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Resumo
Abstract
The logic that sets up the composition of the framework doctrinal religious conser-
vative on contemporary brazilian, assumes a new discursive mapping marked by the
fragmentation of subjectivity. The conservative religious is organized and shaped, to a
larger extent, upon an accusatory speech that derives from its capacity to touch, reach,
incorporate and redirect some elements found in the symbolic universe of reference of
the Brazilian population. This paper intends to deepen the perspective of human rights,
the issues inherent to minorities and vulnerable groups, the prejudice raised by symbolic
violence and the rhetoric of prejudice supported by public criticism with fundamentalist
nuances.
Keywords: Conservative Groups; Intolerance; Sexualities.
ihu.unisinos.br
Cadernos IHU ideias / Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Instituto Humanitas Unisinos. – Ano 1, n. 1
(2003)- . – São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2003- .
v.
Quinzenal (durante o ano letivo).
Publicado também on-line: <http://www.ihu.unisinos.br/cadernos-ihu-ideias>.
Descrição baseada em: Ano 1, n. 1 (2003); última edição consultada: Ano 11, n. 204 (2013).
ISSN 1679-0316
1. Sociologia. 2. Filosofia. 3. Política. I. Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Instituto Humanitas Unisinos.
CDU 316
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Bibliotecária responsável: Carla Maria Goulart de Moraes – CRB 10/1252
Toda a correspondência deve ser dirigida à Comissão Editorial dos Cadernos IHU ideias:
Celso Gabatz
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINoS
1. Introdução
1 Mesmo conhecidos por utilizarem critérios bíblicos, por vezes, literais, para sustentar suas
posições, as referências a estes grupos são cada vez mais seculares. É comum o uso de
terminologias ligadas ao direito, economia, ciências médicas e biológicas. Percebe-se que
não há tanto empenho em argumentar publicamente com base apenas em razões teoló-
gicas, mas muito mais a partir de um sentido de preservação moral e dos bons costumes.
É um discurso que apela mais para os valores civis e a democracia, ainda que esta seja
interpretada de forma bastante particular. A pesquisadora Jaris Mujica refere que: “O ativis-
mo conservador que defende as tradições, [...] penetrou estrategicamente no secular. Isso
obriga a pensá-lo de maneira diferente e a repensar a figura do fundamentalismo religioso.
É preciso considerar que o olhar que se teve sobre o fundamentalismo criou imagens es-
senciais desses grupos e evitou o registro de suas práticas e estratégias, gerando estere-
ótipos. Diante dessa situação, o uso da categoria ‘grupos conservadores’ aponta a uma
posição compreensiva [...] e permite entender as referidas estratégias práticas à luz das
transformações” (MUJICA, 2011, p. 94-95).
2 Importa destacar que multiculturalismo tem sido empregado para indicar o caráter plural
das sociedades ocidentais contemporâneas. Compreende-se enquanto resposta aos desa-
fios impostos à sociedade, à medida que inclui a formulação de definições conflitantes de
mundo social, decorrentes de distintos interesses econômicos, políticos e sociais. Em tal
formulação, as relações de poder desempenham papel relevante, auxiliando a confrontar a
maneira como os indivíduos, grupos e instituições tencionam consolidar suas identidades.
o multiculturalismo questiona a afirmação de que a realidade existe independente do sujei-
to e da linguagem utilizada. Afirmar que a realidade é uma construção e que está fortemente
ligada ao sujeito e à linguagem é uma oposição direta à suposta objetividade científica
preconizada na modernidade. (MCLAREN, 1997).
3 Gilberto Freyre foi um dos pioneiros do “mito da democracia racial” apregoando que existi-
ria, no Brasil, a igualdade de oportunidades para brancos, negros e mestiços. A dissemina-
ção desse mito permitiu esconder desigualdades raciais, que ainda podem ser constatadas
nas práticas discriminatórias de acesso ao emprego, nas dificuldades de mobilidade social
da população negra e que recebe remuneração inferior à do branco pelo mesmo trabalho e
tendo a mesma qualificação profissional. A falta de conflitos étnicos não caracteriza ausên-
cia de discriminação, mas este silêncio favorece o “status quo” que, por sua vez, beneficia
a classe dominante. (FREYRE, 2001).
