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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

BRUNO DOS SANTOS


JEAN CARLOS DA SILVA

PATOLOGIA EM PONTES - ESTUDO DE CASO EM PATOLOGIAS DA


PONTE PEDRO IVO CAMPOS E ORIENTAÇÃO DE REFORMA.

Palhoça
2017
BRUNO DOS SANTOS
JEAN CARLOS DA SILVA

PATOLOGIA EM PONTES - ESTUDO DE CASO EM PATOLOGIAS DA


PONTE PEDRO IVO CAMPOS E ORIENTAÇÃO DE REFORMA.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Engenharia
Civil da Universidade do Sul de Santa
Catarina como requisito parcial à
obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Ricardo Moacyr Mafra, Lic.

Palhoça
2017
A Deus por ter feito eu escolher esse
caminho maravilhoso que é a engenharia
civil e aos meus pais e colegas por todo
o apoio.
Bruno.
A Deus, por sempre estar presente em
cada passo que eu dou, à minha mãe
Sônia, por sempre ter me apoiado e dado
força nessa caminhada, aos meus amigos
e a todos meus colegas de trabalho que
me ajudaram a ser quem eu sou.
Jean.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que me deu energia e sabedoria para


concluir esse trabalho.
Aos meus pais que me incentivaram todos esses 5 anos de faculdade.
Aos meus amigos que sempre me deram total apoio e incentivo.
Ao nosso Orientador Ricardo Mafra pelo total auxilio e dedicação junto com
nós para que concluíssemos esse trabalho.
A toda a banca do nosso trabalho de conclusão de curso, Professor Huri que
nos ajudou a chegar em pessoas fundamentais que contribui para o nosso estudo de caso,
e ao grande amigo Danilo Masson que contribui com todo seu conhecimento e sabedoria
para que concluíssemos um ótimo trabalho.
Enfim, agradeço a todos as pessoas que fizeram parte dessa etapa decisiva em
minha vida.
Bruno dos Santos
AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida, pela saúde e por sempre me guiar nos caminhos mais
escuros e dar a oportunidade de concluir este trabalho, além do privilégio de fazer parte
de uma das profissões mais lindas.
A minha mãe, por sempre ter acreditado em mim, dado o seu melhor para a
minha educação e cuidado, sonhado com esta realização e se preocupado comigo desde
quando eu nem sabia o que significava a vida. Esta conquista é para você, mãe.
A realização deste trabalho teve uma grande participação da minha amiga
Duane sem ela, este trabalho seria muito diferente.
A minha namorada Marina, que sem ela este trabalho não teria toda a riqueza
que possui. Agradeço também por todo apoio e dedicação que teve nesta etapa da minha
vida.
A todos os meus colegas e ex-colegas de trabalho, que de alguma forma
contribuíram para a realização deste trabalho.
A todos os professores que de uma maneira incrível me orientaram e me
ensinaram o caminho desta profissão a qual sempre almejei.
Ao nosso orientador Ricardo Moacyr Mafra, que desde a escolha do trabalho
nos ajudou e nos apoiou. Muito obrigado pela sua orientação, paciência e incentivo.
Agradeço ao meu parceiro de trabalho Bruno, por ter acreditado neste
assunto, arriscamos juntos um trabalho em uma área que nunca atuamos, mas com este
desafio, hoje nos tornamos profissionais mais qualificados, com uma bagagem maior e
‘cascudos’ para continuarmos enfrentando as dificuldades da vida profissional.
A banca examinadora, Professor Huri e amigo Danilo, pelas contribuições
desde o início ao término deste trabalho.
Ao DEINFRA, por meio dos Engenheiros Delbi Joel Canarin, Cléo Reis
Quaresma e Carlos Alberto Ferrari que deram o apoio necessário para que este estudo
fosse viabilizado.
A todos que por qualquer que tenha sido sua contribuição, foram muito
importantes para a finalização desta jornada.
Jean Carlos da Silva
“A sabedoria protege como protege o dinheiro; mas o proveito da sabedoria
é que ela dá vida a seu possuidor” Bíblia Sagrada (Eclesiastes 7:12)
RESUMO

Este trabalho está referenciado por um analítico estudo de construção, dimensionamento


e padronização de obras de arte como as pontes. Desenvolvemos todos os passos para um
cuidado devido, desde sua construção até o seu cuidado de manutenção adequado. Como
uma forma prática, escolhemos a Ponte Pedro Ivo Campos, localizada em Florianópolis,
capital do estado de Santa Catarina – Brasil.
Os estudos realizados a esta ponte foram fundamentados a partir de uma inspeção visual
feita em todo o segundo semestre de 2017. Neste inspecionamento, foram catalogados as
patologias presentes e o estado de conservação. Desta forma, foi-se pesquisado um
correto embasamento teórico do assunto de reformas patológicas em estruturas de
concreto armado e estruturas metálicas. Como conclusão, apresenta-se soluções quanto a
correção de cada profilaxia sob parâmetros analisados e pesquisados pelos autores.

Palavras-chave: patologias; concreto; aço; ponte.


ABSTRACT

This work is referenced by a construction analytical study, dimensioning and


standardization of artworks such as the bridges. We have developed all steps for a proper
care, from it construction to it proper maintenance care. As a practical way, we choose
the Pedro Ivo Campos Bridge, located in Florianópolis, capital of the Santa Catarina State
- Brazil.
The studies carried out on this bridge were based on a visual inspection made during the
whole second half of 2017. In this inspection, the pathologies present and the state of
conservation were cataloged. In this way, a correct theoretical basis of the pathological
reforms in reinforced concrete structures and metallic structures subject was researched.
As a conclusion, we present solutions regarding the correction of each prophylaxis under
parameters analyzed and researched by the authors.

Keywords: pathologies; concrete; steel; bridge.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Esquema ilustrativo de ponte ..........................................................................20


Figura 2 - Esquema ilustrativo de viaduto .......................................................................20
Figura 3 - Esquema ilustrativo de viaduto de acesso ...................................................... 21
Figura 4 - Elementos constituintes das pontes, segundo Debs e Takeya ........................ 21
Figura 5 - Elementos constituintes das pontes, segundo Spohr.......................................22
Figura 6 - Elementos constituintes da seção transversal da superestrutura ..................... 22
Figura 7 - Elementos constituintes da seção longitudinal das pontes.............................. 23
Figura 8 - Outros elementos constituintes da seção transversal da superestrutura ..........24
Figura 9 - Exemplificação de ponte reta ortogonal ......................................................... 26
Figura 10 - Exemplificação de ponte reta esconsa .......................................................... 26
Figura 11 - Exemplificação de ponte curva .....................................................................26
Figura 12 - Exemplificação de pontes com altimetria horizontais. .................................27
Figura 13 - Exemplificação de pontes com altimetrias em rampa ..................................27
Figura 14 - Exemplificação de pontes com altimetrias de tabuleiro convexo ................. 27
Figura 15 - Exemplificação de pontes com altimetrias de tabuleiro côncavo ................. 28
Figura 16 - Representação da ponte em viga ...................................................................29
Figura 17 - Representação da ponte em treliça................................................................ 29
Figura 18 - Representação da ponte em pórtico .............................................................. 29
Figura 19 - Representação de ponte em arco ...................................................................29
Figura 20 - Representação de pontes suspensas. (A) Ponte pênsil; (B) Ponte estaiada ..30
Figura 21 - Classificação das pontes em função da seção transversal............................. 30
Figura 22 - Classificação de tabuleiro superior ............................................................... 31
Figura 23 - Classificação de tabuleiro intermediário ...................................................... 31
Figura 24 - Classificação de tabuleiro inferior ................................................................ 31
Figura 25 - Fissuração por flexão em lajes ......................................................................35
Figura 26 - Fissuração por flexão em vigas .....................................................................35
Figura 27 - Fissuração de compressão pelo esforço de flexão ........................................35
Figura 28 - Configuração de fissuração por efeito do cisalhamento ............................... 36
Figura 29 - Fissuras causadas pela torção .......................................................................37
Figura 30 - Fissura por retração em vigas .......................................................................38
Figura 31 - Fissura por retração em lajes ........................................................................38
Figura 32 - Fissuras por formação de espaços vazios ou poros sob barras horizontais ..39
Figura 33 - Trincas de ruptura frágil em apoios extremos mal posicionados.................. 39
Figura 34 - Fissuras e/ou trincas em dentes de articulação ............................................. 39
Figura 35 - Fissuras em seções transversais ....................................................................40
Figura 36 - Fissuras em seções longitudinais ..................................................................40
Figura 37 - Fissuras em pilares de parede e parcialmente carregados............................. 41
Figura 38 - Exemplificação da corrosão do aço. (A) vista superior, (B) vista lateral .....42
Figura 39 - Manutenção inadequada de pavimento em ponte sobre o Rio Paraopeba,
BR-040/MG ..................................................................................................................... 43
Figura 40 - Variação de módulo de elasticidade e resistência com a temperatura ..........46
Figura 41 - Representação lateral com vista do norte da Ponte Pedro Ivo Campos, com
respectivas nomenclaturas de cada pilar. .........................................................................51
LISTA DE FOTOS

