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1- VIDA
4 – AS REGRAS DO MÉTODO
5 – A DÚVIDA METÓDICA
6 – UM NOVO DUALISMO
1- VIDA
Descartes (1596-1650) fez seus estudos básicos no colégio Jesuíta La Flèche (ratio studiorum: 6
anos de estudos humanísticos e três anos de matemática e teologia) de 1607 a 1615.
Estabeleceu-se na Holanda, pela tolerância e liberdade que pôde encontrar e la produziu uma
significativa parte de sua obra.
Em 1649, em meio a desagradáveis transtornos por conta de seus escritos, aceitou o convite
da rainha Cristina, da Suécia, para ser seu preceptor.
a) Descartes decide colocar tudo em dúvida e embarcar na pesquisa em busca de uma verdade
clara e evidente.
b) Duvidar de tudo, até que possa encontrar uma verdade sólida, clara e evidente, capaz de
resistir a toda e qualquer dúvida.
c) Mas para isso será preciso uma moral provisória, que possa guiar seu comportamento até
que encontre uma verdade fundamental.
d) Moral provisória: ter uma moral é necessário. Se pode escolher uma moral, mas não se
pode evitar ter uma moral. Toda atitude humana leva a uma moral (aceitável ou não). “Não ter
uma moral” (dentre as que predominam), não significa “não ter uma moral”.
e) Moral: →ética
→ conduta dirigida por normas ou costumes vigentes. Ex. Moral moderna, antiga..
f) PRIMEIRA REGRA DA MORAL PROVISÓRIA: “Obedecer às leis e aos costumes do meu país,
observando constantemente a religião em que deus me deu a graça de ser instruído desde a
infância e conduzindo-me em todas as outras coisas segundo as opiniões mais moderadas e
mais distantes de extremismos”.
h) TERCEIRA REGRA DA MORAL PROVISÓRIA: “Esforçar-me sempre para vencer muito a mim
do que ao destino e para mudar muito a mim que ao mundo, acreditando sempre que nada
está inteiramente em meu poder, exceto meus pensamentos”.
4 – AS REGRAS DO MÉTODO
a) PRIMEIRA REGRA DO MÉTODO – Regra da Evidência: Não acatar como verdadeiro senão
aquilo que for evidente, ou seja, evitando toda precipitação, acolher como verdadeiro
somente aquilo que se apresente clara e distintamente diante da mente, a ponto de excluir
qualquer dúvida possível.
5 – A DÚVIDA METÓDICA
(! – Não se pode tirar uma conclusão válida de um silogismo com duas premissas negativas)
Quanto mais duvido que estou duvidando, mas afirmo que é verdade que estou duvidando.
E se é verdade que estou duvidando, então, é verdade que estou pensando. Quanto mais
duvido se estou pensando mais percebo que estou pensando.
E se estou pensando, então, é verdade que existo. Quanto mais duvido que existo, mas
percebo que continuo a existir.
6 – UM NOVO DUALISMO
a) Mas “quem” duvida? O “eu” ou o “corpo”? Quem duvida é o “eu”, a substância pensante. O
corpo é apenas uma substância extensa.
b) Substância extensa: é o mundo material, do qual faz parte o corpo humano. Suas
propriedades são extensão e quantidade.
e) O corpo do SH, os animais e o mundo extenso todo são máquinas ou “autômatos”. Aquilo
que chamam “vida” nada mais é do que o movimento dos elementos constitutivos de um
corpo.
f) A vida é um processo mecânico, a alma é o pensamento. Portanto, não há alma vegetativa
ou animal, se houvesse, animais e plantas teriam a palavra.
- Razão.
- O erro acontece porque o SH age ou julga a partir daquilo aquilo que não conhece clara e
distintamente na razão e a partir das paixões, emoções ou sentimentos.
- A vontade pode evitar o erro se ela e abstém de julgar aquilo que a razão não conhece
claramente ou de agir movida por aquilo que não conhece.