4. Considerações finais
Bibliografia
N. 01 A teoria da justiça de John Rawls – José Nedel N. 36 Igreja Universal do Reino de Deus no contexto do emer-
N. 02 O feminismo ou os feminismos: Uma leitura das produ- gente mercado religioso brasileiro: uma análise antropoló-
ções teóricas – Edla Eggert gica – Airton Luiz Jungblut
O Serviço Social junto ao Fórum de Mulheres em São N. 37 As concepções teórico-analíticas e as proposições de
Leopoldo – Clair Ribeiro Ziebell e Acadêmicas Anemarie política econômica de Keynes – Fernando Ferrari Filho
Kirsch Deutrich e Magali Beatriz Strauss N. 38 Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil Colonial –
N. 03 O programa Linha Direta: a sociedade segundo a TV Glo- Luiz Mott
bo – Sonia Montaño N. 39 Malthus e Ricardo: duas visões de economia política e de
N. 04 Ernani M. Fiori – Uma Filosofia da Educação Popular – capitalismo – Gentil Corazza
Luiz Gilberto Kronbauer N. 40 Corpo e Agenda na Revista Feminina – Adriana Braga
N. 05 O ruído de guerra e o silêncio de Deus – Manfred Zeuch N. 41 A (anti)filosofia de Karl Marx – Leda Maria Paulani
N. 06 BRASIL: Entre a Identidade Vazia e a Construção do Novo N. 42 Veblen e o Comportamento Humano: uma avaliação
– Renato Janine Ribeiro após um século de “A Teoria da Classe Ociosa” –
N. 07 Mundos televisivos e sentidos identiários na TV – Suzana Leonardo Monteiro Monasterio
Kilpp N. 43 Futebol, Mídia e Sociabilidade. Uma experiência etnográ-
N. 08 Simões Lopes Neto e a Invenção do Gaúcho – Márcia
fica – Édison Luis Gastaldo, Rodrigo Marques Leistner,
Lopes Duarte
Ronei Teodoro da Silva e Samuel McGinity
N. 09 Oligopólios midiáticos: a televisão contemporânea e as
N. 44 Genealogia da religião. Ensaio de leitura sistêmica de
barreiras à entrada – Valério Cruz Brittos
Marcel Gauchet. Aplicação à situação atual do mundo –
N. 10 Futebol, mídia e sociedade no Brasil: reflexões a partir de
um jogo – Édison Luis Gastaldo Gérard Donnadieu
N. 11 Os 100 anos de Theodor Adorno e a Filosofia depois de N. 45 A realidade quântica como base da visão de Teilhard de
Auschwitz – Márcia Tiburi Chardin e uma nova concepção da evolução biológica –
N. 12 A domesticação do exótico – Paula Caleffi Lothar Schäfer
N. 13 Pomeranas parceiras no caminho da roça: um jeito de N. 46 “Esta terra tem dono”. Disputas de representação sobre
fazer Igreja, Teologia e Educação Popular – Edla Eggert o passado missioneiro no Rio Grande do Sul: a figura de
N. 14 Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros: a prática política Sepé Tiaraju – Ceres Karam Brum
no RS – Gunter Axt N. 47 O desenvolvimento econômico na visão de Joseph
N. 15 Medicina social: um instrumento para denúncia – Stela Schumpeter – Achyles Barcelos da Costa
Nazareth Meneghel N. 48 Religião e elo social. O caso do cristianismo – Gérard
N. 16 Mudanças de significado da tatuagem contemporânea – Donnadieu
Débora Krischke Leitão N. 49 Copérnico e Kepler: como a terra saiu do centro do univer-
N. 17 As sete mulheres e as negras sem rosto: ficção, história e so – Geraldo Monteiro Sigaud
trivialidade – Mário Maestri N. 50 Modernidade e pós-modernidade – luzes e sombras – Evi-