Foto 1 - Proteção de Embarcação do pilar 5 ....................................................................51


Foto 2 - Proteção de Embarcação do pilar 6. ...................................................................52
Foto 3 - Proteção de embarcação do pilar 9. ...................................................................52
Foto 4 - Proteção de embarcação do Pilar 10. .................................................................53
Foto 5 - Pilar 7, lado norte. Armadura exposta. .............................................................. 53
Foto 6 - Pilar 8, lado norte. Armadura exposta .............................................................. 54
Foto 7 – Imagem da Ponte Pedro Ivo Campos. Reparar nas vigas longarinas ................ 54
Foto 8 - Corrosões encontradas na parte do continente. Pode-se observar também
algumas furações na chapa metálica, não entendidas o porquê da furação. .................... 55
Foto 9 - Corrosões encontradas na parte acessada por terra no lado continente. ............ 56
Foto 10 - Patologia encontrada no teto do acesso à passarela - lado ilha ........................ 56
Foto 11 - Corrosão entre placas encontrada ao passar na passarela. ............................... 57
Foto 12 - Corrosão padrão encontrada por toda a ponte.................................................. 57
Foto 13 - Eletro duto rompido e cabo de eletricidade pendurado à vista. ....................... 58
Foto 14 - Falta de iluminação e proteção da lâmpada, além de fios elétricos aparentes. 59
Foto 15 - Placa pré-moldada solta no piso da passarela lado sul. ...................................59
Foto 16 - Exemplo de aparelho de apoio e sua corrosão ................................................. 60
Foto 17 – Falhas no revestimento asfáltico .....................................................................61
Foto 18 - Juntas de dilatação que apresentam empenamento ..........................................61
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Outros elementos constituintes da seção transversal da superestrutura .........24


Tabela 2. Dimensões de aberturas de fissuras, trincas, rachaduras, fendas e brechas .....34
Tabela 3- Coloração, resistência residual e módulo de deformação residual em função
da temperatura ................................................................................................................. 44
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................16
1.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................16
1.1.1 Delimitação do Trabalho ................................................................................... 17
1.2 OBJETIVOS ...........................................................................................................17
1.2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................17
1.2.2 Objetivos Específicos.......................................................................................... 17
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO ......................................................................................... 17
1.4 FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................ 18
1.5 PROPOSTAS DE SOLUÇÃO ................................................................................ 18
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ...........................................................................18
1.7 METODOLOGIA ...................................................................................................19
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 20
2.1 ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PONTES................................................ 20
2.1.1 Definição de Pontes ............................................................................................ 20
2.1.2 Características Particulares das Pontes ........................................................... 21
2.1.3 Nomenclatura de subdivisão ............................................................................. 21
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES ........................................................................24
2.2.1 Natureza do tráfego ............................................................................................ 25
2.2.2 Material da superestrutura ............................................................................... 25
2.2.3 Desenvolvimento planimétrico do traçado ....................................................... 25
2.2.4 Desenvolvimento Altimétrico ............................................................................ 27
2.2.5 Comprimento ......................................................................................................28
2.2.6 Sistema estrutural da superestrutura ............................................................... 28
2.2.7 Seção transversal ................................................................................................ 30
2.2.8 Posição do tabuleiro ........................................................................................... 31
2.2.9 Processo de execução .......................................................................................... 31
2.3 PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS. ...................................................................32
2.3.1 Classificação das patologias nas estruturas ..................................................... 32
2.3.2 Principais falhas estruturais .............................................................................. 33
2.3.3 Patologias em pontes de concreto armado ....................................................... 33
2.3.4 Patologias em pontes de aço .............................................................................. 44
3 ESTUDO DE CASO ................................................................................................ 49
3.1 PATOLOGIAS ENCONTRADAS NA PONTE PEDRO IVO CAMPOS ............ 49
3.1.1 Apresentação.......................................................................................................49
3.1.2 Ferramenta utilizada para as análises .............................................................. 50
3.1.3 Inspeção visual das estruturas ..........................................................................50
3.1.4 Blocos de Fundação ............................................................................................ 50
3.1.5 Pilares .................................................................................................................. 53
3.1.6 Vigas .................................................................................................................... 54
3.1.7 Pintura externa da estrutura metálica ............................................................. 55
3.1.8 Passarela de pedestres ........................................................................................ 58
3.1.9 Aparelhos de Apoios .......................................................................................... 59
3.1.10 Pista de Rolamento ............................................................................................. 60
4 ORIENTAÇÃO DE SOLUÇÕES E RESTAURAÇÃO .......................................62
4.1 PROTEÇÃO DE EMBARCAÇÃO ........................................................................62
4.2 ARMADURA APARENTE ................................................................................... 62
4.3 PINTURA EXTERNA............................................................................................ 63
4.3.1 Limpeza mecânica .............................................................................................. 63
4.3.2 Pintura com um primer ..................................................................................... 63
4.3.3 Pintura final ........................................................................................................64
4.4 CUIDADOS NA PASSARELA ............................................................................. 65
4.5 APARELHOS DE APOIO ..................................................................................... 65
4.6 PISTA DE ROLAMENTO – PAVIMENTO ......................................................... 65
4.7 PISTA DE ROLAMENTO – JUNTAS DE DILATAÇÃO ...................................66
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 67
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 68
1 INTRODUÇÃO

Ponte é uma obra de arte que permite interligar pessoas, automóveis,


comboios, canalizações ou condutos de água a lugares não acessíveis, sejam eles
separados por rios, vales ou outros obstáculos naturais ou artificiais.
É de extrema importância estudos patológicos, com suas soluções
correspondentes, para que a construção permaneça em seu constante funcionamento,
ultrapassando a vida útil esperada.
Com esse conhecimento, é de extrema importância informar que a Ponte
Pedro Ivo Campos, inaugurada em 08 de março de 1991, nunca passou por reparos
físicos de sua estrutura até os dias de hoje, o que infelizmente torna precário sua
utilização, desprezando a importância que esta implantação tem para a população.
Dessarte, o estudo das patologias que ocorrem nesta estrutura é de suma
importância para sua vida útil e de futuros estudos sobre este tema.

1.1 JUSTIFICATIVA

Em prol do município e região metropolitana de Florianópolis – SC, do


Estado e da população em geral, este estudo é de suma importância, pois a ponte Pedro
Ivo Campos, é o único acesso rodoviário a parte insular de Florianópolis. Sendo assim,
seu funcionamento e vida útil devem ser ao máximo preservados, visto que toda uma
população depende principalmente desta para sua locomoção diária a ilha.
Também se expressa significativo este estudo para este âmbito, pois
apresenta soluções de um ponto de vista acadêmico, que assim acrescente e beneficie
algum pré-estudo que já tenha sido executado pela empresa ou órgão responsável pela a
reforma de pontes deste perfil. Um estudo como este tem grande importância para a
indústria deste segmento, para poder cada vez mais progredir na melhoria dos
processos, garantindo métodos construtivos e de reforma com cada vez mais qualidade.

16
1.1.1 Delimitação do Trabalho

Este estudo limita-se a mapear, estudar e recomendar os procedimentos


necessários para a recuperação das patologias encontradas.
Neste trabalho não foram realizados ensaios destrutivos, ensaios de índices
de corrosão nas armaduras e nem índices estatísticos de representações patológicas.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Estudar e pesquisar as patologias encontradas na ponte Pedro Ivo Campos,


oferecendo uma interface entre meio técnico-científico, orientações com as principais
técnicas de estudo da conservação e manutenção dos problemas encontrados durante a
investigação.

1.2.2 Objetivos Específicos

a. Realizar um estudo específico de pontes e suas patologias mais frequentes


ao longo dos anos;
b. Pesquisar bibliograficamente as patologias em concreto armado, estruturas
de aço em pontes e suas soluções;
c. Realizar estudo das patologias superficiais presentes em visita à Ponte
Pedro Ivo Campos;
d. Criar um acervo fotográfico de patologias encontrados na obra de arte;
e. Estudar os projetos de construção e reformas existentes da Ponte Pedro Ivo
Campos; e
f. Orientar uma solução das patologias encontradas.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO

O município de Florianópolis tem 344 anos desde sua fundação, conta com
477. 798 habitantes (Senso IBGE 2010), somados com 519.222 habitantes em sua
17
região metropolitana (Senso IBGE 2010), sendo o município de Florianópolis
considerado o segundo município mais populoso do estado de Santa Catarina, ficando
apenas atrás de Joinville e é o 47º do Brasil.
As pontes Colombo Machado Salles e Pedro Ivo Campos são atualmente as
únicas ligações rodoviárias em operação presentes na Ilha de Santa Catarina e o
continente.
Portanto, a Ponte Pedro Ivo Campos, constitui-se o único meio de acesso
rodoviário dos cidadãos no sentido continente - ilha, dispondo assim de grande
importância para o município e a população do Estado.

