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Economia

Nos últimos anos, o Distrito Federal passou da oitava para a sétima economia do
Brasil, segundo dados compilados pela Companhia de Planejamento do Distrito
Federal (Codeplan). Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) local foi de R$ 146,5
bilhões, 3,5% a mais que no ano anterior. Já em 2011, o crescimento foi de 2,4%
atingindo o valor de R$ 161,4 bilhões. O salto coloca o DF na quinta posição no
ranking das economias com melhor taxa de crescimento no Brasil.

O Distrito Federal apresenta o maior PIB per capita do país. O valor de R$


61.548,00 é quase duas vezes maior do que o de São Paulo, que aparece na
segunda colocação.
Os números são promissores e representam a estabilidade e a expansão da
economia local, sustentada pela alta renda do funcionalismo público, que
representa 55% na massa salarial da capital federal, e pelo movimento dos
setores de serviço e comércio, que concentram cerca de 93% da economia.

O setor de serviços no DF cresceu 2,2% em 2011, número que também reflete


no comércio local, que cresceu 4,4%, impulsionado pelo aumento da população
financeiramente ativa, com trabalho formal e aumento de crédito concedido.
Setores da Economia
Pesquisa CODEPLAN/ DIEESE
A Codeplan, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), realiza a Pesquisa de Emprego e
Desemprego (PED) no Distrito Federal. Os dados indicam que em vinte anos os
maiores salários se concentraram no setor público, porém o segmento que mais
contratou foi o de serviços.

Atualmente, o setor de serviços é o que contrata mais trabalhadores com


registro em carteira no DF, principalmente imobiliárias, hotéis, transportes,
comunicações, ensino e serviços médicos e odontológicos.
Rendimento Médio
O estudo mostrou também que o rendimento médio no DF subiu
5,8%, em vinte anos, passando de R$ 1.929,00 para R$ 2.064,00. Com
uma economia em pleno desenvolvimento, os números apontam
ainda uma redução de desigualdade de rendimentos entre os 25%
mais ricos e os 25% mais pobres da população economicamente
ativa. A renda dos mais pobres subiu 4,9% nos últimos 12 meses,
enquanto a dos mais ricos recuou 0,5%.
Escolaridade
A escolaridade também é outro quesito no qual a capital federal se
mostra superior à média nacional.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a média
de estudo no DF é de 15 anos ou mais, superior à do Centro-Oeste e
à nacional em todos os anos, de 2001 a 2009. Em relação ao
analfabetismo, o Distrito Federal apresenta padrões favoráveis
também em relação às médias regional e nacional, dando-se a queda
mais intensamente nesta região, saindo de 5,5 em 2001 para 3,4 em
2009.
Eventos esportivos e infraestrutura
O setor de construção civil vem acelerando o setor da indústria em todo o país.
Em Brasília, as grandes obras que preparam a cidade para sediar grandes eventos
esportivos impactam de forma significativa na economia local.

A Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014, a Copa América


de 2015 e os Jogos Olímpicos de 2016, entre outros, movimentarão ainda mais os
setores de serviços e comércio, que hoje já apresentam números crescentes.
Pequenas e microempresas
No Distrito Federal, o número de empreendedores locais que conseguem se manter
ativos após os dois primeiros anos de funcionamento, período considerado de alto
risco, é superior à média nacional para quase todos os setores da economia.

A informação é de pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas


Empresas (Sebrae) em 2013, que ainda mostrou que a sobrevida de empresários da
construção civil no DF é de 77%, a mais alta de todo o país. Referente ao comércio e a
serviços, é de 75% para cada, contra 74% e 72% no Brasil. A indústria, com 74% de
sobreviventes, é o único segmento a ficar abaixo da média brasileira, que está em 75%.

Segundo avaliação do próprio Sebrae, a sustentação desses altos índices indica os


esforços de capacitação dos empreendedores e a melhora da estrutura legal da
pequena empresa. O mais importante é que os números refletem a capacidade que
Brasília e região têm em absorver a oferta de bens e serviços.
Crise Econômica
O último trimestre do ano passado registrou retração econômica de 2,5% em
relação ao mesmo período em 2014, de acordo com o Índice de Desempenho
Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF). O indicador mostrou, porém, que a
queda foi menor se comparada à média nacional de -5,9%, calculada pelo
Produto Interno Bruto (PIB).

O último trimestre do ano passado registrou retração econômica de 2,5% em


relação ao mesmo período em 2014, de acordo com o Índice de Desempenho
Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF). O indicador mostrou, porém, que a
queda foi menor se comparada à média nacional de -5,9%, calculada pelo
Produto Interno Bruto (PIB).
A maior queda – 21,7% – foi registrada na agropecuária, que representa apenas 0,3% do PIB (Produto
Interno Bruto) do DF. A explicação está na estiagem que atingiu as lavouras no início do ano, afetando,
principalmente, as safras de milho, soja e feijão.

