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MANUAL SOBRE

PNEUS INDUSTRIAIS

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES


QUALIDADE NOSSO MAIOR OBJETIVO

DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO NO BRASIL


DOS PNEUS INDUSTRIAIS

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 1


ÍNDICE
Conceito...................................................................................................03
Sobre este Manual...................................................................................04
Considerações Gerais..............................................................................04
Apresentação da Brazil Trucks................................................................05
Apresentaçãoda Maxxis International......................................................06
Prefácio....................................................................................................08

Noções Gerais Sobre Pneus


Introdução................................................................................................09
Componentes de um Pneu......................................................................10
Requisitos Funcionais do Pneu...............................................................11
Requisitos das Propriedades das Matérias-Prima...................................11
Matéria-Prima de Pneus..........................................................................12

Estudo Técnico Sobre Pneus


Partes do Pneus.......................................................................................13
Tipos de Pneus........................................................................................13
Medidas dos Pneus..................................................................................17
Índice de Carga........................................................................................19
Tabela do Índice de Carga e Símbolo de Velocidaade...........................20
Nomenclatura do Pneus...........................................................................21
Pneus e Empilhadeiras............................................................................22

Aplicações dos Pneus Industriais


Análise Inicial...........................................................................................23
Pneumáticos Diagonais...........................................................................24
Pneus Super Elásticos (Maciços)............................................................24
Press-on-Band (Cushion).........................................................................25
Informações Importantes Sobre a Banda de Rodagem..........................26
Informações Importantes sobre Compostos de Borracha
da Banda de Rodagem............................................................................27

Rendimento dos Pneus Industriais


Pressão dos Pneus..................................................................................28
Recomendações......................................................................................29
Efeitos da Pressão Baixa.........................................................................30
Efeitos da Pressão Excessiva..................................................................30
Efeitos da Velocidade..............................................................................31
Efeitos do Aclive (Rampas)......................................................................31
Avarias e Suas Causas............................................................................31
Cuidados de Manutenção........................................................................34
Recomendações......................................................................................35
Porque os Pneus Maxxis Oferecem o Melhor
Custo / Benefício......................................................................................36
Informações Sobre Garantia....................................................................37

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conceito
A necessidade da otimização dos meios de movimentação de materiais proporcionou um grande
desenvolvimento ao sistema de transportes dando origem ao aparecimento de equipamentos que
substituiram sistemas ultrapassados por sitemas auto-propulsionados ou de comando.

No âmbito industrial surgiram as correias transportadoras, as vagonetas, os vagões, paletadeiras,


etc. Cada equipamento voltado ao sistemas de movimentação de materiais foi sendo aprimorado,
orientado pelas necessidades da produção em crescimento.

Com o crescimento industrial, as industrias apresentaram grande crescimento físico, representado


pelo aumento e diversificação de produtos. Houve necessidade de expansão das áreas industriais
que possibilitasse o aumento dos meios de produção. Porém os investimentos prioritários eram
feitos em meios de produção, e em segundo plano eram feitos investimentos em edificações,
gerando a necessidade da economia de área para recursos indiretos dos meios de produção.

O aumento da taxa de produção por área ocupada com a verticalização de estoques, criou uma
utilização mais efetiva da empilhadeira como meio de transporte e movimentação de materiais
dentro do âmbito industrial. A empilhadeira, devido às suas características construtivas e funcionais,
é o meio mais eficaz de movimentação de materiais, tem utilização em larga escala na
movimentação de materia-prima, produtos em fase de industrialização e produtos acabados.

Sendo facilmente adaptada para uso específico, é o único meio de transporte que concilia as
atividades de movimentação e verticalização de estoques.

As empilhadeiras são equipamentos indispensáveis na movimentação de cargas, assumindo um


papel integrante na rentabilidade da empresa. As empilhadeiras são apresentadas em diversos
modelos, cuja capacidade é adequada para cada aplicação. São construídas com tecnologia de
ponta e cada componente é dimensionado de acordo com as exigências da aplicação.

O futuro das empilhadeiras

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sobre este manual
A escolha incorreta do pneu pode causar grandes prejuízos à empilhadeira e às instalações da
empresa, além de comprometer a segurança do operador, da carga e das pessoas ao redor das
empilhadeiras. O objetivo deste manual é de expor os tipos de pneus industriais, como são
fabricados e quais suas aplicações e, desta forma auxiliar na escolha correta do pneu adequado ao
equipamento e ao serviço.

considerações gerais
Atualmente, podemos verificar que o mercado de movimentação de materiais no Brasil tem
registrado altos investimentos em soluções logísticas para redução de custos. As empilhadeiras
antigas estão sendo substituídas por novos equipamentos de alta tecnologia embarcada, que são
cada vez mais exigidos quanto à sua produtividade. Tal exigência faz com que, cada vez mais,
peças de qualidade sejam fundamentais para uma boa performance e consequente diminuição dos
custos.

Nesse âmbito, os pneus industriais são extremamente importantes, uma vez que representam
uma boa parcela dos investimentos da manutenção das empilhadeiras. A utilização de pneus de
qualidade e seu correto diagnóstico para as mais diversas aplicações são fatores fundamentais em
termos de redução dos custos (menor custo/hora), desgaste dos equipamentos, conforto para o
operador, economia de combustível e redução na emissão de C02.

Cada operação têm suas características próprias e portanto, exige pneus específicos.

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apresentação Brazil Trucks

A BRAZIL TRUCKS têm como objetivo principal, oferecer


produtos e serviços de qualidade além de assegurar, aos seus
clientes, soluções rápidas e eficazes na reposição de peças e
pneus para todos os modelos e marcas de empilhadeiras nacionais
e importadas. A proposta da BRAZIL TRUCKS é a de formar
sempre uma parceria com seus clientes para, desta forma, atender
suas necessidades com agilidade e precisão.

Estrutura

Colocamos à disposição dos nossos clientes além de toda nossa


experiência, uma estrutura eficiente e totalmente informatizada com
programa de ERP desenvolvido especialmente para agilizar o
processo comercial com rapidez e precisão.

Nossos vendedores são especializados, com grande conheci-


mento técnico e contam com frota de veículos própria para
atendimento.

Fornecedores

Para assegurar total qualidade aos seus clientes, a BRAZIL


TRUCKS é distribuidora de grandes empresas com produtos de
excelente aceitação no mercado e credenciadas como forne-
cedores de peças originais pelos maiores fabricantes de
empilhadeiras e equipamentos para movimentação de materiais.
Estoque

A condição de atacadista permite uma melhor negociação de


compra junto aos fornecedores o que resulta em preços compe-
titivos e um melhor CUSTO/BENEFICIO para os clientes.

Qualidade

Nossos clientes são empresas que trabalham dentro do conceito


de qualidade total. Por isso, nossos fornecedores são empresas
reconhecidas pelos maiores fabricantes de empilhadeiras como
fornecedores de peças originais. Além disso, estamos aptos a
analisar, classificar, identificar e embalar todas as peças de acordo
com os mais rígidos conceitos de qualidade.

Com isso, podemos certificar a procedência e oferecer garantia


em todos os produtos por nós comercializados.

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apresentação Maxxis International
A Maxxis é uma das maiores e mais respeitadas
empresas de pneus em todo o mundo. Há mais de
quatro décadas produz pneus de alta qualidade para
carros, caminhonetes caminhões leves, bicicletas,
motocicletas, reboques e karts. Com mais de 20 mil
funcionáros ao redor do mundo, a Maxxis conta com
uma rede de distribuição em mais de 130 países e
possui fábricas na Ásia, Europa e América do Norte. Os pneus industriais Maxxis foram introduzidos
no Brasil pela Brazil Trucks em 1998 e desde então têm se firmado como uma das melhores opções
na reposição de pneus para empilhadeiras e bobcat.

A Maxxis foi fundada em 1967, em Taiwan. Inicialmente


produzia exclusivamente pneus para bicicletas, tornando-se
rapidamente o maior fabricante de pneus de bicicletas do mundo,
título que mantém até hoje. Como não poderia deixar de
acontecer, a Maxxis expandiu gradualmente o leque de seus
produtos: passou a produzir pneus para motocicletas,
automóveis, caminhões e até mesmo para carros de corrida.

