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21/06/2019 Documento:40001171976

Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5025388-98.2019.4.04.0000/RS
AGRAVANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
AGRAVADO: HENRIQUE MENNA CORREA
ADVOGADO: EUGENIO SILVA DE CASTRO (OAB RS073438)
ADVOGADO: DANIEL SILVA DE CASTRO (OAB RS089032)

DESPACHO/DECISÃO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito


suspensivo, interposto contra a seguinte decisão:

"Trata-se de ação previdenciária, instrumentalizada pelo procedimento


comum, proposta por Henrique Menna Correa, em face do Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS.

Narra a inicial que "o INSS deixou de reconhecer todo o período laborado pelo
autor sujeito a condições especiais na condição de arrumador portuário, o que
resultou em prejuízo no cálculo da RMI do benefício previdenciário pelo
autor.". Em virtude disso requereu a procedência dos pedidos para o fim de:

a) Averbar em favor do Autor os períodos supracitados como laborados em


condições especiais, convertendo-os em tempo de serviço comum;

b) Revisar a Renda Mensal Inicial do benefício do autor, tendo em vista o


reconhecimento da atividade especial e sua conversão em tempo de serviço
comum com a consequente alteração dos elementos que integram o cálculo do
fator previdenciário;

c) Calcular a renda mensal inicial do benefício de acordo com o melhor


regramento legal ante ao implemento das condições legais de concessão do
benefício;

d) Condenar o Réu a pagar as parcelas vencidas e vincendas, desde a DER,


monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros
legais moratórios, incidentes até a data do efetivo pagamento.

(...)

A autarquia previdenciária, em sede de contestação (Evento 15) alega que,


com relação aos períodos reclamados na inicial, "o PPP emitido em 2015 -
Evento 14 - RESPOSTA1, informa que o autor desenvolveu a atividade de
TPA/Capatazia, exposto a níveis de exposição a ruído inferiores aos limites de
tolerância. (...) Ocorre que, muitos anos depois de se aposentar, o autor resolve
apresentar outro PPP, informando que teria trabalhado durante todo o período
1987 a 2018 na função de carpinteiro, com ruído de 100 dB. O primeiro PPP
foi preenchido por André Luiz Ruffier Ortigara; e o segundo, por José
Loureiro Caldeirão. Nesse sentido, se o autor quer fazer valer o segundo
documento, deve comprovar porque o primeiro estaria errado. Para tanto,
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requer o INSS seja intimado o requerente a fornecer os dados completos dos


signatários do PPP, especialmente endereço, para que sejam intimados a
depor em audiência de instrução." (grifos no original).

O autor, por sua vez, no Evento 18, relatou que, quando do requerimento do
benefício junto à autarquia previdenciária, "em 04/12/2014, instruiu o
processo administrativo com o único laudo PPP que dispunha na época. Trata-
se de um laudo padrão fornecido pelo OGMO e que não retrata a realidade de
trabalho do autor. Por outro lado, o laudo técnico fornecido pelo Sindicato
esta calcado em laudo técnico pericial específico para os setores de oficina e
carpintaria, onde o autor verdadeiramente exerce suas funções. Dessa forma, o
laudo PPP fornecido pelo sindicato é que representa o verdadeiro trabalho do
autor.". Requereu, ao final, a realização de perícia técnica. Juntou laudo
técnico que alega ter embasado o PPP oriundo do Sindicato.

No Evento 22, o INSS lançou manifestação nos seguintes termos:

Requer, inicialmente, seja o autor intimado da juntar aos autos o LTCAT que
embasou o preenchimento do PPP do Evento1 – PPP11. Isso se justifica na
medida em que existem informações contraditórias nos PPPs, apontando
funções diferentes para o requerido num mesmo período de tempo. O primeiro
não está embasado em laudo; o segundo sim.

Desse modo, ao invés de ser produzida perícia técnica, como requer o autor,
deve-se priorizar a vinda aos autos do LTCAT original e contemporâneo.