1.4 FUNDAMENTAÇÃO

a. Estudo de projetos utilizados para a construção e reformas;


b. Visitas à ponte e criação de acervo fotográfico;
c. Análise de patologias encontrada ‘in-loco’; e
d. Orientação de soluções de restauração de patologias encontradas.

1.5 PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

Mesmo com sua grande importância, a Ponte Pedro Ivo Campos nunca foi
sujeita a uma reforma de suas patologias. Por esta problemática, propõe-se neste
trabalho este estudo de reforma, perante a carência que o governo e o estado tiveram
com esta obra de arte tão importante para a região que a abrange.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está estruturado em 5 capítulos. Neste primeiro capítulo


encontra-se a introdução, objetivos, problematização, fundamentação e propostas de
solução.
O capítulo 2 apresenta um breve estudo sobre os tipos de pontes e a
descrição das mais frequentes patologias encontradas em bibliografias sobre pontes de
concreto e aço.

18
No capítulo 3 é apresentado as patologias encontradas na ponte por meio de
um estudo, com memorial fotográfico.
O capítulo 4 apresenta um estudo das patologias descritas no capítulo 3,
dando a elas uma orientação de soluções e restauração.
O capítulo 5 é destinado às considerações finais e também a possíveis
sugestões para outras pesquisas futuras.

1.7 METODOLOGIA

A metodologia deste trabalho será referencial, de pesquisa e conclusiva. Em


um ponto de vista de procedimentos técnicos, será uma pesquisa bibliográfica com
aplicação em materiais publicados em livros, revistas, artigos, dissertações, teses,
normas e assuntos da internet.
Para o desenvolvimento do trabalho, será feito visitas à Ponte Pedro Ivo
Campos, com a criação de um memorial fotográfico das patologias encontradas, seguido
de uma análise sobre as mesmas, para posteriormente preparar o estudo conclusivo de
recuperação dos problemas encontrados.

19
2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PONTES

2.1.1 Definição de Pontes

Pontes em uma definição simples e muito ampla, nada mais é do que uma
construção que tem como finalidade a transposição de obstáculos à continuidade do
leito normal de uma via, conforme Pfeil (1985).
Segundo Debs e Takeya (2003), uma ponte, propriamente dita é definida
quando é construída acima de um curso d’água ou superfície líquida. (Figura 1)
Viaduto, segundo Spohr (2017), é quando a transposição não é sobre água.
Pode ser sobre um vale, uma via ou outros casos. (Figura 2)

Figura 1 - Esquema ilustrativo de ponte

FONTE: Debs e Takeya (2007, Cap.1, p. 5)

Figura 2 - Esquema ilustrativo de viaduto

FONTE: Debs e Takeya (2007, Cap.1, p. 5)

20
2.1.2 Características Particulares das Pontes

Viadutos possuem também algumas particularidades, estas que surgem de


acordo com cada tipo de terreno e projeto, assim, podemos perceber que no caso da
Ponte Pedro Ivo Campos, temos a seguinte nomenclatura:
Viaduto de acesso – Viadutos que darão acesso a uma ponte, no caso,
encontrado na Ponte Pedro Ivo Campos (Figura 3).

Figura 3 - Esquema ilustrativo de viaduto de acesso

FONTE: Debs e Takeya (2007, Cap.1, p. 6)

2.1.3 Nomenclatura de subdivisão

Em análise a bibliografias, podemos encontrar diversas fragmentações dos


elementos estruturais de uma ponte. Leonhardt (1979) divide a estrutura da ponte em
superestrutura e infraestrutura. Liebenderg (1992), parcela a mesma estrutura em
superestrutura, subestrutura e fundações. Debs e Takeya também apresentam uma outra
divisão, conforme a Figura 4.

Figura 4 - Elementos constituintes das pontes, segundo Debs e Takeya

FONTE: Debs e Takeya (2007, p.7)

A nomenclatura utilizada neste estudo segue a classificação encontrada em


Mason (1977), Pfeil (1983) e notas de aula de Valdi Henrique Spohr (2017), a qual

21
desmembra os elementos em três grupos: superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura.
Na mesoestrutura estão contidos o aparelho de apoio, pilar e encontro, enquanto na
infraestrutura temos a fundação inclusa (Figura 5).

Figura 5 - Elementos constituintes das pontes, segundo Spohr.

FONTE: Notas de aula – Valdi Henrique Spohr (2017)

2.1.3.1 Superestrutura

A superestrutura é a parcela que vence o vão necessário a ser transposto pela


ponte. Recebe diretamente as cargas provenientes do tráfego dos veículos, transmitindo-
as à mesoestrutura. Sua composição estrutural é dividida em principal (vigas principais
ou longarinas) e secundária (tabuleiro ou estrado composto por laje, tábuas ou chapas
metálicas que recebem a ação direta dos veículos e pedestres).

Figura 6 - Elementos constituintes da seção transversal da superestrutura

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 10)

2.1.3.2 Mesoestrutura

A mesoestrutura é composta por:


a. Pilares: tem função de conduzir as cargas da superestrutura para as
fundações;
22
b. Encontro: componente posicionado nas extremidades da ponte, com a
atribuição de escorar a ponte do solo;
c. Aparelhos de apoio: elemento empregado entre a infraestrutura e a
superestrutura, proposto a transmitir as reações de apoio, permitindo os
movimentos impostos pela superestrutura.

2.1.3.3 Infraestrutura

Infraestrutura é parte da ponte destinada a transmitir ao terreno de


implantação da obra, seja ele rocha ou solo, os esforços recebidos da Mesoestrutura. Os
elementos que constituem a infraestrutura são os blocos, sapatas, estacas e tubulões,
assim como as peças de ligação de seus diversos elementos entre si, como por exemplo,
vigas de enrijecimento de blocos.

2.1.3.4 Denominações

Demais elementos e dimensões nos dias de hoje praticados em seções


longitudinais e transversais são encontrados em Leonhardt (1979), Debs e Takeya
(2003), sendo apresentados nas Figuras 7 e 8 e relacionados na Tabela 1.

Figura 7 - Elementos constituintes da seção longitudinal das pontes

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 11)

23
Figura 8 - Outros elementos constituintes da seção transversal da superestrutura

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 10)

Tabela 1 - Outros elementos constituintes da seção transversal da superestrutura


Elemento ou dimensão Descrição
Largura disponível para o trafego normal dos veículos, que pode
Pista de rolamento
ser subdividida em faixas
Largura adicional à pista de rolamento destinada à utilização em
Acostamento
casos de emergência, pelos veículos
Elemento de proteção aos veículos, colocando lateralmente ao
Defensa
acostamento
Largura adicional destinada exclusivamente ao tráfego de
Passeio
pedestres
Elemento destinado a impedir a invasão dos passeios pelos
Guarda-roda
veículos
Guarda-corpo Elemento de proteção aos pedestres.
Distância medida horizontalmente segundo o eixo longitudinal,
Comprimento da ponte ou vão total
entre as seções extremas da ponte.
Distância medida horizontalmente entre os eixos de dois suportes
Vão
consecutivos
Vão livre Distância entre faces de dois suportes consecutivos.
Distância entre o ponto mais baixo e o mais alto da
Altura da construção
superestrutura.
Distância entre o ponto mais baixo da superestrutura e o ponto
Altura livre
mais alto do obstáculo.
FONTE: Adaptado de Debs e Takeya (2007)

2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES

Leonhardt (1979), Debs e Takeya (2003) adotam vários critérios sobre a


classificação das pontes. Essas classificações são apontadas por vários critérios
encontrados em literatura técnica, porém, no presente estudo, será dado ênfase em
aspectos encontrados na Ponte Pedro Ivo Campos, a qual está em análise no presente
trabalho.
24
2.2.1 Natureza do tráfego

Segundo a natureza do tráfego, as pontes podem ser classificadas em


rodoviárias, ferroviárias e passarelas (pontes para pedestres), aeroviárias, canais e
mistas. As mistas abrangem natureza de dois tráfegos, como por exemplo
rodoferroviário. No caso analisado, destaca-se pontes mista rodoviária e para pedestres
(passarelas).

2.2.2 Material da superestrutura

As pontes se classificam segundo o material da superestrutura, levando-se


em conta que cada tipo de material exibirá concepções estruturais particulares. No meio
dos mais empregados, conforme Pfeil (1985) e Debs e Takeya (2003) estão:
a. Pontes de madeira (estado bruto ou roliça, desdobradas ou laminadas);
b. Pontes de alvenaria (tijolos ou pedras);
c. Pontes de concreto simples;
d. Pontes de concreto armado;
e. Pontes de concreto protendido;
f. Pontes de aço; e
g. Pontes mistas (concreto/aço e concreto/madeira).
Na Ponte Pedro Ivo Campos, destaca-se a utilização de ponte mista em
concreto armado e aço.

2.2.3 Desenvolvimento planimétrico do traçado

Em planta, as pontes podem ser classificadas em:


a. Ponte reta ortogonal: Segue ortogonalmente, com linha de eixo da ponte
reto, e a 90º dos dois eixos de terreno, conforme Figura 9.