Hoje a Maxxis é uma empresa global, operando em diversos


países sem nunca perder o seu foco, a total satisfação do
consumidor, tanto que grandes montadoras como a Ford, GM,
Toyota, Nissan, Yamaha, Suzuki e Honda, entre outras, utilizam
os produtos Maxxis em seus veículos. A Maxxis possui as
certificações internacionais ISO 9000, ISO 14001 e, aqui no
Brasil, é também certificada pelo Inmetro.

Certificados Maxxis

– Inmetro Brazil Quality Standard - Shanghai GM Best


Supplier Award - Shanghai GM Excellent Supplier Award -
Shanghai GM Gold Key Award - Ford Motor Company
World Excellence Award - Ford Motor Company Q1 Quality
Award - Excellent Supplier Awards from Jiangling-Ford
Auto - Excellent Supplier Awards from Zhengzhou-Nissan -
Yamaha Supplier Excellence Award - Taiwan Toyota’s
Export Excellence Award - Taiwan’s National Quality Award
- Ranked on Interbrand’s List of Taiwan’s Top Global Brands for 5 consecutive years - Japan’s
TPM Excellence Award - The big three automakers’ Quality System - Requirements QS-9000
certifcation - International Organization for Standardization 9001 and 14001 certifcation - E
Mark Certifcate from the Economic Commission for Europe (ECE) - Japanese Industrial
Standards (JIS) Certifcate.

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apresentação Maxxis International
Tecnologia VIP

Com o objetivo de testar conceitos nos


estágios iniciais do projeto, os engenheiros da
Maxxis criaram um sistema chamado Virtual
Intelligence Prototyping, ou tecnologia VIP.
Este processo inovador permite mensurar e
prever o desempenho do pneu Maxxis em
cada estágio do processo de fabricação, antes
mesmo que entre em fase de produção.

A tecnologia VIP combina uma série de programas que analisam toda a estrutura e o projeto de
cada pneu Maxxis. O sistema analisa os fatores dos pontos de pressão em níveis de inflagem
variados e pontos de contato como o solo para simular curvas, aceleração, frenagens e efeitos de
deformação e desgaste.

Depois que o conceito de projeto passa por uma análise cuidadosa do VIP, o pneu passa ao
estágio de moldagem, passando por uma bateria de testes de laboratório por meio de uma equipe
de engenharia altamente qualificada. Cada pneu, independente de sua finalidade, é submetido a
exigentes testes nas pistas de provas. A avaliação de desempenho pelos pilotos de testes da Maxxis
é uma etapa considerada fundamental para determinar se o pneu poderá estar disponível para o
consumidor.

MATRIZ VALE DO PARAÍBA


Av. George Eastman, 267
FILIAL CAMPINAS S. J. Campos -CEP 12.237-640 - SP FILIAL ABC
Rua Dois, 79 TELEFAX (12) 3939-2110 Av. Robert Kennedy, 2166
Sumaré - CEP 13.181-001 - SP vendasvale@braziltrucks.com.br S. B. do Campo- CEP 09.860-000 - SP
TELEFAX (19) 3854-6869 TELEFAX (11) 4343-7899
filialcampinas@braziltrucks.com.br filialabc@braziltrucks.com.br

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prefácio
Aparentemente, pneus são todos iguais: preto, redondo e com um furo no meio. Mas só
aparentemente, pois ao nos aprofundarmos no estudo da matéria-prima com as quais são
produzidos e nos detalhes de como são projetados e fabricados, veremos que há uma grande
diferença entre marcas, modelos e fabricantes.

Cada tipo de pneu é desenvolvido e fabricado para atender uma determinada necessidade do
mercado automotivo seja para automóveis de passageiros, caminhões, motocicletas, bicicletas,
aviões, veículos agrícolas ou veículos industriais.

O processo de fabricação é o mesmo para todo tipo de pneu. O que muda é a composição da
materia-prima, o projeto estrutural e o desenho externo. A fabricação de pneus pode ser feita com
meios e equipamentos artesanais e métodos empíricos ou com maquinários de última geração
envolvendo profissionais das áreas de química e física, pilotos de testes e toda uma infraestrutura
para garantir um produto de alta qualidade. E a qualidade é o fator primordial em um pneu, não
apenas na funcionalidade e durabilidade, mas principalmente na segurança das pessoas envolvidas
diretamente no uso do pneu. Uma falha no pneu de um automóvel a 100 Km/h ou no pneu de uma
empilhadeira com uma carga de 2.500 Kg elevada pode provocar sérios ferimentos ou mesmo
morte.

Portanto, conhecer a aplicação correta para cada tipo de pneu e como são fabricados, e saber
identificar os detalhes que mostram a procedência e a qualidade do pneu é fundamental para
garantir a segurança dos funcionários e economia na manutenção das empilhadeiras, além de
proporcionar maior rendimento do trabalho.

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noções gerais sobre pneus
Os pneus são uma das partes mais importantes de um veículo, porque eles são a única parte
deste veículo que se destina a tocar o chão. Em vista desse fato, os pneus foram projetados para
fornecer tração e absorção de impacto, protegendo as rodas do desgaste além de suportar o peso
do veículo. Os requisitos funcionais e as propriedades do material correspondente a fabricação de
um pneu serão apresentados neste manual para ajudar a identificar a utilização correta do pneu e a
diferença de qualidade entre os vários fabricantes de pneus.

Borracha natural e sintética, metal, fibras têxteis e materiais de enchimento serão revistos no que
diz respeito às suas propriedades desejáveis. Os processos de fabricação atual, que reúnem estes
materiais em um pneu serão explicados mais adiante.

1. Introdução

Durante séculos, as rodas têm sido usadas para reduzir as grandes forças de atrito que se opõem
ao movimento de objetos pesados. A maioria destas primeiras rodas de madeira foram
implementados em carruagens puxadas por cavalos. O primeiro desenvolvimento parecido com o
design e a funcionalidade de um pneu foram tiras de aço presas às rodas do carro ao longo de sua
circunferência externa. As bandas de aço proporcionaram um aumento na resistência ao desgaste,
mas não ofereciam qualquer tipo de absorção de choque. A fim de tornar os veículos mais
confortáveis foi colocado couro sobre a superfície de contato das rodas.

Posteriormente, os revestimentos de couro das rodas foram substituíoas por borracha natural e o
conceito do pneu, como é conhecido hoje, começou a se desenvolver. O primeiro obstáculo no
desenvolvimento de pneus foi superado por Charles Goodyear, quando ele desenvolveu o processo
de vulcanização em 1839. Googyear descobriu que o aquecimento de uma mistura de borracha e
enxofre melhora as propriedades físicas da borracha. A borracha vulcanizada se mostrou muito
melhor do que a borracha simples e não era tão suscetível a mudanças de temperatura.

Vários anos após a vulcanização ter sido descoberta, as empresas produziam pneus extrema-
mente pesados de borracha sólida. A fim de deixar os pneus mais leves, John Boyd Dunlop
desenvolveu os pneumáticos, ou seja pneus inflados com ar, em 1888. Os pneumáticos da Dunlop
eram mais leves e absorviam melhor os impactos e choques do pavimento. O pneumático consistia
em um invólucro exterior que era sustentada por um tubo interno cheio de ar. O invólucro exterior
dava proteção para o tubo interno e tração para o veículo.

Cinqüenta anos se passaram sem qualquer alteração significativa na tecnologia dos pneus até
que o pneu diagonal foi inventado. Um pneu diagonal contém camadas de lonas que fortalecem a
carcaça. Cada camada tinha cordões de tecido incorporados na borracha que corriam na diagonal
de um talão (ie borda) para o outro. Todos os cabos dentro de uma única camada correm na mesma
direção diagonal, que é de onde vem o nome "diagonal". Cada camada sucessiva tinha cabos
correndo na direção oposta do que as camadas anteriores para fazer o pneu mais rígido.

