenho.

Atenção: este é um trabalho em progresso. Informações serão oferecidas que não terão
uma utilidade imediata aparente. Por exemplo, abrir uma porta se você não souber o
que procurar ou o que esperar do outro lado. Aquilo que você não souber fazer, ou não
compreender o motivo, simplesmente não faça.

Estou à porta com meu cajado e alforge. Que os Deuses guardem a minha ida e a minha
volta.

Da luz para a luz, deste mundo ao Outro Mundo, cruzando a soleira em nome de
Belenos, venho trazendo o javali.

Da luz para a luz, do Outro Mundo ao meu mundo, cruzando a soleira em nome de
Belenos, venho trazendo o javali.
Os selos representam as qualidades fundamentais das deidades e são usados na
evocação mágica para chamá-las. Juntamente com outros elementos (ditos
“condensadores fluídicos”), servem para dar suporte material a seres incorpóreos, como
os deuses e espíritos.

O selo de Belenos

- Desenhado em papel: amarelo

 Elementos para compor o altar
- Velas: amarelo, laranja, ouro, branco
- Incenso: olíbano, laranja, acácia, calêndula, canela
- Vegetais: ramos de loureiro, folhas de louro (preferencialmente frescas), ramos ou
folhas de videira, funcho, salsa, arroz, canela, narciso, lírio amarelo, girassol
- Minerais: topázio
- Outros elementos associados ao Sol e ao signo de Leão

O selo de Belisama

- Desenhado em papel: roxo

 Elementos para compor o altar
- Velas: branco (Lua Nova), vermelho ou verde (Lua Cheia), preto (Lua Minguante)
- Incenso: jasmim, ginseng, papoula, murta, cânfora, sândalo, dama-da-noite (pitaia),
ópio
- Vegetais: jasmins, lírios brancos, rosas brancas, flores pequenas ou que cresçam na
água
- Minerais: quartzo branco
- Outros elementos associados à Lua e ao signo de Câncer

Uma vez usado, o selo deverá ser destruído no elemento a que pertença. Assim, o de
Belenos será queimado e o de Belisama, rasgado e lançado à água corrente.

Essa é uma informação para o futuro. Apenas guarde. Não se preocupe em imprimir
este texto.

Bellou̯esus /|\