25
Figura 9 - Exemplificação de ponte reta ortogonal

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 14)

b. Ponte reta esconsa: Segue seu eixo da ponte reto, porém com seus apoios
quanto ao solo sendo diferente ao ângulo de 90º, conforme Figura 10.

Figura 10 - Exemplificação de ponte reta esconsa

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 14)

c. Ponte curva: Geralmente tem formato côncavo, como mostrado na Figura


11.

Figura 11 - Exemplificação de ponte curva

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 14)

26
Na Ponte Pedro Ivo Campos, salienta o uso de ponte reta ortogonal.

2.2.4 Desenvolvimento Altimétrico

As pontes se classificam segundo o seu desenvolvimento altimétrico, em:


a. Horizontal: segue seu eixo em reta, como ponto de referência o piso dos
dois lados de terreno onde a ponte terá sua fluência, conforme Figura 12.

Figura 12 - Exemplificação de pontes com altimetria horizontais.

FONTE: Debs e Takeya (2003, p. 14)

b. Em rampa: Segue seu eixo reto, mas em seu traçado segue um aclive, ou
declive, dependendo do ponto de vista, conforme Figura 13.

Figura 13 - Exemplificação de pontes com altimetrias em rampa

FONTE: Debs e Takeya (2003, p. 14)

c. Tabuleiro convexo: Seu tabuleiro tem formato arqueado, conforme Figura 14.

Figura 14 - Exemplificação de pontes com altimetrias de tabuleiro convexo

FONTE: Debs e Takeya (2003, p. 14)

27
d. Tabuleiro côncavo: tem seu tabuleiro com formato de concavidade voltado para
baixo, como mostra a Figura 15.

Figura 15 - Exemplificação de pontes com altimetrias de tabuleiro côncavo

FONTE: Debs e Takeya (2003, p. 14)

Na Ponte Pedro Ivo Campos, destaca-se a ponte horizontal.

2.2.5 Comprimento

Segundo o seu comprimento, as pontes podem ser classificadas em:


a. Galerias (bueiros) – de 2 a 3 metros;
b. Pontilhões – de 3 a 10 metros;
c. Pontes de pequenos vãos – até 30 metros;
d. Pontes de médios vãos – de 30 a 60 metros; e
e. Pontes de grandes vãos – acima de 60 metros.
Na Ponte Pedro Ivo Campos, salienta-se que é uma ponte de grandes vãos
por possuir mais de 60 metros (1.251,91 metros).

2.2.6 Sistema estrutural da superestrutura

As pontes podem ser classificadas, quanto ao sistema estrutural da


superestrutura em:
a. Ponte em viga: pode referenciar em vigas isostáticas ou hiperestáticas de
seção constante ou variável. Apresentam formas retangulares, T, L invertido
ou caixão, conforme Figura 16.

28
Figura 16 - Representação da ponte em viga

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 15)

b. Ponte em treliça: habitualmente aplicada em aço e madeira. Suas formas são


conforme Figura 17.

Figura 17 - Representação da ponte em treliça

FONTE: Debs e Takeya (2003, p. 13)

c. Ponte em pórtico: a explicação para este uso, é para principalmente diminuir


os vãos da viga reta. Neste sistema, vigas do tabuleiro são contínua com
pilares. Sua forma é representada na Figura 18.

Figura 18 - Representação da ponte em pórtico

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 15)

d. Ponte em arco: particularmente nestas estruturas predominam os esforços de


compressão, operando concomitantemente ou não, com momentos fletores.
A Figura 19 traz um exemplo desta ponte.

Figura 19 - Representação de ponte em arco

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 15)

29
e. Pontes suspensas por cabos – estaiadas e penseis: estas estruturas superam
facilmente vãos maiores que 1000m, predominando a força de tração em sua
estrutura, conforme apresentado em exemplos de Pfeil (1983). Um exemplo
de execução desta é a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis – SC, inaugurada
em 1926.

Figura 20 - Representação de pontes suspensas. (A) Ponte pênsil; (B) Ponte estaiada

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 15)

2.2.7 Seção transversal

Pontes de concreto possuem sua seção transversal classificadas em pontes


de laje, (maciças ou vazadas) e pontes de viga (seção T ou I; seção celular; treliçada).

Figura 21 - Classificação das pontes em função da seção transversal

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 16)

30
2.2.8 Posição do tabuleiro

Quanto à classificação de posição do tabuleiro, dispõe-se:


a. Tabuleiro superior (Normal);

Figura 22 - Classificação de tabuleiro superior

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 17)

b. Tabuleiro intermediário (Rebaixado); e

Figura 23 - Classificação de tabuleiro intermediário

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 17)

c. Tabuleiro inferior (Rebaixado).

Figura 24 - Classificação de tabuleiro inferior

FONTE: Debs e Takeya (2007, p. 17)

2.2.9 Processo de execução

Existem muitos processos de execução construtiva, mas ressaltam-se:


a. Construção com concreto moldado no local: é a execução tradicional de
concreto armado. Sua peculiaridade é a concretagem da superestrutura “in-
loco”, com a utilização de formas apoiadas em cibramento fixo;
b. Construção com elementos pré-moldados: geralmente dispõe-se com o
assentamento de vigas pré-moldadas, em sequência da parcela de concreto
moldado no local, sobre formas que se apoiam nas vigas pré-moldadas,
reduzindo o cimbramento;

31
c. Construção com balanços sucessivos: podem também ser pré-moldados.
Esta forma de construção é feita inicialmente ao lado dos pilares, em
segmentos. A forma com molde de cada segmento é sustentada pelo
segmento anterior; e
d. Construção com deslocamentos progressivos: baseia-se na execução por
meio de segmentos, com um ponto inicial junto à cabeceira da ponte. À
medida que o concreto de cada segmento alcança a resistência necessária, a
ponte é progressivamente deslocada para o local definitivo.

2.3 PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS.

2.3.1 Classificação das patologias nas estruturas

Conforme o grande crescimento populacional no mundo, a construção civil


se viu obrigada a se desenvolver rapidamente com novos materiais e novas
performances, tanto no lado estrutural, como no arquitetônico.
Para poder concretizar este crescimento de forma rápida, algumas alterações
no uso de materiais foram implantadas, e com a tecnologia, conseguiu-se substituir
materiais como pedras e madeiras, por concreto armado, concreto protendido e o ferro
fundido.
O setor cientifico também fez suas pesquisas relacionadas aos aspectos de
resistência mecânica, aspectos práticos e econômicos, com o intuito de encontrar
soluções e técnicas favoráveis aos materiais. Com o estudo destes materiais, identificou-
se que nenhum tipo de material é vitalício e com essa observação, criou-se o estudo em
Patologias nas Estruturas.
Nosso foco de estudo, que é patologias estruturais apresentadas em pontes,
varia em intensidade e incidência, o que muitas vezes são os pontos que são levados em
consideração para chegar a um resultado final de custo e dificuldade de correção, como
comentado por Helene (1992).

32
2.3.2 Principais falhas estruturais

Como nenhum material é vitalício, um dia teremos a incidência das


patologias na estrutura. O que podemos trabalhar é com o atraso deste fato, evitando
falhas estruturais, o que sempre será algo a ser estudado.
A nomenclatura para as principais falhas estruturais são:

2.3.2.1 Falhas Congênitas

a. Decorrentes da concepção do projeto;


b. Devidas a inadequado estudo das condições do local onde a obra foi
executada; e
c. Devidas a inobservância das normas técnicas vigentes.

2.3.2.2 Falhas adquiridas durante a construção

a. Devidas ao uso de materiais impróprios ou com características diferentes


daquelas especificadas no projeto;
b. Decorrentes da adoção de equipamentos e métodos construtivos
inadequados;
c. Devidas à utilização de mão-de-obra não especializada; e
d. Causadas pela falta de entrosamento nos diversos níveis, envolvendo
projetista, construtora, fornecedores, fiscalização e proprietário.

2.3.3 Patologias em pontes de concreto armado

2.3.3.1 Fissuras

As trincas e fissuras podem ser de diferentes tipos e sua importância


necessita do tipo estrutural da obra, de sua origem, do tamanho de sua abertura, qual a
sua localidade, sua origem, se ela sofre mudanças com o tempo ou com a passagem de
cargas moveis ou inativas.

33
Alves, (1979) descreve que as principais causas de fissuração podem ser por
erros de projeto, execução, variação de temperatura, retração, expansão, recalques
diferenciais, curas deficiente e ataques químicos.
As fendas podem apresentar dimensões e nomenclaturas diferentes. Os
nomes, podem ser classificados pelas magnitudes das aberturas, conforme tabela 2.

Tabela 2. Dimensões de aberturas de fissuras, trincas, rachaduras, fendas e brechas

FONTE: Thomaz 1998

Segundo Souza (1998), as fissuras podem ser classificadas como capilares,


médias ou grandes, observando que se as grandes ultrapassarem de 0,5mm, devem ser
consideradas trincas.