Ainda, em relação à divergência de informações dos PPPs, o INSS reitera os


termos da contestação e requer sejam fornecidos os dados dos responsáveis
legais pelo preenchimento dos documentos.

Ora, faz necessário esclarecer se o autor, durante mais de 30 anos,


desempenhou as atividades gerais de Arrumador portuário descritas no Evento
14, ou se suas atividades se restringiram à de carpintaria, como quer fazer crer
com o PPP do Evento 1 – PPP11.

Vieram os autos conclusos.

É o breve relato.

Com o advento do atual Código de Processo Civil, passou seu artigo 357 a
prever que, antes de iniciar a instrução, "deverá o juiz, em decisão de
saneamento e de organização do processo: I - resolver as questões processuais
pendentes, se houver; II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a
atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; III - definir a
distribuição do ônus da prova, observado o art. 373; IV - delimitar as questões
de direito relevantes para a decisão do mérito; V - designar, se necessário,
audiência de instrução e julgamento."

Portanto, passo a decidir.

Bem analisados os autos, verifico que a questão controvertida diz respeito à


valoração, pelo INSS, da prova apresentada, notadamente no que se refere à
conclusão dos formulários PPP apresentados administrativa e judicialmente.

De plano, entendo que a controvérsia deve ser solucionada pela via


documental e, que inclusive, a prova mencionada na Lei nº 8.213/1991 já
consta dos autos, não sendo imprescindível de complementação.

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A despeito disso, o INSS mostra-se irresignado quanto às discrepâncias entre


os PPP's apresentados pela parte autora pugnando, inclusive, pela produção
de prova oral para esclarecimentos.

Pois bem. Não merecem guarida os requerimentos formulados pela autarquia


previdenciária.

Nos termos da legislação previdenciária, especialmente o artigo 58, da Lei nº


8.213/1991, a relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física
considerados para fins de concessão da aposentadoria especial será definida
pelo Poder Executivo (caput), e a comprovação da efetiva exposição do
segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário (PPP) emitido
pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições
ambientais do trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou
engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista (§
1º).

Isto porque, ainda que, primordialmente, se trate de relação trabalhista com


reflexos na seara previdenciária, tendo sido pelo segurado apresentado PPP's
com conclusões supostamente diversas, cabia ao INSS promover a juntada do
laudo técnico que embasou o preenchimento do formulário, até mesmo para
fins de aplicação do que prevê o § 3º do mesmo artigo 58: "A empresa que não
mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos
existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir
documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o
respectivo laudo estará sujeita à penalidade prevista no art. 133 desta Lei".

Vislumbra-se, portanto, que o INSS não vem cumprindo sua atribuição de


fiscalizar e exigir das empresas que possuam os laudos técnicos de condições
ambientais do trabalho.

Isso acaba por colocar, inicialmente no segurado, e em momento posterior, no


Poder Judiciário Federal, o ônus de produzir prova que deveria ser prévia ao
requerimento administrativo de benefício, produzida e mantida pela própria
empresa, que deve fornecê-la ao segurado quando da rescisão do contrato de
trabalho (artigo 58, § 4º, da Lei nº 8.213/1990), sob pena de incorrer im multa
aplicada pela fiscalização previdenciária que, aparentemente, não vem
cumprido seu mister.

Além disso, o reconhecimento do direito a aposentadoria especial, ou mesmo


da conversão de tempo especial em comum sem que a empresa possua laudo
técnico, acaba por ensejar o não recolhimento da contribuição prevista no
artigo 22, inciso II, da Lei nº 8.212/1990, destinado justamente a custear o
benefício de aposentadoria especial (artigo 57, § 6º, da Lei nº 8.213/1990), em
clara lesão aos cofres públicos decorrentes da omissão da fiscalização das
empresas pelo INSS.

O artigo 373, § 1º, do atual Código de Processo Civil, prevê que, "(...) diante
de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de
obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de
modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído".