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noções gerais sobre pneus
O desenho do pneu radial atual foi introduzido no mercado pela Michelin na França, em 1948.
Pneus radiais diferem do design diagonal uma vez que os cabos são incorporados na borracha
perpendicularmente à direção da banda de rodagem. Os pneus radiais também têm cintas de aço
debaixo da banda de rodagem. Apesar de que os pneus radiais sejam duas vezes mais caro para
serem fabricados, eles aumentam a vida útil da banda de rodagem e diminuem a resistência ao
rolamento. A resistência ao rolamento se refere à quantidade de força necessária para fazer rodar o
pneu. A rigidez das correias nos pneus radiais reduz a resistência ao rolamento, diminuindo a
quantidade de banda de rodagem em contato com o solo (ou seja, área de contato). Por diminuir a
resistência ao rolamento, os pneus radiais melhoram a economia de combustível do veículo.

2. Componentes de um pneu

À primeira vista, o pneu moderno parece ser nada mais do que uma peça redonda de borracha
que se encaixa em uma roda. No entanto, um exame atento revelará que os pneus são realmente
produtos muito complexos.

A parte mais conhecida de um pneu é a banda de rodagem que tem diferentes padrões de
ranhuras em função da sua utilização pretendida. Abaixo da banda de rodagem são várias camadas
de borracha chamado de undertread. O undertread serve para fundir a banda de rodagem com as
cintas e lonas e absorver o calor que se acumula na carcaça. As cintas são tiras de borracha
circunferencial com fios para oferecer suporte para a superfície de contato da banda de rodagem.
Embaixo das cintas está a carcaça que é a união de todas as camadas do pneu. O talão de cada
lado do pneu é feito de fios de aço que prendem o corpo das lonas no local correto. O talão também
cria um ajuste apertado entre o pneu e a roda para assegurar que não haja deslizamento entre os
dois. A camada mais importante de um pneu é o revestimento interno que impede a fuga de ar.

A matéria-prima usada na fabricação de pneus inclui borracha natural, borracha sintética, aço,
tecidos, materiais de enchimentos como mostrado na Tabela 1. Fibras de aço e tecido são usadas
para criar várias camadas ou lonas. O composto de borracha contém materiais de enchimento tais
como o carbono (negro de fumo) para aumentar a resistência ao desgaste e diminuir a resistência ao
rolamento do pneu. Aceleradores, antiozonizantes e antioxidantes estão incluídos no composto de
borracha para ajudar no processo de vulcanização durante a fabricação dos pneus.

Tabela 1: Porcentagem da composição de materia-prima em um pneu.

MATÉRIA-PRIMA PORCENTAGEM
Borracha Natural 14%
Borracha Sintética 27%
Negro de Fumo (Carbono) 28%
Aço 14% a 15%
Fibras texteis, aceleradores,
antioxidantes, enchimento, 16% a 17%
antiozonizante, enxofre, etc

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noções gerais sobre pneus
3.Requisitos funcionais do pneu

A função mais básica do pneu é para proteger as rodas do desgaste. Esta exigência sugere que
os pneus devem ser a única parte da roda em contato com o solo. Uma vez que todo o peso de um
veículo estará apoiado sobre os pneus, eles devem ser rígidos o suficiente para suportar o peso do
veículo.

Operações normais de um veículo requerem que os pneus rolem em qualquer tipo de superfície.
Conseqüentemente, os pneus devem ser feitos de materiais robustos que não sejam suscetíveis de
serem danificados por essas superfícies. Os materiais também devem possuir resistência ao calor
para permanecerem inalterados por altas temperaturas produzidas a partir de atrito entre o solo e os
pneus.

Os pneus também devem produzir tração suficiente para permitir que o veículo transfira a
potência do seu motor para o piso. O pneu deve ser capaz de manter essa tração em qualquer
condição de uso ou situação climática. Ao mesmo tempo, é importante que os pneus não produzam
resistência ao rolamento.

Outra consideração importante é o conforto dos ocupantes de um veículo. Não importa o quão
suavemente pavimentado possa ser o piso, há sempre detritos que podem transferir vibrações e
impactos para dentro da cabine do veículo.

4. Requisitos das Propriedades das Matérias-Prima

A funcionalidade pretendida do pneu e alcançada através de cuidadosos estudos das


propriedades das Matérias-Primas usadas na fabricação do mesmo. Um balanço entre rigidez e
flexibilidade é muito importante para proporcionar ao mesmo tempo, estrutura e absorção de
impactos. este balanço entre rigidez e flexibilidade é alcançado, reforçando a borracha (que é macia)
com fibras rigidas.

Quando os pneus sofrem tensões ao rodar em pavimentos irregulares, eles devem possuir
propriedades elastomeras para absorverem estas irregularidades. Isto significa que o material deve
ser capaz de alongar-se sucessivamente acima de 200% do seu comprimento original sem se
romper e, voltar imediatamente à sua forma original. A matéria-prima também precisa ser resistente
a fadiga causada pelas tensões constantes às quais o penu será submetido ao rodar.

O atrito entre o pneu e a superficie de rodagem gera calor que tende a acumular-se nas cintas e
lonas. A borda de uma cinta ou lona pode atingir temperaturas de até 100°C com o pneu rodando.
Assim, é importante para a concepção do composto de borracha, que a temperatura de fusão das
camadas internas de borracha do pneu seja alta o suficiente para resistir a temperaturas de
operação. A borracha sintética SBR (estireno butadieno) foi testada para funcionar com segurança a
110°C que é ligeiramente superior à temperatura de operação segura de 100 ° C para a borracha
natural (NB).

O material da banda de rodagem do pneu deve fornecer tração suficiente para evitar que o pneu

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gire em falso ou derrape no piso. Um alto coeficiente de atrito vai permitir que o peso do veículo
mantenha os pneus com maior aderência ao chão. Os materiais usados em um pneu também
devem ser resistentes ao desgaste por abrasão e cortes. A adição de enchimento com negro de
fumo na SBR aumenta a resistência ao desgaste e a dureza do composto.

5.Materia-prima de pneus

Como os projetos e desenhos de pneus evoluíram ao longo da história eles têm abordado cada
requisito funcional com mais sucesso. No entanto, somente nas últimas décadas é que os
fabricantes de pneus têm direcionado seu foco em melhorar a funcionalidade dos pneus com novos
materiais. Os primeiros pneus, eram fabricados apenas com a borracha de isopreno natural que tem
alta resistência à abrasão em comparação com muitos outros tipos de borracha. Mais recentemente,
borrachas sintéticas, tais como copolímeros de estireno-butadieno foram utilizados devido a sua
excelente resistência à fadiga. Outra importante de borracha usada na indústria de pneus é
poliisobutileno o qual é impermeável a gases. O Poliisobutileno é usado para criar o revestimento
interno do pneu e também é usado na fabricação de câmaras de ar. O composto de borracha de um
pneu é a combinação de diversos materiais previamente estudados e misturados na proporção
correta com o objetivo de alcançar as propriedades físico-químicas adequadas ao uso final do pneu.

Materiais mais comuns utilizados na composição do composto de borracha:

Borracha Natural (NR), Borracha Sintética estireno-Butadieno (SBR), Borracha Sintética Isobutileno,
Negro de Fumo (Carbono), Óleo para Processamento, Cera Antioxidante, Antiozonizante, Ácido
Esteárico, Oxidante de Zinco, Brometo e Cloreto, Enxofre e Aceleradores de Vulcanização.

Enchimentos são uma parte muito importante nos compostos de borracha para pneu, porque eles
oferecem resistência à abrasão e reforço na estrutura do pneu. Enchimento ou Fillers são materiais
granulados sólidos que estão suspensos no composto de borracha, tais como o carbono negro ou
negro de fumo. Este material não só aumenta a resistência à abrasão da borracha, mas também
aumenta a taxa de vulcanização.

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estudo técnico sobre pneus
1. PARTES DO PNEU

De maneira geral, os pneus são constituídos de várias partes, que chamaremos genericamente de
"carcaça", "revestimento interno" ou "Iiner", "talão", "lateral ou flanco" e "banda de rodagem".

1 Carcaça -Representa a estrutura do pneu. É composta por lonas


de cordonéis de rayon, nylon, poliéster ou multifilamento de aço,
revestidos de borracha para isolar e gerar aderência entre os
componentes, evitando assim o atrito entre os materiais. Tem como
principal responsabilidade resistir à pressão, ao peso e aos
choques que a estrutura vier a receber.