N. 18 Um itinenário do pensamento de Edgar Morin – Maria da lázio Teixeira
Conceição de Almeida N. 51 Violências: O olhar da saúde coletiva – Élida Azevedo
N. 19 Os donos do Poder, de Raymundo Faoro – Helga Iracema Hennington e Stela Nazareth Meneghel
Ladgraf Piccolo N. 52 Ética e emoções morais – Thomas Kesselring
N. 20 Sobre técnica e humanismo – Oswaldo Giacóia Junior Juízos ou emoções: de quem é a primazia na moral? –
N. 21 Construindo novos caminhos para a intervenção societá- Adriano Naves de Brito
ria – Lucilda Selli N. 53 Computação Quântica. Desafios para o Século XXI – Fer-
N. 22 Física Quântica: da sua pré-história à discussão sobre o nando Haas
seu conteúdo essencial – Paulo Henrique Dionísio N. 54 Atividade da sociedade civil relativa ao desarmamento na
N. 23 Atualidade da filosofia moral de Kant, desde a perspectiva Europa e no Brasil – An Vranckx
de sua crítica a um solipsismo prático – Valério Rohden N. 55 Terra habitável: o grande desafio para a humanidade – Gil-
N. 24 Imagens da exclusão no cinema nacional – Miriam Rossini berto Dupas
N. 25 A estética discursiva da tevê e a (des)configuração da N. 56 O decrescimento como condição de uma sociedade convi-
informação – Nísia Martins do Rosário vial – Serge Latouche
N. 26 O discurso sobre o voluntariado na Universidade do N. 57 A natureza da natureza: auto-organização e caos –
Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – Rosa Maria Serra
Günter Küppers
Bavaresco
N. 58 Sociedade sustentável e desenvolvimento sustentável:
N. 27 O modo de objetivação jornalística – Beatriz Alcaraz
limites e possibilidades – Hazel Henderson
Marocco
N. 59 Globalização – mas como? – Karen Gloy
N. 28 A cidade afetada pela cultura digital – Paulo Edison Belo
Reyes N. 60 A emergência da nova subjetividade operária: a sociabili-
N. 29 Prevalência de violência de gênero perpetrada por com- dade invertida – Cesar Sanson
panheiro: Estudo em um serviço de atenção primária N. 61 Incidente em Antares e a Trajetória de Ficção de Erico
à saúde – Porto Alegre, RS – José Fernando Dresch Veríssimo – Regina Zilberman
Kronbauer N. 62 Três episódios de descoberta científica: da caricatura em-
N. 30 Getúlio, romance ou biografia? – Juremir Machado da pirista a uma outra história – Fernando Lang da Silveira e
Silva Luiz O. Q. Peduzzi
N. 31 A crise e o êxodo da sociedade salarial – André Gorz N. 63 Negações e Silenciamentos no discurso acerca da Juven-
N. 32 À meia luz: a emergência de uma Teologia Gay – Seus tude – Cátia Andressa da Silva
dilemas e possibilidades – André Sidnei Musskopf N. 64 Getúlio e a Gira: a Umbanda em tempos de Estado Novo
N. 33 O vampirismo no mundo contemporâneo: algumas consi- – Artur Cesar Isaia
derações – Marcelo Pizarro Noronha N. 65 Darcy Ribeiro e o O povo brasileiro: uma alegoria huma-
N. 34 O mundo do trabalho em mutação: As reconfigurações e nista tropical – Léa Freitas Perez
seus impactos – Marco Aurélio Santana N. 66 Adoecer: Morrer ou Viver? Reflexões sobre a cura e a não
N. 35 Adam Smith: filósofo e economista – Ana Maria Bianchi e cura nas reduções jesuítico-guaranis (1609-1675) – Eliane
Antonio Tiago Loureiro Araújo dos Santos Cristina Deckmann Fleck