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Adubação Orgânica e Manejo da Adubação Verde Na Cultura Da Alface Em

Sistema Orgânico

Conforme o artigo “Adubação orgânica e manejo da adubação verde na


cultura da alface em sistema orgânico” cujo experimento foi desenvolvido na
Estação Experimental Professor Antônio Carlos dos Santos Pessoa, da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Marechal Cândido Rondon/ PR pelos
autores: OLIVEIRA, Luciana C. de; STANGARLIN, José Renato; LANA, Maria do
Carmo; SIMON, Darlan; ZIMMERMANN, Anderson. O experimento utilizou-se da
cultura da alface (Lactuca sativa L.) em sistema de cultivo orgânico sob diferentes
tipos de adubações orgânicas, comparando manejos da mucuna preta incorporada
ou não e adubos orgânicos sólidos, esterco bovino, composto, adubo orgânico
comercial e testemunha sem adubação. O delineamento experimental foi o de blocos
ao acaso em parcelas subdivididas, parcelas para os manejos do adubo verde, e
sub-parcelas com os tratamentos com adubos orgânicos sólidos, com cinco
repetições.
Em novembro de 2007 foi realizado o plantio da mucuna preta (Mucuna
aterrima). No mês maio de 2008 foi realizado o manejo da mucuna: manejo 1 -
incorporação do material vegetativo e levantamento de canteiros; e manejo 2 -
roçada da mucuna sem incorporação. Após 15 dias do manejo foi realizada a
distribuição manual das adubações orgânicas sólidas: esterco bovino curtido; adubo
orgânico comercial (parte da sua composição com esterco de frango); composto
(esterco bovino 20%, carvão 20% e restos vegetais e gramíneas 60%); e um quarto
tratamento sem adubação como testemunha. A dose de nutrientes foi a mesma em
todos os tratamentos, definida após a análise química dos adubos e do solo. Os
cálculos foram realizados segundo a necessidade do nutriente N pela cultura
(EMATER, 2007) e o índice de eficiência de liberação de nutrientes no solo dos
adubos. O plantio da alface do tipo crespa (cultivar Vanda) foi aos 40 dias após a
aplicação dos tratamentos, em um espaçamento de 0,30 x 0,30 m totalizando 21
plantas por parcela. Os canteiros de 1,2 m de largura, por 10 m de comprimento
foram divididos em quatro parcelas. A irrigação por aspersão foi realizada de acordo
com a necessidade da cultura. A colheita foi realizada 50 dias após o plantio e as
características agronômicas avaliadas foram: área de projeção da saia, número de
folhas, peso fresco total da parte aérea, e peso seco total da parte aérea, com as
metodologias utilizadas por Vilas Boas (2006).
Conforme os resultados obtidos o manejo e os tratamentos com adubos
orgânicos sólidos exerceram efeito significativo da matéria orgânica melhorando as
propriedades do solo, resultando no maior crescimento e desenvolvimento da
cultura. O uso de adubos verdes, sem revolvimento, como cobertura do solo,
demonstra grande potencial na capacidade produtiva, pelo melhor desenvolvimento
da cultura. Com relação ao uso de adubos orgânicos, o tratamento com esterco
bovino e composto, mesmo sendo inferiores em relação ao tratamento com adubo
orgânico comercial, essa diferença não foi estatisticamente significativa para
algumas características avaliadas, demonstrando a possibilidade de uso de adubos
existentes na propriedade. Ainda, o adubo orgânico comercial possui grande
percentual de cama de frango em sua composição e, dessa forma, aplicações
sucessivas poderiam comprometer características do solo.
Conclui-se então que o manejo da mucuna e os tratamentos com adubos
orgânicos sólidos exerceram efeito significativo na área de projeção de saia, número
de folhas e peso fresco e seco totais da parte aérea da alface. O manejo do adubo
verde sem incorporação e o adubo orgânico comercial proporcionaram resultados
superiores para todas as características avaliadas.
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Conforme o artigo “Efeito de diferentes fontes de adubação sobre a