2 Revestimento Interno ou liner - É um revestimento de borracha


que protege a carcaça na parte interna do pneu.

3 Talão - Aro de aço no sentido longitudinal, no qual são amarradas


as lonas do pneu que formam a região de ancoragem dos pneus nos aros.

4 Lateral ou Flanco -Corresponde à área lateral do pneu revestido com compostos especiais
para proporcionar flexão e resistência à fadiga.

5 Banda de Rodagem - A parte do pneu que faz contato com o solo, responsável pela
aderência e pela tração. É formada por compostos que devem resistir à a brasão e à ruptura.

2.TIPOS DE PNEUS

A principal forma de se classificar as diferentes construções do pneu é por meio das


características da sua carcaça.

2A. Pneus Pneumáticos

São pneus que requerem ar e oferecem condições para a carcaça suportar a carga a ser
transportada. Os pneus pneumáticos, por outro lado, podem ser dos seguintes tipos:

Pneu "Com Câmara" ou "Tube Type" - É o tipo mais comum nas empilhadeiras. Exige a
aplicação da câmara de ar internamente. Ao ser inflada, ela manterá o conjunto sob pressão. Para
esse tipo de pneu, é necessário o "protetor", que visa isolar a câmara de ar do aro, evitando que a
primeira seja danificada.

Pneu "Sem Câmara" ou "Tubeless" - É aquele com "liner" mais grosso (revestimento interno de
butil), que faz as vezes de uma câmara de ar grudada à carcaça. Esse tipo de pneu não é usado em
pneus industriais

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2B. Pneus Convencionais, Diagonais ou Cross-Ply

Essa classificação é caracterizada pela estrutura da carcaça, composta por várias lonas cruzadas
"cross-ply", amarradas aos talões. Elas formam um ângulo que, para fins didáticos, classificaremos
como próximo dos 45 graus em relação a uma linha imaginária no sentido longitudinal do pneu.

A principal característica operacional desse tipo de


construção é o menor preço de aquisição. Entretanto, ele tem
certas limitações, já que todos os movimentos e choques da
lateral do pneu são transferidos para a banda de rodagem, o
que de alguma forma prejudica a resistência ao rolamento e
aumenta o desgaste produzido pelo abre-e fecha do desenho
quando toca o solo.

2C. Pneus Radiais

Os radiais são pneus cuja carcaça é caracterizada pela existência


de lona de corpo, representada por cordonéis dispostos de talão a
talão na direção do "raio" do pneu, formando um ângulo aproximado
de 90 graus com uma linha imaginária no sentido longitudinal do
pneu. Tais cordonéis normalmente são de aço, mas também podem
ser de têxteis (rayon, poliéster, nylon).

Estrutura radial da carcaça com fios perpendiculares ao talão

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estudo técnico sobre pneus
Outra característica fundamental dessa
construção é a presença das cintas BANDA DE RODAGEM
estabilizadoras de aço aplicadas sobre a lona
da carcaça (sob a banda de rodagem), em CINTAS DE AÇO E LONAS
ângulos opostos, e centralizados no sentido
longitudinal do pneu. CORDONÉIS DA
CARCAÇA

FIOS DE AÇO DO TALÃO

Uma das vantagens desse tipo de construção é que os impactos e deforma-


ções sofridos na lateral do pneu não são transferidos para a banda de rodagem.
Dessa forma, há perda mínima de contato da banda de rodagem com a super-
fície do solo, resultando em maior tração e estabilidade.

2D. Pneus Maciços e/ou Superelásticos

Os pneus superelásticos de alta tecnologia e de melhor qualidade são aqueles formados por três
diferentes compostos de borracha, com características específicas e que completam totalmente o
volume interno do pneu.

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1 Composto da Banda de Rodagem e Lateral - Responsável pela vida útil, durabilidade
e tração dos pneus.

2 Composto Intermediário ou de "Enchimento" - Mais macio, proporciona mais


conforto ao operador, baixa retenção de calor e baixa resistência ao rolamento.

3 Composto da Base - A rigor, a região que está em contato com o aro é caracterizada
por ser um composto bastante duro e ser desenvolvida para proporcionar o máximo de
estabilidade à empilhadeira. Nesse composto, estão distribuídos os reforços do talão
que tem por objetivo permitir uma melhor fixação do pneu com a roda.

2E. Pneus Cushion ou Press-on-Band

O pneu Cushion ou Prensado ou "Press-on-Band"


COMPOSTO DE
consiste num aro de aço representando um talão BORRACHA ÚNICO
unitário; sobre essa base há uma banda de rodagem (de
forma geral, com um único composto) vulcanizada, BASE DE AÇO
formando um conjunto maciço e pronto para a aplicação.
O anel de aço proporciona uma fácil instalação e
RODA
oferece proteção para a roda e o ombro dos pneus.
Essa estrutura possibilita ainda uma boa dissipação do
calor por meio de sua base de aço.

Esses pneus são especialmente adequados para


movimentações com cargas muito elevadas a baixas
velocidades. Utilizados principalmente em empilhadeiras
contrabalançadas elétricas, tornam-se uma opção
econômica e segura. Possuem uma formidável vida útil
mesmo quando são exigidos ao máximo, tanto em sua
capacidade de carga quanto em velocidade.

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medidas dos pneus
3. MEDIDAS DOS PNEUS

Existe uma diversidade muito grande de formas para informar as características um pneu
industrial, dificultando muitas vezes a identificação do produto.

Para aprofundar um pouco mais a análise, é importante mencionar a nomenclatura das partes do
pneu utilizadas pela indústria, o que tornará possível a compreensão das várias formas de identificar
as diferentes medidas.

B = Largura Nominal da Seção

H = Altura Nominal da Seção

d = Diâmetro do Aro

A = Diâmetro Externo do Pneu

E = Largura do Aro

Observe a leitura das diferentes medidas de pneus segundo uma tabela para melhor
entendimento, considerando que os pneus radiais têm a letra "R" nas suas medidas:

DIÂMETRO LARGURA DA ALTURA % DIÂMETRO


MEDIDA
EXTERNO SEÇÃO DA LARGURA DO ARO
7.00 – 12 - 7 polegadas - 12 polegadas
7.00 R12 - 7 polegadas - 12 polegadas
23 X 5 23 polegadas 5 polegadas - -
18 X 7-8 18 polegadas 7 polegadas - 8 polegadas
18 X 7 R8 18 polegadas 7 polegadas - 8 polegadas
180/70 R8 - 180 milimetros 70 8 polegadas
250 – 15 - 250 milimetros - 15 polegadas
355/65 - 15 - 355 milimetros 65 15 polegadas

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 17


Exemplos:

4
23 X 5 LARGURA DA SEÇÃO

ALTURA
4
DA SEÇÃO

21 X 4

13 DIÂMETRO 21 DIÂMETRO EXTERNO


DO ARO DO PNEU
22 X 41/2

25 X 6

6.00
5.00 X8 LARGURA DA SEÇÃO

6.00 X 9

DIÂMETRO
9
DO ARO
6.50 X 10

7.00 X 12

6
LARGURA DA SEÇÃO
16 X 6-8
ALTURA
DA SEÇÃO

18 X 7-8
DIÂMETRO
8 16 DIÂMETRO EXTERNO
DO ARO DO PNEU
12 X 8-9

23 X 9-10

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 18


medidas dos pneus
150
125/75 - 8 LARGURA DA SEÇÃO (mm)

CORRESPONDE A
75 ALTURA
75% DA LARGURA
DA SEÇÃO
DA SEÇÃO
150/75 - 8

DIÂMETRO
8
DO ARO (pol)
180/70 - 8

200/75 - 9

Podemos observar ainda que uma mesma medida de pneu industrial pode ser expressa de
diferentes maneiras, tanto em polegadas com em milímetros:

Exemplos:

180/70-8 = 18 x 7-8

200/75-9 = 21 x 8-9

29 x 8-15 = 7.00-15

225/75-15 = 28 x 9-15 = 8.15-15

(3a) Índice de Carga (IC) e Símbolo de Velocidade (SV)

É importante saber qual é a capacidade de carga e a velocidade de operação dos pneus.


