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Palhoça
2017
BRUNO DOS SANTOS
JEAN CARLOS DA SILVA
Palhoça
2017
A Deus por ter feito eu escolher esse
caminho maravilhoso que é a engenharia
civil e aos meus pais e colegas por todo
o apoio.
Bruno.
A Deus, por sempre estar presente em
cada passo que eu dou, à minha mãe
Sônia, por sempre ter me apoiado e dado
força nessa caminhada, aos meus amigos
e a todos meus colegas de trabalho que
me ajudaram a ser quem eu sou.
Jean.
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida, pela saúde e por sempre me guiar nos caminhos mais
escuros e dar a oportunidade de concluir este trabalho, além do privilégio de fazer parte
de uma das profissões mais lindas.
A minha mãe, por sempre ter acreditado em mim, dado o seu melhor para a
minha educação e cuidado, sonhado com esta realização e se preocupado comigo desde
quando eu nem sabia o que significava a vida. Esta conquista é para você, mãe.
A realização deste trabalho teve uma grande participação da minha amiga
Duane sem ela, este trabalho seria muito diferente.
A minha namorada Marina, que sem ela este trabalho não teria toda a riqueza
que possui. Agradeço também por todo apoio e dedicação que teve nesta etapa da minha
vida.
A todos os meus colegas e ex-colegas de trabalho, que de alguma forma
contribuíram para a realização deste trabalho.
A todos os professores que de uma maneira incrível me orientaram e me
ensinaram o caminho desta profissão a qual sempre almejei.
Ao nosso orientador Ricardo Moacyr Mafra, que desde a escolha do trabalho
nos ajudou e nos apoiou. Muito obrigado pela sua orientação, paciência e incentivo.
Agradeço ao meu parceiro de trabalho Bruno, por ter acreditado neste
assunto, arriscamos juntos um trabalho em uma área que nunca atuamos, mas com este
desafio, hoje nos tornamos profissionais mais qualificados, com uma bagagem maior e
‘cascudos’ para continuarmos enfrentando as dificuldades da vida profissional.
A banca examinadora, Professor Huri e amigo Danilo, pelas contribuições
desde o início ao término deste trabalho.
Ao DEINFRA, por meio dos Engenheiros Delbi Joel Canarin, Cléo Reis
Quaresma e Carlos Alberto Ferrari que deram o apoio necessário para que este estudo
fosse viabilizado.
A todos que por qualquer que tenha sido sua contribuição, foram muito
importantes para a finalização desta jornada.
Jean Carlos da Silva
“A sabedoria protege como protege o dinheiro; mas o proveito da sabedoria
é que ela dá vida a seu possuidor” Bíblia Sagrada (Eclesiastes 7:12)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................16
1.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................16
1.1.1 Delimitação do Trabalho ................................................................................... 17
1.2 OBJETIVOS ...........................................................................................................17
1.2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................17
1.2.2 Objetivos Específicos.......................................................................................... 17
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO ......................................................................................... 17
1.4 FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................ 18
1.5 PROPOSTAS DE SOLUÇÃO ................................................................................ 18
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ...........................................................................18
1.7 METODOLOGIA ...................................................................................................19
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 20
2.1 ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PONTES................................................ 20
2.1.1 Definição de Pontes ............................................................................................ 20
2.1.2 Características Particulares das Pontes ........................................................... 21
2.1.3 Nomenclatura de subdivisão ............................................................................. 21
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES ........................................................................24
2.2.1 Natureza do tráfego ............................................................................................ 25
2.2.2 Material da superestrutura ............................................................................... 25
2.2.3 Desenvolvimento planimétrico do traçado ....................................................... 25
2.2.4 Desenvolvimento Altimétrico ............................................................................ 27
2.2.5 Comprimento ......................................................................................................28
2.2.6 Sistema estrutural da superestrutura ............................................................... 28
2.2.7 Seção transversal ................................................................................................ 30
2.2.8 Posição do tabuleiro ........................................................................................... 31