produção de alface no município de Iguatu-CE” escrito e idealizado pelos autores
Marcos Antonio Vieira Batista; Luiza Alves Vieira; Joaci Pereira de Souza; José
Dijalma Batista de Freitas, Francosco Bezerra Neto, cujo experimento avaliou-se a
influência de diferentes fontes de adubação na produtividade da alface cv. Elba na
região centro sul do estado do Ceará. O delineamento experimental adotado foi o
inteiramente casualizado no esquema fatorial 4 x 2, com três repetições. O
experimento foi conduzido em canteiros de cambissolo estrófico e os tratamentos
consistiram da combinação de quatro fontes de adubação: 1 - húmus de minhoca a
partir de esterco bovino (4 kg m-2); 2 - composto orgânico (4 kg m-2); 3 - esterco
bovino (20 kg m-2) e 4 - adubação orgânica mais mineral (10 kg m-2 de esterco
bovino + 10 g de uréia , 15 g de cloreto de potássio e 45 g de superfosfato simples
m2), com e sem adubação foliar. O composto orgânico foi proveniente da
compostagem de restos de palhada, cinzas e esterco bovino fresco. O húmus de
minhoca foi proveniente de um minhocário comercial, obtido a partir de esterco
bovino. No biofertilizante foi utilizado 20 kg de diferentes folhas verdes picadas em
50 L d’água, 3 L de leite, 5 L de caldo de cana, 2 kg de cinzas e 2 kg de farinha de
osso, após fazer a mistura mexendo sempre, o recipiente foi fechado e diariamente
era aberto para revolver o conteúdo e fazer a oxigenação. Após sete dias, foram
adicionados mais L de leite, 5 L de garapa, 2 kg de cinzas e 2 kg de calcário
dolomítico. Em seguida, diluído em água na concentração de 3% (300 mL em 10 L
de água) e aplicado. Conforme os resultados pelo Teste Tukey constata-se que: na
adubação com o tratamento de Esterco Bovino o Diâmetro Médio da Cabeça (DCM)-
(cm): 26,73; Massa Fresca Comercial (MFC) – (g): 194,13; Massa Seca (MS)- (g):
11,91 e Número de Folhas (NF): 24,1. Na adubação com Húmus o DCM (cm): 26,39;
a MFC (g): 222,05, a MS (g): 11,63 e o NF: 29,8. No tratamento convencional o DCM
(cm): 26,03; a MFC (g): 260,20, a MS (g): 11,73 e o NF: 29,8. Na adubação com
composto o DCM (cm): 25,78; a MFC (g): 207,20, a MS (g): 11,34 e o NF: 28,6. A
adubação com biofertilizante o DCM (cm): 26,04; a MFC (g): 2204,61, a MS (g):
11,16 e o NF: 26,7. O tratamento sem biofertilizante o DCM (cm): 26,42; a MFC (g):
238,18, a MS (g): 12,15 e o NF: 29,5.
Para todas as variáveis analisadas, os tratamentos em que foram realizadas
as pulverizações, apresentaram resultados inferiores aos tratamentos sem o adubo
foliar. O uso do Biofertilizante não apresentou respostas positivas para a cultura da
alface dentro das condições estudadas. A solução nutritiva mineral sem
biofertilizante mostrou -se estatisticamente diferente sobre os demais tratamentos
para todas as variáveis de crescimento e produção da alface hidropônica, sendo o
tratamento que proporcionou maior produção e crescimento de alface, ocorrendo
decréscimo em relação a solução nutritiva do biofertilizante. Conclui-se que os
tratamentos aplicados não influenciam na produtividade da alface cv. Elba;
na aplicação do biofertilizante supermagro não se observa resultados positivos para
produção da alface nas condições estudadas.
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Conforme o artigo “Produtividade de alface com doses de esterco de