Trata-se da chamada distribuição dinâmica do ônus da prova, que permite ao


julgador, em decisão fundamentada, com base na facilidade de uma parte e
dificuldade de outra de produzir a prova necessária, distribuir seu ônus de
forma diversa daquela prevista nos incisos I e II do mesmo artigo 373
(distribuição estática).

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Destaco, pois, as peculiaridades da presente causa, especialmente:

a) a hipossuficiência do segurado, tanto frente ao seu empregador, quanto em


relação ao INSS;

b) que os PPP's fornecidos, um pelo empregador e outro pelo sindicato da


categoria, possuem alguns pontos divergentes, sendo que, relativamente ao
formulário lançado no Evento 1 - PPP11, oriundo do sindicato, já consta
dos autos o laudo técnico que o embasou (Evento 1 - OUT9 e Evento 18 -
LAUDO2);

c) a constatação de omissão do INSS em relação a sua obrigação de fiscalizar


a empresa e aplicar as penalidades cabíveis diante da omissão do empregador
em possuir tais documentos ou fornecê-los corretamente preenchidos (artigos
58, § 3º e 133, da Lei nº 8.213/1990);

d) a necessidade de que o INSS compile a empresa a possuir o LTCAT que


demonstre as efetivas condições de trabalho, a fim de que possa exigir
eventualmente o pagamento da contribuição prevista no artigo 22, inciso II, da
Lei nº 8.212/1990.

Nestes termos, entendo que, em sendo de seu interesse, deve ser imputado ao
INSS o ônus de exigir da empresa o fornecimento do LTCAT, e se a empresa
não o fornecer, aplicar-lhe as penalidades cabíveis, e inclusive realizar, o
próprio INSS, eventual perícia no estabelecimento, a fim de comprovar que
não existem as condições especiais alegadas pelo autor na inicial.

Diante do exposto:

1) mediante a distribuição dinâmica do ônus da prova (artigo 373, § 1º, do


Código de Processo Civil), conforme fundamentação acima, imputo ao INSS o
ônus de exigir da empresa na qual trabalhou o autor o LTCAT
contemporâneo que demonstre as efetivas condições de trabalho, e se a
empresa não o fornecer, aplicar as correspondentes multas e produzir, o
próprio INSS, a aferição das condições de trabalho a que o autor era
submetido.

2) Assino ao INSS o prazo de 30 (trinta) dias para que, querendo, produza a


prova na forma do item anterior, ficando ciente de que se não se desincumbir
do ônus probatório, o feito será julgado no estado em que se encontra,
levando-se em consideração as informações que já se encontram acostadas aos
autos.

Saliento, por fim, que os prazos acima concedidos já estão observando o que
prevê o artigo 183, do Código de Processo Civil.

Intimem-se. Cumpra-se."

O agravante alega que o caso concreto não se enquadra na hipótese


de "redistribuição dinâminca" do ônus da prova, pois cabe ao autor comprovar o
exercício da atividade especial por meio da apresentação de formulários e laudos
próprios. Aduz que, tendo sido juntados PPP's contraditórios, impõe-se a
apresentação de LTCAT, bem como a oitiva dos profissionais que assinaram os
PPP's, para esclarecimento sobre as funções efetivamente desempenhadas.
Refere que não existe norma determinando que mantenha laudos atualizados de
todas as empresas, não lhe cabendo fiscalizá-las quanto ao cumprimento das

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normas de segurança do trabalho. Pugna pela restauração da distribuição


original do ônus da prova, nos termos da regra inscrita no inc. I do art. 373 do
CPC.

DECIDO

De acordo com a sistemática adotada pelo Código de Processo


Civil de 2015, a interposição do recurso de agravo de instrumento sofreu
limitações substanciais, com as hipóteses de cabimento elencadas no art. 1.015,
verbis:

"Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que


versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

II - mérito do processo;

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de


sua revogação;

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à


execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;

XII - (Vetado);

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões


interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de
cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de
inventário."