2.2.9 Processo de execução .......................................................................................... 31
2.3 PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS. ...................................................................32
2.3.1 Classificação das patologias nas estruturas ..................................................... 32
2.3.2 Principais falhas estruturais .............................................................................. 33
2.3.3 Patologias em pontes de concreto armado ....................................................... 33
2.3.4 Patologias em pontes de aço .............................................................................. 44
3 ESTUDO DE CASO ................................................................................................ 49
3.1 PATOLOGIAS ENCONTRADAS NA PONTE PEDRO IVO CAMPOS ............ 49
3.1.1 Apresentação.......................................................................................................49
3.1.2 Ferramenta utilizada para as análises .............................................................. 50
3.1.3 Inspeção visual das estruturas ..........................................................................50
3.1.4 Blocos de Fundação ............................................................................................ 50
3.1.5 Pilares .................................................................................................................. 53
3.1.6 Vigas .................................................................................................................... 54
3.1.7 Pintura externa da estrutura metálica ............................................................. 55
3.1.8 Passarela de pedestres ........................................................................................ 58
3.1.9 Aparelhos de Apoios .......................................................................................... 59
3.1.10 Pista de Rolamento ............................................................................................. 60
4 ORIENTAÇÃO DE SOLUÇÕES E RESTAURAÇÃO .......................................62
4.1 PROTEÇÃO DE EMBARCAÇÃO ........................................................................62
4.2 ARMADURA APARENTE ................................................................................... 62
4.3 PINTURA EXTERNA............................................................................................ 63
4.3.1 Limpeza mecânica .............................................................................................. 63
4.3.2 Pintura com um primer ..................................................................................... 63
4.3.3 Pintura final ........................................................................................................64
4.4 CUIDADOS NA PASSARELA ............................................................................. 65
4.5 APARELHOS DE APOIO ..................................................................................... 65
4.6 PISTA DE ROLAMENTO – PAVIMENTO ......................................................... 65
4.7 PISTA DE ROLAMENTO – JUNTAS DE DILATAÇÃO ...................................66
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 67
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 68
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
16
1.1.1 Delimitação do Trabalho
1.2 OBJETIVOS
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO
O município de Florianópolis tem 344 anos desde sua fundação, conta com
477. 798 habitantes (Senso IBGE 2010), somados com 519.222 habitantes em sua
17
região metropolitana (Senso IBGE 2010), sendo o município de Florianópolis
considerado o segundo município mais populoso do estado de Santa Catarina, ficando
apenas atrás de Joinville e é o 47º do Brasil.
As pontes Colombo Machado Salles e Pedro Ivo Campos são atualmente as
únicas ligações rodoviárias em operação presentes na Ilha de Santa Catarina e o
continente.
Portanto, a Ponte Pedro Ivo Campos, constitui-se o único meio de acesso
rodoviário dos cidadãos no sentido continente - ilha, dispondo assim de grande
importância para o município e a população do Estado.
1.4 FUNDAMENTAÇÃO
Mesmo com sua grande importância, a Ponte Pedro Ivo Campos nunca foi
sujeita a uma reforma de suas patologias. Por esta problemática, propõe-se neste
trabalho este estudo de reforma, perante a carência que o governo e o estado tiveram
com esta obra de arte tão importante para a região que a abrange.
18
No capítulo 3 é apresentado as patologias encontradas na ponte por meio de
um estudo, com memorial fotográfico.
O capítulo 4 apresenta um estudo das patologias descritas no capítulo 3,
dando a elas uma orientação de soluções e restauração.
O capítulo 5 é destinado às considerações finais e também a possíveis
sugestões para outras pesquisas futuras.
1.7 METODOLOGIA
19
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Pontes em uma definição simples e muito ampla, nada mais é do que uma
construção que tem como finalidade a transposição de obstáculos à continuidade do
leito normal de uma via, conforme Pfeil (1985).
