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Confiabilidade: Aula 7

Análise de Sistemas Série-Paralelo-Mixto

Professora Ariane Ferreira


Aula6: Análise de sistemas
2

Aula baseada nas seguintes referências:


Aula baseada nas seguintes referências:

[1]Fogliatto, F.S., Ribeiro, J.L.D. Confiabilidade e Manutenção Industrial,


editora Elsevier Ltda, 2009.Capitulo 5.

[3]Elsayed,E.A. Reliability Engineering. Nova York: Prentice Hall,


1996.Chapitre 2.

[4]Rousand, M., Hoyland, A. System Reliability Theory: Models, Statistical


Methods and Applications, 2ed. Nova York John Wiley, 2003.Chapitre 3.

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Sistemas:
1. Série

2. Paralelo

3. Combinações Paralelo-Série, Série-Paralelo

4. Sistemas k-em-n

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Suposições comuns a todos os sistemas


analisados
Confiabilidade de sistemas é avaliada num ponto t
no tempo; ou seja, componentes apresentam
confiabilidades estáticas em t.

Componentes dos sistemas apresentam-se em dois


estados: operantes ou não-operantes.

Componentes falham independentemente.

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Sistemas representados por diagramas


funcionais de blocos
Diagrama descreve função do sistema; p/
sistemas c/ mais de uma função = mais de um
diagrama.

Componente representado por bloco:

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Notação
Ei = evento do componente i estar operante no
momento da verificação.

Ri = P(Ei) = confiabilidade do componente.

RS = confiabilidade do sistema.

Atenção: medidas avaliadas no tempo t de


interesse para o analista.

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1. Sistemas em Série
Na prática, esta é a configuração mais comum.
Num sistema em série, todos os componentes
devem funcionar para que o sistema funcione.
O diagrama de blocos para este sistema é:

1 2 n

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A confiabilidade do sistema é:
RS = P[E1 ∩ E2 ∩ K ∩ En ]
ou seja, o sistema funciona se todos os
componentes funcionarem (por isso a
intersecção de eventos).
Supondo independência entre falhas:
RS = P( E1 ) × P ( E2 ) × K × P( En )
ou
n
RS = ∏ Ri
i =1

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Propriedades do arranjo em série


Confiabilidade do sistema decresce
rapidamente a medida que no de componentes
aumenta. R(t) versus n
1,000 Exemplo:
Confiabilidade do

0,800 Suponha componentes c/ R =


sistema

0,600
0.9 num determinado tempo.
0,400
0,200
0,000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Número de componentes

Limite superior de Rs = confiabilidade do


componente mais fraco; isto é: RS ≤ mini
{Ri }
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Exemplo 1: impressora a laser

[3]Elsayed,E.A. Reliability Engineering. Nova York: Prentice Hall, 1996.Chapitre 2, pg 71.


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Ex1: impressora a laser: Diagrama de blocos


1
Defletor Fonte do Estação de
Laser Espelho
ótico laser sobreposição

Estação de Estação de Rolo Estação de


limpeza revelação copiador carga

Estação de Estação de Estação de Transportador


descarga alimentação transferência de papel

Depósito de Rolos Placa de


cópias estabilizadores préaquecimto
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Confiabilidade dos componentes


Componente Confiabilidade A confiabilidade do sistema é:
1 0,8760
n
RS = ∏ Ri
2 0,8200
3 0,9187
i =1
4 0,9789
5 0,9760 RS = (0.8760 × 0.8200 × K × 0.8034)
6 0,9907
7 0,8029 RS = 0.111
8 0,8811
9 0,9718 Para obtermos uma confiabilidade de, digamos,
10 0,8276 80% para o sistema:
11 0,8488
12 0,8090
RS ≈ 1 − n(1 − R ) R ≈ 0.9875
13 0,8064
14 0,8327
0.8 ≈ 1 − 16(1 − R )
15 0,8437
16 0,8034 Confiabilidade necessária
p/ componentes.
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Exemplo 2: telefone sem fio


Sistema em série composto por fonte, base e
telefone.
Componentes apresentam taxas de falha
constantes:
Fonte:
λ f = 5 falhas 10 h
6

Base: λb = 3 falhas 106 h


λ
Telefone: t = 15 falhas 10 6
h
Determine confiabilidade p/ 1000 horas de uso.