Diante da multiplicidade de recursos envolvendo situações com


potencialidade de risco de irreparabilidade e irreversibilidade a ponto de
inviabilizar o seu exame somente em apelação, o Superior Tribunal de Justiça
proferiu, em sede de Recurso Repetitivo, decisão que mitigou o rol acima
descrito para admitir a interposição do agravo de instrumento, in verbis (grifou-
se):

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RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. DIREITO


PROCESSUAL CIVIL. NATUREZA JURÍDICA DO ROL DO ART. 1.015 DO
CPC/2015. IMPUGNAÇÃO IMEDIATA DE DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
NÃO PREVISTAS NOS INCISOS DO REFERIDO DISPOSITIVO LEGAL.
POSSIBILIDADE. TAXATIVIDADE MITIGADA. EXCEPCIONALIDADE DA
IMPUGNAÇÃO FORA DAS HIPÓTESES PREVISTAS EM LEI. REQUISITOS.

1- O propósito do presente recurso especial, processado e julgado sob o rito


dos recursos repetitivos, é definir a natureza jurídica do rol do art. 1.015 do
CPC/15 e verificar a possibilidade de sua interpretação extensiva, analógica
ou exemplificativa, a fim de admitir a interposição de agravo de instrumento
contra decisão interlocutória que verse sobre hipóteses não expressamente
previstas nos incisos do referido dispositivo legal.

2- Ao restringir a recorribilidade das decisões interlocutórias proferidas na


fase de conhecimento do procedimento comum e dos procedimentos especiais,
exceção feita ao inventário, pretendeu o legislador salvaguardar apenas as
"situações que, realmente, não podem aguardar rediscussão futura em eventual
recurso de apelação".

3- A enunciação, em rol pretensamente exaustivo, das hipóteses em que o


agravo de instrumento seria cabível revela-se, na esteira da majoritária
doutrina e jurisprudência, insuficiente e em desconformidade com as normas
fundamentais do processo civil, na medida em que sobrevivem questões
urgentes fora da lista do art. 1.015 do CPC e que tornam inviável a
interpretação de que o referido rol seria absolutamente taxativo e que deveria
ser lido de modo restritivo.

4- A tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria taxativo, mas admitiria
interpretações extensivas ou analógicas, mostra-se igualmente ineficaz para a
conferir ao referido dispositivo uma interpretação em sintonia com as normas
fundamentais do processo civil, seja porque ainda remanescerão hipóteses em
que não será possível extrair o cabimento do agravo das situações enunciadas
no rol, seja porque o uso da interpretação extensiva ou da analogia pode
desnaturar a essência de institutos jurídicos ontologicamente distintos.

5- A tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria meramente exemplificativo,


por sua vez, resultaria na repristinação do regime recursal das interlocutórias
que vigorava no CPC/73 e que fora conscientemente modificado pelo
legislador do novo CPC, de modo que estaria o Poder Judiciário, nessa
hipótese, substituindo a atividade e a vontade expressamente externada pelo
Poder Legislativo.

6- Assim, nos termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015, fixa-se a seguinte


tese jurídica: O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso
admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência
decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação.

7- Embora não haja risco de as partes que confiaram na absoluta taxatividade


com interpretação restritiva serem surpreendidas pela tese jurídica firmada
neste recurso especial repetitivo, eis que somente se cogitará de preclusão nas
hipóteses em que o recurso eventualmente interposto pela parte tenha sido
admitido pelo Tribunal, estabelece-se neste ato um regime de transição que
modula os efeitos da presente decisão, a fim de que a tese jurídica somente seja
aplicável às decisões interlocutórias proferidas após a publicação do presente
acórdão.

8- Na hipótese, dá-se provimento em parte ao recurso especial para determinar


ao TJ/MT que, observados os demais pressupostos de admissibilidade, conheça
e dê regular prosseguimento ao agravo de instrumento no que tange à

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competência.

9- Recurso especial conhecido e provido."