Segundo Debs e Takeya (2003), uma ponte, propriamente dita é definida
quando é construída acima de um curso d’água ou superfície líquida. (Figura 1)
Viaduto, segundo Spohr (2017), é quando a transposição não é sobre água.
Pode ser sobre um vale, uma via ou outros casos. (Figura 2)
20
2.1.2 Características Particulares das Pontes
21
desmembra os elementos em três grupos: superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura.
Na mesoestrutura estão contidos o aparelho de apoio, pilar e encontro, enquanto na
infraestrutura temos a fundação inclusa (Figura 5).
2.1.3.1 Superestrutura
2.1.3.2 Mesoestrutura
2.1.3.3 Infraestrutura
2.1.3.4 Denominações
23
Figura 8 - Outros elementos constituintes da seção transversal da superestrutura
25
Figura 9 - Exemplificação de ponte reta ortogonal
b. Ponte reta esconsa: Segue seu eixo da ponte reto, porém com seus apoios
quanto ao solo sendo diferente ao ângulo de 90º, conforme Figura 10.
26
Na Ponte Pedro Ivo Campos, salienta o uso de ponte reta ortogonal.
b. Em rampa: Segue seu eixo reto, mas em seu traçado segue um aclive, ou
declive, dependendo do ponto de vista, conforme Figura 13.
c. Tabuleiro convexo: Seu tabuleiro tem formato arqueado, conforme Figura 14.
27
d. Tabuleiro côncavo: tem seu tabuleiro com formato de concavidade voltado para
baixo, como mostra a Figura 15.
2.2.5 Comprimento
28
Figura 16 - Representação da ponte em viga
29
e. Pontes suspensas por cabos – estaiadas e penseis: estas estruturas superam
facilmente vãos maiores que 1000m, predominando a força de tração em sua
estrutura, conforme apresentado em exemplos de Pfeil (1983). Um exemplo
de execução desta é a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis – SC, inaugurada
em 1926.
Figura 20 - Representação de pontes suspensas. (A) Ponte pênsil; (B) Ponte estaiada
30
2.2.8 Posição do tabuleiro
31
c. Construção com balanços sucessivos: podem também ser pré-moldados.
Esta forma de construção é feita inicialmente ao lado dos pilares, em
segmentos. A forma com molde de cada segmento é sustentada pelo
segmento anterior; e
d. Construção com deslocamentos progressivos: baseia-se na execução por
meio de segmentos, com um ponto inicial junto à cabeceira da ponte. À
medida que o concreto de cada segmento alcança a resistência necessária, a
ponte é progressivamente deslocada para o local definitivo.
32
2.3.2 Principais falhas estruturais
2.3.3.1 Fissuras
33
Alves, (1979) descreve que as principais causas de fissuração podem ser por
erros de projeto, execução, variação de temperatura, retração, expansão, recalques
diferenciais, curas deficiente e ataques químicos.
As fendas podem apresentar dimensões e nomenclaturas diferentes. Os
nomes, podem ser classificados pelas magnitudes das aberturas, conforme tabela 2.
34
Figura 25 - Fissuração por flexão em lajes
Ocorre quando o elemento estrutural, por exemplo vigas, sofrem uma carga
muito alta na sua região comprimida, muito comum acontecer quando a determinação
da armadura para a região comprimida não tem função alguma. Segundo Helene (1992),
o diagnóstico desses tipos de fissuras acontece devido ao concreto sofrer sobrecargas
não previstas e ter uma resistência inadequada.
Para Souza e Ripper (1998), este tipo de fissura é um caso muito raro, pois
em geral, existe contribuição das lajes ás vigas.
35
2.3.3.1.3 Fissuras causadas pelo esforço cortante
Este tipo de fissura é mais difícil de constatar, pois os esforços cortantes não
são predominantes nas peças de concreto. Essas fissuras decorrem em ângulos de 35º à
45º próximo de onde a viga está apoiada.
Normalmente este tipo de fissura acontece devido ao esforço de tração, nas
partes que devem ser absolvidas pelos estribos ou barras dobradas.
