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Os acidentes de trabalho acarretam custos directos e
indirectos.
Em relação aos custos directos temos o prémio do seguro
(salários pagos, assistência médica e indemnizações).
Por sua vez, os custos indirectos englobam outros aspectos
tais como: socorro das vítimas, quebra produtividade, custos
administrativos, reparação de equipamentos e colocação de
protecções adequadas, perda de competitividade (atraso de
encomendas, redução de capacidade de resposta), aquisição
produtos a outras empresas, degradação da imagem da
empresa, despesas com substitutos ou trabalho extra, etc.
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Os estudos efectuados demonstram
que os custos indirectos chegam a ser
8 a 9 vezes os custos directos.
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A avaliação de riscos é um exame sistemático de todos os
aspectos do trabalho, com o objectivo de colocar o
empregador em posição de tomar eficazmente as medidas
necessárias para proteger a segurança e saúde dos
trabalhadores.
A partir deste processo que se determinam as abordagens
preventivas, tendo em conta:
– o grau de exposição e o número de trabalhadores expostos
aos riscos;
– as prioridades de intervenção;
– as necessidades de formação e informação;
– as medidas técnicas e organizativas;
– o controlo periódico das condições de trabalho;
– as necessidades da vigilância da saúde dos trabalhadores.
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Este processo deve ser dinâmico e cobrir o conjunto das actividades da
empresa, envolvendo todos os sectores e todos os domínios da actividade
produtiva acompanhando os seus momentos determinantes.
Depende da avaliação pessoal, num dado momento e circunstâncias, função
de uma série de parâmetros subjectivos
A avaliação dos riscos constitui o ponto de partida para o desenvolvimento
de acções preventivas, sendo prioritário actuar antes de surgirem as
consequências.
Depois de efectuar uma avaliação de riscos deve-se estabelecer prioridades
preventivas, ou seja, definir uma ordem de actuação sobre os riscos em
função da gravidade e do número de trabalhadores afectados, tendo em
consideração os seguintes aspectos:
1. Combater os riscos na origem
2. Eliminar os riscos
3. Reduzir os riscos que não podem ser eliminados
4. Aplicar medidas de protecção colectiva, recorrendo por último às
medidas de protecção individual. 8
Tipos de avaliação dos riscos
Avaliação de riscos impostas por legislação específica.
Avaliação de riscos em que não existe legislação específica, mas
existem normas europeias, internacionais, etc.
Avaliação de riscos em que se utilizam métodos específicos (Fine,
matrizes,etc.)
Avaliação geral dos riscos
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ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
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ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
1. Classificação das actividades de trabalho
Para cada actividade pode ser necessário obter informação sobre vários
aspectos, nomeadamente:
Tarefas a realizar – duração e frequência
Locais onde se realiza o trabalho
Quem realiza o trabalho, tanto permanentemente como ocasionalmente
Outras pessoas que podem ser afectadas pelas actividades (visitantes,
subcontratados, etc.)
Formação recebida por parte dos trabalhadores
Procedimentos escritos de trabalho
Instalações, máquinas e equipamentos utilizados
Instruções dos fabricantes para o funcionamento e manutenção de
máquinas e equipamentos
Organização do trabalho
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ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
1. Classificação das actividades de trabalho (CONT.)
Tamanho, forma e peso das materiais a movimentar, assim como distância
e altura do manuseamento.
Energias utilizadas (por exemplo ar comprimido)
Substâncias e produtos utilizados e gerados no local de trabalho
Estado físico das substâncias utilizadas (fumos, gases, vapores, líquidos,
poeiras, sólidos)
Recomendações das fichas de segurança e etiquetagem
Requisitos da legislação vigente sobre a forma de fazer o trabalho,
instalações, máquinas e substâncias utilizadas.
Medidas de controlo existentes
Informação sobre incidentes, acidentes de trabalho, doenças profissionais,
absentismo, etc.
Registo de avaliações de riscos efectuadas
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ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
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ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
2. Análise dos riscos
Decomposição detalhada do objecto seleccionado como alvo
de estudo (uma tarefa, um local, ou um equipamento de
trabalho, uma situação de trabalho, etc.),
alcançar uma compreensão da caracterização dos riscos, em
relação à sua fonte (de onde pode surgir o perigo?), ao seu
modo de desenvolvimento (qual é o seu processo de
materialização e qual o seu meio de propagação?), à
probabilidade da ocorrência (quantas vezes pode emergir?),
à sua extensão (quem pode atingir?) e ao seu potencial
danoso (que pode dano pode produzir?).
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ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
2. Análise dos riscos
1º ponto: Identificação dos perigos. 2 principios numa avaliação:
Existe fonte de dano? -Estruturar a operação de modo a
O quê ou quem pode ser danificado? que sejam abordados todos os
perigos e riscos relevantes;
Como pode ocorrer o dano?
– Começar sempre por questionar,
se o risco pode ser eliminado
2º Ponto: Estimação do risco,
Para cada perigo detectado deve-se estimar o risco.