(STJ, RESP em REPETITIVO 1704520/MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJE


19/12/2018)

Vale destacar, da fundamentação do voto da Ministra Relatora, que


"o estudo da história do direito também revela que um rol que pretende ser
taxativo raramente enuncia todas as hipóteses vinculadas a sua razão de existir,
pois a realidade normalmente supera a ficção e a concretude torna letra morta
o exercício da abstração inicialmente realizado pelo legislador", induzindo à
conclusão de que a definição do art. 1.015 do NCPC deve ser vista como um rol
de taxatividade mitigada.

Para a mitigação, foi erigido como critério, a ser


preponderantemente considerado, a presença de uma urgência que justifique o
manejo imediato de uma impugnação em face de questão incidente que está
fundamentalmente assentada na inutilidade do seu julgamento somente em
conjunto com o recurso contra o mérito ao final do processo.

Assim, exemplificativamente, tem-se: a) indeferimento do pedido


de segredo de justiça; b) questões que, se porventura modificadas, impliquem
regresso para o refazimento de uma parcela significativa de atos processuais; c)
competência do juízo e d) estrutura procedimental que deverá ser observada no
processo.

À luz da interpretação conferida ao dispositivo, definiu-se-se assim


a transição e a modulação dos efeitos do julgado suso referido: "cabimento do
agravo de instrumento na hipótese de haver urgência no reexame da questão em
decorrência da inutilidade do julgamento diferido do recurso de apelação está
sujeito a um duplo juízo de conformidade: um, da parte, que interporá o recurso
com a demonstração de seu cabimento excepcional; outro, do Tribunal, que
reconhecerá a necessidade de reexame com o juízo positivo de admissibilidade.
Somente nessa hipótese a questão, quando decidida, estará acobertada pela
preclusão." Em suma, para as situações não expressamente arroladas no art.
1.015 do CPC, somente ocorrerá a preclusão se o agravo de instrumento for
admitido pelo juízo ad quem.

Considerando que o acórdão paradigma da tese da taxatividade


mitigada foi publicado em 19/12/2018, somente são admissíveis os agravos de
instrumento fora das hipóteses expressamente previstas no art. 1.015 do CPC
interpostos depois daquela data.

Na hipótese em liça, embora a interposição do agravo seja


posterior àquela data, tenho que a questão ora trazida não se amolda a qualquer
das hipóteses previstas pelo legislador no artigo citado, não sendo possível o
conhecimento do recurso, porquanto seria imprescindível que restasse plasmada
uma situação de urgência a justificar a admissibilidade com base nos ditames
adotados pelo Superior Tribunal de Justiça na solução do Tema 988 ("O rol do
art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de
agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade
do julgamento da questão no recurso de apelação.")
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Outrossim, acerca do cabimento da inversão do ônus probatório, é


importante transcrever o seguinte excerto do voto-condutor no julgamento do
AG nº 5045792-10.2018.4.04.0000 (TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR
DE SC, Relator para Acórdão PAULO AFONSO BRUM VAZ, juntado aos
autos em 04/04/2019):

"(...)

A respeito do ônus da prova em caso como o dos autos, que trata da eficácia,
ou não, do EPI, faço as seguintes ponderações.

O entendimento tradicional (estático) sobre o ônus da prova indica que este


recai sobre aquele que alega.

Contudo, tal regra pressupõe de uma maneira formal e abstrata uma igualdade
de partes, que pode não estar refletida no caso concreto.

Assim, ao lado da regra geral, o novo CPC acolheu paralelamente a


concepção da distribuição dinâmica do ônus da prova, ou seja, o encargo é
atribuído a quem estiver mais próximo dos fatos e tiver maior facilidade de
provar:

'Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou


extintivo do direito do autor.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa


relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da
prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo
diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe
foi atribuído.

§ 2º A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em


que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou
excessivamente difícil.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por


convenção das partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.'