Antigamente, a capacidade de carga dos pneus era definida pelo número de lonas de algodão com
as quais a carcaça do pneu era construída. Com o aprimoramento das matérias-primas ,as novas
fibras, muitos mais fortes e resistentes substituiram as de algodão usando um número bem menor
de lonas. Criou-se assim o termo “Índice de Carga” (IC) o qual é um número, em uma tabela, que
corresponde a um valor em quilos que o pneu suporta.

Há também uma tabela que mantém uma relação entre letras (SV - Símbolo de Velocidade) e a
velocidade máxima indicada para o pneu.

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 19


medidas dos pneus
Índice de Carga (IC) e Símbolo de Velocidade (SV)

IC kg IC kg IC kg IC kg IC kg IC kg SV Km/h Mph
19 77,5 50 190 81 462 112 1120 143 2725 174 6700 A1 5 3
20 80 51 195 82 475 113 1150 144 2800 175 6900 A2 10 6
21 82,5 52 200 83 487 114 1180 145 2900 176 7100 A3 15 9
22 85 53 206 84 500 115 1215 146 3000 177 7300 A4 20 12
23 87,5 54 212 85 515 116 1250 147 3075 178 7500
24 90 55 218 86 530 117 1285 148 3150 179 7750 A5 25 16
25 92,5 56 224 87 545 118 1320 149 3250 180 8000 A6 30 20
26 95 57 230 88 560 119 1360 150 3350 181 8250 A7 35 22
27 97,5 58 236 89 580 120 1400 151 3450 182 8500 A8 40 25
28 100 59 343 90 600 121 1450 152 3550 183 8750
29 103 60 250 91 615 122 1500 153 3650 184 9000 B 50 31
30 106 61 257 92 630 123 1550 154 3750 185 9250 C 60 37
31 109 62 265 93 650 124 1600 155 3875 186 9500 D 65 40
32 112 63 272 94 670 125 1650 156 4000 187 9750 E 70 44
33 115 64 280 95 690 126 1700 157 4125 188 10000
34 118 65 290 96 710 127 1750 158 4250 189 10300 F 80 50
35 121 66 300 97 730 128 1800 159 4375 190 10600 G 90 56
36 125 67 307 98 750 129 1850 160 4500 191 10900 J 100 62
37 128 68 315 99 775 130 1900 161 4625 192 11200 K 110 68
38 132 69 325 100 800 131 1950 162 4750 193 11500
39 136 70 335 101 825 132 2000 163 4875 194 11800 L 120 75
40 140 71 345 102 850 133 2060 164 5000 195 12150 M 130 81
41 145 72 355 103 875 134 2120 165 5150 196 12500 N 140 87
42 150 73 365 104 900 135 2180 166 5300 197 12850 P 150 93
43 155 74 375 105 925 136 2240 167 5450 198 13200
44 160 75 387 106 950 137 2300 168 5600 199 13600
45 165 76 400 107 975 138 2360 169 5800 200 14000
46 170 77 412 108 1000 139 2430 170 6000 201 14500
47 175 78 425 109 1030 140 2500 171 6150 202 15000
48 180 79 437 110 1060 141 2575 172 6300 203 15500
49 185 80 450 111 1090 142 2650 173 6500 204 16000

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 20


(3b) Nomenclatura Completa do Pneu

Como entender as medidas dos pneus

DIÂMETRO LARGURA ALT. % DIÂMETRO


MEDIDA PR* IC SV
EXTERNO DA SEÇÃO LARG. DO ARO
7.00 – 12 14 - 7 polegadas - 12 pol.
7.00 R 12 16 136 A5 - 7 polegadas - 12 pol.
23 X 5 6 23 polegadas 5 polegadas - -
18 X 7-8 14 7 polegadas - 8 pol.
18 X 7R 8 16 7 polegadas - 8 pol.
18 polegadas
180/70 R8 16 125 A5 180 mm 70 8 pol;
18 polegadas
250 – 15 18 125 A5 250mm - 15 pol.
355/65 - 15 24 355mm 65 15 pol.
PR = Ply Rate ou Lonas

3
2
4

1
5

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1 Medida do Pneu

2 NHS – Not for Highway Service (Não pode ser usado em ruas ou rodovias)

3 Lonas – Indica capacidade de Carga (P.R. = Ply Rate

4 Identificação - Pneu de uso Industrial

5 Modelo do Pneu

6 Advertência para uso de Aro / Roda na medida correta

7 Marca do Pneu

8 Data de Fabricação – Indica a Semana e o Ano em que o pneu foi fabricado (3011 =
trigésima semana de 2011. Um pneu tem prazo de validade de 5 anos)

9 Código DOT(Department of Transportation - USA) – Os números indicam o país, a fabrica,


a máquina e o funcionário que fabricou o pneu.

Número de Série – Dentro do pneu (número único para cada pneu)

3d) Pneus e Empilhadeiras

As empilhadeiras começaram a ter uma maior acessibilidade a partir da Segunda Guerra Mundial.
Empregadas inicialmente apenas para fins militares, atualmente exercem papel fundamental nas
operações logísticas.

Utilizado fundamentalmente para transporte e armazenamento de cargas, esse equipamento, sob


o ponto de vista mecânico e físico, parece-se com um caminhão simples que transporta determinada
carga com seus respectivos eixos de tração e de direção.

A partir daí começam as diferenças, e uma das fundamentais é que, enquanto o caminhão trafega
com o eixo de direção na dianteira e o de tração na traseira, a empilhadeira opera no sentido
inverso.

Outro aspecto fundamental é que um caminhão transporta a carga entre os eixos do veículo e a
empilhadeira, fora dos eixos do veículo. Essas características exigirão que, para a empilhadeira
carregar determinado peso nos garfos, deverá ter, em contrapartida, um peso resultante de lastro
maior no eixo direcional (traseiro), proporcionando ao veículo condições de transportar cargas.

Isso equivale a dizer que, com carga normal, a maior parte do peso estará aplicada ao eixo
dianteiro; sem a carga, o peso ficará transferido para o eixo traseiro. Essas características tem fator
determinante sobre na escolha do pneu correto, assim como na segurança, carga e velocidade.

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 22


Carga

aplicações dos pneus industriais


Análise Inicial

Um fator determinante para pneus industriais diz respeito à escolha do tipo de estrutura a ser
utilizada, que deve estar sempre diretamente relacionada com as características da aplicação. Além
disso, obviamente devemos atender às expectativas do usuário em relação ao comportamento e à
vida útil dopneu.

Eis alguns pontos que é preciso analisar:

1. Em que tipo de terreno será aplicado o pneu (concreto, asfalto, bloquete, terra) ?

2. Qual a intensidade da operação (severa, tranquila)?

3. Qual será o tipo de deslocamento (longo, médio, curto)?

4. Qual será o tipo de ciclo do serviço (ininterrupto, intermitente, quantos turnos)?

5. Qual será a velocidade de trabalho predominante?

6. Qual percentual de trabalho será realizado com carga máxima?

7. O que o cliente procura?

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• Horas trabalhadas?

• Conforto, aderência, estabilidade lateral?

• Robustez, baixa resistência ao rolamento?

• Baixa manutenção?

Apenas após termos analisado todas essas variáveis é que estaremos aptos a indicar o melhor pneu
para a operação.

(4a) Pneumáticos Diagonais ou Convencionais

São pneus que, em função de sua construção, apresentam excepcional estabilidade lateral e alta
resistência a impactos quando aplicados a empilhadeiras e veículos de aeroporto.

São indicados quando operam em médias e longas distâncias (de 500 metros a 3.000 metros),
preferencialmente em terrenos regulares e com velocldades médias.

As principais características desses produtos são:

• Menor custo de aquisição.

• Ótima estabilidade lateral.

• Maior resistência de carcaça na lateral para terrenos severos.

• Boa capacidade de tração.

• Boa resistência a manutenção deficiente.

• Boa resistência a pressão inadequada.

• Ótima aplicação para qualquer tipo de serviço.

Os pneus convencionais também apresentam grande profundidade sulco.

