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Humberto Bia Lima Forte

Observando-se a maneira como o paciente se


move, é possível, em algumas infecções
neurológicas, suspeitar-se ou dar-se o
diagnóstico sindrômico
Marcha helicópode, ceifante ou
hemiplégica

• Causa mais comum : AVC


- Paciente mantém o membro
superior fletido em 90º no
cotovelo e em adução, com a
mão fechada em leve pronação.
O membro inferior do mesmo
lado é espástico e o joelho não
flexiona.
Marcha Anserina ou do Pato

• Principais causas: Doenças musculares e gravidez


- Paciente acentua a lordose lombar, inclinando o corpo
alternadamente para a direita e para a esquerda
Marcha Parkinsoniana
• Principal causa: Doença de Parkinson
- O caminhar do doente é como um bloco, enrijecido,
sem o movimento natural dos braços. Os passos são
pequenos e rápidos, a cabeça permanece inclinada
para a frente, dando a impressão de que o eixo de
gravidade do doente foi deslocado.
Marcha Cerebelar ou Marcha do Ébrio
• Principal causa: Embriaguez e lesão cerebelar
- Caminhar ziguezagueado. Traduz incoordenação de
movimentos devido a lesões cerebelares
Marcha Tabética
• Principal causa:
Neurolues
- Ao andar, o paciente mantém o
olhar fixo no chão; os membros
inferiores são levantados
abrupta e explosivamente e,
quando recolocados no solo, os
calcanhares caem pesadamente.
Com os olhos fechados, a
marcha piora acentuadamente
ou se impossibilita. Indica
perda da sensibilidade
proprioceptiva por lesão do
cordão posterior da medula.
Marcha Vestibular
• Principal causa: Lesão Vestibular
- O paciente apresenta lateropulsão quando anda. Quando
tenta se manter andando em linha reta, é como se fosse
empurrado para o lado. Se o paciente for colocado num
espaço amplo e mandado andar de olhos fechados para frente
e depois para trás, ele descreverá a forma de uma estrela.
Marcha Escarvante
• Quando o doente tem paralisia do movimento de
flexão dorsal do pé, a ponta do pé toca o solo ao
caminhar e tropeça. Para evitar isso, levanta
acentuadamente o membro inferior.
Marcha Claudicante
• Principal causa: Insuficiência arterial periférica e em
lesões do aparelho locomotor
- Ao caminhar, o paciente “manca” para um dos lados
Marcha em Tesoura ou Espástica

• Os dois membros inferiores estão enrijecidos e


espásticos, permanecendo semifletidos. Os pés se
arrastam, com as pernas se cruzando na frente
durante a marcha, lembrando uma tesoura. É
freqüente nas formas espásticas da paralisia
cerebral.
Marcha de Pequenos Passos

• O paciente anda dando passos muito curtos e arrasta


os pés ao caminhar, como se estivesse dançando
“marchinha”. Aparece na paralisia pseudobulbar e
pode ocorrer normalmente em idosos.
Prova de Romberg
• O médico orienta o paciente para que permaneça, por alguns
segundos, em posição vertical, com os pés juntos, inicialmente olhando
para a frente. Em seguida, pede para que ele feche os olhos.

• A prova de Romberg é positiva quando o paciente apresenta, então,


oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à queda, que
pode ser:
- para qualquer lado e imediatamente após interromper a visão,
indicando lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente.
- sempre para o mesmo lado após pequeno período de latência, o que
indica lesão do aparelho vestibular.

• No indivíduo normal, nada é observado, mas em caso de


labirintopatias, tabes dorsalis, degeneração combinada subaguda e
polineuropatia periférica, a prova de Romberg é positiva.
“A função de coordenação da motricidade
harmoniza a atividade dos diferentes
neurônios motores, assegurando a correta
realização dos movimentos no tempo e no
espaço”
Ataxia
• A perda da coordenação é denominada de
ataxia. Ela pode ser de três tipo: cerebelar,
sensitiva e mista.
• Nas lesões da sensibildade proprioceptiva o
paciente utiliza a visão para fiscalizar os
movimentos incoordenados, fato que não
ocorre nas lesões cerebelares.
A coordenação é testada por inúmeros
testes, porém os seguintes são o bastante
para sua avaliação
Prova Index-Nariz
• Com o membro superior estendido lateralmente, o
paciente é solicitado a tocar a ponta do nariz com o
indicador. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois,
fechados. O paciente deve estar preferentemente de
pé ou sentado
Prova Calcanhar-Joelho

• O paciente em decúbito dorsal é solicitado a


tocar o joelho com o calcanhar do membro a
ser examinado. A prova deve ser realizada
várias vezes, de início com os olhos abertos,
depois fechados.
Prova dos Movimentos Alternados
(Diadococinesia)

• Determina-se ao paciente realizar movimentos


rápidos e alternados, tais como abrir e fechar a
mão, movimentos de supinação e pronação,
extensão e flexão dos pés.
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