Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Departamento de Engenharia Civil

ESTRUTURAS DE BETÃO 1

1ª Parte (SEM CONSULTA)

4 de Fevereiro de 2002 Recurso Duração: 45min

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1) (3.5 valores) A figura representa a secção oca de uma peça de betão armado solicitada por um esforço
axial de tracção de Nsd = 1000kN e por um momento flector actuando com o sentido indicado.

a) Considerando a altura útil indicada

0.15
(d=0.725m), determine a quantidade de Mrd

d=0.725
armadura de tracção As que é necessário

0.80
G G
dispôr no banzo inferior, de modo a garantir Nsd
que o eixo neutro passe em G no estado limite

0.15
último de resistência.
0.15 A s=? 0.10 0.15
b) Usando varões de φ20 (3.14cm2/varão) e 1.60
considerando estribos de φ8, proponha uma
distribuição adequada da armadura calculada em a) e apresente um esboço cotado da secção com as
armaduras adoptadas.
c) Para a solução adoptada determine o momento flector resistente de cálculo Mrd associado ao esforço
axial de tracção de Nsd = 1000kN. Identifique a correspondente posição do eixo neutro.
Materiais: C25/30, A500, c = 30mm.

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2) (4.5 valores) A figura em anexo diz respeito a um troço de uma viga contínua apoiada em pilares, que
apresenta a variação de altura indicada (a viga tem largura constante b = 0.35m) e encontra-se submetida
aos diagramas de esforços de cálculo MSd e VSd indicados. A armadura para momentos negativos
encontra-se já definida, sendo realizada com 6φ25. Dados: C25/30, A500, c=3cm.

a) Utilizando φ25 (4.91cm2/varão) e recorrendo a procedimentos simplificados dimensione a armadura

longitudinal inferior a dispor na secção A. A partir da secção B proceda a uma interrupção de 50%
dessa armadura, justificando. Considere lb,net = 40φ, lb,mín = 12φ, al = z/2 cotgθ.
b) Recorrendo ao Método das Bielas de Inclinação Variável estude uma solução de estribos verticais φ10
(0.79cm2/ramo) que contemple: (i) um espaçamento constante entre A e B; (ii) um espaçamento
constante entre B e C. No troço BC tenha em consideração o efeito favorável decorrente da inclinação
da face inferior do esquadro. Considere: (i) VRd1(troço AB) = 100 kN; (ii) VRd2 = bw z ν fcd/(cotθ+tanθ),
com ν = 0.7–fck(MPa)/200; (iii) VRd3 = Asw/s z fywd cotθ.
c) Recorrendo ao desenho à escala da folha anexa pormenorize todas as armaduras longitudinais e
transversais, de forma a permitir a correcta construção da viga. Inclua as armaduras suplementares
que entender necessárias.
 6φ25

0.65m
(×0.35)
0.90m (×0.35)

A B
C
0.20 C25/30
1.70m 1.60 A500

−1100 kNm

MSd
875 kN
VSd

430 kNm −875 kN

Nome do aluno: _____________________________________ Estruturas de Betão 1 Recurso – 4 de Fevereiro de 2002

 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Departamento de Engenharia Civil

ESTRUTURAS DE BETÃO 1
2ª Parte (COM CONSULTA)
4 de Fevereiro de 2002 Recurso Duração: 2h
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3) (6 valores) A figura representa a estrutura da cobertura do cais de uma estação ferroviária. A viga
pré-esforçada ABC apoia-se num pilar, estando ligada na extremidade A ao tirante AD e
prolongado-se na consola BC com 8.5m de vão. Está sujeita a uma acção permanente
gk=20kN/m(inclui o peso próprio) e à acção do vento wk=8kN/m (ψ0=0.4, ψ1=0.2, ψ2=0). O
cabo de pré-esforço, de traçado rectilíneo paralelo à face superior da viga, é esticado na
extremidade A aos 14 dias de idade do betão. Na secção B admite-se um valor de 15% para as
perdas imediatas e de 10% para as perdas diferidas. Dados: C30/37, A400, Armadura de pré-
esforço Ap1860 (fpuk=1860 MPa, fp0.1k=1670 MPa, cordões 0.6”, Ap/cordão=1.5cm2)
gk ,, wk
Secção B
3.00 8.50
0.15
Cabo recto
0.15
1.00

A B C

0.40
1.00 Ap

1.00

0.35
5.00

Secção C
0.15
0.40
D E
Ap
0.35
0.50

a) Determine o valor mínimo do pré-esforço a tempo final P∞ por forma a cumprir-se o estado
limite de descompressão na secção B para a combinação frequente de acções.
b) Considerando as perdas indicadas e o valor do pré esforço determinado anteriormente,
dimensione a armadura de pré-esforço por forma a cumprirem-se os limites de tensão desta
armadura indicados no EC2. (Se não resolveu a alínea a) considere P∞=1550kN)
c) Verifique se no instante de aplicação do pré-esforço é ultrapassada na secção B a resistência
média do betão à tracção fctm,14=2.5Mpa, considerando que nesta fase só é mobilizada uma
carga uniformemente distribuída g1 = 6kN/m (inclui peso próprio).
d) Verifique a segurança em relação ao estado limite último de resistência à flexão na secção B,
dimensionando se necessário armadura ordinária.
e) Discuta se o tirante AD deve ser realizado com um varão de aço corrente (armadura passiva)
ou com um varão de pré-esforço (armadura activa), justificando qualitativamente as
vantagens e inconvenientes de cada uma das soluções.
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4) (6 valores) A figura representa a planta estrutural do piso corrente (pisos superiores) de um
edifício com vários andares bem como um pórtico do mesmo. Ao nível do 1º andar as vigas do
piso não se prolongam até à fachada, pelo que o pilar P apresenta um comprimento livre de 7m.
Todos os pilares do edifício possuem a secção 0,30x0,30m2, enquanto todas as vigas apresentam
uma secção com 0,30m de largura e 0,50m de altura. As sapatas conferem aos pilares um
encastramento parcial. Admitindo que a estrutura é de nós fixos nas duas direcções, devido ao
facto de existirem paredes de enchimento nos pórticos, proceda ao estudo do pilar P. Os esforços
de primeira ordem do pilar P são os seguintes:
-Extremidade superior:
MSd,x = ±25 kN.m MSd,y = 0 kN.m NSd = 900 kN (compressão)
-Extremidade inferior:
MSd,x = ±35 kN.m MSd,y = 0 kN.m NSd = 900 kN (compressão)
Materiais: C20/25; A400. Classe de exposição: 2.a)

a) Identifique as secções críticas e respectivos esforços de 1ªordem a considerar no tratamento

da encurvadura nas duas direcções OX e OY.
b) Quantifique a esbelteza do pilar P nas duas direcções.
c) Quais os esforços a considerar para o dimensionamento da secção corrente do pilar,
supostamente constante em toda a sua altura?
d) Dimensione a secção corrente do pilar e desenhe a solução obtida a escala conveniente.
e)

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