frango, bovino e ovino em cultivos sucessivos”, cujo experimento de campo foi
realizado pelos autores José U. Peixoto Filho; Maria B. G. dos S. Freire; Fernando J.
Freire; Márcio F. A. Miranda, Luiz G. M. Pessoa & Karina M. Kamimura, no Instituto
Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Campus Crato-CE, O delineamento
experimental utilizado foi o bloco casualizados, com arranjo fatorial [(3 x 5) + 2], com
quatro repetições, sendo três estercos e cinco doses de N fornecido pelos estercos,
com dois tratamentos adicionais, só com fertilizante mineral e uma testemunha (sem
aplicação de fertilizante orgânico ou mineral), as sementes utilizadas foram da
cultivar Crespa Cacheada. Os estercos avaliados foram estercos de frango sem
cama, esterco bovino e esterco ovino. As doses de cada esterco foram calculadas
para corresponder a 0,25; 0,50; 1,00; 1,50 e 2,00 vezes a dose de kg ha -1 de N; esta
quantidade de N foi utilizada como referência e obtida pelo percentual de N em 60 t
ha-1 de esterco bovino, comumente utilizado na região de Crato, CE (Porto et al.,
1999); desta forma, todos os adubos orgânicos forneceram as mesmas quantidades
de N (0, 225, 450, 900, 1.350 e 1.800 kg ha -1 de N) e o mineral forneceu 900 kg ha-
1 de N como ureia). De acordo com a CEFS/PE (1998) foram aplicados, somente no

tratamento de fertilizante mineral, 60 kg ha-1 de (P2O5) como superfosfato simples e


