Conflito iraniano-saudita

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Conflito por procuração entre a Arábia Saudita e o Irã
Conflito Irão-Arábia Saudita
ou conflito iraniano-saudita refere-se as disputas
Guerra Fria Islâmica
estratégicas e conflitos indiretos entre a Arábia Saudita e o
Irã pela influência desses países no Oriente Médio. A
tensão nas relações de ambos ocorre devido a todo um
conjunto de contradições entre eles nas áreas de religião,
política e economia.[1] O conflito por procuração também
tem sido referido como a Guerra Fria do Oriente
Médio.[2]

Ambos os países estão envolvidos em uma guerra por

procuração,[3] proporcionando graus variados de apoio aos
lados opostos em conflitos regionais, especialmente na
Guerra Civil Síria,[4][5][6] na Guerra Civil Iemenita[7][8] e Irã
na Guerra Civil Iraquiana,[9] bem como na Ásia Central Arábia Saudita
[10] e sul da Ásia.[11][12] Locais onde acontecem guerras por procuração

O conflito entre Irã e Arábia Saudita está ligado a diversos Data 1979–atualidade
níveis, sendo mais notável a rivalidade religiosa histórica Local Médio Oriente
dos ramos sunitas e xiitas do Islã,[3] bem como a atual Desfecho
competição geopolítica pela hegemonia no Oriente Médio Status Em andamento
e a rivalidade econômica sobre o controle dos mercados de Revolução Iraniana, que levou à declaração
petróleo.[13] da República Islâmica do Irão,
ideologicamente oposta à Arábia Saudita
Guerra Irão-Iraque, em que o Iraque,