2.3.3.1.1 Fissuras de tração pelo esforço de flexão

Quando uma viga ou uma laje sofre um carregamento elevado e sua


resistência não está determinada a receber todo aquele carregamento, com isso sofre
deformações e a fissura surge. Também há o surgimento desta fissura, quando a rigidez
da peça ou a área do aço são insuficientes. Conforme Thomaz (1989), as fissuras
aumentam de acordo com o seu afastamento relacionado a linha neutra da viga.
Helene (1992) cita que em lajes também podem ocorrer esse tipo de fissura
quando a laje é muito flexível em estruturas executadas pelo processo de forma tipo
tonel, além de juntas de concretagem mal executadas.
Exemplos de fissurações pelo esforço da flexão, podem ser encontradas nas
figuras 25 e 26.

34
Figura 25 - Fissuração por flexão em lajes

FONTE: Souza e Ripper 1998

Figura 26 - Fissuração por flexão em vigas

FONTE: Souza e Ripper 1998

2.3.3.1.2 Fissuras de compressão pelo esforço de flexão

Ocorre quando o elemento estrutural, por exemplo vigas, sofrem uma carga
muito alta na sua região comprimida, muito comum acontecer quando a determinação
da armadura para a região comprimida não tem função alguma. Segundo Helene (1992),
o diagnóstico desses tipos de fissuras acontece devido ao concreto sofrer sobrecargas
não previstas e ter uma resistência inadequada.
Para Souza e Ripper (1998), este tipo de fissura é um caso muito raro, pois
em geral, existe contribuição das lajes ás vigas.

Figura 27 - Fissuração de compressão pelo esforço de flexão

FONTE: Souza e Ripper 1998

35
2.3.3.1.3 Fissuras causadas pelo esforço cortante

Este tipo de fissura é mais difícil de constatar, pois os esforços cortantes não
são predominantes nas peças de concreto. Essas fissuras decorrem em ângulos de 35º à
45º próximo de onde a viga está apoiada.
Normalmente este tipo de fissura acontece devido ao esforço de tração, nas
partes que devem ser absolvidas pelos estribos ou barras dobradas.
Em conformidade com Helene (1992), essas fissuras tanto podem ocorrer
como pelo esforço de tração, como pelo esmagamento do concreto.

Figura 28 - Configuração de fissuração por efeito do cisalhamento

FONTE: Helene 1992

2.3.3.1.4 Fissuras causadas pela torção

Segundo Helene (1992), a fissura causada pela torção tem os mesmos


diagnósticos que as fissuras por esforço cortante, porém o que muda são as
configurações da fissura.
De acordo com Leonhardt (1977), as configurações das fissuras a torção são
tipo uma rosca de parafuso, conforme Figura 29.

36
Figura 29 - Fissuras causadas pela torção

FONTE: Manual de recuperação de pontes e viadutos rodoviários - DNIT (2010, Cap. 6, p. 54)

2.3.3.1.5 Fissuras causadas pela fluência

Muito semelhante a fissuras causadas pela flexão, esta fissura ocorre logo
quando o concreto recebe o carregamento previsto, logo, ocorre uma deformação
imediata, que com o passar do tempo sofre uma deformação elástica retardada.

2.3.3.1.6 Fissuras causadas pela retração

Segundo Sartorti (2008), existem dois tipos de fissuras que podem ocasionar
fissuração por retração:
a. Retração plástica: ocorre quando a superfície do concreto não fica protegida,
fazendo a água evaporar rapidamente. As fissuras são usualmente mais
paralelas, ocorrendo mais nas faces externas dos elementos, geralmente
profundas e variando os espaços de 0,3 a 1,0 metros; e
b. Retração por secagem: esses tipos de fissuração dependem da resistência do
concreto, pois quanto maior o fator de cimento na mistura, maior a
probabilidade da ocorrência, da extensibilidade do concreto e o seu grau de
restrição à deformação.

37
Figura 30 - Fissura por retração em vigas

FONTE: Manual de recuperação de pontes e viadutos rodoviários - DNIT (2010, Cap. 6, p. 51)

Figura 31 - Fissura por retração em lajes

FONTE: Sartoti (2008, Cap. 5, p. 62)

2.3.3.1.7 Fissuras causadas por contração ou dilatação térmica

Considerado por Thomaz (1989), fissuras causadas por contração ou


dilatação térmica, possuem a mesma aparência que as causadas pela retração.
Quando há a decorrência de uma fissura com muita umidade, é aconselhável
uma impermeabilização na estrutura para que não se afete a vida útil deste concreto.

2.3.3.1.8 Outros tipos de fissuras encontradas em vigas de pontes em concreto armado

a) Fissuras por formação de espaços vazios ou poros sob barras


horizontais: ocorrem devido a segregação e acumulação de água,
conforme mostra a figura 32.

38
Figura 32 - Fissuras por formação de espaços vazios ou poros sob barras horizontais

FONTE: Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004, Cap. 8, p. 58)

b) Trincas de ruptura frágil em apoios extremos mal posicionados: ocorre


devido à falta de uma mão de obra com qualidade, pois este tipo de
patologia só aparece pertinente a má execução, segundo figura 33.

Figura 33 - Trincas de ruptura frágil em apoios extremos mal posicionados

FONTE: Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004, Cap. 8, p. 58)

c) Fissuras e/ou trincas em dentes de articulação: patologia encontrada


onde seu sistema de articulação é considerado muito rígido e com uma
resistência suficiente que possa suportar o movimento da estrutura,
como mostra a figura 34.

Figura 34 - Fissuras e/ou trincas em dentes de articulação

FONTE: Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004, Cap. 8, p. 58)

39
Em pilares de concreto armado, há também patologias específicas que
podem ser encontradas, como:
a. Pilares isolados e parcialmente carregados: em seção transversal, pode-se
encontrar a quebra de cantos por falta de folgas entre extremidades de placas
e pilares. Em seções longitudinais, pode ocorrer fissuras por deficiência de
fretagem, como mostram as figuras 35 e 36.

Figura 35 - Fissuras em seções transversais

FONTE: Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004, Cap. 8, p. 59)

Figura 36 - Fissuras em seções longitudinais

FONTE: Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004, Cap. 8, p. 59)

b. Pilares parede e parcialmente carregados: fissuras superiores, são fissuras


por insuficiência ou ausência de fretagem e armadura de tração no topo do
pilar. Fissuras inferiores são fissuras de defasagens de concretagem,
portanto, o concreto mais antigo do bloco restringe a retração do pilar, como
exemplificado na figura 37.

40
Figura 37 - Fissuras em pilares de parede e parcialmente carregados

FONTE: Adaptação do Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004, Cap. 8, p. 59)

2.3.3.2 Corrosão da Armadura

Considerada uma patologia onde é facilmente verificada nas estruturas, tem


como principais fatores na influência do surgimento desta patologia, a deficiência no
cobrimento, erros de execução causando problemas e fissurações, ambientes agressivos,
porosidade elevada e alta capilaridade.
Barbosa et al. (2012), acredita que o fenômeno da corrosão das armaduras é
mais contínuo do que qualquer outro fenômeno de deterioração das estruturas de
concreto armado, danificando-as tanto do ponto de vista estético, quanto do ponto de
vista da segurança.
Castro, et al. (1998) apud Vieira (2003) indica que:

Proteção química se deve, a natureza alcalina da solução dos poros,


responsável por manter a armadura na condição de passividade enquanto o
concreto apresentar uma qualidade adequada, sem fissurar ou sofrer a ação de
agentes agressivos externos. O hidróxido de cálcio formado na hidratação dos
silicatos de cálcio (C3S e C2S) e, principalmente, os hidróxidos de sódio e
potássio, originários de álcalis do cimento, conferem ao concreto um pH
alcalino, o qual mantém-se na faixa de 12,5 a 13,5.

Segundo Perdrix (1992), levando em consideração a sua forma de


manifestação ela pode ser classificada como indicadas na Figura 38.

41
Figura 38 - Exemplificação da corrosão do aço. (A) vista superior, (B) vista lateral

FONTE: Perdrix (1992, p.19)

2.3.3.3 Corrosão do concreto

Apesar de o concreto ser considerado um material bastante resistente, os


agentes agressivos podem fazer com que ele sofra uma corrosão. Este tipo de patologia
normalmente é mais encontrado em concreto de má qualidade, segregado, permeável,
entre outras características.
A água totalmente pura, como é o caso das águas de chuvas nas pontes,
pode atacar o concreto através da infiltração e do acúmulo ao longo do tempo, devido à
ausência de pingadeiras e da deficiência das juntas e da drenagem do tabuleiro.
Sartorti (2008) cita que a particularidade da corrosão do concreto está em
que as reações de deterioração são somente químicas e não eletroquímicas, podendo
ocorrer por lixiviação, reação iônica e expansão.

42
2.3.3.4 Pavimentações

Segundo o Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos – DNIT (2010),


indica que:

Recomenda-se utilizar o pavimento flexível diretamente sobre a laje


estrutural, na recuperação de pontes e viadutos rodoviários, desde que
previamente se recupere a laje estrutural de suas patologias, depois da
remoção do pavimento existente das áreas onde forma detectados defeitos.