No mesmo sentido é a lição de Artur Thompsen Carpes (Ônus dinâmico da


prova. Porto Alegre: Livr. do Advogado, 2010, fl. 85/86):

'A transferência do ônus probatório, portanto, vai ao ensejo da tutela do


direito fundamental à igualdade substancial das partes no processo: se a
produção da prova é muito difícil ao autor e, em contrapartida,
encontra-se melhor ao alcance do réu, apenas com a dinamização dos
ônus probatórios é que será possível a adequada e efetiva tutela
jurisdicional. Caso fosse mantida a distribuição estática prevista no art.
333 do CPC, resplandeceria a inconstitucionalidade do procedimento

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provatório, por manifesta violação ao art. 5º, XXXV, da Constituição,


que outorga o direito fundamental de acesso à justiça mediante a
observância da igualdade substancial de participação das partes no
aporte da prova destinada à formação da convicção do órgão judicial.

A dinamização, in casu, revela-se técnica para conformação


constitucional do procedimento probatório, quando o modelo básico
ditado pela lei, em face das peculiaridades do caso concreto, não se
ajusta aos preceitos constitucionais.

(...) considerando que ao juiz, a teor do que predispõe a Constituição e


o próprio Código de Processo Civil em seu art. 125, I, é imposto o dever
de 'assegurar às partes igualdade de tratamento', revela-se cristalino
que se trata de verdadeiro dever do órgão judicial a utilização da
técnica da dinamização dos ônus probatórios, quando verificada a
dificuldade de acesso à prova pela parte onerada em detrimento da
facilidade da outra.

Nessa quadra, em possuindo uma das partes melhores condições de


provar, segundo as circunstâncias materiais do caso concreto, a
dinamização funciona como filtro isonômico do direito fundamental à
prova: o exercício desse direito é ajustado em concreto, evitando
tratamento discriminatório a qualquer das partes na sua atividade
probatória em face da distribuição estática positivada na lei.'

Sobre a possibilidade e adequação da distribuição dinâmica do ônus da prova


no processo previdenciário, leciona Adriano Mauss (Princípio da cooperação
no novo CPC - Novas perspectivas para a solução dos litígios previdenciários,
obtido em http://www.ltr.com.br/loja/folheie/5474.pdf):

'No novo CPC, também é interessante a regra trazida pelo art. 373,
especialmente no seu § 1º, o qual se refere aos poderes dados ao juiz no
que tange à determinação a quem deve ser imposto o ônus da prova (...).

O NCPC positivou uma teoria já utilizada em certa medida pelos


tribunais, que se denomina 'distribuição dinâmica do ônus da prova'
(THEODORO JUNIOR, 2014). Com base nesse dispositivo legal e
vislumbrando o que leciona a doutrina, abre-se a possibilidade de
aplicar, nos processos que envolvam lides previdenciárias, esse
expediente. O sentido será de fazer com que o INSS cumpra o seu
dever institucional de buscar, efetivamente, a prova de fatos que
possam constituir o direito do cidadão. De acordo com a própria
Instrução Normativa INSS/Pres. n. 77/2015, o dever probatório cabe ao
INSS, conforme segue:

Art. 680. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar


os requisitos legais para o reconhecimento de direito aos benefícios e
serviços da Previdência Social serão realizadas pelo INSS, seja o
processo constituído por meio físico ou eletrônico. Parágrafo único. O
não cumprimento de um dos requisitos legais para o reconhecimento de
direitos ao benefício ou serviço não afasta o dever do INSS de instruir o
processo quanto aos demais.

Então, cabe ao INSS provar fato constitutivo de direito do requerente


no Processo Administrativo. Muitos profissionais do Direito e,
principalmente, a população não têm conhecimento dessa regra
administrativa, que é extremamente vantajosa ao segurado. Quando se
busca o direito na esfera judicial, o ônus probatório se inverte e a
incumbência passa a ser do segurado, ou autor nesse momento (inciso I
do art. 373 do NCPC) (DINAMARCO. 2002. p. 71). Entretanto, como foi