60 kg ha-1 de (K2O) como cloreto de potássio. Os adubos orgânicos foram aplicados
dez dias antes do transplantio. Parte do nitrogênio (40%) foi colocada em pré-plantio,
juntamente com todo o fósforo e o potássio, e o restante do nitrogênio foi colocado
15 dias após o transplantio. Os adubos orgânicos e minerais foram aplicados apenas
no primeiro cultivo sendo a fonte de nutrientes para as plantas nos ciclos
subsequentes. Após a colheita do primeiro cultivo foi feito o transplantio do segundo
e, aos 30 dias, a colheita. Da mesma maneira foram conduzidos os terceiro, quarto
e quinto cultivos, alocando-se os tratamentos dos cultivos subsequentes na mesma
unidade experimental do primeiro sem qualquer aplicação de fertilizante orgânico ou
mineral. Na colheita de cada cultivo avaliou-se a massa fresca de todas as plantas
de cada parcela. Em uma subamostra determinou-se a umidade e se estimou a
matéria seca das plantas por parcela. Avaliaram-se a produtividade e o número de
folhas por planta.
No primeiro cultivo da alface o acréscimo de estercos ou fertilizante mineral
promoveu aumento em todas as variáveis analisadas em relação à testemunha. O
tratamento que promoveu melhores resultados em termos de produção de matéria
fresca e matéria seca de plantas, produtividade e número de folhas, foi o do esterco
de frango, semelhante aos obtidos com o fertilizante mineral e seguido dos estercos
bovino e ovino. Quanto ao número de folhas por planta o esterco de frango, de bovino
e de ovino, não diferiu do fertilizante mineral no primeiro cultivo. Em todas as
variáveis a testemunha foi o tratamento que apresentou valores inferiores por não
ter recebido nutrientes via fertilização, com 48,0 g planta-1 de matéria fresca, 2,67 g
planta-1 de matéria seca, 10.900 kg ha-1de produtividade e 9,75 folhas planta -1. A
melhor produtividade em kg ha-1 foi obtida com o esterco de frango seguida do
fertilizante mineral. No segundo cultivo de alface, um incremento de produção em
relação ao primeiro cultivo para as variáveis avaliadas, com maior intensidade para
os estercos bovino e ovino. No terceiro cultivo observou-se que o número de folhas
diminuiu em relação ao segundo para os três tipos de esterco, especialmente para o
tratamento com fertilizante mineral (9,25 folhas planta -1 no terceiro), sendo um fator
negativo para a comercialização do produto. Nos quarto e quinto cultivos os
resultados das variáveis avaliadas foram bem inferiores aos observados nos três
primeiros cultivos, com semelhanças entre os estercos aplicados, quase sem
distinção entre os resultados em consequência, possivelmente, do esgotamento da
capacidade de fornecimento de nutrientes pelas fontes aplicadas e pelo solo.
Analisando este experimento, pode-se inferir que a mineralização dos estercos
ocorreu em tempo hábil para o fornecimento de nutrientes às plantas, para os cinco
cultivos sucessivos.
Para a matéria fresca por planta os tratamentos que apresentaram maiores
produções foram 2,0 vezes a dose recomendada para esterco de frango (221,5 g
planta-1), 2,0 a de bovino (225,0 g planta-1) e 1,0 (223,5 g planta-1), 1,5 (236,0 g
planta-1) e 2,0 vezes a dose recomendada para esterco de ovino (296,7 g planta -1),
diferindo das menores da testemunha e do fertilizante mineral. Assim, a produção de
matéria seca foi linearmente crescente com as doses dos três estercos, sendo
superior com o uso do esterco de frango em relação aos demais.
Nas plantas fertilizadas com doses de 96,42 e 128,57 t ha -1 de esterco de
frango neste primeiro cultivo, foram verificadas 17 folhas, entretanto, com 90 e 120 t
ha-1 de esterco bovino e 96,42 e 128,57 t ha -1 de esterco ovino observou-se menor
número de folhas que o encontrado; no número de folhas mais uma vez as melhores
doses foram 2,0 (com 17 folhas planta-1) e 1,5 (17 folhas planta-1) da dose
recomendada para frango; 2,0 (18 folhas planta-1) e 1,5 (17 folhas planta-1) de bovino
e 2,0 (21 folhas planta-1), 1,5 (19 folhas planta-1) e 1,0 (19 folhas planta-1) da dose
recomendada para ovino. Apesar disto, as duas últimas doses do esterco ovino ainda
possibilitaram resultados satisfatórios de 16,5 folhas (1,5 da dose de esterco ovino)
e 17,50 folhas (2,0 da dose de esterco ovino) no terceiro cultivo, demonstrando um
efeito residual deste esterco até o terceiro ciclo da cultura da alface fornecendo os
nutrientes necessários sem requisitar outra aplicação de fertilizante,o que é fator
positivo haja que permite a redução dos custos de produção com aplicações menos
frequentes de fertilizantes, bem como a diminuição do uso de produtos na agricultura,
minimizando problemas de contaminação ambiental, fator tão preocupante nos dias
atuais. O número de folhas também foi crescente com o aumento das doses dos três
estercos. Apesar dos acréscimos na produção de matéria fresca, matéria seca,
produtividade e número de folhas no terceiro cultivo não terem sido tão intensos
quanto no segundo os resultados observados se assemelham aos encontrados no
primeiro cultivo e demonstram que ainda há a capacidade de manutenção da cultura
com as doses mais elevadas dos estercos utilizados, principalmente para bovino e
ovino.
Nos quarto e quinto cultivos as plantas não se desenvolveram
satisfatoriamente observando-se elevadas reduções dos dados de produção em
relação aos primeiros cultivos e pouca diferença entre os tratamentos aplicados.
Foram observadas reduções médias de 64,10; 63,34; 49,35 e 39,64%, entre as
produções de matéria fresca em g planta-1, produtividade em kg ha-1, matéria seca
em g planta-1 e número de folhas, respectivamente, entre o segundo e quarto cultivos
de alface; do quarto para o quinto cultivo as reduções não foram tão relevantes, pelo
esgotamento da capacidade de suporte da cultura pelo solo, já no quarto cultivo.
A produção de matéria seca, produtividade e número de folhas foram
superiores nos tratamentos com esterco de frango no primeiro cultivo; entretanto,
nos cultivos seguintes este foi sendo superado pelos outros estercos; nos quarto e
quinto cultivos a produção dessas variáveis foi bem menor que nos cultivos
anteriores.
Conforme as informações acima, conclui-se que o esterco de frango
proporcionou maiores produtividades de alface no primeiro cultivo; a partir do
segundo cultivo foi superado pelos estercos bovino e ovino; as maiores doses dos
estercos proporcionaram produtividades elevadas até o terceiro cultivo sendo
imprescindível nova aplicação dos mesmos a partir daí, e o fertilizante mineral só
promoveu boas produtividades até o segundo cultivo de alface.
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Conforme o artigo “Potencial de uso da biomassa de leucena como