Em conformidade com Helene (1992), essas fissuras tanto podem ocorrer
como pelo esforço de tração, como pelo esmagamento do concreto.
36
Figura 29 - Fissuras causadas pela torção
FONTE: Manual de recuperação de pontes e viadutos rodoviários - DNIT (2010, Cap. 6, p. 54)
Muito semelhante a fissuras causadas pela flexão, esta fissura ocorre logo
quando o concreto recebe o carregamento previsto, logo, ocorre uma deformação
imediata, que com o passar do tempo sofre uma deformação elástica retardada.
Segundo Sartorti (2008), existem dois tipos de fissuras que podem ocasionar
fissuração por retração:
a. Retração plástica: ocorre quando a superfície do concreto não fica protegida,
fazendo a água evaporar rapidamente. As fissuras são usualmente mais
paralelas, ocorrendo mais nas faces externas dos elementos, geralmente
profundas e variando os espaços de 0,3 a 1,0 metros; e
b. Retração por secagem: esses tipos de fissuração dependem da resistência do
concreto, pois quanto maior o fator de cimento na mistura, maior a
probabilidade da ocorrência, da extensibilidade do concreto e o seu grau de
restrição à deformação.
37
Figura 30 - Fissura por retração em vigas
FONTE: Manual de recuperação de pontes e viadutos rodoviários - DNIT (2010, Cap. 6, p. 51)
38
Figura 32 - Fissuras por formação de espaços vazios ou poros sob barras horizontais
39
Em pilares de concreto armado, há também patologias específicas que
podem ser encontradas, como:
a. Pilares isolados e parcialmente carregados: em seção transversal, pode-se
encontrar a quebra de cantos por falta de folgas entre extremidades de placas
e pilares. Em seções longitudinais, pode ocorrer fissuras por deficiência de
fretagem, como mostram as figuras 35 e 36.
40
Figura 37 - Fissuras em pilares de parede e parcialmente carregados
FONTE: Adaptação do Manual de inspeção de pontes rodoviárias – DNIT (2004, Cap. 8, p. 59)
41
Figura 38 - Exemplificação da corrosão do aço. (A) vista superior, (B) vista lateral
42
2.3.3.4 Pavimentações
45
2.3.4.4 Deformações causadas por efeitos térmicos
Pfeil e Pfeil (2000b) exemplifica que quando o aço chega a uma temperatura
elevada de 100 °C, o seu limite de escoamento tende a se eliminar, e então começa a
surgir o diagrama de tensão-deformação, conforme figura 40.
Sartorti (2008) apud Silva (2001) traz que com temperaturas acima de 250
°C e 300 °C, o aço já começa a ter fluência, sendo este, o tratamento térmico, um
melhor meio de elevar o tempo da resistência de uma peça em situação de incêndio.
46
2.3.4.6 Fissuras causadas por concentração de tensões e/ou fadiga
Um dos serviços que é mais executado e que deve ter um cuidado muito
grande é a solda. Pode apresentar deficiência tanto por materiais de má qualidade,
quanto por má execução do serviço. Ocorrendo esses defeitos, a estrutura começa a
correr o risco de ter uma ruptura frágil.
Pinheiro (2005) cita que para termos uma execução e uma boa qualidade nas
soldas, temos alguns itens a ser levados em consideração:
a. Mão de obra de qualidade;
b. Eletrodos de qualidade;
c. Materiais perfeitamente soldáveis;
d. Homogeneidade do metal depositado e metal base;
e. A forma correta do entalhe respeitando-se os desenhos de projeto; e
f. Controle de soldas através de raios-x e ultrassom.
47
2.3.4.8 Danos causados por colisões
Entre os fatores mais comuns que causam vibração, são o uso de estruturas
de pisos com grandes vãos e amortecimento reduzido.