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Confiabilidade dos componentes:


−λ f t −5 × 10−6 (1000) − λ bt −3 × 10−6 (1000)
R f (1000) = e = e = 0.995 R b (1000) = e =e = 0.997
−λ tt −15 × 10−6 (1000)
R t (1000) = e = e = 0.985

Fonte Base Telefone


Rf = 0,995 Rb = 0,997 Rt = 0,985

Confiabilidade do sistema:

R S (1000) = R f × R b × R t = 0.977

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2. Sistemas em Paralelo
Num sistema em paralelo, todos os componentes
devem falhar para que o sistema falhe.
Expressão da Confiabilidade:

QS = P[E1 ∩ E2 ∩ K ∩ En ]
não-confiabilidade do sistema
n
QS = P( E1 ) × P ( E2 ) × K × P ( En ) = ∏ (1 − Ri )
i =1
n
RS = 1 − ∏ (1 − Ri )
i =1

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Três tipos de arranjo em paralelo


Paralelo puro: componentes em operação
simultânea; falhas não afetam desempenho dos
componentes sobreviventes.

1
A expressão de confiabilidade
apresentada anteriomente
2 serve p/ este tipo de sistema.

M
n

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Exemplo de sistemas em paralelo puro


Considere sistema com 3 componentes em paralelo:
a 1 (0.90) b 3
RS = 1 − ∏ (1 − Ri )
2 (0.80) i =1

3 (0.75) RS = 1 − [(1 − 0.9) × (1 − 0.8) × (1 − 0.75)] = 0.995


RS é maior que a confiabilidade do melhor
componente.
Quando componentes. apresentam somente dois
modos de falha, RS aumenta com o no de
componentes.

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Três tipos de arranjo em paralelo


Paralelo com standby
Componente em standby somente é ativado
quando componente ativo falhar.

1 Expressão de confiabilidade
deste sistema no caso de
chave de troca (C) perfeita
C dada a seguir.

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Exemplo anterior com chave de troca perfeita

Ti = tempo-até-falha do i-ésimo componente,


c/ densidade fi(t).

R (t ) = P (T1 > t ) ∪ (T1 ≤ t ∩ T2 > t − T1 ) 


2
S
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Modos de sucesso não podem ocorrer


simultaneamente
Confiabilidade do sistema:
t
RS2 (t ) = R1 (t ) + ∫ f1 (t1 ) R2 (t − t1 )dt1
0

No caso especial de componentes com taxa de


falhas constante (=λ):

RS2 (t ) = e − λt (1 + λ t )

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Três tipos de arranjo em paralelo


Paralelo compartilhado
Componentes ativados simultaneamente.
Falha em um dos componentes afeta as taxas
de falha dos sobreviventes.
Análise de sistemas compartilhados utiliza
diagrama de estado do sistema:
h(t)

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3. Combinações Paralelo-Série
Dois exemplos:
1 3
Série-Paralelo

2 4

1 3
Paralelo-Série

2 4

Análise feita decompondo sistemas em


subsistemas em série e paralelo.
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Série-Paralelo
1 (0.9) 3 (0.7) 5 (0.8)

2 (0.8) 4 (0.6) 6 (0.7)

Decompor em 3 subsistemas em paralelo:


RSS1 = 1 − [0.1× 0.2] = 0.98 RSS3 = 1 − [0.2 × 0.3] = 0.94

RSS2 = 1 − [0.3 × 0.4] = 0.88

Tratar subsistemas como um sistema em série:


RS = RSS1 × RSS2 × RSS3 = 0.98 × 0.88 × 0.94 = 0.81

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Paralelo-Série
1 (0.9) 3 (0.7) 5 (0.8)

2 (0.8) 4 (0.6) 6 (0.7)

• Decompor em 2 subsistemas em série:


RSS1 = 0.9 × 0.7 × 0.8 = 0.504
RSS2 = 0.8 × 0.6 × 0.7 = 0.336

Tratar subsistemas como um sistema em paralelo:


RS = 1 − [(1 − RSS1 )(1 − RSS2 ) = 0.67

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Combinações
paralelo-série e série-paralelo
Série-paralelo = redundância no nível do
componente (de baixo nível).
Paralelo-série = redundância no nível do sistema
(de alto nível)
Pode-se demonstrar, para sistemas com mesmos
componentes:
R(série-paralelo) ≥ R(paralelo-série)
Diferença menos pronunciada em sistemas de
componentes altamente confiáveis (R > 0.9).
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Ainda
Arranjos paralelo-série / série-paralelo podem
apresentar-se combinados em arranjos mistos.