Em pavimentações de pontes, podem ser encontradas patologias como:


trintas transversais, contaminação junto às barreiras, falhas e defeitos, trincas rente às
juntas de dilatação, trincas longitudinais, deterioração e vazamentos junto às barreiras,
deformação do pavimento, deformação do pavimento na forma de impressões de rodas,
deterioração do pavimento resultante da fraqueza do material, rugosidades do
pavimento nas regiões de transição aterro-ponte, por falta de laje de transição e por
assentamento do aterro de acesso.

Figura 39 - Manutenção inadequada de pavimento em ponte sobre o Rio Paraopeba, BR-040/MG

FONTE: Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004, Cap. 8, p. 73)

2.3.3.5 Danos provocados pelo fogo

O principal causador destes danos pode-se dizer que é a calcinação e a


decorrência da mesma acarreta às deformações, fissurações e desagregação do concreto.
A calcinação é classificada devido a coloração apresentada pelo concreto,
conforme mostra a tabela 3. Ela interfere muito na redução de resistência do concreto,
quanto na redução do modulo de deformação do concreto, conforme cita Cánovas
(1988).
43
Tabela 3 - Coloração, resistência residual e módulo de deformação residual em função da
temperatura

Resistência residual Módulo de deformação


Temperatura Cor do
em % da resistência residual em % do módulo
°C concreto
inicial de deformação inicial
20 Cinza 100 100
200 Cinza 95 70
300 Rosa 95 50
400 Rosa 88 38
500 Rosa 75 35
600 Vermelho 55 20
Cinza
900 10 0
avermelhado
FONTE: Cánovas (1988, p. 182)

2.3.4 Patologias em pontes de aço

Um dos principais fatores que ocasionam as patologias no aço são erros e


falhas, tanto de projetos, quanto em suas execuções.
Segundo Sartorti (2008), as falhas mais recorrentes em estruturas de aço
são:
a. Oxidação causada por umidade e/ou agentes agressivos;
b. Deformações causadas por sobrecarga e má utilização;
c. Deformações causadas por deficiência de contraventamento;
d. Deformações causadas por efeitos térmicos;
e. Defeitos causados por efeito do incêndio;
f. Fissuras causadas por concentração de tensões e/ou fadiga;
g. Defeitos de solda; e
h. Danos causados por colisões.

2.3.4.1 Oxidação do metal

Pannoni (2004) determinou que dentre os vários fenômenos que a corrosão


de metais apresenta, pode ser dividido em quadro grupos, e então relacionando esses
grupos com uma porcentagem de 0 a 100%, determinou-se:
a. Corrosão por meio aquoso (90%);
44
b. Oxidação e corrosão quente (8%);
c. Corrosão em meios orgânicos (1,8%); e
d. Corrosão por metais líquidos (0,2%).
Considerando uma reação química associada a um potencial elétrico, para
que aconteça esta corrosão do aço, é necessário a presença de um eletrólito (água),
oxigênio e um diferencial de potencial elétrico.
Vários agentes agressivos no ambiente podem fazer que o processo de
corrosão acelere, entre eles os dois mais importantes são cloretos e os sulfatos.

2.3.4.2 Deformações causadas por sobrecargas excessivas

Ocorrem devido ao excesso de tensões com isso a estrutura chega no seu


estado limite, ocasionando uma deformação, que pode se denominar uma deformação
plástica.
Este tipo de patologia serve também como um aviso de que a estrutura
sofreu, ou está sofrendo, uma sobrecarga.
As deformações plásticas podem ser observadas em dois tipos de
características:
a. A tração: onde verifica-se o alongamento da peça; e
b. A compressão: onde verifica-se a flambagem da peça.

2.3.4.3 Deformações causadas por deficiência de contraventamento

Segundo Sartorti (2008), indica que:

A deficiência do contraventamento em estruturas de aço pode dar origem a


deslocamentos transversais, de extrema gravidade, que conduzem ao colapso
de flambagem.

No caso de estruturas metálicas onde as barras são colocadas lateralmente


ou em ‘X’ sobre a estrutura, a sua resistência de ação contra o vento é muito alta, pois
neste caso, a sustentação estará sofrendo um esforço a tração.

45
2.3.4.4 Deformações causadas por efeitos térmicos

Pfeil (1983) exemplifica que as variações de temperatura exercem nas


estruturas movimentos de alongamento e encurtamento. O funcionamento bem-sucedido
do apoio deve ocorrer de forma com que estes movimentos sejam garantidos. Caso não
haja este funcionamento dos apoios, ocorrerá uma tensão muito alta na estrutura,
fazendo-a com que ultrapasse o seu limite de escoamento, especialmente em estruturas
hiperestáticas, resultando, portanto, em deformações plásticas. Para evitar este efeito,
deve-se colocar folgas entre apoios e encontros.

2.3.4.5 Defeitos causados por efeito de incêndio

Segundo Sartorti (2008) apud Dias (1997):

Um dos pontos mais importantes nos projetos de construção civil, é reduzir o


risco de incêndio, mas caso ele ocorra, deve-se aumentar o tempo de início de
deformação da estrutura, agregando assim, mais segurança a edificação.

Pfeil e Pfeil (2000b) exemplifica que quando o aço chega a uma temperatura
elevada de 100 °C, o seu limite de escoamento tende a se eliminar, e então começa a
surgir o diagrama de tensão-deformação, conforme figura 40.

Figura 40 - Variação de módulo de elasticidade e resistência com a temperatura

FONTE: Pfeil e Pfeil (2000b, p. 17)

Sartorti (2008) apud Silva (2001) traz que com temperaturas acima de 250
°C e 300 °C, o aço já começa a ter fluência, sendo este, o tratamento térmico, um
melhor meio de elevar o tempo da resistência de uma peça em situação de incêndio.
46
2.3.4.6 Fissuras causadas por concentração de tensões e/ou fadiga

É comum observarmos estas patologias em estruturas submetidas a


carregamentos cíclicos, como as pontes. Este carregamento é responsável por fortes
vibrações, que causam fissuras e trincas.
Segundo Sartorti (2008), alguns fatores que provocam as fissuras e trincas
por fadiga são:
a. Alta frequência de tráfego de caminhões pesados;
b. Grande amplitude na variação de tensões;
c. Tipo de detalhe;
d. Qualidade do material;
e. Qualidade da solda; e
f. Idade e histórico de cargas na ponte.

2.3.4.7 Defeitos de solda

Um dos serviços que é mais executado e que deve ter um cuidado muito
grande é a solda. Pode apresentar deficiência tanto por materiais de má qualidade,
quanto por má execução do serviço. Ocorrendo esses defeitos, a estrutura começa a
correr o risco de ter uma ruptura frágil.
Pinheiro (2005) cita que para termos uma execução e uma boa qualidade nas
soldas, temos alguns itens a ser levados em consideração:
a. Mão de obra de qualidade;
b. Eletrodos de qualidade;
c. Materiais perfeitamente soldáveis;
d. Homogeneidade do metal depositado e metal base;
e. A forma correta do entalhe respeitando-se os desenhos de projeto; e
f. Controle de soldas através de raios-x e ultrassom.

47
2.3.4.8 Danos causados por colisões

A patologia provocada por colisões de veículos só existe quando os


elementos estruturais da ponte não estão protegidos, correndo o risco de sofrer danos
com as colisões de veículos. Com esta falta de proteção, a patologia se torna de fácil
identificação, mas de difícil acesso para o estudo patológico, pois precisa da remoção
dos eventuais detritos que impeçam o estudo do elemento estrutural afetado, como cita o
Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004).

2.3.4.9 Danos causados por vibrações excessivas

Entre os fatores mais comuns que causam vibração, são o uso de estruturas
de pisos com grandes vãos e amortecimento reduzido.
Porém, segundo a ABNT NBR 8800/2008 – Projeto de estruturas de aço e
de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios, problemas de vibração que deve ser
considerado no projeto da estrutura por meio de análise dinâmica, deve-se levar em
conta:
a. As características e a natureza das excitações dinâmicas, como, por
exemplo, as do caminhar de pessoas e de atividades rítmicas;
b. Os critérios de aceitação para conforto humano em função do uso e
ocupação das áreas do piso;
c. A frequência natural da estrutura do piso;
d. A razão de amortecimento modal; e
e. Os pesos efetivos do piso.