Resulta da conjugação dos indicadores obtidos de probabilidade de ocorrência e
da sua gravidade ou severidade (consequências provocadas pela ocorrência).
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Os resultados da avaliação dos riscos devem ser objecto de
registo, susceptível de controlo, designadamente:
– Registos dos resultados das avaliações (mapas globais
relacionados com os trabalhadores expostos);
– Relatórios de inspecções internas de segurança;
– Relatórios de avaliação de riscos específicos (por exemplo,
ruído, contaminantes químicos ...);
– Notificações obrigatórias de determinados riscos (por
exemplo, amianto, riscos de acidente industrial grave ...);
– Relatórios de exames médicos;
– Relatórios de acidentes de trabalho;
– Estatística da sinistralidade laboral.
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Resultados da avaliação dos riscos
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Os riscos que necessitamos avaliar podem ter diferentes
enquadramentos:
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Método das Matrizes Simples
Modelo a presentado por Somerville, com 3 niveis de
probabilidade e de gravidade e igualmente 3 niveis de risco
ou de prioridade de intervenção
A- baixo B- médio C- Alto
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Alternativa às Matrizes Simples
Propõe-se uma matriz de 4x4 com 4 niveis de probabilidade e gravidade.
Os niveis de risco passam a ser 5.
Nivel 1 – atuação não prioritária
Nivel 2 – intervenção a medio prazo
Nivel 3 – intervenção a curto prazo
Nivel 4 – actuação urgente
Nivel 5 – actuação muito urgente, requerendo medidas imediatas
PROBABILIDADE
Improvavel Raro Ocasional Frequente
Sem Incapacidade 1 2 2 3
incapacidade
temporária absoluta 2 2 3 4
GRAVIDADE
(=< 30 dias)
incapacidade
temporária absoluta 2 3 4 5
(> 30 dias)
Incapacidade
permanente ou 3 4 5 5
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Método de MARAT
método de análise semi-quantitativo de matriz composta
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Método de MARAT
Nível de
Exposição Nível de
Probabilidade
Nível de Nível de
Nível de Risco Intervenção
Deficiências
Nível de
Severidade
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Método de William Fine
Grau de
perigosidade (GP) = Probabilidade (P) x Exposição (E) x Consequências (C)
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Realizado este estudo de priorização de riscos e perigos da
empresa, parte-se para o indice de justificação:
Justificação J = GP / Fc x Gc
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Passos a dar na análise de um posto de trabalho:
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Passos a dar na análise de um posto de trabalho
a) Observação
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Passos a dar na análise de um posto de trabalho
b) Entrevistas
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Passos a dar na análise de um posto de trabalho
4. Elaboração da versão final da lista de tarefas
Elaboram-se quadros resumo e é solicitada aos trabalhadores a sua
colaboração para confirmação e avaliação em termos de tempo de
exposição e riscos envolvidos.
PREPARAÇÃO
Execução
Observação do
desempenho da Análise do ambiente
Medições actividade físico e das
necessárias (procedimentos, condições materiais
hábitos, formação,
adestramento)
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1. CLASSIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES DE TRABALHO
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2. PARA CADA ACTIVIDADE, INFORMAÇÃO SOBRE:
• Tarefas a realizar, duração, frequência
• Locais onde se realiza o trabalho
• Quem realiza o trabalho, ocasional ou permanentemente
• Outras pessoas que podem ser afectadas, visitas, subempreiteiros
• Formação dos trabalhadores na execução das tarefas
• Procedimentos escritos
• Instalações, máquinas e equipamentos utilizados
• Ferramentas manuais com accionamento eléctrico ou mecânico
• Instruções de fabricantes e fornecedores
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• Tamanho, forma, peso, etc., dos materiais a utilizar.
• Distância e altura às quais devem ser transportadas manualmente
materiais e produtos
• Energias que se utilizam
• Substâncias e produtos utilizados e produzidos
• Rotulagem
• Requisitos da legislação vigente
• Medidas de controlo existentes.
• Dados recolhidos sobre acidentes, incidentes, doenças profissionais
• Dados sobre avaliações de riscos que se tenham efectuado anteriormente.
• Organização do trabalho.
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3. QUANTIFICAÇÃO DO RISCO
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Dever-se-á tomar em consideração:
- as medidas de controlo já implantadas, o cumprimento
dos requisitos legais, etc.
- a presença de trabalhadores especialmente sensíveis a
determinados riscos.
- a frequência da exposição ao perigo.
- as falhas nos componentes das instalações e das
máquinas, assim como nos dispositivos de protecção.
- a protecção por EPI´s e a sua efectiva utilização.
- actos inseguros, tanto erros involuntários como
violações intencionais.
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Os principais aspectos a levar em conta num diagnóstico das condições de
segurança (ou de risco)de um posto de trabalho
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Pedir a colaboração dos alunos e aos que
usam EPI’s, trazer para a aula seguinte para
poderem explicar um pouco sobre aqueles
que usam
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