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observado anteriormente, o NCPC permite, expressamente, a alteração


do ônus da prova, por decisão fundamentada do juiz, no momento
adequado do processo, que é a fase de saneamento (NCPC, art. 357,
inciso III). Tendo em vista as características do processo
previdenciário, essa inversão seria plenamente possível,
principalmente para realizar atos que seriam deveres institucionais do
INSS, tais como realização de vistoria técnica em empresas (a fim de
apurar possíveis condições insalubres), perícias médicas (para
avaliação de incapacidades), justificações administrativas (a fim de
comprovar tempos de contribuição, união estável, exercício de
determinada profissão etc.) e pesquisa externa (a fim de averiguar
alguma irregularidade, confirmar algum fato alegado pelo segurado
no processo ou confirmar declarações emitidas por empresas, dentre
outras possibilidades). Todas essas ferramentas probatórias estão dentro
da disciplina normativa aprovada pela própria Autarquia, entretanto,
nem sempre são plenamente utilizadas pelos servidores devido aos fatos
já mencionados anteriormente (cumprimento de metas, desconhecimento
etc.). Por vezes, ainda que sejam realizadas, pode ocorrer que elas não
sejam devidamente formalizadas e não sirvam como prova efetiva, visto
que se tornaram ilegais. Diante disso, é necessário que os órgãos
externos fiscalizem e que o INSS execute medidas de qualificação de
sua massa de servidores a fim de que estes possam cumprir a contento
essas atribuições. Portanto, é necessário que as perícias sejam
realizadas por profissionais capacitados e que saibam avaliar,
efetivamente, a incapacidade dos segurados sob o ponto de vista
incapacidade 'versus' ocupação. Além disso, é preciso que as decisões
de mérito proferidas nos processos administrativos sejam mais bem
fundamentadas, que as diligências probatórias sejam realizadas de
acordo com os regulamentos editados pela administração, dentre outras
medidas de melhoria.'

A temática do fornecimento de EPI eficaz é terreno fértil para que se faça a


distribuição dinâmica do ônus da prova, a fim de assegurar o cumprimento do
princípio de igualdade material no processo e viabilizar a adequada tutela do
direito invocado.

Impor ao segurado o ônus de comprovar, além da insalubridade do ambiente, o


'não recebimento/eficácia' do EPI (demonstrando que não houve a entrega de
EPI adequado ao seu biotipo, que não houve treinamento na empresa, que os
Certificados de Aprovação (CAs) dos EPIs informados nos formulários PPP
não eram efetivamente válidos, etc.), pode ser tido como exigência de uma
verdadeira prova diabólica. Não há como o empregado exigir do empregador
recibos de entrega dos EPIs ou, ainda pior, documento atestando o não
fornecimento/inadequação dos equipamentos. Isso sem falar da evidente
desvantagem técnica que marca sua posição na produção dessa prova.

Sobre o tema, veja-se lição de Renato Ornellas Baldini (Distribuição dinâmica


do ônus da prova no Direito Processual do Trabalho, Dissertação, Mestrado
em Ciências Jurídicas e Sociais, Faculdade de Direito, Universidade de São
Paulo, São Paulo , fl. 49, obtido em
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2138/tde-05122013-093647/pt-
br.php):

'Afirma-se que a prova diabólica estaria relacionada à comprovação de


um fato negativo, de modo que a extrema dificuldade ou a efetiva
impossibilidade de produzir prova a respeito da negação caracterizaria
a probatio diabólica. No entanto, como anteriormente exposto, nem
sempre a exigência da prova do fato negativo será configurada como
prova diabólica.

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A extrema dificuldade ou impossibilidade de produção de prova


relaciona-se principalmente às condições da parte onerada, diante das
características particulares da demanda. Com efeito, a parte que detém
o ônus probatório pode não ter condições materiais, financeiras,
técnicas, sociais e informacionais de produzir a prova dos fatos que a
beneficiem. A despeito da regra processual, na prática a parte onerada
não possui informações, conhecimentos, recursos financeiros e acesso
aos meios necessários para produzir a prova imprescindível ao deslinde
do feito. Nesses casos é que a configuração da prova diabólica torna-se
mais evidente.'