48
3 ESTUDO DE CASO

3.1 PATOLOGIAS ENCONTRADAS NA PONTE PEDRO IVO CAMPOS

3.1.1 Apresentação

A Ponte Pedro Ivo Campos possui 4 faixas de transito, as únicas que ligam o
sentido continente – ilha de Florianópolis em Santa Catarina.
O projeto da Ponte Pedro Ivo Campos é uma adaptação ao projeto da Ponte
Colombo Machados Sales, sua vizinha. Por isso, recebeu as características físicas de
projeto arquitetônico e operacionalidade, seja em termos de capacidade e extensão
(1.251,91 metros) e largura do tabuleiro (17,00 metros).
O que vale ressaltar, é que a Ponte Pedro Ivo Campos recebeu em sua
concepção estrutural uma superfície mista, composta por vigas de aço e tabuleiro de
concreto armado no trecho central (77,5m + 160m + 75,5m) em vigas de aço e
tabuleiros em placa ortotrópica também em aço.
A construção da obra de arte foi iniciada em 1982. Possui viadutos de
acesso sobre os aterros projetados e executados no formato de seção mista, caixões
metálicos unidos por laje misular de concreto com vãos bi apoiados de 49,71 metros e
42,50 metros, totalizando 254,40 metros. A altura média das vigas principais apresenta
2,55 metros. Viadutos sobre o mar também apresentam 77,00 metros. Possui eixos
adjacentes ao trecho central, construídos por dois caixões metálicos mistos interligados
através de tabuleiro em concreto de 17,00 metros de altura. As vigas metálicas
principais tem altura de 4,76 metros. O trecho oeste tem 5 vãos e o trecho leste 3.
No trecho central conserva-se a posição do canal de navegação. Esta parcela
é formada por um único caixão metálico contínuo de seção variável e com as alturas das
vigas metálicas variando de 9,26 metros sobre os pilares até 3,36 metros no meio do vão
central da estrutura.

49
3.1.2 Ferramenta utilizada para as análises

Para que fossem realizados análises e diagnósticos das manifestações


patológicas na estrutura da Ponte Pedro Ivo Campos, foi-se utilizado inspeções visuais
nas estruturas de concreto e de aço. Para as áreas que ficam sobre o mar, foi utilizado
um jet-ski. Destacando que a limitação deste trabalho parte de que todas as inspeções
visuais feitas em uma visão de solo, não tendo o auxílio de alpinistas para que pudessem
ser destacados patologias a uma altura maior do que 2 metros sem o auxílio de do zoom
ótico de câmera fotográfica.
Também não foi utilizado nenhuma espécie de ensaio, tornando assim um
trabalho simplesmente prático e teórico.

3.1.3 Inspeção visual das estruturas

A inspeção visual tinha como objetivo primário identificar a maior


quantidade de patologias que apresentam na ponte, para caracterizar e cadastrar os
danos em intensidade e rigor. As inspeções visuais foram detalhadas pelos autores nas
superfícies que pudesse uma pessoa se locomover sem o auxílio de um veículo.
Somente nas áreas sobre o mar, foi usado um jet-ski para a movimentação.
As observações foram feitas a olho nu, utilizando equipamentos de
fotografia que tivessem aparelhos óticos de aproximação.

3.1.4 Blocos de Fundação

Os blocos de fundação sobre o mar tiveram suas auditorias feitas por um jet-
ski e o uso de aparelhos óticos de aproximação, para poder avaliar o estado de
conservação superficial das estruturas e cadastramento dos sintomas patológicos.
Aparentemente sob as limitações que tivemos sobre as análises feitas, pode
constatar que as proteções contra embarcações dos blocos apresentam grande
porcentagem de perda, como ilustrados nas fotos 01 à 04.

50
A figura 41 representa os pilares e numerações que foi dada a cada um
deles, destacando que cada pilar representado na figura, corresponde a um pilar ao norte
e um pilar ao sul.

Figura 41 - Representação lateral com vista do norte da Ponte Pedro Ivo Campos, com respectivas
nomenclaturas de cada pilar.

FONTE: Dos autores (2017)

Foto 1 - Proteção de Embarcação do pilar 5

FONTE: Dos autores (2017)

51
Foto 2 - Proteção de Embarcação do pilar 6.

FONTE: Dos autores (2017)

Foto 3 - Proteção de embarcação do pilar 9.

FONTE: Dos autores (2017)

52
Foto 4 - Proteção de embarcação do Pilar 10.

FONTE: Dos autores (2017)

3.1.5 Pilares

As verificações nos pilares foram feitas por terra, apuraram que os mesmos
se encontram em geral em um estado de conservação muito bom, porém, foi registrado
patologias de armadura exposta em locais conforme fotos 5 e 6 a seguir.

Foto 5 - Pilar 7, lado norte. Armadura exposta.

FONTE: Dos autores (2017)

53
Foto 6 - Pilar 8, lado norte. Armadura exposta

FONTE: Dos autores (2017)

3.1.6 Vigas

Em um modo geral, nas vigas de travamento dos pilares não foram


encontradas anomalias, além de mostrarem um bom estado de conservação, levando em
consideração que foram observadas a olho nu somente na parte externa da ponte, como
mostrados na foto 7.

Foto 7 – Imagem da Ponte Pedro Ivo Campos. Reparar nas vigas longarinas

FONTE: Dos autores (2017)

54
3.1.7 Pintura externa da estrutura metálica

Segundo a Norma ISSO 12944, o ambiente que a Ponte Pedro Ivo Campos
se encontra é categorizado como índice corrosivo C5-M, ou seja, classe de
agressividade muito alta em ambiente marítimo, com seu exterior em águas costeiras
com elevada salinidade e interior com condensações permanentes e contaminações
elevadas.

Sob as avaliações de condições, as estruturas encontraram-se muito


corroídas, com vários graus de enferrujamento, chegando a ter redução de espessura
localizada. Levando em consideração na passarela, só foram vistoriadas as chapas
viradas para a única passarela em funcionamento, que fica no lado sul. As fotos 8 à 12
representam como está a pintura na Ponte.

Foto 8 - Corrosões encontradas na parte do continente. Pode-se observar também algumas furações na
chapa metálica, não entendidas o porquê da furação.

FONTE: Dos autores (2017)

55
Foto 9 - Corrosões encontradas na parte acessada por terra no lado continente.

FONTE: Dos autores (2017)

Foto 10 - Patologia encontrada no teto do acesso à passarela - lado ilha

FONTE: Dos autores (2017)

56
Foto 11 - Corrosão entre placas encontrada ao passar na passarela.

FONTE: Dos autores (2017)

Foto 12 - Corrosão padrão encontrada por toda a ponte

FONTE: Dos autores (2017)

57
3.1.8 Passarela de pedestres

Somente a passarela do lado sul possui lajes e guarda-corpo de concreto


com altura de 1,0 metros e extensão de 0,20 metros está liberada para o tráfego de
pedestres.

A passarela em utilização atualmente é construída por longarinas e


transversinas fixadas na viga-caixão, seguidos de uma grelha metálica, na qual, as lajes
de concreto pré-moldado das passarelas se apoiam.

Nesta passarela não foi encontrado patologias de grande escala à estrutura.


Foi encontrado um descaso no cuidado e manutenção do local, somando itens como o
rompimento de um eletro duto e a exposição de fiação elétrica (foto 13), falta de
iluminação e proteção de lâmpada devido ao vandalismo (foto 14). Houve também a
observação de uma placa pré-moldada solta no piso, como consta na foto 15.

Foto 13 - Eletro duto rompido e cabo de eletricidade pendurado à vista.

FONTE: Dos autores (2017)

58
Foto 14 - Falta de iluminação e proteção da lâmpada, além de fios elétricos aparentes.

FONTE: Dos autores (2017)

Foto 15 - Placa pré-moldada solta no piso da passarela lado sul.

FONTE: Dos autores (2017)

3.1.9 Aparelhos de Apoios

No estudo de patologias dos aparelhos de apoios, foram observados somente


os aparelhos que pudessem ser notados sem o auxílio de equipamentos de alpinismo,
portanto, para um estudo mais profundo, seria necessário este trabalho. Em geral, foram

59
observados que os aparelhos de apoio são do tipo Neotopf, composto por neopreme
embutido a uma peça metálica no formato de panela, como mostrado na foto 16.
Foi constatado que todos os aparelhos de apoio vistoriados tinham a
presença de corrosão em sua superfície externa.

Foto 16 - Exemplo de aparelho de apoio e sua corrosão

FONTE: Dos autores (2017)

3.1.10 Pista de Rolamento

A pista de rolamento da Ponte Pedro Ivo Campos tem um nível de conforto


para os usuários bom, causando desconforto somente nas juntas de transição de pistas.
Há uma grande patologia ao chegarmos no trecho central, constituído de
tabuleiro com placa ortotrópica. Nesta região o revestimento asfáltico apresenta muitas
falhas, expondo a placa de aço superior da ponte. Essa exposição é uma patologia grave,
que provoca um desgaste na chapa superior da Ponte devido à abrasão do tráfego e
presença de umidade constante, como mostrado na foto 17.

60
Foto 17 – Falhas no revestimento asfáltico

FONTE: Dos autores (2017)

Nas juntas de dilatação transversais, temos transições metálicas fixadas nos


tabuleiros de concreto quando há vigas mistas e metálicos quando há placa ortotrópica.
Todas as transições de pista foram apresentadas alterações em suas formas,
em uma espécie de empenamento, provocando assim o aumento de impacto na
estrutura, causando o desconforto de usuários ao passarem sob estas estruturas.