adubação em cobertura para o cultivo orgânico de repolho”, realizado e escrito
pelos autores Jacimar L de Souza ; Victor A Pereira e Rogério C Guarçoni, cujo
experimento executado na Unidade de Referência em Agroecologia do INCAPER,
município de Domingos Martins-ES, utilizando-se mudas de repolho da variedade
chato de quintal. As unidades experimentais foram compostas de 1 planta de
repolho, plantada em vasos redondos, com diâmetro da boca de 25cm e altura de
20cm. Os recipientes foram preenchidos com terra homogeneizada, retirada de uma
unidade de solo da própria área experimental de cultivo orgânico. As adubações em
cobertura foram realizadas com resíduos verdes da leucena triturada (Leucaena
leucocephala), em 4 espessuras de cobertura no entorno da muda, num raio de
12,5cm (0,049 m2 por muda). O delineamento experimental foi em blocos
casualizados, com 5 tratamentos e 5 repetições no esquema de subparcela temporal
(0, 7, 14, 21 e 28 dias).
O número de folhas do repolho foi significativamente afetado pelas diferentes
espessuras de cobertura, de forma linear, não atingindo ponto de estabilidade,
indicando potencial de resposta com maior aporte de biomassa. O peso verde e peso
seco do repolho elevaram-se progressivamente com o aumento da espessura da
biomassa de leucena, sendo que o peso verde apresentou tendência de
estabilização a partir de 3cm, com melhor ajuste polinomial quadrático, enquanto o
peso seco apresentou tendência linear. O vigor das plantas foram afetados
positivamente pelos tratamentos a partir de 21 dias da adubação em cobertura,
comprovando elevada eficiência da biomassa de leucena na nutrição nitrogenada do
repolho. O acompanhamento do vigor das plantas no tempo também confirma a
eficiência da adubação em cobertura, uma vez que para a ausência de adubação e
para o uso de apenas 1cm de espessura, houve decréscimo linear até 28 dias.
Porém, adubações a partir de 2cm indicaram progressão de vigor. Os tratamentos
não afetaram a altura das plantas até 21 dias após a aplicação da adubação em
cobertura. Porém, aos 28 dias, as espessuras da biomassa triturada de leucena
aumentaram significativamente a altura das plantas, com melhor ajuste ao modelo
polinomial quadrático, com ponto de máxima entre 2 e 3cm . A limitação de resposta
em altura de plantas a espessuras de 4cm acima pode ser justificado pelo limite
genético de crescimento da planta. O acompanhamento da altura das plantas no
período de 0 a 28 dias após a adubação confirma a eficiência da cobertura com
biomassa de leucena.
Observando-se o declive das retas, percebe-se que o desenvolvimento das
plantas foi menos intenso para a ausência de adubação e para 1cm de espessura,
enquanto que a partir de 2cm houve progressão mais intensa, confirmado pela maior
inclinação das retas.
De maneira geral, os resultados comprovaram efeitos significativos da
adubação em cobertura com leucena sobre o desenvolvimento inicial das plantas de
repolho, especialmente nas maiores espessuras de cobertura e no final do período
avaliado (28 dias). Pode-se concluir que a biomassa de leucena apresenta potencial
de uso como adubação em cobertura em cultivo orgânico de repolho.
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Conforme o artigo “Desenvolvimento da Alface em Diferentes Níveis de