Índice fortemente pela Arábia Saudita, tentou

invadir o Irão e derrubar o seu regime, mas
Contexto sem sucesso
Principais eventos Supressão da oposição bareinita, apoiada
Ver também pelo Irão, graças a uma intervenção militar
da Arábia Saudita
Referências
Denúncia de uma tentativa de atentados,
Ligações externas
apoiadas pelo Irão, contra a embaixada da
Arábia Saudita, por autoridades dos EUA
Ataque à embaixada do Irão no Líbano por
Contexto agentes secretos da Arábia Saudita
O conflito por procuração remonta a Revolução Iraniana, Execução do clérigo xiita Nimr al-Nimr pelas
onde o Irã se tornou uma república islâmica. Os autoridades sauditas, que leva ao corte de
revolucionários islâmicos iranianos clamavam relações entre Irão e Arábia Saudita
especificamente pela derrubada das monarquias da região e Confrontação militar indirecta entre Irão e
a sua substituição por repúblicas islâmicas, o que alarmou Arábia Saudita na Guerra Civil Síria e na
seus vizinhos árabes sunitas como o Iraque, Arábia Guerra Civil Iemenita
Saudita, Kuwait, e os outros Estados do Golfo Pérsico – a Crise diplomática no Catar em 2017, com a
maioria dos quais eram monarquias e todos possuíam Arábia Saudita a acusar o Qatar de apoiar
populações xiitas consideráveis. Os insurgentes islamistas grupos terroristas na região
surgiriam e se rebelariam na Arábia Saudita (1979), no Crise saudita-libanesa de 2017, em que a
Egito (1981), na Síria (1982) e no Líbano (1983). Arábia Saudita acusa o Irão de interferir na
política do Líbano
Antes da revolução iraniana, os dois países constituíram a
Combatentes
política da Doutrina Nixon do "pilar duplo" no Oriente
República Islâmica do Reino da Arábia
Médio.[14] As monarquias, particularmente o Irã, se Irão Saudita
aliaram com os Estados Unidos para garantir a estabilidade
na região do Golfo e agir como um baluarte contra a Guerra Irão-Iraque Guerra Irão-Iraque
influência soviética durante a Guerra Fria Árabe. A aliança (1980–1988) (1980–1988)
agiu como uma influência moderadora sobre a rivalidade Apoio: Iraque
saudita-iraniana.[15] Já nessa época, o Reino da Arábia
Saudita tinha a riqueza petrolífera e o prestígio como a Síria Apoio:
terra de Meca e Medina, as duas cidades sagradas do Islã. Líbia
Coreia do Norte Estados Unidos
Ao utilizar o Islã, a Arábia Saudita patrocinou uma União Soviética
conferência islâmica internacional em Meca, em 1962.
Israel
Reino Unido
Criou a Liga Muçulmana Mundial, dedicada a difundir o França
Islã e promover a solidariedade islâmica. A Liga foi Revolta no Barein de Catar
"extremamente eficaz" na promoção do Islã, 2011 (2011–2014) Jordânia
particularmente do Islã wahabista conservador no mundo Oposição Kuwait
muçulmano.[16] A Arábia Saudita também liderou a bareinita Emirados Árabes
criação da Organização para a Cooperação Islâmica em Roménia
1969.
Guerra Civil Síria
(2011–presente) Revolta no Barein de
Em 1980, o regime de Saddam Hussein do vizinho Iraque, 2011 (2011–2014)
de caráter nacionalista árabe e dominado pelos Síria
muçulmanos sunitas, tentou tirar proveito do caos Rússia Bahrein
revolucionário e destruir a revolução em sua fase inicial. Hezbollah Emirados Árabes
Jordânia
Temendo uma potencial onda revolucionária que poderia Apoio:
ameaçar a estabilidade do Iraque, Hussein lançou uma
invasão em 20 de setembro, provocando a Guerra Irã- China Guerra Civil Síria
Egito (2015– (2011–presente)
Iraque, que durou oito anos e matou centenas de milhares
presente)
de pessoas. Durante a guerra, o Iraque foi apoiado por Oposição Síria
Coreia do Norte
muitos países, incluindo Egito, Jordânia, Kuwait, Qatar, Exército da
Bielorrússia
Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, que forneceram Conquista
Argélia
ajuda, seja financeira ou militar, para o Iraque para impedir Apoio:
Iraque
o Irã de exportar sua "revolução islâmica". Além da Guerra
Cuba
Irã-Iraque, o Irã e a Arábia Saudita se engajaram em uma Estados Unidos
Venezuela
rivalidade tensa, apoiando diferentes grupos armados na Reino Unido
Guerra Civil Libanesa, na Guerra Soviético-Afegã e em França
outros conflitos. Após a Guerra Fria, o Irã[17] e a Arábia Guerra Civil Iemenita Turquia
(2015–presente) Catar
Saudita[18][19] continuaram a apoiar diferentes grupos e
organizações entre linhas sectárias, como no Iraque e no
Jordânia
Houthis
Líbia
Iêmen.
Comité Egito (2012–2015)
Revolucionário
Durante a Primavera Árabe, a Arábia Saudita solicitou a (apoiado por Saleh)
Guerra Civil Iemenita
formação de uma União do Golfo para aprofundar os laços Apoio: (2015–presente)
entre os Estados membros do Conselho de Cooperação do
Golfo (CCG). A proposta refletia a preocupação do Rússia Governo de Hadi
governo saudita com a prevenção de potenciais levantes Síria Movimento do
Coreia do Norte Sul
por minorias marginalizadas nas monarquias do Golfo,
Hezbollah Emirados Árabes
bem como a sua rivalidade regional com o Irã.[20] A união (2015–2016)
teria centralizado influência saudita na região, dando-lhe Egito (2015–2016)
maior controle sobre questões militares, econômicas e Sudão
políticas que afetam os Estados membros. Com exceção do Bahrein
Barein, outros membros rejeitaram a federação proposta, Kuwait
com Omã, Catar, Quaite e Emirados Árabes Unidos Catar
cautelosos com a criação de uma posição dominante Jordânia
Senegal
saudita.[21]
Djibouti
Devido à importância decrescente do conflito israelense- Apoio:
palestino e as tensões mútuas com o Irã, Estados do
Conselho de Cooperação do Golfo têm procurado reforçar Estados Unidos
a cooperação econômica e de segurança com Israel, que Reino Unido
está envolvido em seu próprio conflito por procuração com França
o Irã.[22] Turquia
Paquistão
Somália
Principais eventos
Massacre de Meca: Em 31 de julho de 1987, as autoridades sauditas reprimiram uma manifestação maciça
antiamericana e anti-israelense de peregrinos iranianos em Meca. Durante os motins morreram 400 peregrinos,
sendo que 275 deles eram iranianos. Em resposta, grupos de manifestantes invadiram a embaixada saudita em
Teerã e mantiveram a equipe diplomática como refém. Um dos funcionários sauditas morreu e em abril de 1988,
a Arábia Saudita romperia relações diplomáticas com o Irã pela primeira vez.[23]
Programa nuclear iraniano: A Arábia Saudita apoia as sanções políticas e econômicas contra o Irã por seu
programa nuclear e demonstrou desagrado pelo acordo 5 + 1 entre as potências ocidentais, a Rússia e o Irã,
que encerrou este impasse de 15 anos.
Intervenção militar saudita na rebelião no Barein: Em 14 de março de 2011, as autoridades do Barein solicitaram
ajuda a aliança militar Força do Escudo da Península, onde a Arábia Saudita é o principal líder, e reprimiram os
protestos da oposição bareinita com a entrada de mais de mil soldados sauditas.[24][25] O Irã não ficaria
indiferente a esta intervenção e a considerou inaceitável.[25]
Guerra Civil Síria: Apoio militar e financeiro saudita para a oposição síria na guerra civil, enquanto que o Irã
apoia militarmente o regime de Bashar al-Assad que é um aliado valioso para o Irã na região.
Guerra Civil Iemenita: Apoio militar e financeiro iraniano para os rebeldes houthis no Iêmen (embora este
negue), enquanto os sauditas efetuam uma intervenção militar em favor do governo iemenita na guerra civil. Os
houthis se rebelaram e tomaram partes do Iêmen, incluindo a capital Saná, e forçaram o governo iemenita a
exilar-se em 2015. A interferência do Irã nos problemas do Iêmen é uma grande preocupação para Riade e por
isso a coalizão liderada pela Arábia Saudita tem combatido os rebeldes por meio de uma intervenção militar no
país.[26]
Tumultos em Meca de 2015: O governo e as autoridades religiosas do Irã criticaram os sauditas pela má gestão
da peregrinação anual do Hajj, onde 464 cidadãos iranianos morreram, e ameaçaram levar a questão aos
tribunais internacionais em uma reação feroz..[27][28] Em Teerã ocorreram protestos devido aos acontecimentos,
o que aumentaria essa rivalidade política.[29][30]
Iraque: A Arábia Saudita e outras monarquias do Golfo apoiaram Saddam Hussein durante a guerra Irã-Iraque,
entre 1980 e 1988, e sofreriam ataques pelo Irã em sua frota marinha. As relações diplomáticas entre Irã e
Arábia Saudita foram suspensas por três anos após a guerra. Desde a queda de Saddam Hussein, devido à
Guerra do Iraque, o Governo do Iraque de maioria xiita tornou-se um importante aliado do Irã na região.[31]
Execução do clérigo Nimr Baqr al-Nimr: A morte por execução do clérigo xiita Nimr al Nimr na Arábia Saudita,
acusado de "terrorismo" por inspirar uma revolta em 2011, causou uma onda de indignação entre os xiitas na
 região.[32][33] Nimr foi uma das 47 pessoas executadas após ser declarado culpado pelas autoridades sauditas
por infrações relacionadas com terrorismo; sua luta era contra a discriminação sofrida por esta comunidade
pelos sunitas que lideram o país saudita.[34] Após tomar conhecimento da sua execução, as autoridades
religiosas e políticas iranianas condenaram a ação, centenas de manifestantes atiraram bombas incendiárias e
atacaram a embaixada saudita em Teerã. O que levaria esses países a romperem relações diplomáticas.[35][36]
Ataque com mísseis na embaixada iraniana em Saná: O regime iraniano informou que, no início de janeiro, a
Força Aérea Real Saudita atacou com mísseis sua embaixada em Saná e que vários guardas da embaixada
ficaram feridos e três morreram neste ataque.[37][38][39]