Por sua vez, pode-se dizer que é inafastável o dever de fiscalização do INSS. A
propósito, leciona Antonio Bazilio Floriani Neto (Precedência da fonte de
custeio como elemento indispensável para a aposentadoria especial: uma
análise do leading case ARE 664335, Revista de Direito Brasileira, v. 12, nº 5,
2015, fls. 227/254):

'Esta premissa encontra fundamento no Código Tributário Nacional, que


em seus artigos 119 e 120 dispõem sobre o sujeito ativo da relação
tributária:

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito


público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.

Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de


direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de
outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará
até que entre em vigor a sua própria.

Sujeito ativo, portanto é a pessoa titular da competência para exigir o


cumprimento da obrigação tributária, ou seja, ao tratar-se do Seguro de
Acidente de Trabalho (SAT), é o INSS esse sujeito ativo.

Já no que se refere ao encarregado pelo pagamento do tributo, este é


definido como sujeito passivo, ou seja, a pessoa obrigada ao pagamento
do tributo ou da penalidade tributária estabelecida em lei. Neste caso,
ainda existe um desdobramento, porque tem-se o contribuinte, que é
aquele com relação pessoal e direta com a situação prevista no fato
gerador; e o responsável, que não tem relação pessoal e direta, mas que
tem atribuída essa condição especial por força de lei.

Em que pese a evidência e a simplicidade destes conceitos, estes se


fazem necessários, pois parecem ser ignorados pelo INSS. Diz-se isto
porque no caso do SAT, a empresa é a responsável pela contribuição
(art. 121, inciso II, CTN). Não se trata apenas de previsão legal (art. 22,
inciso II, da Lei 8.213/91), mas também constitucional (art. 195, I, 'a' e
II).

Já à Previdência recaem os ônus pela fiscalização e para exigir o


cumprimento da obrigação (artigo 119, do CTN). Não bastasse tal, ao se
observar a Instrução Normativa da Receita Federal, IN RFB nº
971/2009, tem-se que este órgão igualmente detém o poder de fiscalizar
a regularidade pelo recolhimento do SAT, conforme expressamente prevê
o artigo 288, inciso II:

Art. 288. A RFB verificará, por intermédio de sua fiscalização, a


regularidade e a conformidade das demonstrações ambientais de que
trata o art. 291, os controles internos da empresa relativos ao

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gerenciamento dos riscos ocupacionais, em especial o embasamento


para a declaração de informações em GFIP, de acordo com as
disposições previstas nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 1991.

Parágrafo único. O disposto no caput tem como objetivo:

I - verificar a integridade das informações do banco de dados do CNIS,


que é alimentado pelos fatos declarados em GFIP;

II - verificar a regularidade do recolhimento da contribuição prevista


no inciso II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, e da contribuição
adicional prevista no § 6º do art. 57 da Lei nº 8.213, de 1991;

III - garantir o custeio de benefícios devidos.'

Ao lado disso, a Instrução Normativa INSS/PRES nº 77, de 21/01/2015,


possibilita para a autarquia inúmeras formas de investigações e fiscalizações
das condições de trabalho do segurado. O instituto previdenciário detém em
seu quadro de funcionários peritos que podem realizar inspeção, solicitar
laudos técnicos, sem olvidar aqueles que mantém no arquivo de cada APS.

(...)"

Por fim, anoto que nos termos do art. 1.009, § 1º, do CPC, "As
questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a
decisão final, ou nas contrarrazões.".

Ante o exposto, com apoio no inc. III do art. 932 do CPC, não
conheço do presente agravo de instrumento.

Intimem-se. Após, dê-se baixa.

Documento eletrônico assinado por ARTUR CÉSAR DE SOUZA, Juiz Federal Convocado, na forma
do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de
26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código
verificador 40001171976v7 e do código CRC c2246d11.

Informações adicionais da assinatura:


Signatário (a): ARTUR CÉSAR DE SOUZA
Data e Hora: 20/6/2019, às 10:13:37

5025388-98.2019.4.04.0000 40001171976 .V7

Conferência de autenticidade emitida em 21/06/2019 08:29:59.

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