Adubação Orgânica”, realizado e escrito pelos autores RODRIGUES, Rogério
Rangel; SALUCI, Júlio Cesar Gradice ; NASCIMENTO, Maxwel Rodrigues; JAEGGI,
Mário Euclides Pechara da Costa; SILVA, Samuel Ferreira da. O experimento foi
conduzido no Setor de Agroecologia do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)
Campus de Alegre, localizado no município de Alegre – ES, o tratamento foi realizado
com a alface cultivar Lucy Brow, utilizando diferentes dosagens de resíduos orgânico
(Compostagem: esterco bovino mais resíduos de gramíneas), tendo como referência
a dosagem de composto orgânico recomendada para a cultura, que é de 5 kg m-2 ;
constituído de três doses de adubação orgânica (1,5; 3,5 e 4,5 kg m-2 do composto
orgânico). As análises foram realizadas aos 40 dias após semeio, sendo mensurados
os parâmetros biométricos: massa fresca total, diâmetro do caule e comprimento de
raiz.
As doses de adubo orgânico que proporcionou as maiores médias em massa
fresca total da alface, foi a de 3,5 e 4,5 kg m-2 , apresentando massa média de 0,32
e 0,28 g planta-1 , respectivamente; entretanto, a dosagem de 3,5 kg m-2 foi
estatisticamente satisfatória, não necessitando aumentar a dosagem do composto.
Em relação ao diâmetro do caule a média geral obtida foi de 16,13 mm,
apesar de haver aumento com doses crescentes do composto orgânico, não houve
diferença estatística entre os tratamentos.
Conforme os resultados do comprimento de raiz da alface não apresentou
efeito significativo entre os tratamentos estudados, tendo como média geral 11,34
cm planta-1. Nota-se que houve uma tendência de menores comprimentos de raízes
com o aumento da dose de composto orgânico. Isso demonstra que o sistema
radicular teve que ter maior desenvolvimento quando se utilizou menores dosagens
de adubo, visando a absorção de nutrientes em maiores volumes de solo.
Contudo, de acordo com os resultados encontrados, a dose de 4,5 kg m-2 do
composto orgânico proporcionou o melhor desempenho biométrico em massa fresca
total, ao 40° dia após semeadura. As doses crescentes de adubo orgânico não
influenciaram significativamente no diâmetro do caule e comprimento de raiz da
alface, ao 40° dia após semeadura.
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Referências Bibliográficas
DE OLIVEIRA, Luciana Cleci et al. Adubação Orgânica e Manejo da Adubação Verde
Na Cultura Da Alface Em Sistema Orgânico.Cadernos de Agroecologia, [S.l.], v. 4,
n. 1, dec. 2009. ISSN 2236-7934. Disponível em: http://revistas.aba-
agroecologia.org.br/index.php/cad/article/view/3446. Acesso em: 01 jun 2019.

BATISTA, M. A. V. et al. Efeito de diferentes fontes de adubação sobre a produção


de alface no município de iguatu-ce. Revista Caatinga, v. 25, n. 3, p. 8-11, 2012.
Disponível em:
https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caatinga/article/download/1903/pdf_2.
Acesso em: 01 jun 2019.

PEIXOTO FILHO, José U. et al.Produtividade de alface com doses de esterco de


frango, bovino e ovino em cultivos sucessivos. Rev. bras. eng. agríc.
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4366. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-43662013000400010. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662013000400010.
Acesso em: 03 jun 2019.

SOUZA JL; PEREIRA VA; GUARÇONI, RC. 2012. Potencial de uso da biomassa de
leucena como adubação em cobertura para o cultivo orgânico de repolho.
Horticultura Brasileira 30: S5262-S5270. Disponível em:
http://www.abhorticultura.com.br/EventosX/Trabalhos/EV_6/A4807_T6798_Comp.p
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RODRIGUES, Rogério Rangel et al. Desenvolvimento da Alface em Diferentes


Níveis de Adubação Orgânica. Cadernos de Agroecologia, [S.l.], v. 11, n. 2, dec.
2016. ISSN 2236-7934. Disponível em: http://revistas.aba-
agroecologia.org.br/index.php/cad/article/view/21081. Acesso em: 05 jun 2019.

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