(4b) Pneus Super Elásticos (maciços)

Os pneus superelásticos têm como principal característica a sua própria


construção compacta, robusta e adequada para serviços extremamente
árduos, destacando-se em terrenos lisos e regulares. São indicados para
operar dentro ou fora de instalações industriais, em situações que
apresentam grande risco de perfuração ou ataque à banda de rodagem por
materiais pontiagudos e contundentes.

Esses pneus são excelentes para serviços de rotas curtas (até 200 metros) e
rápidas, nas quais devem ser aplicadas velocidades pequenas e médias
(entre 16 e 20 km/h, mas nunca acima de 25 km/h). Para aplicações com

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cargas que exijam elevações maiores, adaptam-se melhor que os pneumáticos por terem menor
movimentação lateral da torre da empilhadeira.

Outro fator determinante é que esse é um produto que praticamente não necessita de manutenção e
evita ainda os tempos perdidos nas eventuais trocas de pneus por perfuração, algo extremamente
crítico nas operações de carga e descarga, que causa consideráveis perdas aos usuários.

Suas características principais são:

• Rodar extremamente macio.

• Alta performance.

• Excelente estabilidade.

• Manutenção simples.

• Baixa resistência ao rolamento.

• Extrema resistência aos choques.

• Evitar perda de tempo na oficina para reparos.

• Ótima aplicação para ciclos curtos de serviços.

(4c) Press-on-Band ou Cushion

Esses pneus são especialmente adequados para movimentações em


baixas velocidades, mas têm capacidade de suportar altíssimas cargas.
São utilizados principalmente em empilhadeiras contrabalançadas
elétricas, tornando-se uma opção econômica e segura. Possuem uma
formidável vida útil mesmo quando exigidos ao máximo, tanto em sua
capacidade de carga quanto em velocidde.

São totalmente à prova de furos e têm fácil manutenção. Apresentam


também baixa resistência ao rolamento, desde que aplicados a terrenos
regulares, e são recomendados para trajetos curtos, nos quais os
espaços são limitados, como grandes maquinários em área restrita ou na
estocagem de materiais e/ou produtos acabados.

Suas outras características incluem:

• Excelente estabilidade mesmo transportando cargas altas.

• Ótima estabilidade direcional.

• Excelente dissipação de temperaturas por meio do próprio aro.

• Perfeita fixação do pneu no.aro.

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• Estrutura lateral do pneu perfeitamente protegida pelo aro.

• Baixíssima resistência ao rolamento.

Tabela Comparativa para Aplicação dos Pneus Industriais

TIPO DE PNEU
CARACTERÍSTICAS
Pneumático Super Elástico Cushion
Velocidade Máxima 50Km/h 25Km/h 20Km/h
Velocidade para Empilhadeiras 20Km/h 20Km/h 16Km/h
Velocidade para Outros Equipamentos 20Km/h 20Km/h 16Km/h
Curta Distância de 500 à 1000 metros
Média Distância de 500 à 1000 metros
Longa Distância até 3000 metros
Capacidade de Tração
Durabilidade
Estabilidade com Carga
Resistência a Furos e Materiais
Facilidade de Manutenção
Baixa Resistência ao Rolamento
Conforto/Proteção para Transporte
Tempo Perdido com Perfurações
Adequado Aceitável Crítico

(4d) Informações Importantes sobre a Banda de Rodagem

“Tipos de Rodagem”

Quando observamos os diversos tipos de desenho na banda de rodagem, podemos pensar que
essas diferenças proporcionam performances diferente.

Diferentemente dos pneus de automóveis e caminhões, os pneus para empilhadeiras possuem


poucos desenhos de bandas de rodagem diferentes, servindo igualmente para qualquer tipo de
terreno e operação. O mesmo desenho de banda de rodagem serve inclusive para diferentes eixos
(tração e direcional). A maior diferenciação está na estrutura do pneu a ser utilizada na operação.

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 26


Certamente, os pneus possuem desenhos na banda de rodagem para oferecer alta capacidade
de tração e boa aderência, mesmo em pisos molhados, além de resistir às diferentes exigências dos
serviços.

Porém, o que se tem observado em vários testes realizados com pneus industriais é que a
influência do desenho da banda de rodagem em empilhadeiras geralmente é pequena.

Os desenhos da banda de rodagem passam uma impressão e expectativa que,


surpreendentemente, são diferentes da real tração obtida por eles.

Para pneus superelásticos, o fato de o desenho da banda de rodagem ter sido totalmente
utilizado, ou seja, o pneu estar “liso”, não determina o fim de sua vida útil. Nesse.caso, o consumidor
poderá otimizar a utilização do pneu até o limitador de desgaste (60 joules). Aliás, o desgaste do
pneu é muito menor quando a banda de rodagem está “lisa”

O fato de os pneus superelásticos estarem sem o desenho na banda de rodagem não interfere no
desempenho nem na segurança da empilhadeira.

Diferentemente dos veículos de passeio, que são leves e rodam em altas velocidades, os veículos
industriais são muito pesados e devem obrigatoriamente ser operados em baixa velocidade. Essa
combinação de peso elevado e baixa velocidade proporciona aos pneus da empilhadeira uma boa
aderência, mesmo em situações de piso úmido.

Mesmo assim, vale ressaltar que a atenção deve ser redobrada em pisos úmidos, devendo-se
evitar rampas com inclinações muito acentuadas.

(4e) Informações importantes sobre Compostos da Banda de Rodagem

Tipos de compostos (Normal, Não Manchante, Antistatico)

As sofisticações no mercado levaram a industria de pneus a criar compostos específicos para as


diferentes exigências dos consumidores.

Hoje, além dos compostos considerados “normais”, produzidos com negro-de-fumo (Rodagem
Negra), existem pneus desenvolvidos chamados de “não manchantes” (non marking) porque são
desenvolvidos com compostos especiais que não deixam marcas ou manchas sobre os solos limpos
e claros, e que oferecem baixíssima resistência ao rolamento.

Composto Convencional Composto Não Manchante

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Atividades industriais como a farmacêutica, a de produtos alimentícios, a de bebidas, a de
eletrônicos, a de papel e a aeroespacial formam o principal nicho de mercado para aplicação de tais
produtos. Nesses serviços, entre todos os cuidados de limpeza absoluta, estão incluídos também os
pneus.

Os pneus “Não Manchantes” requerem uma atenção especial com relação aos solos nos quais
serão aplicados. Já vimos que são ideais para solos internos e limpos; caso, porém, o equipamento
trafegue em solo sujo, impurezas aderirão ao pneu, que as transferirá para a área limpa, perdendo-
se aí o benefício.

Isso equivale a dizer que os pneus “Não Manchantes” são indicados para operar exclusivamente
em áreas limpas. Basta observar que os pneus novos entregues aos clientes têm suas bandas de
rodagem envoltas em material plástico para chegarem absolutamente limpas.

Para as atividades em que existe o risco iminente de explosões ou acidentes causados por
eletricidade estática, são empregados pneus com compostos antiestáticos. Eles representam a
resposta técnica a essa exigência de segurança, em que o próprio composto do pneu funciona como
um fio-terra.

Esse avanço possibilita a eliminação do risco potencial para atividades em refinarias, poços de
petróleo ou áreas de armazenamento de materiais voláteis e explosivos. Hoje, o avanço na área de
compostos é tão marcante que já é possível desenvolver compostos resistentes a inimigos naturais
da borracha, como o óleo, a graxa e os solventes.

Rendimento dos Pneus Industriais

Pressão dos Pneus

Assim como os pneus superelásticos e Cushion estão livres da necessidade de utilizar ar


internamente, os pneumáticos têm neste item um dos mais importantes fatôres para oferecer uma
performance satisfatória para o cliente, reduzindo substancialmente os custos ao receberem o
tratamento adequado.

Já vimos que cada pneu tem uma pressão mínima de aplicação para determinada carga, o que
equivale a dizer que se, eventualmente, a pressão aplicada estiver abaixo do especificado, o
resultado será o mesmo de usar o pneu com sobrecarga, com todas as suas desagradáveis
consequências, como:

• Desgaste irregular;

• Superaquecimento da carcaça;

• Separação de componentes (estouros ou bolhas);

• Baixo rendimento;

• Perda de estabilidade direcionale.de operação;

• Aumento da resistência ao rolamento;

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 28


• Maior consumo de combustível.