A Codeplan computou uma queda de 4,9% no comércio, com destaque para o desempenho negativo
de segmentos importantes, como o de eletrodomésticos (-29,9%), o de livros, jornais, revistas e
papelaria (-13,3%) e o de móveis (-5,7%). Os supermercados viram o faturamento diminuir 5% no
período.

A indústria – com uma fatia de 5,7% do PIB – retraiu 3,1% no segundo trimestre, influenciada pelo
desempenho ruim da construção civil e pala baixa produção do pouco que existe de indústria da
transformação no DF.

O desempenho da economia candanga só não foi pior entre abril e junho porque o setor de serviços –
que compõe 94% das atividades locais – teve a menor queda entre os itens pesquisados pela
Codeplan: 0,3%. O segmento de intermediação financeira, seguros e previdência complementar
apresentou o pior desempenho (-5,6%), o que se explica pela menor demanda por crédito por parte
dos brasilienses.
Economia do Brasil X DF
Mercado de Trabalho
Um estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) revela quais
são as profissões que estão em alta no mercado de trabalho do Distrito Federal. O
sistema utiliza informações divulgadas pelo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho. A ferramenta também mostra os
locais que têm mais vagas disponíveis e onde estão fechando postos de trabalho.

De acordo com o monitor do mercado de trabalho, o cargo de Técnico Eletrônico é


melhor no ranking, em que o salário chega a R$ 51,85 por hora. Programador de
sistemas de informação, encanador, vigilante e auxiliar de desenvolvimento infantil
também estão no topo. Já as profissões em baixa contam com enfermeiro,
fisioterapeuta, professor de ensino fundamental, técnico de enfermagem e montador
de móveis e artefatos de madeira, que ganha, em média, menos de R$ 5 por hora
trabalhada.
Potencial para Polo Agropecuário
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou o estudo “Safra 2012 e 2013
Produção Recorde de Grãos no Brasil e na Região Geoeconômica de Brasília (RGB) e Evolução no Período
1990 a 2013”. Os dados colhidos pela empresa demonstram o forte crescimento do Brasil, em particular
da Região Centro-Oeste, na produção de grãos, nas últimas duas décadas. O país evoluiu de 2,6%, em
1990, para 6% neste ano, com volume recorde de produção de 189,3 milhões de toneladas. O Centro-
Oeste é a principal região produtora do país, com 78,6 milhões de toneladas de grãos.

O presidente da Codeplan, Julio Miragaya, defende investimentos de infraestrutura para que a capital
federal se torne um polo de atividade agropecuária com a produção de insumos, sementes, fertilizantes
e maquinário. Ele destacou o fato da economia do Distrito Federal estar baseada no setor terciário. No
entanto, para que isso aconteça ele ressaltou a necessidade de investimentos maciços na melhoria da
distribuição de energia em toda a região, insumo essencial para o setor.

As três culturas de destaque no Brasil – soja, milho e arroz - responderam por cerca de 90,5% no total da
produção de grãos produzidos em 2012. Somente a soja e o milho foram responsáveis por 83,6% do
total que, em 2013, subiu para 85,2%. A cultura da soja se sobressai na região Centro-Oeste, com uma
produção de 38,2 mil toneladas em 2013, totalizando 47% da produção nacional.
Taxa de Desemprego
As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal –
PED-DF, realizada pela Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social,
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, CODEPLAN,
DIEESE, em parceria com a Fundação SEADE, mostram que a taxa de
desemprego total elevou-se, ao passar de 15,4%, em dezembro de 2015, para
16,6%, em janeiro de 2016. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego
aberto aumentou de 11,9% para 12,7% e a de desemprego oculto variou de
3,6% para 3,9%.

Em comparação feita com outras quatro capitais, usando dados de outubro, o DF


tinha a segunda maior taxa de adultos desempregados com 15,1%. Salvador
aparecia em primeiro lugar, com 19,4% em outubro; São Paulo, em terceiro, com
14,3%, seguido por Porto Alegre (10,1%) e Fortaleza (9,4%).
Em janeiro, o contingente de desempregados foi estimado em 257 mil
pessoas, 20 mil a mais que no mês anterior. Esse resultado decorreu da
redução do nível de ocupação (eliminação de 6 mil postos de trabalho,
ou -0,5%) e do aumento da População Economicamente Ativa – PEA (15
mil pessoas entraram na força de trabalho da região, ou 1,0%).
A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de
pessoas com 10 anos e mais presentes no mercado de trabalho como
ocupadas ou desempregadas – passou de 60,8% para 61,2%, no período
em análise.

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