Por exemplo:

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4. Sistemas k-em-n
Sistemas série e paralelo puro são casos
especiais de sistemas k-em-n:

Série puro = sistema n-em-n


Paralelo puro = sistema 1-em-n

No arranjo k-em-n, pelo menos k componentes


devem estar operantes (de um total de n
componentes) para que sistema opere
satisfatoriamente.

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Exemplos
Centrais de geração de energia operam com dois
ou três geradores, mas necessitam de um único
operante para suprir demanda.
Pontes suspensas e guindastes constituídos de
cabos com milhares de fios de aço; somente uma
fração dos fios garante a sustentação da carga.
Carros com cinco pneus (um step) precisam de
pelo menos quatro funcionando para poder
funcionar.

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Exemplo de Cálculo da confiabilidade

Sistema de comunicações com quatro canais, três


dos quais devem estar operantes para que o
sistema esteja operante.

1, 2, 3
Possíveis combinações de componentes
que caracterizam um sistema operante.
1, 2, 4 Situação onde todos os compon. estão
operantes {1,2,3,4} foi omitida.
2, 3, 4

1, 3, 4

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Combinações expressas através do


coeficiente binomial

n n! No caso de componentes com confiabilidades


 = idênticas e iguais a R, expressão de
 k  (n − k )!k! confiabilidade do sistema é:

n
n i
RS (k ; n, R ) = ∑   R (1 − R ) n − i
i=k  i 
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Considere canais do exemplo


com R = 0.65 (para missão de 2 anos)
Sistema é do tipo 3-em-4, com confiabilidade
dada por:
4
 4
RS = ∑   (0.65)i (1 − 0.65) 4 −i
i =3  i 

RS = 4(0.65)3 (1 − 0.65) + 1(0.65) 4 (1 − 0.65) 0

RS = 0.563
Sistemas k-em-n costumam apresentar boa
confiabilidade (já que oferecem algum grau de
redundância).
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Quando componentes diferentes, Rs


envolve cálculo de probabilidades
RS = P( E1 E2 E3 + E1 E2 E4 + E1 E3 E4 + E2 E3 E4 )
A1 A2 A3 A4

Cancelamento de probabilidades torna inclusão de


A5 = E1E2E3E4 dispensável.
RS = P ( A1 + A2 + A3 + A4 ) = P ( A1 ) + P ( A2 ) + P ( A3 ) P ( A4 ) −
P ( A1 A2 ) + K + P ( A3 A4 ) + P ( A1 A2 A3 ) + K + P ( A2 A3 A4 ) +
P ( A1 A2 A3 A4 )

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Exercícios em aula
Resolva os exercícios 1 e 2 abaixo.

[1]Fogliatto, F.S., Ribeiro, J.L.D. Confiabilidade e Manutenção Industrial,


editora Elsevier Ltda, 2009.Capitulo 5.

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Exercícios em aula
Resolva os exercícios 3 e 4 abaixo.

[1]Fogliatto, F.S., Ribeiro, J.L.D. Confiabilidade e Manutenção Industrial,


editora Elsevier Ltda, 2009.Capitulo 5.

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Resolva os exercícios 5 e 6 abaixo.

[1]Fogliatto, F.S., Ribeiro, J.L.D. Confiabilidade e Manutenção Industrial,


editora Elsevier Ltda, 2009.Capitulo 5.
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Exercícios em aula
Resolva os exercícios 12 e 13 abaixo.

[1]Fogliatto, F.S., Ribeiro, J.L.D. Confiabilidade e Manutenção Industrial,


editora Elsevier Ltda, 2009.Capitulo 5.

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