Ou seja, a calibragem correta e a manutenção da pressão constituem o fator determinante para a


vida útil dos pneumáticos e a consequente redução de custos.

Com a pressão correta, os pneus apresentam sua máxima eficiência, garantindo o melhor
aproveitamento da carcaça e, como resultado, obtendo o melhor custo-benefício.

Pressão Correta Pressão Baixa Pressão Alta

Recomendações

Cada fabricante de pneu recomenda a pressão adequda para os penus que ele fabrica. É de
extrema importância para a performance dos pneus seguir rigorosamente a calibragem indicada.

Os pneumáticos exigem uma manutenção periódica, sendo ideal a checagem semanal da


pressão. É recomendado calibrar os pneus quando estes ainda estão frios, geralmente no período
da manhã ou após duas horas de máquina parada.

Geralmente, esses pneus apresentam especificações de pressão de trabalho relativamente altas


– em sua maioria, acima de 100 PSI. É fundamental as empresas utilizarem um compressor capaz
de atingir esses valores elevados de pressão.

É importante salientar também que, dependendo do tipo de aplicação, podem ser recomendadas
outras pressões, diferentes da especificada, como nos casos de trabalho em terrenos com inclinação
de rampa ou em serviços nos quais metade do trajeto é realizada sem carga.

Mesmo nesses casos, o pneu terá que continuar sendo capaz de transportar a carga de forma
segura.

Cada caso deverá ser estudado particularmente por meio de uma pesagem de equipamento, suas
cargas mais comuns, ciclos, etc., sempre orientados pelo fabricante do pneu ou da empilhadeira.

Obs.: Para rodas bipartidas, a pressão máxima não pode exceder 110 PSI.

NOTAS: Algumas informações importantes referentes às capacidades de carga e às pressões de


inflagem:

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 29


• Nas aplicações industriais, os pneumáticos, quando montados em rodas livres (não
direcionais) poderão ter suas capacidades de carga acrescidas em 10% sem que haja
necessidade de aumento de pressão nos pneus.

• Nas aplicações em veículos como empilhadeiras, com velocidades até 5 km/h e com ciclos
de até 100 metros, as cargas máximas podem ser acrescidas em até 12%, sem que haja
nessecidade de aumento de pressão nos pneus.

5a) Efeitos da Pressão Baixa

Já vimos que cada pneu tem uma pressão mínima de aplicação para determinada carga, o que
equivale a dizer que se, eventualmente, a pressão aplicada estiver abaixo do especificado, o
resultado será o mesmo de usar o pneu com sobrecarga, com todas as suas desagradáveis
consequências, como:

• Desgaste irregular;

• Aumento da temperatura do pneu, verificado


principalmente nas laterais, devido ao aumento de curso
de flexão das laterais;

• Separação entre lonas e componentes (estouros ou


bolhas);

• Baixo rendimento;

• Perda de estabilidade direcional e de operação;

• Aumento da resistência ao rolamento e consequente maior consumo de combustível;

• Trincas nas laterais.

• Perda prematura da carcaça; o excesso de flexão das laterais leva a rachaduras e à


separação entre a lona e a borracha, degradando a banda de rodagem.

(5b) Efeitos da Pressão Excessiva

Menos impactantes que a baixa pressão, os efeitos da pressão


excessiva são responsáveis pela perda de performance,
resultando em:

• Desgaste acentuado no centro da banda de rodagem;

• Maior possibilidade de quebra de carcaça por impacto;

• Desconforto devido as vibraçoes e impactos.

• Aumento excessivo da temperatura.

• Trincas e rachaduras

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 30


(5c) Efeitos da Velocidade

O segundo fator que mais afeta a vida do pneu é a velocidade. Todos os pneus têm limites
especificados, o que equivale a dizer que foram projetados para flexionar um número de vezes com
a carga correspondente num determinado intervalo de tempo. Uma velocidade acima da
especificada fará com que essas deflexões gerem calor, aumentem a pressão (e/ou temperatura)
interna e provoquem atrito entre as diferentes partes do pneu, gerando risco de separação entre
componentes e diminuindo significativamente a vida do produto.

Entretanto, os pneus industriais podem, dependendo do tipo de serviço, ser aplicados a diferentes
velocidades que determinarão mudanças das cargas, para uma mesma pressão.

Apenas os pneus aplicados em empilhadeiras têm um valor máximo de velocidade estabelecido


em 25 km/h.

Com relação aos pneus superelásticos, se por um lado estes estão livres da necessidade do ar, o
fato de serem maciços os torna mais suscetíveis ao aumento da temperatura interna, além de terem
dificuldade maior na dissipação dessa temperatura.

Comparados aos pneus radiais, demoram cerca de 2,7 vezes mais para resfriar totalmente após a
operação. Isso faz com que o excesso de velocidade seja muito mais crítico para esses pneus do
que para os pneumáticos, fazendo com que a indústria estabeleça uma velocidade máxima de
aplicação de 25 km/h para o supererelástico e 16 km/h para os prensados (cushion),
independentemente do tipo de veículo ou aplicação.

NOTAS

1. Por questões de segurança, as velocidades médias de operação com empilhadeiras vão de 16 à


20 km/h

2. Todos os valores de velocidade máxima são referenciais e estão diretamente ligados aos itens de
segurança, às recomendações dos fabricantes das empilhadeiras, dos tipos e locais das operações.

(5d) Efeitos do Aclive (Rampas)

Os serviços em aclives, além das dificuldades normais de segurança na operação para a


empilhadeira, podem gerar sobrecarga.nos pneus.

Resumidamente, o valor máximo de aclive aceitável para operações com empilhadeira é de 10%,
e o equipamento requer rampas com aspereza sufuciente para permitir a tração dos pneus de forma
eficiente.

AVARIAS E SUAS CAUSAS

Os casos mais comuns de avarias de pneus ocorrem principalmente por questões ligadas à
montagem e à desmontagem do produto, ou ainda em função de falhas de operação, como pressão
inadequada, carga excessiva, velocidade incompatível, temperaturas de trabalho incompatíveis e
choques contra obstáculos.

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 31


As avarias causadas por defeito de fabricação acontecem, em 95% dos casas, nos primeiros 5
dias após o início do uso do pneu.

Algumas causas de remoção mais comuns para pneus industriais:

Bolhas de Ar na Banda de Rodagem e/ou Lateral

Separação entre lonas ou componentes causados por


choques, baixa pressão ou sobrecarga. Nem sempre são
identificados de imediato, mas, com a continuação da
operação, o aumento da temperatura produzirá a bolha.

Trincas Radiais na Lateral

Trincas causadas por choques laterais ou ainda por operação


com sobrecarga ou baixa pressão. Essas trincas, de forma geral,
iniciam-se entre os gomos do ombro e progridem pela lateral.

Desgaste no centro do pneu

Gerado por uso durante longo período com pressão de ar


excessiva, ou sobrecarga. Pode ocorrer ainda devido a aplicação de
aro excessivamente estreito.

Quebra Diagonal X ou Y

Quebra de carcaça causada por choque ou impacto sobre


obstáculos em qualquer posição do pneu. Ocorre apenas em
pneus convencionais.

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 32


Separação entre Componentes

Gerados por superaquecimento ou propagação de danos causados


por choques contra obstáculos, principalmente na região de ombro.
Nessa posição, os danos podem aumentar circunferencialmente em
função de esforço da lateral ou geração de calor.

Arrancamento -Operação Inadequada

Condições excessivamente severas de aplicação de pneu


superelástico ou ainda aplicação inadequada. Exemplo: pátios ou
áreas com pedras ou material solto, gerando arrancamento.

Trincas Radiais do Ombro até o Talão

Efeito de aplicação com longos períodos de sobrecarga, podendo


ocorrer tanto no eixo direcional como no eixo de tração. O
problema pode ser causado ainda por trabalhos em rampas nas
quais o pneu, mesmo corretamente dimensionado, está operando
com sobrecarga devido à inclinação.