Porém, segundo a ABNT NBR 8800/2008 – Projeto de estruturas de aço e
de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios, problemas de vibração que deve ser
considerado no projeto da estrutura por meio de análise dinâmica, deve-se levar em
conta:
a. As características e a natureza das excitações dinâmicas, como, por
exemplo, as do caminhar de pessoas e de atividades rítmicas;
b. Os critérios de aceitação para conforto humano em função do uso e
ocupação das áreas do piso;
c. A frequência natural da estrutura do piso;
d. A razão de amortecimento modal; e
e. Os pesos efetivos do piso.
48
3 ESTUDO DE CASO
3.1.1 Apresentação
A Ponte Pedro Ivo Campos possui 4 faixas de transito, as únicas que ligam o
sentido continente – ilha de Florianópolis em Santa Catarina.
O projeto da Ponte Pedro Ivo Campos é uma adaptação ao projeto da Ponte
Colombo Machados Sales, sua vizinha. Por isso, recebeu as características físicas de
projeto arquitetônico e operacionalidade, seja em termos de capacidade e extensão
(1.251,91 metros) e largura do tabuleiro (17,00 metros).
O que vale ressaltar, é que a Ponte Pedro Ivo Campos recebeu em sua
concepção estrutural uma superfície mista, composta por vigas de aço e tabuleiro de
concreto armado no trecho central (77,5m + 160m + 75,5m) em vigas de aço e
tabuleiros em placa ortotrópica também em aço.
A construção da obra de arte foi iniciada em 1982. Possui viadutos de
acesso sobre os aterros projetados e executados no formato de seção mista, caixões
metálicos unidos por laje misular de concreto com vãos bi apoiados de 49,71 metros e
42,50 metros, totalizando 254,40 metros. A altura média das vigas principais apresenta
2,55 metros. Viadutos sobre o mar também apresentam 77,00 metros. Possui eixos
adjacentes ao trecho central, construídos por dois caixões metálicos mistos interligados
através de tabuleiro em concreto de 17,00 metros de altura. As vigas metálicas
principais tem altura de 4,76 metros. O trecho oeste tem 5 vãos e o trecho leste 3.
No trecho central conserva-se a posição do canal de navegação. Esta parcela
é formada por um único caixão metálico contínuo de seção variável e com as alturas das
vigas metálicas variando de 9,26 metros sobre os pilares até 3,36 metros no meio do vão
central da estrutura.
49
3.1.2 Ferramenta utilizada para as análises
Os blocos de fundação sobre o mar tiveram suas auditorias feitas por um jet-
ski e o uso de aparelhos óticos de aproximação, para poder avaliar o estado de
conservação superficial das estruturas e cadastramento dos sintomas patológicos.
Aparentemente sob as limitações que tivemos sobre as análises feitas, pode
constatar que as proteções contra embarcações dos blocos apresentam grande
porcentagem de perda, como ilustrados nas fotos 01 à 04.
50
A figura 41 representa os pilares e numerações que foi dada a cada um
deles, destacando que cada pilar representado na figura, corresponde a um pilar ao norte
e um pilar ao sul.
Figura 41 - Representação lateral com vista do norte da Ponte Pedro Ivo Campos, com respectivas
nomenclaturas de cada pilar.
51
Foto 2 - Proteção de Embarcação do pilar 6.
52
Foto 4 - Proteção de embarcação do Pilar 10.
3.1.5 Pilares
As verificações nos pilares foram feitas por terra, apuraram que os mesmos
se encontram em geral em um estado de conservação muito bom, porém, foi registrado
patologias de armadura exposta em locais conforme fotos 5 e 6 a seguir.
53
Foto 6 - Pilar 8, lado norte. Armadura exposta
3.1.6 Vigas
Foto 7 – Imagem da Ponte Pedro Ivo Campos. Reparar nas vigas longarinas
54
3.1.7 Pintura externa da estrutura metálica
Segundo a Norma ISSO 12944, o ambiente que a Ponte Pedro Ivo Campos
se encontra é categorizado como índice corrosivo C5-M, ou seja, classe de
agressividade muito alta em ambiente marítimo, com seu exterior em águas costeiras
com elevada salinidade e interior com condensações permanentes e contaminações
elevadas.