Foto 18 - Juntas de dilatação que apresentam empenamento

FONTE: Dos autores (2017)

61
4 ORIENTAÇÃO DE SOLUÇÕES E RESTAURAÇÃO

4.1 PROTEÇÃO DE EMBARCAÇÃO

A única solução encontrada para as proteções de embarcação que estão


danificadas é a substituição imediata destes componentes, pois eles são de grande
responsabilidade e necessidade ao proteger as estruturas de apoio da Ponte Pedro Ivo
Campos

4.2 ARMADURA APARENTE

Para os danos aparentes nesta estrutura, foi-se identificado como uma


corrosão de armadura em estrutura de concreto armado por carbonatação e íons cloreto,
mais conhecidos como o sal.
Para dar uma orientação devida à reforma desta patologia, seria necessário a
realização de testes nas regiões afetadas, para assim, podermos determinar o processo
para cada região.
Entre vários testes, os testes que seriam pertinentes a este processo são:
a) Extração de Testemunho para determinar a resistência;
b) Ultrassom para poder determinar a homogeneidade;
c) Penetração de pinos, para observarmos a esclerometria;
d) Teste de prumo e excentricidade, para definir se a geometria pode ter
afetado a ocorrência desta anomalia;
e) Teste de carregamento e de cargas Permanentes, em observação do
projeto;
f) Teor de Cloretos;
g) Carbonatação; e
h) Reconstituição de traço.
Porém, para a recuperação do concreto armado, normalmente utiliza-se o
seguinte procedimento:
a) Escarear a região que apresenta baixa resistência, escorando o local se
necessário;

62
b) Limpar a região oxidada da armadura com escova de aço. Dependendo
do grau do caso, deve-se reforçar a armadura ou até mesmo substituí-la;
c) Aplicar uma proteção química e isolar; e
d) Fazer a caixaria para preencher toda a estrutura com graute de alta
resistência, dependendo do caso, usar argamassa de reparo ou argamassa expansiva se
necessário.

4.3 PINTURA EXTERNA

Para a revitalização de pinturas metálicas externas com danificação, devem-


se seguir alguns passos.

4.3.1 Limpeza mecânica

Como observado, as estruturas estão bem danificadas pela corrosão, com


isso, a limpeza mecânica é um dos principais fatores, pois nela consiste em a remoção
das cascas de laminação e de outras impurezas. Para esta remoção de impurezas,
usamos o método mecânico ou o manual, onde nos dois são executados alguns serviços
como a raspagem, escovamento e lixamento.
Em prol da execução deste serviço, é necessário um preparo na superfície, que
basicamente fará a remoção de sujeiras, óleos ou graxas.
Para a execução de limpeza mecânica, o método mais comum e utilizado é o
de jateamento, onde nele aplica-se um abrasivo sobre a superfície metálica, decorrente
do ar comprimido que sai em alta velocidade pelo bico de jato, promovendo toda a
remoção de cascas metálicas e suas impurezas. Concluindo o jateamento, toda a poeira
que contém na estrutura deve ser retirada 100% com um aspirador de pó, escovamento
ou ar comprimido, para então, ser aplicado a primeira demão de pintura.

4.3.2 Pintura com primeira demão

Na primeira demão de pintura os materiais mais corretos de se usar são os


primers. Com eles se obtém uma capa dura e resistente, servido de base para a pintura

63
definitiva. Entre vários tipos de primers que podem ser utilizados, existem 3 que são
considerados mais comuns.
a) Sintéticos: preparados a base de resinas sintéticas, onde tem um grande
poder de cobertura, secagem rápida e fácil aplicação;
b) A base de borracha clorada: são preparados a base de borracha clorada,
onde tem um grande poder de cobertura e fácil aplicação; e
c) A base de epóxi: são preparados a base de resinas de epóxi, contém uma
grande resistência à abrasão e os agentes corrosivos com ácidos orgânicos, inorgânicos
diluídos e do petróleo.
Para a aplicação dos primers, utilizam-se rolos, trinchas, revólver ou
“airless”, podendo ser aplicados em até duas demãos.

4.3.3 Pintura final

Para a pintura final, deve-se utilizar uma tinta com uma perfeita aderência
ao primer. Sua superfície deve estar totalmente limpa. Para a aplicação desta pintura
final, deve-se respeitar um período de 10 a 24 horas após a aplicação do primer.
Somente se o tempo ultrapassar 24 horas, deve-se lixar novamente sua superfície.
Entre vários tipos de tintas que podem ser utilizados para um revestimento
industrializado, existem 3 que são os mais comuns:
a) Esmaltes sintéticos: preparados a base de resinas alquidicas, obtidas pela
reação de poliésteres e óleos secativos. Com este produto, obteremos uma película de
acabamento coloridas, flexível e de secagem ao ar;
b) Tintas à base de borracha clorada: preparadas a base de borracha clorada,
teremos uma maior proteção contra a agressividade de águas marinhas, soluções acidas
e outros corrosivos. Tem também uma excelente resistência ao desgaste mecânico; e
c) Tintas à base de epóxi: preparadas a base de resina epóxi, material muito
resistente a abrasão e aos agentes corrosivos como os derivados dos ácidos orgânicos,
inorgânicos diluídos e o do petróleo.
Para a aplicação da tinta final, utilizam-se o pincel ou revólver. Esta
aplicação necessita de um tempo de espera de no mínimo 10 horas para então finalizar a
pintura externa.
64
4.4 CUIDADOS NA PASSARELA

Na passarela da plataforma sul, foi observado problemas como eletrodutos


danificados, fios aparentes e a falta de iluminação pública causada pelo vandalismo e
reafirmadas pela falta de cuidado da obra de arte.
Para a solução destes problemas, teriam que ser feito substituições dos
materiais faltantes e para que este caso não ocorra mais, os órgãos responsáveis pela
ponte devem ter mais cuidado e responsabilidade, pois fio desencapado aparente e falta
de iluminação é muito perigoso para as pessoas que transitam pela passarela.
A resolução da placa solta, é que deverá ser colada com argamassa e
escorada as outras por baixo de toda a estrutura, como encontrada as outras placas ao
lado.

4.5 APARELHOS DE APOIO

Para a resolução desta patologia, deve-se fazer o tratamento à corrosão


utilizado no tópico 4.3 se houver como recuperar a parte metálica do aparelho de apoio,
ou simplesmente fazer a substituição do material.

4.6 PISTA DE ROLAMENTO – PAVIMENTO

Para a solução desta patologia, é recomendado que seja retirado o pavimento


de todo o vão de ponte, o qual é constituído por estruturas metálicas. Estas placas
metálicas que fazem a base para o pavimento estão muito danificadas, portanto, devem
receber o mesmo tratamento realizado nas estruturas metálicas visto no tópico 4.3
PINTURA EXTERNA.
Depois do devido tratamento as placas, deve-se colocar um novo pavimento,
porém, sempre cuidando para que não haja novamente este problema e antes de ocorrer,
recapear o asfalto.

65
4.7 PISTA DE ROLAMENTO – JUNTAS DE DILATAÇÃO

As juntas de dilatação estão com um problema de empenamento. Para este


problema, deverá ser consertado esta patologia tentando desempenar ou substituindo as
peças empenadas. Assim reduziremos o ruído dos passageiros ao conduzirem sob esta
estrutura.

66
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que a finalidade proposta nesta pesquisa foi avaliar o estado


de conservação da Ponte Pedro Ivo Campos, sendo sugerido soluções praticáveis para
este caso, podemos observar que através desta pesquisa, as condições da obra de arte
estão em bom estado, porém, necessitando um cuidado maior em alguns pontos
específicos, para que estes problemas não se agravem com o passar do tempo.
É de se observar também que as distribuições dos serviços não estão bem
estruturados. Esta falta de estruturação infelizmente passa a ser normal e mais evidente
em obras públicas, onde quem define se uma manutenção deve ser feita não a vê como
prioridade, havendo assim um grande índice de negligência. Um plano de manutenção
preventiva sempre será menos custoso que um plano de manutenção corretiva.
Dessarte, conclui-se que o melhor caminho para evitar as patologias é
prevenir. Esta prevenção vem desde a correta criação do projeto, a forma de construir,
mas principalmente por um programa de manutenção. Estes programas serviriam para
qualquer tipo de estrutura, facilitando as verificações dos problemas e proporcionando
uma redução dos custos de tratamento.

5.1 TRABALHOS FUTUROS

A realização deste estudo trouxe também uma grande vontade de trazer


complementações a tudo que foi trabalhado até então. Grandes ideias podem vir após a
conclusão deste trabalho, a qual, iremos deixar algumas das que tivemos:
a) Fazer uma análise estatística das patologias na Ponte Pedro Ivo Campos,
podendo ter variadas formas e foco;
b) Realizar ensaios destrutivos, ensaios de índices de corrosão de armaduras e
outros ensaios que possam associar a riqueza deste trabalho; e
c) Fazer um levantamento estimativo de valores para a conclusão das reformas
patológicas.

67
REFERÊNCIAS

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