Ver também
Guerra do Afeganistão
Guerra Civil Síria
Guerra Civil Iemenita

Guerra fria (termo)

Guerra Fria Árabe
Segunda Guerra Fria
Relações entre Arábia Saudita e Irã
Inverno Árabe

Referências
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Pérsico» (http://www.dw.com/pt/ar%C3%A1bia-saudit
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much less come to an agreement on Syria, where
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6. Loewenstein, Jennifer. «Heading Toward a Collision:
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onEnLinea/Galerias/03122014/58124-Ataque-a-emb
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flicto-iran-vs-arabia-saudita-intereses-internos)- análise por Notimex e El Economista
New Middle East Cold War: Saudi Arabia and Iran's Rivalry (http://digitalcommons.du.edu/cgi/viewcontent.cgi?art
icle=2027&context=etd) por Tali Rachel Grumet (A Nova Guerra Fria do Oriente Médio)
Arabia Saudí, Irán y la geopolítica cambiante de Oriente Medio (http://www.politicaexterior.com/articulos/afkar-ide
as/arabia-saudi-iran-y-la-geopolitica-cambiante-de-oriente-medio/)- Estúdios de Política Exterior
Irán y Arabia Saudita, ¿a un paso de un conflicto militar? (http://cnnespanol.cnn.com/2016/01/04/iran-y-arabia-sa
udita-a-un-paso-de-un-conflicto-militar/)- Nota da CNN en Español
División sunita-chiita, con más de 1,000 años de historia (http://eleconomista.com.mx/internacional/2016/01/05/di
vision-sunita-chiita-mas-1000-anos-historia) por El Economista
Arabia Saudita vs. Irán, la lucha por la hegemonía en el mundo islámico (http://www.lanacion.com.ar/1859563-ar
abia-saudita-vs-iran-la-lucha-por-la-hegemonia-en-el-mundo-islamico)- Nota de La Nación (Argentina)
Arabia Saudita vs Irán: la placa tectónica del petróleo de Qatif (http://www.voltairenet.org/article190166.html)-
Nota de Voltaire.net
Por qué Irán y Arabia Saudí pueden desatar la mayor guerra de la historia entre musulmanes (http://www.infoba
e.com/2015/04/11/1721599-por-que-iran-y-arabia-saudi-pueden-desatar-la-mayor-guerra-la-historia-musulmane
s)- Nota de Infobae
Arabia Saudita Vs. Irán: un conflicto que va más allá de la religión (http://www.las2orillas.co/arabia-saudita-vs-ira
n-conflicto-va-mas-alla-la-religion/)- Nota de 2orillas.com
Arabia Saudí mide sus fuerzas con Irán (http://internacional.elpais.com/internacional/2015/03/28/actualidad/1427
543202_514565.html)- Nota de El País

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