Trinca Circunferencial na Região do Talão com


Arrancamento de Borracha

Consequência de dano causado por má montagem devido ao


não uso de proteção para o talão. Os problemas derivados da
má montagem geram falhas de produto das mais variadas
formas, porque enfraquecem a região do talão, que é uma
área sujeita a enormes esforços.

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 33


Trinca Radial ou Axial na Área do Talão

Falha de montagem devido a aro inadequado.

Separação por Superaquecimento

Separação entre componentes, num pneu super elástico,


gerada por superaquecimento. As principais origens são a
má aplicação quanto ao ciclo, a distância, a velocidade ou
ainda devido a sobrecarga.

Base do Talão Danificada

Falha no processo de montagem causado por aplicação de aro


indevido, por falta de lubrificação, equipamento deficiente, ou mão-
de-obra não treinada.

Cuidados de Manutenção com Pneus Industriais

É muito importante os cuidados com a manutenção dos pneus industriais, tanto para garantir uma
maior vida útil e a performance desejada como também, para a segurança das pessoas envolvidas
direta e indiretamente na movimentação de materiais dentro da empresa.

Pneus Pneumáticos:

1. Verificar a pressão com os pneus frios ao menos uma vez por semana ou quando notar
qualquer alteração que indique pressão baixa;

2. Examinar o estado dos pneus antes de cada turno de serviço para detectar rachaduras,
arrancamentos de pedaços de borracha, bolhas, trincas ou objetos que tenham penetrado na
camada de borracha. Nestes casos não tente remover o objeto. Avise imediatamente a
manutenção da sua Empresa;

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 34


3. Examinar os sulcos dos pneus e remover qualquer tipo de objeto que esteja preso entre os
blocos da banda de rodagem.

4. Não deixe a empilhadeira estacionada com carga suspensa nos garfos;

5. Observar atentamente o desgaste da banda de rodagem. Jamais deixar o desgaste atingir o


nível das lonas.

6. Aumentar a pressão dos pneus não aumenta a capacidade de carga dos mesmos;

7. Não operar a empilhadeira com carga maior do que a determinada pelo fabricante;

8. Não trafegar em velocidade acima de 20Km/h ou a recomendada no local de trabalho.

Pneus Superelásticos

1. Examinar os pneus antes de cada turno de trabalho para detectar deformidades, rachaduras,
trincas, etc;

2. Examinar e limpar os sulcos da banda de rodagem;

3. Verificar o nível de desgaste. Pneus de qualidade tem indicadores de desgaste. Não utilize os
pneus abaixo deste indicador.

4. Não trafeguar em pisos irregulares.

5. Verificar se os anéis-trava estão bem posicionados;

Com relação à empilhadeira

1. Verificar o estado dos rolamentos das rodas; observe se há folgas;

2. Verificar o estado dos terminais de direção e das mangas de eixo;

3. Verificar o estado das rodas e substituir imediatamente em caso de rachaduras, deformações


e desalinhamento.

Recomedações:

1. Trocar sempre os 4 pneus de uma vez. Em caso de desgaste diferenciado, trocar os pares
(dianteiros ou trazeiros);

2. Desmontagem, montagem e instalação dos penumáticos devem ser feitas com equipamento
apropriado e pessoal treinado;

3. Não utilizar pneus de fabricantes diferentes na mesma empilhadeira;

4. Não monte pneumático sem protetor de câmara;

5. Em caso de anormalidades com o pneu, parar a empilhadeira e entrar em contato com o

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 35


fornecedor imediatamente para não comprometer a garantia dos pneus. Um pneu com defeito
de fabricação que continua rodando pode se tornar um pneu sem direito a garantia uma vez
que o defeito pode ser mascarado pela rodagem inadequada do pneu.

6. Em caso de dúvidas, entre em contato com o fornecedor do pneu e peça orientação técnica.

PORQUE OS PNEUS MAXXIS OFERECEM O MELHOR CUSTO / BENEFÍCIO:

A Maxxis International está entre os 10 maiores fabricantes de pneus no mundo e está presente
no mercado de mais de 100 países o que representa o alto nível de qualidade dos pneus. Além
disso, a Maxxis desenvolveu o sistema VIP (Virtual Intelligence Prototyping) que são programas de
computadores capazes de desenvolver, projetar e simular virtualmente as condições de uso de
qualquer pneu fabricado pela Maxxis. Com este sistema, os cálculos estruturais, o desenho do pneu
e a combinação de matérias-primas são submetidas à testes antes mesmo do pneu ser fabricado.
Desta forma, as características desejáveis dos pneus são enviadas à fabrica que produzirá um
protótipo para ser testado fisicamente em condições de trabalho reais. Somente após a aprovação
nos testes é que o pneu será produzido em série para ser disponibilizado nos mercados.

Com este sistema a Maxxis produziu um composto de borracha mais apropriado ao clima tropical,
onde as altas temperaturas no verão e as condições climáticas são mais agressivas, proporcionando
maior resistência ao calor, que é o maior inimigo da durabilidade e desempenho de um pneu. Isto
tem proporcionado uma vida útil de 30% a 40% maior do que os concorrentes diretos.

Outros detalhes que fazem a diferença nos pneus Naxxis são:

• Carcaça com lonas reforçadas;

• Laterais com composto especial que


absorvem melhor os impactos do piso
com menos geração de calor

• Talões com fios reforçados que permitem


um melhor ajuste do pneus na roda;

• Composto de borracha da banda de


rodagem mais resiste a furos, abrasão e
calor;

• Maior vida útil do pneu.

• Blocos mais espaçados na banda de


rodagem permitem melhor elasticidade do
composto de borracha com menor
geração de calor.

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 36


Informações Sobre Garantia de Pneus Industriais

A garantia para pneus ainda é um assunto que causa muita discussão devido a falta de uma
política clara por parte de alguns fabricantes e distribuidores. A Brazil Trucks adota o padrão de
garantia da Maxxis International o qual também é padrão dos grandes fabricantes.

A garantia somente cobre defeitos comprovadamente causados por problemas de matéria-prima


ou fabricação o que corresponde a apenas 2% das reclamações em garantia (veja tabela abaixo):

DEFEITO %
Fabricação e Matéria-Prima 1%
Montagem e Desmontagem 10%
Falta de Manutenção 15%
Uso inadequado 74%

OBS.: Os defeitos de matéria-prima ou fabricação ocorrem geralmente nos primeiros 10 dias de uso
do pneu após ser instalado na empilhadeira.

Garantia Limitada

A garantia limitada tem validade por 60 meses contados da data da compra ou até o fim da vida
útil do pneu (o que ocorrer primeiro), para defeitos de matéria-prima ou fabricação e obedecem ao
seguintes critérios:

a) Ate 25% de uso, o pneu será reposto com preço 0 (zero) para o cliente desde que esteja
dentro das exigências da garantia;

b) Após 25% de uso, o pneu será reposto com cobrança proporcional do preço de mercado. O
cálculo é feito multiplicando-se a porcentagem JÁ UTILIZADA da banda de rodagem pelo
preço de mercado do pneu no momento da reposição.

Exemplo: Um pneu com preço de R$300,00 que rodou 30% da sua banda de rodagem será
reposto com custo de R$90,00 para o cliente.

c) As despesas de montagem, desmontagem e transporte dos pneus são por conta do


reclamante da garantia.

d) Para ter direito a garantia é necessário:

1. Já ter preenchido o formulário de registro do pneu (via web);

2. Enviar o formulário de reclamação de garantia (via web)

3. Se necessário, enviar o pneu reclamado.

e) Todos os casos de reclamação de garantia serão analisados pela Brazil Trucks e, se


necessário enviados à fabrica da Maxxis International (os custos correm por conta do

PNEUS E PEÇAS PARA EMPILHADEIRAS SÃO AS NOSSAS ESPECIALIDADES 37


reclamante).

Nota: Os formulários e a Política de Garantia (na íntegra) estão disponíveis na internet através do
site da Brazil Trucks www.braziltrucks.com.br

Pesquisa e Diagramação Depto. Marketing da Brazil Trucks Ltda.


J. Eduardo kezerle
Maio 2012

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