Foto 8 - Corrosões encontradas na parte do continente. Pode-se observar também algumas furações na
chapa metálica, não entendidas o porquê da furação.
55
Foto 9 - Corrosões encontradas na parte acessada por terra no lado continente.
56
Foto 11 - Corrosão entre placas encontrada ao passar na passarela.
57
3.1.8 Passarela de pedestres
58
Foto 14 - Falta de iluminação e proteção da lâmpada, além de fios elétricos aparentes.
59
observados que os aparelhos de apoio são do tipo Neotopf, composto por neopreme
embutido a uma peça metálica no formato de panela, como mostrado na foto 16.
Foi constatado que todos os aparelhos de apoio vistoriados tinham a
presença de corrosão em sua superfície externa.
60
Foto 17 – Falhas no revestimento asfáltico
61
4 ORIENTAÇÃO DE SOLUÇÕES E RESTAURAÇÃO
62
b) Limpar a região oxidada da armadura com escova de aço. Dependendo
do grau do caso, deve-se reforçar a armadura ou até mesmo substituí-la;
c) Aplicar uma proteção química e isolar; e
d) Fazer a caixaria para preencher toda a estrutura com graute de alta
resistência, dependendo do caso, usar argamassa de reparo ou argamassa expansiva se
necessário.
63
definitiva. Entre vários tipos de primers que podem ser utilizados, existem 3 que são
considerados mais comuns.
a) Sintéticos: preparados a base de resinas sintéticas, onde tem um grande
poder de cobertura, secagem rápida e fácil aplicação;
b) A base de borracha clorada: são preparados a base de borracha clorada,
onde tem um grande poder de cobertura e fácil aplicação; e
c) A base de epóxi: são preparados a base de resinas de epóxi, contém uma
grande resistência à abrasão e os agentes corrosivos com ácidos orgânicos, inorgânicos
diluídos e do petróleo.
Para a aplicação dos primers, utilizam-se rolos, trinchas, revólver ou
“airless”, podendo ser aplicados em até duas demãos.
Para a pintura final, deve-se utilizar uma tinta com uma perfeita aderência
ao primer. Sua superfície deve estar totalmente limpa. Para a aplicação desta pintura
final, deve-se respeitar um período de 10 a 24 horas após a aplicação do primer.
Somente se o tempo ultrapassar 24 horas, deve-se lixar novamente sua superfície.
Entre vários tipos de tintas que podem ser utilizados para um revestimento
industrializado, existem 3 que são os mais comuns:
a) Esmaltes sintéticos: preparados a base de resinas alquidicas, obtidas pela
reação de poliésteres e óleos secativos. Com este produto, obteremos uma película de
acabamento coloridas, flexível e de secagem ao ar;
b) Tintas à base de borracha clorada: preparadas a base de borracha clorada,
teremos uma maior proteção contra a agressividade de águas marinhas, soluções acidas
e outros corrosivos. Tem também uma excelente resistência ao desgaste mecânico; e
c) Tintas à base de epóxi: preparadas a base de resina epóxi, material muito
resistente a abrasão e aos agentes corrosivos como os derivados dos ácidos orgânicos,
inorgânicos diluídos e o do petróleo.
Para a aplicação da tinta final, utilizam-se o pincel ou revólver. Esta
aplicação necessita de um tempo de espera de no mínimo 10 horas para então finalizar a
pintura externa.
64
4.4 CUIDADOS NA PASSARELA
65
4.7 PISTA DE ROLAMENTO – JUNTAS DE DILATAÇÃO
66
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
67
REFERÊNCIAS
69
RIPPER, E. Como evitar erros na construção. 3ª ed. São Paulo: Pini, 1996.
SALES, J. J.; MALITE, M.; GONÇALVES, R. M.; MUNAIAR NETO, J.; DIAS, A.
A. Sistemas Estruturais: teoria e exemplos. 1ª ed. São Carlos: EESC-USP,
2005.
70